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The Stoning of Soraya M.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
The Stoning of Soraya M.
Estados Unidos
Direção Cyrus Nowrasteh
Produção Diane Hendricks
John Shepherd
Todd Burns
Stephen McEveety
Roteiro Cyrus Nowrasteh
Freidoune Sahebjam
Baseado em The Stoning of Soraya M.: A True Story
Elenco Ali Pourtash
David Diaan
Mozhan Marnò
Jim Caviezel
Navid Negahban
Parviz Sayyad
Shohreh Aghdashloo
Vida Ghahremani
Gênero drama • film based on a novel
Música John Debney
Companhia(s)
produtora(s)
Mpower Pictures, Roadside Attractions
Distribuição Roadside Attractions, Netflix
Lançamento 7 de setembro de 2008
Duração 109 minuto
Prêmios recebidos Prémio Satellite de melhor atriz em cinema

The Stoning of Soraya M. (em persa: .سنگسار ثريا م), traduzido literalmente para O apedrejamento de Soraya M., é um filme iraniano-americano de 2008, em língua persa, adaptado do livro do jornalista francês Freidoune Sahebjam La Femme Lapidée, publicado em 1990.[1]

O filme é dirigido por Cyrus Nowrasteh e estrelado por Shohreh Aghdashloo (como Zahra), James Caviezel (como Freidoune Sahebjam, o jornalista estrangeiro) e Mozhan Marno (como Soraya Manutchehri, a personagem-título). The Stoning of Soraya M. teve sua estreia mundial no Toronto International Film Festival de 2008, onde ganhou o prêmio de melhor direção. O livro que serviu de adaptação para o filme foi proibido no Irã.[1]

Em 1986, encravado na remota aldeia iraniana de Kuhpayeh, devido a problemas com seu carro, o jornalista francês Freidoune Sahebjam é abordado por Zahra, uma mulher iraniana angustiada. Ela lhe pede para ambos terem uma conversa. Zahra deseja lhe contar o que aconteceu com sua sobrinha, Soraya, e as circunstâncias sangrentas de sua morte por apedrejamento, no dia anterior. Os dois se sentam, e Zahra passa a contar a história a Freidoune, que registra a conversa com o seu gravador. O jornalista deve escapar com vida para contar esta história para o resto do mundo.[2][3]

Zahra começa relatando a vida de Soraya, sua sobrinha. Ali é o marido de Soraya, um homem abusivo, que pede ao mulá da aldeia para convencer Soraya a lhe conceder o divórcio, já que ele pretende se casar com uma menina de 14 anos de idade. Ali é capaz de convencer o mulá, fazendo-lhe ameaças de revelar ao resto da aldeia sobre o seu passado como um condenado.[2][3]

O casamento de Ali com a adolescente está condicionado à capacidade de Ali em salvar o pai da menina, um médico que foi condenado à morte por um crime não especificado. Alguns dias depois, uma mulher morre. O mulá, como chefe da aldeia, pede a Ali e Zahra que enviem Soraya para cuidar do viúvo. Zahra afirma que Soraya pode fazer o trabalho, se ela for remunerada. O mulá propõe que Soraya assuma as responsabilidades domésticas da casa do viúvo, referido no Irã como "Sigeh ', em troca de apoio monetário para Soraya e seus dois filhos. Zahra incentiva Soraya a recusar a oferta. Soraya, que é mãe de dois filhos com Ali, aceita a oferta.[2][3]

Soraya começa a trabalhar para o viúvo, e Ali planeja usar a circunstância para espalhar mentiras sobre Soraya estar sendo infiel a ele, pois assim ela será apedrejada até a morte e ele poderá se casar novamente. Ali também sabe que, se Soraya morrer, ele não terá que pagar pensão alimentícia. Ali e o mulá iniciam um boato sobre a suposta infidelidade de Soraya, para que eles possam acusá-la de adultério. Um dia, enquanto Zahra está andando na aldeia, ela percebe que um boato se espalhou, de que sua sobrinha está sendo infiel ao seu marido.[2][3]

Ali e o mulá precisam de mais uma "testemunha" para o suposto caso de infidelidade de Soraya, para serem capazes de acusá-la formalmente. Eles visitam o viúvo em sua casa e, usando ameaças, manipulam o viúvo a concordar com a história. Logo depois, Ali arrasta Soraya pelas ruas, batendo nela e publicamente declarando que ela foi infiel. Zahra intervém e leva sua sobrinha, Ali, e o mulá para a casa dela, para conversarem em particular. Eles trazem o viúvo para a casa e, depois que ele mente e diz que eles haviam se envolvido em adultério, um julgamento é marcado. Somente os homens, incluindo o pai de Soraya, são permitidos participar do julgamento, enquanto Soraya está confinada com algumas mulheres na casa de Zahra. Ela é rapidamente condenada. Zahra tenta fugir com Soraya, mas as duas são pegas na saída da aldeia. Ainda assim, Zahra se oferece para trocar de lugar com Soraya. A condenação é confirmada, porém, quando eles estão se preparando para o apedrejamento, o prefeito reza a Deus pedindo um sinal se eles estão ou não fazendo a coisa certa.[4]

Antes do apedrejamento começar, o pai de Soraya a renega e recebe o direito de jogar a primeira pedra. Posteriormente, ele se arrepende. Uma mulher na multidão grita que as várias pedras que não acertam Soraya são um sinal de que ela é inocente, mas nenhum dos homens ouvem. Ali recupera as pedras que não atingiram Soraya e as lança sobre a mulher. Seus dois filhos também são obrigados a atirar pedras. O viúvo recebe duas pedras para atirar, mas cai em lágrimas e não as atira. A multidão finalmente se junta e Soraya é apedrejada até a morte.[2][3]

Zahra é ouvida narrando a história ao jornalista sobre sua sobrinha. Logo, o viúvo chega ao local e informa ao jornalista que seu carro está consertado e que ele pode deixar a aldeia. Um pouco mais tarde, o mulá e o viúvo são informados por Ali que seu casamento com a adolescente não poderá ocorrer, já que ele não conseguiu salvar o pai da jovem da execução. Irritado com o fato de que ele tinha sido coagido por Ali e o mulá a mentir, o viúvo admite que mentiu. Quando o jornalista tenta sair com seus pertences e entrar no seu veículo, que tinha sido consertado pelo viúvo, o mulá ordena a Guarda Revolucionária a detê-lo com uma arma. Eles derramam os pertences de sua bolsa, pegam o seu gravador e destroem todas as fitas. Após o jornalista sair no carro, Zahra aparece saindo de um beco com a verdadeira fita na mão. Homens tentam correr atrás do carro antes do jornalista partir, mas não conseguem alcança-lo. Zahra grita que o Deus que ela ama é grande, e agora o mundo inteiro saberá da injustiça que aconteceu ali.[2][3]

O livro best-seller internacional conta a história de uma das vítimas de apedrejamentos no Irã moderno.[5][6][7]

O marido de Soraya Manutchehri, Ghorban-Ali, era um homem ambicioso, propenso a acessos de raiva. Ele queria uma maneira de sair de seu casamento para se casar com uma menina de 14 anos de idade, mas não estava disposto a sustentar duas famílias ou devolver o dote de Soraya. Quando Soraya começou a cozinhar para um viúvo local, ele encontrou uma maneira de alcançar seu objetivo. Incitado por autoridades da aldeia corruptas, que também colocaram seu pai contra ela, ele acusou a esposa de adultério. Ela foi condenada, enterrada até a cintura e apedrejada até a morte.[8][5][6][7]

Referências

  1. a b Oliver, Christian (10 de março de 2010). «Street Slang Proves Big Hit with Book Lovers». Reuters. Consultado em 10 de outubro de 2013 
  2. a b c d e f «The Stoning of Soraya M. Review». Screen Rant. C. 2009. Consultado em 10 de outubro de 2010 
  3. a b c d e f Harry Forbes and John Mulderig (2009). «The Stoning of Soraya M.». Catholic News Service. Consultado em 10 de outubro de 2010. Arquivado do original em 8 de outubro de 2010 
  4. Google Books (1994). The Stoning of Soraya M. [S.l.]: Arcade Publishing. Consultado em 10 de outubro de 2013 
  5. a b «Iran Death penalty by stoning». New Europe. 28 de março de 2013. Consultado em 10 de outubro de 2013 
  6. a b «Iranians still facing death by stoning despite 'reprieve'». The Guardian. 8 de julho de 2010 
  7. a b «Stoning to Death in Iran: A Crime Against Humanity Carried Out By the Mullahs' Regime» 
  8. «The Stoning of Soraya M.». Amplifyyourvoice.org. 12 de agosto de 2009. Consultado em 9 de maio de 2010. Arquivado do original em 3 de agosto de 2010 
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