Soneto 38
Soneto 38 |
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How can my muse want subject to invent, |
–William Shakespeare |
O Soneto 38 foi escrito por William Shakespeare e faz parte dos seus 154 sonetos. A crítica considera que, assim como vários outros sonetos de Shakespeare, este é mais um dos que são endereçados a um jovem do sexo masculino.
Traduções
Na tradução de Diego Raphael,
- Como pode querer tema minha Musa,
- Se vives e ao meu verso estás doando
- Teu próprio tema sem que reproduza
- Algum papel vulgar tal brilho brando?
- Oh! louva-te a ti mesmo, se algo em mim
- Achares de valor com olhar honrado;
- Pois quem tão vil será que não, enfim,
- Fala de ti, se és luz de todo achado?
- Sê então a Musa dez, que vale dez
- Vezes do rimador as nove herdades,
- E àquele que te invoca deixa a vez
- P'ra que seu verso dure à eternidade.
- Se a minha Musa vale por memória,
- É meu o esforço, mas é tua a glória.[1]
Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta,
- Como pode minha Musa inventar seus motivos,
- Enquanto vives a derramar em meu verso
- Teu doce argumento, sublime demais
- Para ser traçado sobre um papel comum?
- Ah, agradeça a ti mesma, se em mim
- Persiste o alento que se sustenta à tua frente;
- Somente o estúpido não poderia te escrever,
- Quando tu mesma dás luz à invenção?
- Sê a décima musa, dez vezes mais valiosa
- Do que as outras nove antigas que os poetas invocam;
- E aquele que te chamar, faze com que traga
- Eternos versos que vivam por um longo tempo.
- Se à minha leve Musa agradar esses curiosos dias,
- Minha será a dor, mas tua será a rima.[2]
Referências
- ↑ [1]
- ↑ Thereza Christina Rocque da Motta (tradutora), SHAKESPEARE, William. 154 Sonetos. Em Comemoração Aos 400 Anos Da 1ª Edição 1609-2009. Editora Ibis Libris, 1ª edição, 2009. ISBN 8578230264
- Alden, Raymond. The Sonnets of Shakespeare, with Variorum Reading and Commentary. Boston: Houghton-Mifflin, 1916.
- Baldwin, T. W. On the Literary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
- Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
- Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
- Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.
- Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
- Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
- Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.
- Engle, Lars (2007). William Empson and the Sonnets: A Companion to Shakespeare's Sonnets. Blackwell Limited, Malden.
- Evans, G. Blakemore, Anthony Hecht, (1996). Shakespeare's Sonnets. Cambridge University Press, Cambridge.
- Hammond, Paul (2002). Figuring Sex Between Men from Shakespeare to Rochester. Clarendon, New York.
- Hubler, Edwin (1952). The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton University Press, Princeton.
- Kerrigan, John (1987). Shakespeare's Sonnets. Penguin, New York.
- Knights, L. C. (1967). Shakespeare's Sonnets: Elizabethan Poetry. Paul Alpers. Oxford University Press, Oxford.
- Lopez, Jeremy (2005). Sonnet 35. Greenwood Companion to Shakespeare. pp. 1136-1140.
- Matz, Robert (2008). The World of Shakespeare's Sonnets: An Introduction. Jefferson, N.C., McFarland & Co..
- Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
- Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
- Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.
Ligações externas
- «Análise do soneto». (em inglês)