Frodo Bolseiro

Frodo Bolseiro
Elijah Wood como Frodo
Informações biográficas
Nascimento	22 de setembro de 2968 TE
Morte	29 de setembro de 3021 TE Partida para o Oeste Portos Cinzentos (53 anos)
Afiliação	Sociedade do Anel
Família
Família	Bolseiro
Filhos	Nenhum(a)
Descrição física
Gênero	Masculino
Raça	Hobbit
Cabelo	Marrom
Altura	Mais alto do que alguns Hobbits

"(...) mesmo que todos os poderosos Amigos-dos-Elfos de outrora, Hador, e Húrin, e Túrin, e o próprio Beren, estivessem reunidos, teu assento haveria de ser entre eles."

— Elrond a Frodo Bolseiro em A Sociedade do Anel, "O Conselho de Elrond"

Frodo Bolseiro era um hobbit da Terceira Era, o mais conhecido de todos os Hobbits por seu papel principal na Missão do Anel. Um dos nove membros da Sociedade do Anel, ele carregou o Um Anel até a Montanha da Perdição e lá o destruiu, possibilitando a vitória dos Povos Livres sobre Sauron e dando-lhe renome como nenhum outro hobbit na Terra-média. Ele também foi, como um Portador do Anel, um dos três hobbits a receber passagem da Terra-média para Aman, partindo dos Portos Cinzentos ao final da Terceira Era.

História[]

Infância e juventude[]

"(...) quando eu era jovem na Mansão do Brandevin."

— Frodo em A Sociedade do Anel, "Atalho até cogumelos"

Frodo (nascido em 22 de setembro de 2968 T.E.) era filho de Drogo Bolseiro e Primula Brandebuque. Após a morte de seus pais em um acidente de barco, Frodo foi viver na Mansão do Brandevin com os parentes de sua mãe, os Brandebuques. Ele cresceu sob a tutela de seu tio Rorimac Brandebuque. Conta-se que Frodo foi pego várias vezes roubando cogumelos do Fazendeiro Magote, que, no último incidente, deu uma surra em Frodo e soltou seus três cachorros para persegui-lo. Frodo passou a ter medo deles desde então.^[1]

Ele permaneceu em Brandebuque até seu primo Bilbo adotá-lo e levá-lo para viver em Bolsão, em sua casa na Vila dos Hobbits. Ele desfrutou da vida com seu excêntrico tio Bilbo, com quem compartilhava o mesmo aniversário; Bilbo ensinou-lhe a ler e contou-lhe histórias do passado, chegando a dar-lhe algumas instruções na língua dos elfos. Frodo foi o único a quem Bilbo permitiu ler seu livro de memórias que estava escrevendo. Bilbo fez de Frodo seu herdeiro, frustrando as tentativas dos Sacola-Bolseiros, que cobiçavam a propriedade de Bolsão.^[2]

Os dois saíam frequentemente para longas caminhadas pelas trilhas do Vale da Água e falavam sobre aventuras; frequentemente eram vistos por Grupos Errantes de elfos, embora os hobbits não os vissem. Quando voltavam para casa, Bilbo frequentemente dizia a Frodo que a Estrada é como um grande rio perigoso, e todos os portões são suas "nascentes" e todos os caminhos são seus "afluentes".^[3] Frodo e Bilbo viveram confortavelmente e bem.

Bilbo realizou uma enorme festa em 3001 T.E. para celebrar seu 111º aniversário e o 33º de Frodo, a data em que Frodo atingiria a maioridade. Nessa festa, Bilbo fez seu discurso de despedida e comunicou sua partida do Condado, e "desapareceu" misteriosamente, usando um anel mágico que obteve em suas viagens com os anãos. Frodo tinha conhecimento da "brincadeira" de Bilbo, e foi poupado do choque que afetou os outros hobbits presentes. Frodo retornou para casa e foi recebido por Gandalf, que lhe informou que, entre outras coisas, que Frodo havia herdado o anel mágico de Bilbo e o aconselhou a não usá-lo.^[2]

Mestre do Bolsão[]

"Este é o Anel-Mestre, o Um Anel que a todos rege. Este é o Um Anel que Sauron perdeu muitas eras atrás, com grande enfraquecimento de seu poder. Ele o deseja intensamente — mas não pode recuperá-lo."

— Gandalf e Frodo em A Sociedade do Anel, "A sombra do passado"

Frodo assumiu a tarefa de distribuir os presentes que Bilbo havia deixado para os outros hobbits, uma tarefa longa e cansativa. Um velho amigo de Bilbo e Frodo, o mago Gandalf, que havia vindo para as festividades, alertou Frodo a não usar o anel mágico e a mantê-lo em segredo e seguro. Gandalf logo partiu, incomodado com sua curiosidade sobre o anel.

Enquanto isso, Frodo estava bem. Ele continuou homenageando Bilbo todos os anos junto com seu aniversário. Também herdou alguns costumes estranhos de Bilbo, como caminhar sozinho à noite, longe de casa, pelas colinas e florestas sob a luz das estrelas. Seus amigos mais próximos eram Merry e Pippin, também Folco Boffin e Fredegar Bolger, e outros primos da família dos Velho Tûk. Assim como Bilbo, Frodo continuava parecendo robusto e cheio de energia mesmo em seus quarenta anos, e sonhava em ver terras selvagens e montanhas um dia no futuro. Ele se perguntava o que estava além das fronteiras do Condado e, à medida que envelhecia, viajava para lugares mais distantes e buscava estranhos que atravessavam o Condado, trazendo notícias estranhas. Seus amigos estavam preocupados e suspeitavam que ele estava encontrando elfos.^[4]

Ele viveu em paz e respeitabilidade por dezessete anos, quando Gandalf retornou com a terrível revelação de que o "anel mágico" era na verdade o Um Anel de Sauron, um objeto de poder maligno com milhares de anos de idade. Além disso, o Senhor Sombrio agora sabia de sua sobrevivência e o procuraria, pois Gollum havia revelado sob tortura que ele estava no Condado. Após uma longa discussão e um teste pelo fogo, os dois concordaram que Frodo teria que deixar o Condado por sua própria segurança, e Samwise "Sam" Gamgi, o jardineiro, iria com ele. Gandalf recomendou Valfenda como destino, pois o caminho provavelmente estaria seguro e o refúgio era bom. Ele disse a Frodo para usar o sobrenome Monteiro como um nome falso em sua jornada. Frodo estava relutante, mas comprou uma casa em Cricôncavo como desculpa para partir.

"Na verdade, com a ajuda de Merry ele já escolhera e comprara uma casinha em Cricôncavo, na região além de Buqueburgo. Para todos, além de Sam, ele fingia que ia estabelecer-se ali permanentemente."

— A Sociedade do Anel, "Atalho até cogumelos"

Gandalf ficou por dois meses enquanto Frodo planejava os detalhes. Ao final desse tempo, ele partiu para "obter algumas notícias", já que informações bastante perturbadoras haviam chegado a seus ouvidos. Ele prometeu estar de volta para a festa de despedida. Enquanto isso, Frodo não sabia que alguns de seus amigos mais próximos o estavam observando; Fredegar "Fatty" Bolger, seus primos Peregrin "Pippin" Tûk e Meriadoc "Merry" Brandebuque, e o próprio Sam, sabiam que Frodo e Gandalf estavam em apuros por causa do Anel, e que Frodo estava se preparando para uma longa aventura.

Conforme o outono passava, Frodo aguardava por Gandalf, que não retornava, e ele começou a ficar bastante ansioso. Merry e Fatty levaram a carroça com as coisas de Frodo adiante, enquanto Frodo ainda esperava por Gandalf. No último dia possível, ele partiu com Pippin e Sam.

Da Vila dos Hobbits ao Cricôncavo[]

Menos de um dia após o início de sua jornada, Frodo, estranhamente nervoso, pediu que o trio se escondesse quando um cavaleiro se aproximou. O cavaleiro estava vestido de preto, montando um cavalo preto, fazendo barulhos estranhos de cheirar. Frodo sentiu a vontade de colocar o Anel e desaparecer, mas justo quando estava cedendo, o cavaleiro partiu a trote. Samwise então mencionou o Cavaleiro Negro que havia conversado com seu pai, Velho Gamgi, algum tempo antes. Isso fez Frodo desejar que tivesse esperado por Gandalf.

Naquela noite, eles foram novamente alcançados por um Cavaleiro Negro. Dessa vez, parecia que ele conseguia farejar o local onde eles estavam escondidos. Mas, conforme ele se aproximava, foi afastado pelo canto de um grupo de Elfos. Seu líder, Gildor, cumprimentou calorosamente os hobbits e elogiou Frodo por seu conhecimento da língua deles. Frodo tentou obter informações de Gildor sobre os Cavaleiros Negros, mas o elfo disse muito pouco. Gildor previu que Frodo teria muitos encontros com os Cavaleiros no futuro e o instou a fugir deles sempre que os encontrasse. Ele e seu grupo deixaram os Hobbits antes do amanhecer, enquanto eles dormiam.

No dia seguinte, o trio concordou em evitar a estrada. Após um breve susto quando Sam avistou um Cavaleiro, eles se preocuparam em perder o caminho. Naquela noite, ouviram um lamento terrível, e Frodo conseguiu distinguir palavras nele. Pouco depois, chegaram a Bamfurlong, a propriedade do Fazendeiro Magote. Embora Pippin conhecesse Magote, Frodo se lembrou de um susto que havia levado quando jovem, ao ser pego roubando cogumelos do fazendeiro, sendo ameaçado pelos cães. Ele ficou imóvel quando os cães saíram da casa, mas a hospitalidade de Magote logo o conquistou. Quando Magote contou sobre um Cavaleiro Negro que havia parado em sua casa perguntando por "Bolsão" e fez várias suposições astutas, Frodo ficou desconfortável. Magote os levou até a Balsa de Buqueburgo em sua carroça. Lá, eles se encontraram com Merry e foram atravessados para Terra dos Buques, tendo avistado vultos na terra firme enquanto se distanciavam da costa.

Do Cricôncavo a Bri[]

Quando chegaram à casa em Cricôncavo, os outros hobbits revelaram seu conhecimento sobre o Um Anel e prometeram acompanhar Frodo na jornada até Valfenda. Na manhã seguinte, deixando Fatty para tomar conta da casa, eles adentraram a Floresta Velha. Com o tempo, foram levados pelas árvores até Voltavime, onde foram enredados pelo Velho Salgueiro-Homem. Resgatados por Tom Bombadil, os hobbits chegaram à casa dele. Lá, conheceram a esposa de Tom, Fruta d'Ouro, e Frodo foi inspirado a recitar um poema em sua homenagem. Ele também estava interessado em Bombadil, tentando várias vezes descobrir quem ele era. Naquela noite, ele sonhou com uma figura de cabelos brancos sobre um pináculo de pedra, sendo levada por uma águia.

No dia seguinte, Frodo experimentou o Anel, depois de descobrir que ele não tinha efeito sobre Bombadil. Embora não estivesse sujeito ao poder do Anel, Tom ainda podia ver Frodo. Naquela noite, Frodo teve outro sonho, um sonho que jamais esqueceu.

"Frodo ouviu um doce canto ecoando em sua mente: uma canção que parecia vir como uma luz pálida atrás de uma cortina de chuva cinza, crescendo em força para transformar o véu em vidro e prata, até que finalmente fosse recolhido, e uma terra distante e verde se abrisse diante dele sob um nascer do sol rápido."

— A Sociedade do Anel, "Neblina na Colina dos Túmulos"

Depois de se despedirem de Tom e Fruta d'Ouro, os hobbits seguiram adiante e atravessaram as Colinas dos Túmulos. Perdidos na névoa, foram capturados por Criaturas Tumulares, Frodo sendo o último a ser pego. Frodo acordou na colina e encontrou a criatura inclinada sobre seus três amigos. Ele se levantou e, em um ato de coragem e determinação tremendo, pegou uma espada e cortou a mão da Criatura. Em seguida, ele convocou Bombadil com uma canção que Tom havia lhe ensinado. Bombadil afugentou a Criatura Tumular e ajudou Frodo a acordar os outros. Tom deu pôneis aos hobbits e os acompanhou até a estrada antes de voltar seu rosto para o Voltavime. Os hobbits continuaram ao longo da estrada até Bri, onde se hospedaram na estalagem O Pônei Saltitante, conforme a recomendação de Bombadil, com Frodo se registrando sob o nome de Monteiro, como Gandalf havia sugerido.

Passolargo e o Topo do Vento[]

Enquanto Merry saiu para uma caminhada no ar noturno, os outros hobbits desceram para a sala comum e foram apresentados pelo proprietário Cevado Carrapicho à reunião, Frodo sob seu pseudônimo. Frodo perguntou se Gandalf estava presente em Bri, e descobriu que ele ainda não havia chegado. Enquanto Pippin e Sam aproveitavam a bebida e a conversa, Frodo permaneceu reservado, logo entrando em conversa com um curioso Guardião chamado Passolargo, que lhe deu um aviso sobre deixar seus amigos falarem demais. Pippin começou a contar sobre a Festa de Aniversário de Bilbo, e Frodo, com o encorajamento de Passolargo e numa tentativa de evitar que o nome Bolseiro fosse mencionado, começou a cantar O Homem na Lua Ficou Acordado Até Muito Tarde. Isso foi popular com os presentes, mas infelizmente, quando Frodo relaxou, ele caiu da mesa e o Anel escorregou em seu dedo, fazendo-o desaparecer.

Frodo rastejou até o canto de Passolargo e tirou o Anel, dizendo que havia rolado rapidamente para o lado. Os desconfiados habitantes de Bri, no entanto, ficaram zangados ou assustados, e eventualmente todos deixaram a sala comum. Frodo e seus companheiros se retiraram para o quarto, onde encontraram Passolargo esperando para falar com eles. Passolargo foi honesto e direto, dizendo o que tinha ouvido e o que sabia sobre eles, além de alertá-los sobre os Cavaleiros Negros e traidores em Bri. Ele os incentivou a aceitar sua ajuda, convidando-o a se juntar à companhia.

Frodo estava inclinado a acreditar no Guardião quando Carrapicho entrou, entregando a Frodo a tão aguardada carta de Gandalf, que havia esquecido de entregar. Depois que a situação foi um pouco esclarecida para Carrapicho, ele jurou ajudar os hobbits de todas as maneiras que pudesse, como amigo de Gandalf e alguém muito assustado com Mordor. Frodo, ao ler a carta, descobriu que Gandalf recomendava Passolargo como alguém a quem ele poderia recorrer em busca de ajuda. Após algum debate adicional, Frodo concordou em deixar Passolargo liderá-los até Valfenda.

Passolargo organizou uma manobra de engano, mudando-os para um quarto diferente. Na manhã seguinte, seus pôneis haviam desaparecido e o quarto estava devastado. Carrapicho pagou por um pônei de reposição, Bill, e os quatro hobbits e o Guardião partiram para as Terras Ermas. Eles passaram pela Floresta Chet e pelos Pântanos dos Mosquitos, e finalmente chegaram às Colinas do Vento antes de subirem até Topo do Vento. Os Cavaleiros Negros foram avistados, e Passolargo aconselhou os hobbits a permanecerem onde estavam. Pouco depois, os Cavaleiros Negros chegaram, e em meio ao confronto, Frodo foi ferido. Em desespero, ele colocou o Anel e viu os Nazgûl em suas formas verdadeiras. Frodo então tentou atacar em nome de Elbereth, mas o líder deles, o Rei-Bruxo de Angmar, esfaqueou Frodo no ombro com uma lâmina de Morgul, antes de ser afastado por Passolargo.

Do Topo do Vento até Valfenda[]

Por causa de um pedaço da faca alojado em seu ombro, Frodo começou a ficar doente, então seus companheiros se apressaram em levá-lo para a Casa de Elrond. Após uma jornada de 12 dias, eles foram encontrados por Glorfindel, um dos Altos Elfos, que foi enviado por Elrond para ajudar Frodo depois de ouvir sobre ele por Gildor. Glorfindel, vendo que Frodo estava começando a desaparecer, colocou-o em seu cavalo, Asfaloth, e ordenou que seguisse adiante quando os Espectros do Anel se aproximaram.

Asfaloth superou os cavalos dos Nazgûl e levou Frodo através do Vau de Bruinen, mas Frodo, que estava à beira de se tornar um espectro, se virou do outro lado e desafiou os Nove. Os Cavaleiros foram empurrados para dentro do Rio por Glorfindel, Passolargo e os três hobbits, onde foram varridos pelas águas subsequentes.^[5] Como sinal de que Frodo estava se deslocando para o Mundo dos Espectros, ele pôde ver a forma luminosa de Glorfindel.

Inconsciente, Frodo foi carregado para dentro de Valfenda, onde Elrond removeu o fragmento da faca de seu ombro. Ele acordou dois dias depois, em grande parte recuperado, e ficou encantado ao descobrir que Gandalf havia chegado. A recuperação de Frodo foi celebrada com um banquete, durante o qual ele conheceu Glóin e perguntou sobre os Anãos de Erebor. Depois, Elrond conduziu seus convidados ao Salão do Fogo, onde Frodo encontrou Bilbo, que ele não via havia dezessete anos. Bilbo pediu para ver o Anel e ficou triste ao ver a reação negativa de Frodo. Os dois hobbits então desfrutaram de uma conversa sobre os trabalhos de Bilbo sobre o saber e o Condado.^[6]

A Sociedade do Anel[]

Ver artigo principal: Missão do Anel

"A Companhia do Anel será Nove; e os Nove Caminhantes serão postos contra os Nove Cavaleiros que são malignos..."

— Elrond em A Sociedade do Anel, "O Conselho de Elrond"

Durante o Conselho de Elrond, foi decidido que o Anel deveria ser destruído ao ser lançado nas Fendas da Perdição. Frodo se ofereceu para ser o Portador do Anel, e uma Sociedade foi formada para protegê-lo; a sociedade incluía Gandalf, Aragorn (o verdadeiro nome de Passolargo), Boromir de Gondor, Legolas do Reino da Floresta, Gimli de Montanha Solitária, e os amigos de Frodo, Sam, Merry e Pippin.^[7] Antes de partirem, Bilbo deu a Frodo sua espada, Ferroada, e sua malha de mithril para protegê-lo na perigosa jornada até o Montanha da Perdição que se aproximava.

Em 25 de dezembro, a sociedade deixou Valfenda e seguiu para o sul ao longo do lado oeste das Montanhas Sombrias. Eles tentaram atravessá-las pelo Portão Vermelho, mas foram impedidos por uma forte nevasca ^[8] e tiveram que voltar. Após sobreviverem a um ataque de Lobos, Gandalf persuadiu o grupo a passar pelo reino abandonado dos anãos, Moria. Logo antes de entrar em Moria, Frodo foi atacado pelo Vigia da Água e mal escapou. Durante a jornada por Moria, Frodo começou a suspeitar que algo estava os seguindo. Mais tarde, dentro da Câmara de Mazarbul, a Sociedade foi atacada por orcs, e Frodo foi atingido por uma lança de orc, mas foi salvo pela cota de mithril que vestia. O grupo escapou da câmara e estava perto de sair de Moria, quando a Ruína de Durin apareceu e os perseguiu até a ponte de Khazad-dûm, onde Gandalf o conteve para que o resto da Sociedade pudesse escapar. Após quebrar a ponte, tanto ele quanto o balrog caíram e desapareceram no abismo abaixo, após o que Aragorn assumiu a liderança.^[9]

Eventualmente, eles chegaram a Lothlórien e foram recebidos pelos elfos em Caras Galadhon. Durante seu descanso lá, Galadriel permitiu que Frodo e Sam olhassem no Espelho de Galadriel, no qual viram muitas coisas.^[10] Ao saírem da Floresta, Galadriel deu a Frodo um frasco com a luz do Silmaril de Eärendil.^[11]

Eles viajaram pelo rio Anduin em barcos dados pelos elfos. Durante a viagem pelo rio, Frodo confirmou sua suspeita de que estavam sendo seguidos por Gollum. Em Amon Hen, o poder do Anel fez Boromir tentar tomá-lo de Frodo, que colocou o anel e o usou para escapar. Vendo a influência do Anel em Boromir, Frodo decidiu deixar a Sociedade e seguir sozinho, mas foi impedido quando Sam o descobriu tentando atravessar o Nen Hithoel, e insistiu em acompanhá-lo.

De Emyn Muil até Ithilien[]

Frodo decidiu confiar em Gollum como guia. Ele conduziu os hobbits para fora de Emyn Muil e pelos Pântanos Mortos. Durante o trajeto, foram atrasados várias vezes por um Nazgûl voando em uma besta alada. Os hobbits chegaram a Carchost, a Torre Ocidental dos Dentes de Mordor, por onde Frodo pretendia entrar em Mordor. Gollum o persuadiu a seguir por uma entrada mais segura, a passagem de Cirith Ungol. Na marcha da noite seguinte, eles passaram para Ithilien do Norte, e ao amanhecer de 7 de março alcançaram o riacho de Henneth Annûn.

A fogueira deles atraiu os Guardiões de Ithilien, e seu líder, Faramir (irmão de Boromir), que os considerou espiões e questionou Frodo sobre sua missão. Frodo relatou as jornadas da Sociedade, mas não mencionou o Anel. Faramir informou Frodo da morte de Boromir, insinuando o envolvimento de Frodo. Faramir vendou os hobbits e os levou a um posto avançado secreto de Gondor em Henneth Annûn, onde os questionou em particular. Após uma refeição, Sam acidentalmente revelou que Frodo tinha o Anel, mas Faramir resistiu à tentação e assim ganhou a confiança dos hobbits.

Durante a noite, Faramir chamou Frodo e Sam e mostrou-lhes Gollum, que havia encontrado o caminho até Henneth Annûn e (ignorando a presença deles) estava à caça de peixes. Faramir, suspeitando que Frodo tivesse mentido sobre o envolvimento de Gollum na missão, ameaçou matá-lo temendo que pudesse revelar a localização do posto avançado ao inimigo. Frodo confessou o papel de Gollum na missão e implorou a Faramir para não matá-lo. Gollum foi capturado e interrogado, mas depois entregue a Frodo. Na manhã seguinte, Faramir libertou os três viajantes, alertando-os fortemente contra tomar o caminho de Cirith Ungol.

Entrando em Mordor[]

"— Galadriel! — chamou ele, e criando coragem ergueu o Frasco mais uma vez. Os olhos pararam. Por um momento a expressão neles se abrandou, como se alguma sombra de dúvida os afligisse. Então o coração de Frodo ferveu dentro dele, e, sem pensar no que estava fazendo, se era loucura ou desespero ou coragem, ele pegou o Frasco com a mão esquerda, e com a direita puxou sua espada. Ferroada reluziu, e a afiada lâmina élfica faiscou na luz prateada, mas nas bordas adejava um fogo azul. Então, erguendo a estrela e brandindo a espada, Frodo, hobbit do Condado, deu passos firmes em direção aos olhos."

— As Duas Torres, "A Toca de Laracna"

Após duas marchas, eles chegaram ao vale do Morgulduin e continuaram para o leste. No Dia Sem Amanhecer, Gollum os guiou para o leste, até a Estrada do Sul, e chegaram à Encruzilhada no momento em que o sol estava se pondo.^[12] Eles alcançaram o portão voltado para o norte de Minas Morgul e viram o exército de Morgul marchar para fora. Naquela noite, eles subiram a Escada Reta e chegaram ao topo da Escada Tortuosa ao amanhecer de 11 de março, onde foram acordados por Gollum. Ele os guiou até a entrada da Toca de Laracna.

Dentro do túnel, Gollum traiu Frodo e Sam, visando entregá-los para Laracna, a aranha; e recuperar o Anel para si. Ele abandonou os hobbits na escuridão da Passagem da Aranha, e Sam lembrou Frodo do presente da Senhora Galadriel, a Luz de Eärendil, que lhes deu coragem para seguir o caminho e cruzar a passagem.

Após perceberem que estavam sendo observados por Laracna e que o seu ataque logo viria, Frodo e Sam correram pela passagem e usaram suas espadas para cortar teias de aranha que bloqueavam o caminho. Enquanto Frodo e Sam tentavam cruzar a passagem, foram surpreendidos por Gollum e Frodo foi picado por Laracna, enquanto deixava o túnel tentado chegar a Cirith Ungol.

"(...) [Sam] se se pôs a correr em volta do corpo de seu mestre, furioso, apunhalando o ar, golpeando as pedras e gritando desafios. De repente voltou a si, e curvando-se olhou para o rosto de Frodo, pálido, estendido sobre o chão no crepúsculo. E subitamente percebeu que estava no quadro que lhe fora revelado no espelho de Galadriel, em Lórien: Frodo com o rosto pálido, jazendo num sono profundo sob um grande penhasco escuro. Ou essa foi a impressão que tivera na ocasião."

— As Duas Torres, "As escolhas do Mestre Samwise"

Sam salvou Frodo de ser devorado por Laracna, intervindo no ataque do monstro e a atacando com a espada do próprio Frodo, Ferroada. Porém, vendo Frodo no estado em que estava após a picada, acreditou que ele estivesse morto. Sam decidiu então, com grande pesar, tomar o Um Anel de seu mestre, e continuar a missão sozinho. Frodo, que ainda estava vivo, foi capturado por orcs e levado para a Torre de Cirith Ungol.

O Fim de Todas as Coisas[]

"Fico feliz que você esteja aqui comigo.
Aqui, no fim de todas as coisas, Sam."

— O Retorno do Rei, "Montanha da Perdição"

Ao saber disso, Sam resgatou Frodo e no início de 15 de março os hobbits escaparam e pularam no desfiladeiro a oeste de Morgai e atravessaram o vale. No dia seguinte, tentaram subir o Morgai, mas tiveram que voltar e alcançaram o extremo norte do vale, e em 18 de março partiram na estrada que levava até Boca Ferrada. Lá, foram alcançados por um grupo de orcs e tiveram que seguir o seu trote.

Como as tropas de Sauron se moviam à noite, os hobbits continuaram sua jornada durante o dia em direção à Montanha da Perdição. Na manhã de 25 de março, eles chegaram às Fendas da Perdição onde, no último momento, Frodo, sob a influência do Anel, o reivindicou como seu. No entanto, naquele momento, ele foi atacado por Gollum, que tomou o Anel e depois caiu no fogo, destruindo o Anel.

Até então, a pressão do anel atingiu seu máximo, o que era impossível de suportar, "especialmente após uma longa posse, meses de tormento crescente, e estando faminto e exausto." Frodo fez o que pôde, e a essa altura ele simplesmente era incapaz de tomar uma decisão consciente de destruir o Anel.^[13]

Retorno para casa[]

Frodo e Sam foram resgatados por Gwaihir, Landroval e Meneldor e levados para Ithilien. Após serem curados e descansarem por um mês, os Portadores do Anel foram homenageados nos Campos de Cormallen. Nos meses seguintes, os hobbits presenciaram a coroação de seu companheiro Aragorn como Rei Elessar, e estiveram presentes em seu casamento com Arwen naquele verão. Arwen renunciou à sua imortalidade e concedeu a Frodo o seu lugar para velejar até o Oeste. Ela também deu a Frodo uma jóia branca em um colar de prata que, segundo ela, o ajudaria quando ele se lembrasse do medo e da escuridão que o Anel lhe causou.^[14]

Frodo e sua companhia deixaram Minas Tirith em 19 de julho rumo a Edoras para o funeral do Rei Théoden, e depois seguiram para o Abismo de Helm e, eventualmente, Isengard. Eles se despediram de Legolas, Gimli e Aragorn naquele local.

Após ultrapassarem Saruman e Língua de Cobra, chegaram às Montanhas de Moria; e, ao se aproximarem de Lothlórien, Celeborn e Galadriel se despediram de sua companhia. Os hobbits, com Gandalf e outros elfos, chegaram a Valfenda em 21 de setembro, onde Frodo reencontrou Bilbo.

Eles ficaram lá até 5 de outubro e eventualmente visitaram o Pônei Saltitante em Bri antes de chegarem ao Condado. No Portão da Terra dos Buques, Gandalf os deixou para ir conversar com Tom Bombadil. Uma vez no Condado, chegaram a Sapântano, onde foram presos. No dia seguinte, chegaram a Beirágua, onde derrotaram os salteadores que haviam tomado suas terras. O líder dos salteadores revelou-se Saruman, e Frodo decidiu deixá-lo viver, mesmo após ele ter tentado esfaqueá-lo. Mas Saruman não viveu muito mais tempo, pois seu servo, Gríma, o matou (antes de ser morto pelos hobbits), encerrando assim a Guerra do Anel.

Nos dois anos seguintes, os viajantes reorganizaram o Condado e suas vidas; mas Frodo ainda era atormentado por suas feridas, adoecendo todo 13 de março e 6 de outubro, segurando a jóia branca (que havia ganhado de Arwen) de maneira reminiscente ao Um Anel. Frodo serviu como Prefeito de Grã Cava até que Will Pealvo foi restaurado em 1420 R.C. , e^[15] Não tendo família própria, Frodo deixou sua propriedade (Bolsão) e passou o Livro Vermelho do Marco Ocidental para Samwise Gamgi, que nomeou seu filho em homenagem a Frodo.

Partida para o Oeste[]

"Então Frodo beijou Merry e Pippin, e por último Sam; depois embarcou; as velas foram içadas, o vento soprou e lentamente o navio se afastou ao longo do estuário comprido e cinzento; e a luz do frasco de Galadriel que Frodo carregava faiscou e se perdeu (...) Frodo sentiu uma doce fragrância no ar e ouviu o som de um canto chegando pela água. E então teve a mesma impressão que tivera no sonho na casa de Bombadil; a cortina cinzenta de chuva se transformou num cristal prateado e se afastou, e Frodo avistou praias brancas e, atrás delas, uma terra vasta e verde sob o sol que subia depressa."

— O Retorno do Rei, "Os Portos Cinzentos"

Em 21 de setembro de 3021 T.E., Frodo partiu para os Portos Cinzentos. Indo para o sul até Ponta do Bosque, ele se juntou a Última Cavalgada dos Guardiões dos Anéis, formada por Elrond, Galadriel e Bilbo. Em 29 de setembro, chegaram ao estuário de Lûn, onde Gandalf os aguardava, e no navio Branco^[15] cruzaram a Estrada Reta em direção ao Oeste. Frodo passaria o resto de seus dias em "um período de reflexão e paz" em Tol Eressëa, o que lhe daria a oportunidade de compreender verdadeiramente sua posição em Arda antes de passar além dos Círculos do Mundo.^[16]

Legado[]

De acordo com Elanor Jarindeiro, Sam seguiu Frodo pelo mar em 22 de setembro de 1482, após a morte de sua esposa Rosinha.^[17]

Em algum momento bem dentro da Quarta Era, as palavras Frodos Dreme apareceram rabiscadas no início de um poema, O Sino do Mar, dentro do Livro Vermelho, possivelmente derivadas dos pesadelos que Frodo teve antes de partir para o Oeste.

Etimologia[]

A única descrição real da aparência de Frodo foi dada apenas uma vez por Gandalf em sua carta para Cevado Carrapicho, na qual ele foi descrito como um "rapaz robusto, com bochechas rosadas, mais alto que alguns (hobbits) e mais belo que a maioria", com um queixo fendido, um olho brilhante e uma personalidade alegre. Embora Frodo aparentemente fosse bastante robusto antes de sua jornada, pareceu ter perdido uma quantidade significativa de peso em sua viagem de Vila dos Hobbits até Valfenda.^[6] Mais tarde, Sam comentou que Frodo estava "muito magro e abatido" para um hobbit.^[18]

Frodo carregava uma pequena espada élfica chamada Ferroada e vestia uma cota de malha anã feita de mithril por baixo de suas roupas, ambas dadas a ele por Bilbo. Em Lothlórien, Galadriel lhe deu um manto élfico que o ajudava a se camuflar em meio ao ambiente natural e um frasco contendo a luz da Estrela de Eärendil para ajudá-lo em sua missão.

Ao final dos eventos da Guerra do Anel, Arwen, esposa de Aragorn e filha de Elrond, deu a Frodo uma joia branca em um colar de prata para ele usar no pescoço.

Diz-se que Frodo demonstrava grande "habilidade com sons estrangeiros" e provavelmente conseguia pronunciar o élfico corretamente, mais do que outros Hobbits (que pronunciavam as vogais longas do élfico como ditongos).^[19]

Etimologia[]

O nome Frodo Baggins é uma tradução para o inglês de seu nome em westron, Maura Labingi. O nome Maura contém o elemento maur- (sábio, experiente), que Tolkien equiparou ao elemento germânico frod- com o mesmo significado. O nome de Frodo em sindarin era Iorhael ("sábio-antigo"), embora em alguns casos ele seja mencionado como Daur (provavelmente a forma lenificada de taur).

Outros nomes[]

Em adaptações[]

Filmes[]

Jogos[]

Ver também[]

Referências[]