Fricativa velar sonora

A consoante fricativa velar sonora é um tipo de fone consonantal empregados em alguns idiomas. Seu símbolo no Alfabeto Fonético Internacional é o ɣ, uma variante da letra grega γ (gama minúscula), este símbolo se assemelha com um outro símbolo AFI, o ɤ que representa a vogal posterior semifechada não arredondada, e seu equivalente X-SAMPA é G. O símbolo ɣ também costuma ser usado para representar o fone aproximante velar, adicionando ao símbolo um diacrítico que indica sons abertos, assim: [ɣ̞] ou [ɣ˕], apesar de que existe um símbolo AFI apropriado para representar este fonema, o [ɰ].

Fricativa velar sonora
AFI – número 141
AFI – Unicode ɣ
AFI – imagem
Entidade HTML ɣ
X-SAMPA G
Kirshenbaum Q

Existe também uma fricativa pós-velar sonora, também chamada de pré-uvular, em algumas línguas. Para a fricativa pré-velar sonora, também chamada de pós-palatal, consulte a fricativa palatal sonora.

Características

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  • O modo de articulação é fricativo, que significa que é produzido contraindo o fluxo de ar através por um canal apertado no ponto de articulação, causando uma turbulência.
  • O ponto de articulação é velar, que significa que é articulado com a parte de trás da língua contra o palato mole.
  • A fonação é sonora, que significa que as cordas vocais vibram durante a articulação.
  • É uma consoante oral, sonante, que significa que permite que o ar escape pela boca.
  • É uma consoante central, que significa que é produzido permitindo a passagem da corrente de ar fluir pelo meio da língua ao invés das laterais.
  • O mecanismo de ar é egressivo, que significa que é articulado empurrando o ar para fora dos pulmões através do aparelho vocal.

Ocorrências

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Língua Palavra AFI Significado Notas
Árabe غرفة [ˈɣurfɐ] 'sala' Também pode ser pós-velar ou uvular dependendo do dialeto.
Azeri ağac [aɣadʒ] 'árvore'
Catalão[1] bolígraf [buˈliɣɾəf] 'esferográfica'
Checheno гӀала/ġala [ɣaːla] 'cidade'
Georgiano[2] ღარიბი [ɣɑribi] 'pobre' Também pode ser pós-velar ou uvular.
Grego γάλα [ˈɣala] 'leite'
Guzerate વા [ʋɑ̤̈ɣəɽ̃] 'tigresa'
Hindi ग़रीब [ɣəriːb] 'pobre'
Holandês[3] gaan [ɣaːn] 'ir' Mais comum nos dialetos do norte.[4]
Irlandês dhorn [ɣoːɾˠn̪ˠ] 'pulso'
Japonês[5] はげ [haɣe] 'calvície' Apenas quando falado rapidamente.
Navajo ’aghá [ʔaɣa] 'melhor'
Pachto غاتر [ɣɑtər] 'mula'
Persa کاغذ [kɒɣæz] 'papel'
Polaco niechże [ɲeɣʐɛ] 'supor'
Português Europeu[6] agora [əˈɣorə] 'agora' Alofonia de /ɡ/ nos dialetos do centro e do norte.[7] Ver fonologia da língua portuguesa
Romani Lituano γoines [ɣoines] 'bom'
Romeno Dobruja vin [ɣin] 'vinho' Substitui o v nas áreas rurais de Dobruja
Sardo Nuoresa ghere [ˈsuɣɛrɛ] 'sugar'
Sindi غم [ɣəmʊ] 'tristeza'
Suaíli ghali [ɣali] 'caro'
Tajique ғафс [ɣafs] 'grosso'
Tupi antigo[8] ygara [ɨ.ˈɣa.ɾa] canoa Apenas depois de [ɨ] e antes de uma vogal.
Turco ağ [aɣatʃ] 'árvore' Alguns dialetos
Urdu غریب [ɣəriːb] 'pobre'
Vietnamita g [ɣe] 'horror'

Referências

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Traduzido parcialmente a partir do artigo da Wikipédia anglófona Voiced velar fricative, da revisão às 16:29, 27 de janeiro de 2010.

  1. Max W. (2005), The Phonology Of Catalan, Oxford: Oxford University Press, ISBN 0199258147: 10}}
  2. Ryan k. Shosted; Chikovani Vakhtang (2006), Standard Georgian, Journal of the International Phonetic Association 36 (2): 255–264
  3. «Taalportaal | The velar fricatives x and ɣ». www.taalportaal.org. Consultado em 8 de dezembro de 2020 
  4. Pieter van Reenen; Nanette Huijs (2000). «De harde en de zachte g, de spelling gh versus g voor voorklinker in het veertiende-eeuwse Middelnederlands.» (PDF). Taal en Tongval, 52(Thema nr.), 159-181 (em neerlandês). Consultado em 4 de maio de 2009 
  5. Hideo Okada (1991), Japanese, Journal of the International Phonetic Association 21 (2): 94–97
  6. Madalena Cruz-Ferreira (1995), European Portuguese, Journal of the International Phonetic Association 25 (2): 90–94
  7. Maria Helena Mateus; Ernesto d'Andrade (2000), The Phonology of Portuguese, Oxford University Press, ISBN 0-19-823581-X: 11}}
  8. NAVARRO, Eduardo de Almeida (2008). Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. São Paulo: Global Editora. p. 17. 464 páginas. ISBN 9788526010581 

Ver também

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