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Luxação da anca

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 Nota: Este artigo é sobre luxação aguda. Para displasia do desenvolvimento, veja displasia de desenvolvimento da anca.
Luxação da anca
Luxação da anca
Radiografia em que se observa deslocação da articulação na anca esquerda
Sinónimos Luxação do quadril
Especialidade Ortopedia
Sintomas Dor e dificuldade em mover a anca[1]
Complicações Necrose avascular, artrite[1]
Tipos Anterior, posterior[1]
Causas Trauma[1]
Método de diagnóstico Confirmado por radiografia[2]
Condições semelhantes Fratura da anca, displasia de desenvolvimento da anca[3]
Prevenção Cinto de segurança[1]
Tratamento Redução da anca sob anestesia[1]
Prognóstico Variável[4]
Frequência Pouco comum[5]
Classificação e recursos externos
CID-11 189235471
OMIM 142700
DiseasesDB 3056
eMedicine 823471, 86930
MeSH D006617
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Uma luxação da anca (português europeu) ou luxação do quadril (português brasileiro) é uma deslocação da articulação entre o fémur e a bacia.[1] De forma mais específica, é quando a extremidade esférica do fémur se desencaixa do acetábulo da bacia onde está normalmente encaixada.[1] Os sintomas geralmente consistem em dor e incapacidade em mover a anca.[1] Entre as possíveis complicações estão a necrose avascular da anca, lesões no nervo ciático ou artrite.[1]

As luxações são geralmente causadas por traumatismos significativos, como os que resultam de acidentes de viação ou quedas de elevada altura.[1] Em muitos casos ocorrem também outras lesões associadas.[2][6] As luxações da anca podem também ser o resultado de uma substituição da anca ou de uma anomalia do desenvolvimento denominada displasia de desenvolvimento da anca.[7] O diagnóstico é geralmente confirmado com radiografias simples.[2]

Entre as medidas de prevenção está a utilização do cinto de segurança.[1] O tratamento de emergência geralmente segue os procedimentos de suporte avançado de vida no trauma,[2] geralmente seguido de redução ortopédica da anca realizada sob anestesia.[1] Posteriormente à redução, recomenda-se a realização de uma TAC para excluir complicações.[8] Quando não é possível reduzir a articulação por outros meios pode ser necessária cirurgia.[2] Em muitos casos a recuperação demora meses.[1] [9]

As luxações da anca são pouco comuns.[5] A condição afeta mais homens do que mulheres.[3] A ocorrência de luxações traumáticas é mais comum entre os 16 e 40 anos de idade.[4] As primeiras descrições da condição na literatura médica datam do início do século XIX.[2]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n «Hip Dislocation». AAOS. Junho de 2014. Consultado em 7 de junho de 2018 
  2. a b c d e f Beebe, MJ; Bauer, JM; Mir, HR (julho de 2016). «Treatment of Hip Dislocations and Associated Injuries: Current State of Care.». The Orthopedic Clinics of North America. 47 (3): 527–49. PMID 27241377. doi:10.1016/j.ocl.2016.02.002 
  3. a b Blankenbaker, Donna G.; Davis, Kirkland W. (2016). Diagnostic Imaging: Musculoskeletal Trauma E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 495. ISBN 9780323442954 
  4. a b 1967-, Egol, Kenneth A. (2015). Handbook of fractures. Koval, Kenneth J., Zuckerman, Joseph D. (Joseph David), 1952-, Ovid Technologies, Inc. 5th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer Health. p. Chapter 27. ISBN 9781451193626. OCLC 960851324 
  5. a b «Hip Dislocation». www.orthobullets.com (em inglês). Consultado em 7 de junho de 2018 
  6. Clegg, TE; Roberts, CS; Greene, JW; Prather, BA (abril de 2010). «Hip dislocations--epidemiology, treatment, and outcomes.». Injury. 41 (4): 329–34. PMID 19796765. doi:10.1016/j.injury.2009.08.007 
  7. Callaghan, John J.; Rosenberg, Aaron G.; Rubash, Harry E. (2007). The Adult Hip (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 1032. ISBN 9780781750929 
  8. «Hip Dislocations». Merck Manuals Professional Edition (em inglês). Agosto de 2017. Consultado em 7 de junho de 2018 
  9. Clarke, Sonya; Santy-Tomlinson, Julie (2014). Orthopaedic and Trauma Nursing: An Evidence-based Approach to Musculoskeletal Care (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 292. ISBN 9781118438848 

Ligações externas

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