Tabernaemontana catharinensis
Tabernaemontana catharinensis | |
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Estado de conservação | |
Não avaliada [1] | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Tabernaemontana catharinensis A.DC. | |
Distribuição geográfica | |
Mapa do GBIF de distribuição da T. catharinensis.
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Sinónimos | |
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Tabernaemontana catharinensis, também conhecida pelos nomes populares jasmim-catavento, jasmim-pipoca e leiteiro-de-folha-fina, é uma árvore da família das Apocináceas nativa da América do Sul. No Brasil a espécie tem ocorrência confirmada nos domínios fitogeográficos de Mata Atlântica e Cerrado nas regiões Nordeste nos estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Sergipe; Centro-Oeste no estado de Mato Grosso do Sul ; Sudeste em todos os estados e Sul em todos os estados. A planta também é nativa da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. É uma árvore que ocorre em área antrópica e Floresta Estacional Semidecidual.[1]
A planta foi descrita pelo botânico suíço Alphonse Louis Pierre Pyramus de Candolle em 1844 e publicada em Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis, mas também foi descrita com outros nomes por outros botânicos.[3]
Características
[editar | editar código-fonte]É uma planta heliófita e higrófila seletiva. Sua floração ocorre de outubro a novembro e seus frutos amadurecem de maio a junho.
É uma árvore lactescente, semidecidual que atinge 3-8 m de altura. Ela é ornamental, pode ser usada tanto em paisagismo como em reflorestamentos mistos de áreas destinadas à preservação. Seu ramos possuem lenticelas. Seu tronco é irregular, possui casca grossa, suberosa com sulcos longitudinais, coloração parda clara e atinge de 25 a 35 centímetros de diâmetro.
As folhas são opostas, simples, glabras ou pubescentes em ambas as faces; apresentam lâminas cartáceas, formato elíptico estreito com ápice agudo, acuminado ou obtuso e atingem tamanho de 4-21 cm e 1-6 cm de comprimento e largura respectivamente. Seu pecíolo é de 1-12 mm de comprimento.
As inflorescências são laxas terminais e apresentam de 5 a 30 flores. As flores são perfumadas de cor branca e abrem durante o dia.
Os frutos são deiscentes, apresentam dois mericarpos separados e muitas sementes envolvidas em um arilo vermelho.
A madeira é leve, macia ao corte, apresenta textura grossa e grã irregular. Ela é pouco resistente ao apodrecimento e ao ataque de insetos. Tem utilidade apenas para caixotaria.[4]
Alguns de seus constituintes químicos são alcalóides: coronaridina, 12-metoxi-Nb-voachalotina, isovoacristina, voacristina, voachalotina, ibogamina, 3-oxoisovoacangina e 3-oxovoacangina; esteróides: β-sitosterol, estigmasterol, campesterol, sitostenona, campestenona e estigmastenona; triterpenos: α e β-amirina e lupeol; fenilpropanoide: éster do ácido coniferílico e uma lignana: siringaresinol.[5]
Sinônimos
[editar | editar código-fonte]Sinônimo | autoridade (botânico) | nacionalidade do botânico | ano da descrição | publicado em |
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Peschiera acuminata | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 43 |
Peschiera affinis | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 40 |
Peschiera affinis var. acuminata | Lucile Allorge | francesa | ||
Peschiera catharinensis | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 41 |
Peschiera hilariana | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 41 |
Peschiera albidiflora | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 39 |
Peschiera australis | John Miers | britânico | 1878 | On the Apocynaceae of South America 46 |
Peschiera australis var. hilariana | Lucile Allorge | francesa | 1985 | Mémoires du Muséum d'Histoire Naturelle 30: 148 |
Tabernaemontana acuminata | Johannes Müller Argoviensis | suiço | 1860 | Linnaea 30: 406 |
Tabernaemontana affinis | Johannes Müller Argoviensis | suiço | 1860 | Flora Brasiliensis 6(1): 83 |
Tabernaemontana affinis var. lanceolata | Johannes Müller Argoviensis | suiço | 1860 | Flora Brasiliensis 6(1): 84 |
Tabernaemontana australis | Johannes Müller Argoviensis | suiço | 1860 | Flora Brasiliensis 6(1): 84 |
Tabernaemontana hilariana | Johannes Müller Argoviensis | suiço | 1860 | Flora Brasiliensis 6(1): 85 |
Tabernaemontana hybrida | Heinrich Raphael Eduard von Handel-Mazzetti | austríaco | 1910 | Asclep. und Apoc. 9, t. 33, f. 1 |
Tabernaemontana salicifolia | Heinrich Raphael Eduard von Handel-Mazzetti | austríaco | 1910 | Denkschr. Akad. Wissensch. 79: (advance separat.) p. 9, t. 33, f. 2 |
Referências
- ↑ a b «Tabernaemontana» (em inglês, espanhol, e português). Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 7 de outubro de 2019
- ↑ «Tabernaemontana» (em inglês). ITIS. Consultado em 7 de outubro de 2019
- ↑ a b «Tabernaemontana catharinensis» (em inglês). Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 7 de outubro de 2019
- ↑ Lorenzi, H. (2009). Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil volume 3. Nova Odessa, SP: Ed. Plantarum. p. 39
- ↑ GONÇALVES, Milena dos Santos. «Constituintes Químicos de Tabernaemontana catharinensis (APOCYNACEAE)»