- "Você está indo para o lado errado. Westeros é para o oeste."
- ―Tyrion Lannister, para Sor Jorah Mormont
Westeros é um vasto continente localizado no extremo oeste do mundo conhecido. Essos fica ao leste, separado pelo Mar Estreito; no nordeste localiza-se o Mar Tremente; ao sul do continente ficam as Ilhas de Verão, separadas pelo Mar de Verão; e ao oeste fica o Mar do Poente e terras nunca antes exploradas. As pessoas nascidas em Westeros são chamadas de westerosi.
Pela maior parte de sua história, Westeros foi dividida em diferentes reinos distintos, cada um separado de forma política e geográfica. Quando Aegon, o Conquistador pousou onde seria futuramente Porto Real, haviam sete diferentes reinos dominantes no continente, o Reino do Norte, do Rochedo, da Tempestade, da Campina, da Montanha e do Vale, das Ilhas e dos Rios e o Principado de Dorne. Aegon tomou e unificou seis dos sete reinos que haviam na época, formando a regência dos Sete Reinos. Dorne, o último dos reinos que havia resistido a Aegon I, se uniu aos Sete Reinos por casamento quase dois séculos depois.
Durante a Guerra dos Cinco Reis, o continente foi assolado por diferentes facções lutando pelo controle do Trono de Ferro―que simbolizava o poder do governante de Westeros―e por independência de certas regiões, como o Reino do Norte e das Ilhas de Ferro. Após um árduo inverno apenas o Reino do Norte prevaleceu com sua independência, e os Sete Reinos foram reformulados em Seis Reinos, com uma mudança geral na política de poder do continente.
Após a Guerra da Conquista, aquele que controlava os Sete-agora-Seis Reinos passou a assumir o título de Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete/Seis Reinos e Protetor do Território. No Reino do Norte, prevalece o Rei ou Rainha do Norte. Atualmente os Seis Reinos de Westeros vivem uma monarquia eletiva onde o Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens é escolhido pelos nobres do continente, com exceção dos nortenhos. O Rei Brandon I, o Quebrado detém o título de Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens, enquanto a Rainha Sansa Stark governa o Norte.
As terras da Dádiva no Norte pertencem a Patrulha da Noite, que controla a Muralha. Para lá da Muralha vivem o povo livre e diversas regiões inexploradas pelo homem, como a Terra de Sempre Inverno.
Geografia[]
- "Quando olhava para o leste, ele via o passado, velho, fatigado, morto. Mas quando olhava para o oeste, ele via o futuro: ouro no solo, ouro nos campos e nenhum dragão no céu além dos seus."
- ―Viserys Targaryen, sobre Aegon I, o Conquistador
Westeros é um continente vasto e ligeiramente estreito, estendendo-se do sul de Dorne até as terras para lá da Muralha, onde presume-se que esteja a calota polar.[1] O território do extremo-norte para lá da Muralha permanece amplamente desconhecido devido às suas baixas temperaturas e seus hostis habitantes, os selvagens.[2]
Suas fronteiras na costa leste são separadas de Essos pelo Mar Estreito e pela cadeia de ilhas conhecidas como os Degraus,[3][4] onde outrora foi uma ponte de terra.[5] Ao sul, além do Mar de Verão, encontra-se as Ilhas de Verão.[precisa de fontes]
No Norte e para lá da Muralha são comuns cadeias de montanhas geladas e com neve, porém o em si Norte ainda possuí uma geografia variada de planícies, florestas e cavernas, estendendo-se do sul da Muralha até o Gargalo;[6] o Vale de Arryn, no leste de Westeros, também possuí sua cadeia de montanhas rochosas que servem não só de defesa para invasores, como moradia das tribos das montanhas e limite geográfico natural da região, estendendo-se até o Tridente no oeste;[7] Dorne é dona de vastos desertos e campos áridos e secos, localizados no extremo sul do continente;[8] a Campina, no sudoeste, possuí diversas planícies e plantações,[9] com matos secos em diferentes regiões pela Estrada do Ouro;[10][11] as Terras Ocidentais também são ricas em montanhas no extremo oeste, mas é principalmente rica em florestas que percorrem até as Terras Fluvais no centro de Westeros,[12] região mais plana e com a maior riqueza de rios, peixes e animais;[13] entre o Norte e as Terras Fluviais encontra-se o Gargalo, que limita o Norte e as terras do sul. É uma região estreita e úmida rica em pântanos e répteis. Dizem as lendas que antigamente o Gargalo era tão seco e fértil quanto o Norte, mas se deteriorou em um pântano graças a guerra entre os primeiros homens e os filhos da floresta;[14][6] as Ilhas de Ferro são um conglomerado de ilhas rochosas e pobres em recursos localizadas no noroeste de Westeros, casa dos homens de ferro;[15] as Terras da Tempestade, no sudeste, são ricas em planícies rochosas, florestas ao norte da região, e em ilhas próximas as suas encostas, como Tarth;[16] por fim, acima das Terras da Tempestade e abaixo do Vale e das Terras Fluviais encontra-se as Terras da Coroa, casa do Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, em uma região que foi disputada por anos por diferentes reinos, especialmente o Reino da Tempestade e das Ilhas e dos Rios.[precisa de fontes] Quando Aegon I conquistou Westeros, fez do local onde pousou sua capital, Porto Real, que se manteve até os dias de hoje como capital dos Seis Reinos e maior cidade de Westeros.[17] As Terras da Coroa possuem uma geografia montanhosa variada e rica em florestas, rios e lagos.[3]
- "A maioria esperava que Aegon ficasse e fizesse de Vilavelha sua sede, mas logo após sua coroação, Aegon retornou à foz da Torrente da Água Negra, onde pisara em Westeros pela primeira vez. Desde então, uma pequena cidade se desenvolvera ao redor de seu forte primitivo. Em honra a seu novo mestre, os habitantes a chamaram de "Porto Real", embora parecesse mais adequada para um cavaleiro andante, com paliçadas de madeira, ruas enlameadas e pilhas de espadas destroçadas de todos os cantos da conquista."
- ―Viserys Targaryen
As terras do Norte de Westeros são menos densamente povoadas do que as do sul, apesar de ter tamanho equivalente.[6] As cinco principais cidade, da maior à menor, são: Porto Real, Vilavelha, Lannisporto, Vila Gaivota e Porto Branco.[3][18][12][19][6] Fora das cidades, a população de Westeros vive em fazendas, aldeias, castelos, moinhos, casas e até mesmo vagando pelo país.
Divisão política[]
- "Juntos, os Sete Reinos formavam Westeros, um reino que ainda não era um reino, governado por famílias que não conheciam sua grandeza. Aegon lhes ensinaria."
- ―Viserys Targaryen, sobre a divisão política de Westeros antes da conquista de Aegon
Westeros era originalmente dividida em vários reinos independentes antes da unificação ocorrida na Guerra da Conquista. O próprio Norte chegou a ter mais de cem reinos durante uma época da história do continente.[20] Após a Conquista de Aegon, todas as nações ao sul da Muralha―exceto Dorne―ficaram sob a monarquia da Casa Targaryen e conhecidas como os Sete Reinos.[17] Após o casamento do Rei Daeron II Targaryen com a Princesa Myriah Martell, e da Princesa Daenerys com Príncipe Maron Martell, a nação mais ao sul veio a se unir aos Sete Reinos.[21] Com o fim do Grande Conselho de 305 d.C., o Norte voltou a ser um reino independente e a monarquia de Westeros foi reformulada nos Seis Reinos.[22]
A terra da Dádiva ao norte pertence a Patrulha da Noite para seu sustento.[23] A própria Muralha é guarnecida pela Patrulha em dezenove castelos, apesar de apenas dois deles ainda estarem funcionado e com um,[24] Atalaialeste do Mar, tendo sido completamente destruído pelos Caminhantes Brancos.[25] Para lá da Muralha, os selvagens dominam sem nenhum tipo de governo a região extremamente hostil e perigosa, com a grande parte da Terra de Sempre Inverno ainda desconhecida.[6] Raramente, um Rei para lá da Muralha aparece para tentar unir as tribos do povo livre e marchar contra a Patrulha da Noite, em busca de terras ao sul da Muralha para melhor qualidade de vida.[26]
Clima e estações[]
- "Está quente. Em dias como este, eu invejo vocês nortenhos com suas neves de verão."
- ―Grande Meistre Pycelle, para Lorde Eddard Stark, sobre o clima de verão nas Terras da Coroa
O clima de Westeros passa do deserto árido e seco de Dorne até a imensidão gelada do Norte. Westeros e Essos compartilham estações climáticas extremamente longas e de comprimento variável, sendo que cada estação dura no mínimo dois anos cada uma, porém podendo se estender a mais de uma década.[3][27]
Os meistres tentam prever a duração das estações monitorando a temperatura e a duração dos dias, para aconselhar sobre quanto plantar, quando colher, e quando começar a estocar. No entanto, dada a natureza aleatória das estações, sua palavra não pode ser levada como certeza.[precisa de fontes] Quando há uma mudança de estação, corvos brancos voam da Cidadela em Vilavelha para alertar os nobres.[28]
Para lá da Muralha é sempre neve,[27] com invernos sendo mais rigorosos do que em qualquer outro lugar do continente.[29] O Norte e a Dádiva são sempre frios mesmo durante o verão e a primavera, porém pouca neve é encontrada nestas estações.[3][23] As famosas neves de verão surgem de vez em quando mas pouco interfere na vida dos nortenhos.[29] Durante o outono e o inverno no entanto, a região se torna bastante difícil e hostil, com neves fundas e pouca colheita.[6] O Gargalo possui um clima pantanoso e úmido.[14] O clima mais ameno fica no centro do continente de Westeros, entre as Terras Fluviais até a Campina, sendo regiões extremamente férteis durante a maior parte do tempo, e ricas em fauna e flora.[13][9] Dorne por outro lado é um deserto arenoso e quente a maior parte das estações.[21] Nas Terras da Tempestade e nas Ilhas de Ferro encontra-se um clima mais frio e chuvoso, com fortes ventos próximo as encostas da região.[16][15]
População[]
- "Na Era da Aurora de Westeros, antes da chegada dos homens e do erguimento de castelos e cidades, havia apenas os filhos da floresta."
- ―Bran Stark
Westeros foi originalmente habitada por diferentes raças, dentre elas as conhecidas sendo os filhos da floresta e os Gigantes. Eles viviam em harmonia com a terra e a natureza, rezando para os Deuses Antigos da Floresta. Quando os primeiros homens vieram, uma guerra se iniciou e a raça dos Caminhantes Brancos surgiu. Somente com a união entre os filhos e os primeiros homens que os vivos sobreviveram a Longa Noite. Um Pacto foi feito entre as duas raças na Ilha das Caras para um acordo de paz. Mais tarde, os ândalos chegariam para causar mais conflito, afastando os filhos da floresta e os Gigantes para lá da Muralha. Os primeiros homens do Norte resistiram ao avanço dos ândalos, e eventualmente eles conseguiram viver em acordo.[30] Os Roinares eventualmente surgiram no extremo sul de Westeros e estabeleceram-se lá.[31] Alguns dos primeiros homens formaram os homens de ferro nas Ilhas de Ferro ao oeste,[32] enquanto alguns valirianos passariam a se estabelecer em regiões ao leste do continente. Com a Destruição de Valíria, os últimos valirianos de sangue puro sobreviventes estavam em Westeros estabelecendo suas Casas nobres, como os Velaryon e os Targaryen.[33][34]
Filhos da floresta[]
- "Na Era da Aurora de Westeros, antes da chegada dos homens e do erguimento de castelos e cidades, havia apenas os filhos da floresta."
- ―Bran Stark
Um dos seres primordiais a habitarem Westeros, os filhos da floresta eram pequenos, verdes e em harmonia com a natureza. Eles seguiam o que seria futuramente conhecido como a religião dos Deuses Antigos da Floresta, caçavam com armas de vidro de dragão, e eram baixo em estatura, não sendo maiores que uma criança humana dos primeiros homens. Os filhos foram responsáveis por esculpirem rostos nos represeiros, criando as árvore-coração.[30] Lendas também dizem que eles ajudaram Bran, o Construtor a erguer a Muralha com sua magia.[35] Após o Pacto com os primeiros homens, que encerrou o conflito entre as duas raças, os filhos da floresta em grande parte pereceram para os ândalos em sua invasão.[30] Secretamente, eles foram responsáveis pela criação dos Caminhantes Brancos durante sua guerra contra os primeiros homens.[36] Os poucos filhos da floresta restantes passaram a viver para lá da Muralha. O último vidente verde passou a se aliar com os filhos na intenção de se protegerem do retorno dos Caminhantes Brancos durante o período da Guerra dos Cinco Reis.[37] Os últimos filhos da floresta morreram defendendo Brandon Stark.[36]
Gigantes[]
Uma das raças mais antigas a habitar Westeros, os gigantes são o oposto dos filhos da floresta em questão física. São grandes e fortes, e falam a Língua Antiga. Culturalmente distintos do resto das raças que habitavam Westeros, os gigantes são tímidos porém extremamente violentos quando necessários. Assim como os filhos da floresta, em algum momento da história eles se afastaram para lá da Muralha. Durante a Invasão Selvagem de Mance Rayder, os gigantes se aliaram ao Rei para lá da Muralha para marcharem contra a Patrulha da Noite e retomarem suas terras ao sul.[38] É possível que ainda haja gigantes vivendo para lá da Muralha, porém os últimos conhecidos morreram em guerras contra os primeiros homens e os Caminhantes Brancos.[39][40]
Primeiros homens[]
- "Séculos de guerra se passaram, e os ândalos conquistaram cada reino de Westeros, exceto um—o Norte. Os Reis do Inverno foram capazes de resistir à invasão Ândala. Os descendentes dos primeiros homens habitam lá até hoje e continuam adorando os deuses antigos."
- ―Bran Stark
Os primeiros homens chegaram em Westeros pelo Braço de Dorne. Eles caçavam com armas de bronze e rapidamente entraram em guerra contra os filhos da floresta devido a sua natureza violenta. Os primeiros homens eram descritos como sendo mais peludos e morenos que os ândalos. Eventualmente, após o Pacto, os primeiros homens aceitaram a religião dos filhos da floresta e passaram a ter uma árvore-coração em seus castelos por toda Westeros. Quando os ândalos invadiram o continente, apenas os primeiros homens do Norte resistiram sua investida. No sul, os ândalos dominaram as terras e destruíram a religião dos Deuses Antigos da Floresta na maior parte do continente.[30] Ao longo dos anos houve muita miscigenação entre os primeiros homens e os ândalos, porém ainda é possível distingui-los por suas características físicas ou por linhagem. Geralmente é considerado descendente dos primeiros homens aqueles nascidos no Norte, enquanto nas outras regiões de Westeros é mais aceito que as pessoas sejam descendentes de ândalos. Em Dorne, os Roinares já tem domínio mais recente na história de Westeros.
Caminhantes Brancos[]
- "Medo é para a Longa Noite, quando o sol se esconde por anos e as crianças nascem, vivem e morrem, tudo na escuridão. Este é o tempo para medo, pequeno senhor, quando os Caminhantes Brancos se movem pelas florestas."
- ―Velha Ama
Criados pelos filhos da floresta para combaterem os primeiros homens, os Caminhantes Brancos eram em si originalmente primeiros homens prisioneiros dos filhos.[36] São criaturas de gelo frias e perigosas, que se tornaram lendárias em Westeros ao longo dos anos, com muitos perdendo a crença em sua existência. Não se sabe se os Caminhantes vem com a tempestade de neve ou se eles a trazem, porém seu único objetivo é a morte de toda vida em Westeros. Seu líder é o Rei da Noite, aquele que busca trazer busca apagar a história dos homens.[41] Não se sabe como vivem necessariamente, pois são seres artificiais criados para o combate e extinção dos homens. Durante a guerra dos primeiros homens e os filhos da floresta, os Caminhantes se voltaram contra seus criadores e foram derrotados em uma união entre as duas raças opostas. Expulsos para a Terra de Sempre Inverno, os primeiros homens ergueram a Muralha contra o retorno dos Caminhantes Brancos.[26] O Rei da Noite começou a expandir seu exército usando necromância para ter criaturas ao seu favor, e usando filhos de um homem chamado Craster para criar mais Caminhantes Brancos.[3][42] Muitos selvagens, como o próprio Craster, os consideram deuses.[43] No entanto, para os seguidores de R'hllor, os Caminhantes são crias do Grande Outro e seus seguidores, a divindade oposta do Senhor da Luz e cujo o nome não pode ser pronunciado.[44] Os Caminhantes Brancos foram enfim extintos durante um ataque a Winterfell, quando Arya Stark cravou uma adaga de aço valiriano no coração do Rei da Noite, destruindo todos os seus seguidores no processo.[40]
Homens de ferro[]
- "Desde a Era da Aurora, os homens de ferro seguem o Deus Afogado, que arrancou o fogo do mar e nos fez invadir, saquear e gravar nossos nomes em sangue e canção."
- ―Yara Greyjoy
Um povo que valorizava o Costume Antigo, os homens de ferro sempre viveram nas Ilhas de Ferro, um lugar inóspito e duro, com uma difícil qualidade de vida. Dessa forma, eles viviam em grande parte de saques e roubos, estupro e sequestro, dentre outras ações consideradas ilegais para o restante de Westeros. Os homens de ferro possuíam uma assembleia de homens livres para escolherem seu líder antes da chegada dos Targaryen e da ascensão ao poder da Casa Greyjoy, onde capitães de diferentes navios faziam um caso em seu favor para serem votados como novos Reis das Ilhas de Ferro.[45][32]
Ândalos[]
- "Mas o Pacto não pôde resistir à invasão dos ândalos—uma raça de guerreiros altos e louros."
- ―Bran Stark
Antigamente um povo alto, forte, loiro e violento, os ândalos vieram de uma terra de mesmo nome em Essos trazendo a Fé dos Sete para Westeros. Após séculos de guerra e conquista, os ândalos dominaram boa parte do sul do continente e espalharam sua cultura para quase toda Westeros, incluindo nas regiões que não conquistaram do Norte. Os ândalos eram um povo tecnologicamente mais avançado que os primeiros homens e os filhos da floresta, e encontraram uma conquista fácil em suas terras. Atualmente é o povo mais predominante nos Seis Reinos, e culturalmente o mais presente em Westeros.[30]
Roinares[]
- "Temendo um destino parecido, outra governante roinar, a Princesa Nymeria, conduziu seu próprio povo a cada navio, esquife e jangada que tinham e fugiu de Essos. Eventualmente, depois de muito sofrimento, eles desembarcaram na ensolarada e seca Dorne."
- ―Varys
Um povo antigo que vivia do rio Roine, os Roinares eram um povo de cultura diferente, com venerações a deuses estranhos aos westerosi. Eram em sua maioria pescadores, comerciantes, estudiosos, trabalhadores de madeira, pedra e metal, e capazes de erguer cidades desde a nascente do rio até sua foz. Após a ascensão dos senhores dragão na Antiga Valíria, a Princesa Nymeria liderou os roinares em dez mil navios até Dorne, a região mais ao sul do continente de Westeros dominada por guerras de poder. Nymeria apoiou a Casa Martell, se casando com seu Príncipe, e juntos eles conquistaram a região.[31][5] A Casa Nymeros Martell domina Dorne até os dias de hoje,[22] e a cultura Roinare se espalhou pelos povos mais ao sul de Westeros. Apesar de ter se mesclado com a cultura dos ândalos, assim como os primeiros homens, graças a uniões matrimoniais, os dorneses até hoje são considerados um povo distinto do restante westerosi, quebrando tabus que rondavam a toda nação antiga dos Sete Reinos, tais como monogamia, bastardia, e até mesmo incesto.[5][21][46]
Valirianos[]
- "Há milhares de anos, enquanto o restante dos homens orava aos deuses, os valirianos se tornavam os deuses. Através da magia ou da pura vontade, eles dominaram as maiores criaturas na história."
- ―Viserys Targaryen
Algumas casas nobres da Antiga Valíria se estabeleceram em Westeros anos antes de sua Destruição, tais como a Casa Targaryen e Velaryon. Eles sobreviveram as calamidades que atingiram sua antiga terra natal e se tornaram parte da história do mundo conhecido.[47] Os valirianos de Westeros eventualmente se adaptaram aos costumes e religiões westerosi, como a Fé dos Sete, leis de hospitalidade, dentre outros, especialmente após a Guerra da Conquista.[17] No entanto, alguns costumes valirianos se mantiveram dentro de tais casas, como o casamento incestuoso e, por um tempo, a poligamia.[48] Uma característica marcante nos Targaryen e, por consequência, alguns membros da Casa Velaryon que se casaram com Targaryens, eram sua habilidade de montar dragões.[34][4] Isso no entanto foi desaparecendo com o passar dos anos por diferentes fatores, levando os dragões a entrarem em extinção por quase um século.[49] Após a queda da Dinastia Targaryen pelas mãos dos Baratheon e a subsequente morte de seus dois últimos membros,[50][51][22] poucas casas e costumes valirianos sobraram nos Seis Reinos de Westeros.
Fauna e flora[]
- "Deuses, isso que é terra. Metade de mim queria deixar tudo para trás e continuar seguindo."
- ―Rei Robert I Baratheon, para Lorde Eddard Stark
Devido a sua densidade geográfica e variação constante de climas, a fauna e flora de Westeros varia de acordo com a região. Para lá da Muralha e em boa parte do Norte, carvalhos mais escuros e florestas densas são bastante comuns,[3] com fortes cadeias montanhosas próximo a Terra de Sempre Inverno,[42] planícies montanhosas no centro do Norte,[3] e pântanos úmidos próximos ao Gargalo.[52] Animais no Norte precisam de maior cuidado para sua criação por parte de fazendeiros, devido as condições hostis e difíceis da região. Cavalos e porcos por exemplo, são criados sob supervisão de fazendeiros,[23][28] enquanto na vida selvagem é mais comum animais com bastante pelagem para se protegerem contra o frio, como lobos e ursos.[3][53] Além disso, alguns primos distantes de certos animais se adaptaram melhor a natureza hostil da região, sendo ainda comum encontrar para lá da Muralha lobos gigantes e ursos da neve.[3][54] Por ser uma região pantanosa, no Gargalo é comum encontrar répteis e predadores venenosos.[precisa de fontes]
Nas Terras Fluviais, florestas úmidas e densas são o principal cenário da região, com córregos, rios e lagos presentes em todo o centro do continente westerosi.[13] Peixes são uma forma muito comum de alimento para os habitantes das Terras Fluviais, apesar de que outros animais como coelhos são famosos entre os caçadores e viajantes.[55] No Vale, predomina-se montanhas altas e frias, com as Tribos das Montanhas vivendo nas densas florestas que contornam a região montanhosa e descendo pela estrada para atacar viajantes desavisados.[56] Animais voadores como águias e falcões são comuns na região.[57] As Terras Ocidentais parecem uma junção geográfica tanto do Vale quanto das Terras Fluviais, possuindo cadeias montanhosas―porém não tão altas, úmidas e perigosas quanto as do Vale―e densas florestas―porém não tão úmidas e proeminentes quanto as das Terras Fluviais. Grande parte da população das Terras Ocidentais concentram-se no litoral da região. Animais selvagens como leões também fazem parte da fauna local.[58]
Sendo um conglomerado de ilhas pedregosas e ventosas, não há muita fauna e flora nas Ilhas de Ferro. Considerado um lugar duro de se viver, as Ilhas dependem muito da pesca e exploração para seu sustento.[59] Nas Terras da Coroa há uma variação maior de terreno, com florestas, montanhas, praias e um clima ameno. Caça era um esporte bastante valorizado principalmente nas antigas famílias reais como os Targaryen e os Baratheon.[4][51] Nas Terras da Tempestade é comum ver grandes planícies e ventos fortes jogando água nas encostas montanhosas no litoral da região.[43] Enquanto isso em Dorne predomina-se o clima seco e desertos extensos, com regiões onde há capim seco cobrindo largas distâncias de terra. Animais em Dorne também são mais resistentes, como corcel de areia, que se adaptou ao clima severo da região. Dorne também possuí praias enormes, porém não há indícios de tubarão nas encostas da região.[8][5]
Sendo considerada a região mais fértil de Westeros, a Campina é rica em fazendas cheias de plantação e gado. É a região responsável pelo abastecimento de boa parte de Westeros principalmente em tempos de crise como guerras ou o inverno.[9]
Animais e plantas são usados como alimento em Westeros por gerações.[3] Animais carnívoros não costumam serem consumidos geralmente, e algumas carnes como a de cavalo não são comuns entre o povo westerosi―diferente dos Senhores de Cavalo Dothraki por exemplo―e há certo receio em comer carne de outros animais onívoros como cachorros.[60][27] Plantas também possuem uso medicinal em Westeros, como leite de papoula,[61] ou para venenos.[62] A troca de alimento por dinheiro ocorre por todo continente, exceto na maior parte para lá da Muralha, que prioriza a busca por alimentos através da caça.[precisa de fontes]
História[]
Era da Aurora[]
- "Aos primeiros homens seria garantido domínio sobre o litoral, as montanhas, os planaltos e os pântanos, mas as profundezas das florestas pertenceria para sempre aos Filhos e nenhum represeiro seria cortada pelo machado dos homens."
- ―Bran Stark
Sabe-se que durante a Era da Aurora, os filhos da floresta e os gigantes dividiam as terras westerosi, apesar de que não sem conflitos. Os filhos viviam em harmonia com a terra e a natureza e do que proviam a eles.[30] Os primeiros homens chegaram onde hoje seria chamado o Braço de Dorne,[5] iniciando uma guerra contra os filhos. Os primeiros homens queimaram seus represeiros sagrados e massacraram seu povo buscando a dominação do continente. Após milênios de guerra, um Pacto sagrado foi criado entre as duas raças, e foi-se decidido que as florestas profundas pertenceriam para sempre aos filhos, mas os primeiros homens teriam domínio das montanhas, planaltos, litoral e pântanos, e a religião dos filhos seria adotada pelos primeiros homens.[30]
Era dos Heróis[]
- "Estas histórias não foram registradas em um livro, mas passadas de geração para geração através de histórias e canções. E enquanto algumas delas podem ser consideradas contos de fadas, cada um dos Sete Reinos é definido por elas."
- ―Bran Stark
A Era dos Heróis começou com o Pacto sendo selado na Ilha das Caras e durou até próximo ao início da Invasão Ândala. Ela foi definida pelo surgimento de diversas lendas e origem de casas nobres que perduraram por séculos. A divisão de reinos e política de Westeros começou também nesta época, com diversos império nascendo e caindo rapidamente através do continente. Figuras como Bran, o Construtor, Lann, o Esperto e Durran Desgosto-Divino supostamente viveram durante a Era dos Heróis de acordo com as lendas, e foram capazes de feitos incríveis moldando Westeros para algo mais próximo dos dias recentes. Porém, nenhum destes contos foi de fato escrito em livros, e passaram pelas gerações através de histórias, canções e mitos. Dessa forma, muito do que aconteceu na Era dos Heróis é levado com uma atenção redobrada pelos Meistres e estudiosos de Westeros nos dias de hoje.[35]
Durante este período supostamente ocorreu a Longa Noite, onde os Caminhantes Brancos cavalgaram por Westeros trazendo consigo um inverno que durou uma geração.[29] Graças ao esforço combinado de alguns primeiros homens e dos filhos da floresta, a Batalha da Alvorada ocorreu com a vitória dos vivos. Dessa forma, uma enorme Muralha de gelo foi erguida no Norte, no intuito de defender Westeros de outra invasão dos Caminhantes. Uma ordem de guerreiros conhecida como Patrulha da Noite também foi fundada para guardar a Muralha e guarnecer os reinos dos homens.[63]
Eventualmente os ândalos cruzaram o Mar Estreito e entraram pelos Dedos no Vale, iniciando uma nova era em Westeros.[30][7]
Guerras e conflitos[]
- "Os invasores destruíram a maior parte dos represeiros nas terras sulistas, massacraram os filhos da floresta onde que que os encontrassem, e conquistaram todos os reinos dos primeiros homens, exceto o Norte. Com o tempo, a Fé dos Sete se disseminou como fogo-vivo pela terra."
- ―Bran Stark
Ao longo dos anos até antes da Guerra da Conquista, Westeros enfrentou uma série de conflitos e mudanças. A Invasão Ândala moldou culturalmente o continente, com os guerreiros estrangeiros tomando as terras ao sul dos primeiros homens e matando os filhos da floresta que encontraram, além de espalharem sua religião nova por todo continente. O Norte resistou aos avanços dos ândalos, e os últimos filhos e gigantes fugiram para lá da Muralha. Por fim, após séculos de luta, os ândalos desistiram de tomar o Norte e foram conquistando espaço entre os primeiros homens ao longo dos anos com casamentos entre famílias nobres. Westeros então foi dominada por uma nova cultura, e com exceção do Norte, que mantinha o Costume Antigo e sua antiga religião, a Fé dos Sete se instaurou pelo continente, junto com a cultura ândala.[30] Com o avanço dos valirianos em Essos, os Roinares mais tarde se juntaram a população westerosi também, se estabelecendo em Dorne e criando outra divisão cultural, apesar de que a Fé dos Sete eventualmente encontrou suas raízes também entre alguns Roinares.[31]
- "Nós, Lannisters, descendemos dos invasores ândalos e, através da linhagem feminina, de Lann, o Esperto."
- ―Lorde Tywin Lannister
Muitas das casas nobres sulistas que possuíam descendência dentre os primeiros homens passaram a ter mais sangue Ândalo que o primeiro, tal como a Casa Lannister. E graças as estratégias ândalas de casamento, cada vez mais Westeros via reinos sendo melhores estabelecidos.[64]
- "Então, os descendentes de Aenar estabeleceram-se nela como se fosse o túmulo de sua pátria perdida… até Aegon. Quando olhava para o leste, ele via o passado, velho, fatigado, morto. Mas quando olhava para o oeste, ele via o futuro: ouro no solo, ouro nos campos e nenhum dragão no céu além dos seus."
- ―Viserys Targaryen
Cerca de 300 anos antes da Guerra dos Cinco Reis, Aegon Targaryen, um dos últimos montadores de dragão, levou seus olhos até Westeros, vendo nela uma terra rica para conquista.[33] Aegon e suas irmãs travaram uma extensa conquista por todo o continente e formaram os Sete Reinos com base nos reinos que já existiam na época, o Reino do Norte, do Rochedo, das Montanhas e do Vale, da Campina, da Tempestade, das Ilhas e dos Rios e o Principado de Dorne.[65] Todos caíram ou se renderam ao poder dos dragões e da Casa Targaryen exceto Dorne, que venceu a investida de Aegon e levaram consigo sua irmã Rhaenys e sua dragão Meraxes.[66] Dessa forma, Aegon foi o primeiro Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Território, mudando para sempre a forma de governo em Westeros com uma monarquia hereditária unificada. Os Sete Reinos haviam se tornado um só sob o domínio da casa do dragão.[17]
Dinastia Targaryen[]
- "Após a Conquista, quando os homens olhavam para cima, viam dragões. Os nobres aprenderam a manter os olhos abaixados, mas os deuses não estavam acostumados a compartilhar os céus."
- ―Viserys Targaryen
A Dinastia Targaryen durou cerca de três séculos.[N 1] Diversas guerras e conflitos aconteceram em seu reino, assim como muitas reformas e mudanças na estrutura geral de Westeros como um estado político. Devido as diferenças culturais entre os valirianos, que possuíam casamentos incestuosos e poligamia, e os ândalos, que dominavam culturalmente e religiosamente a maior parte dos Sete Reinos, os descendentes de Aegon I enfrentaram diversos problemas com a Fé. No fim, foi-se decidido que aos Targaryen seria permitido casamentos incestuosos devido a sua natureza real, porém não sem custo de conflitos.[67]
Conforme a dinastia crescia, os dragões Targaryen foram se acomodando e diminuindo em tamanho, especialmente porquê ficavam confinados em lugares pequenos demais para seu desenvolvimento.[49] Além disso, brigas internas como a Dança dos Dragões colocaram os Targaryen uns contra os outros, e dragões mataram dragões, diminuindo seu número.[68] Por fim, eles deixaram de existir e os Targaryen buscaram outras formas de demonstrarem seu poder a Westeros, tal como o uso de fogovivo.[69]
Eventualmente Dorne se juntou aos Targaryen através de casamento, e os Sete Reinos de fato se completaram como um só.[21]
- "Por fim, sem nossos dragões e com nosso sangue diluído por plebeus, não conseguimos ver a maior ameaça crescendo debaixo de nossos narizes."
- ―Viserys Targaryen
No entanto, com a junção de anos de conflitos e erros de reis Targaryen em manter o poder da família, os súditos dos Sete Reinos desconfiavam cada vez mais do governo da casa do dragão. Quando Aerys II Targaryen passou a perder a sanidade e matou membros da Casa Stark devido a uma acusação de sequestro contra o Príncipe de Pedra do Dragão, filho do rei, diversos senhores nobres se uniram contra a coroa. Liderados pelas Casas Stark, Baratheon, Arryn e Tully, a guerra conhecida como Rebelião de Robert se deu início, levando ao fim da Dinastia Targaryen e sua quase extinção.[70][71]
Dinastia Baratheon[]
- "Erguemos nossos estandartes: Baratheon, Stark, Jon Arryn e os Tully, unidos em rebelião contra Rhaegar e seu pai, o Rei Louco. Fomos vitoriosos e tomamos o Trono de Ferro. Aquele pouco sangue de dragão em minhas veias me serviu bem, já que me fez um parente distante da dinastia Targaryen através do meu ancestral, Orys. A prova disso é que eu o tomei. Eu sento no Trono de Ferro. Eu governo os Sete Reinos da Fortaleza Vermelha."
- ―Rei Robert I Baratheon
Com a queda dos Targaryen, Robert I Baratheon ascendeu ao Trono de Ferro e iniciou a Dinastia Baratheon,[72] que durou pouco menos de 20 anos.[N 2] Apesar de ter sido um governo relativamente pacífico no primeiro reinado, com apenas a Rebelião Greyjoy sendo um conflito notável porém rapidamente resolvido,[73] a Dinastia Baratheon enfrentou diversos problemas econômicos graças ao desinteresse do rei em governar e sua fraqueza por extravagâncias. A Coroa se afundou em dividas rapidamente mesmo com os esforços do Pequeno Conselho em conter as vontades de Robert.[27] Sua segunda Mão, Eddard Stark, descobriu que seus filhos e herdeiros eram bastardos frutos de uma relação incestuosa entre a rainha e seu irmão.[51] No entanto Robert I veio a falecer antes de saber a verdade e Eddard foi culpado como traidor e executado publicamente,[61][74] levando a Guerra dos Cinco Reis que perdurou pelos anos seguintes da Dinastia Baratheon, onde diferentes reis entraram em conflito alegando ou herança ao Trono de Ferro, ou independência de suas terras, como o Norte e as Ilhas de Ferro.[28][25]
Guerra dos Cinco Reis[]
- "Os Sete Reinos estão em guerra uns com os outros... falsos reis destruindo o país... o Usurpador está morto. Os Starks lutam contra os Lannisters, os Baratheons lutam entre si."
- ―Daenerys Targaryen
A Guerra dos Cinco Reis começou com a morte de Robert I e a disputa pela sua herança. Com a alegação de Joffrey I Baratheon ser o filho bastardo da Rainha Cersei com seu irmão gêmeo Jaime se tornando pública, Stannis e Renly Baratheon, ambos irmãos de Robert, iniciaram campanhas separadas para se tornarem reis de Westeros. No Norte, com a execução de seu pai como traidor e sua recente nomeação pelos nortenhos como Rei do Norte, Robb Stark uniu as forças de suas terras com as das Terras Fluviais no intuito de conseguir independência para seu povo.[28] Enquanto isso, nas Ilhas de Ferro, Balon Greyjoy iniciou uma segunda rebelião em nome da independência da Casa Greyjoy como reis nas Ilhas de Ferro, além de começar uma conquista pelo Norte, que se encontrava enfraquecido com a partida dos exércitos ao sul sob comando de Robb.[59]
Os Greyjoy passaram a maior parte da guerra lutando pelo controle do Norte, encontrando alguma resistência com os guerreiros nortenhos que por lá ficaram como o filho bastardo da Casa Bolton, Ramsay.[75] Renly e Stannis entraram em conflito logo no início da guerra, com este último saindo como vitorioso.[76] Stannis rapidamente assumiu o exército do irmão e atacou a capital, sendo derrotado pela união da Casa Lannister e Tyrell.[77] Robb por outro lado passou a maior parte da guerra invicto, derrotando Lannisters pelo oeste.[78] Mas, devido a uma quebra de acordo de casamento entre ele e a Casa Frey, Robb se tornou alvo de diferentes senhores até mesmo dentro do próprio exército, o que culminaria na traição do Casamento Vermelho e derrota da Casa Stark.[23]
Stannis mais tarde partiria até a Muralha no intuito de ajudar a Patrulha da Noite contra um eminente ataque selvagem do Rei para lá da Muralha, Mance Rayder.[37] Tendo conquistado a confiança da Patrulha, ele partiu para defender o Norte do recente domínio dos Bolton, os novos Protetores da região após o Casamento Vermelho.[79] Mas com o inverno se aproximando, Stannis foi cada vez mais atrasado pelas fortes tempestades de neve, fome e motim.[80] Por fim, chegando em Winterfell, ele foi derrotado.[81] Joffrey I acabou falecendo em seu próprio casamento,[82] dando lugar a Tommen I, seu irmão.[83] Com sua ascensão, a Fé Militante, que anos antes havia lutado contra os Targaryen e suas relações incestuosas, ressurgiu das cinzas e rapidamente ganhou controle sobre a capital e o jovem rei.[84][53] Cersei Lannister, a Rainha Mãe, estava sendo julgada pela Fé Militante sob as acusações de incesto com seu irmão.[80] No entanto, no dia do seu julgamento no Grande Septo de Baelor, Cersei foi capaz de explodir o lugar com um estoque de fogovivo da época de Aerys II, matando todos os seus inimigos em um único momento. Tommen I cometeu suicídio logo após, e Cersei ascendeu como a primeira e nova rainha dos Sete Reinos.[18]
Durante este mesmo período de conflitos por toda Westeros, os homens de ferro perderam cada vez mais o território conquistado no Norte pelos Bolton. Balon eventualmente morreu de forma misteriosa,[85] e uma assembleia de homens livres foi criada para escolher o novo rei das Ilhas de Ferro. Seu irmão Euron Greyjoy ascendeu com a promessa de grandeza aos homens de ferro, e planejava criar uma aliança com a última descendente dos Targaryen conhecida, Daenerys, que estava em Essos.[36] No entanto, seus sobrinhos foram mais rápidos e uniram a Rainha Dragão a seu lado contra seu tio Euron.[53] Dessa forma, ele se juntou a Rainha Cersei I, se ajoelhando perante o Trono de Ferro. Com Euron a seu lado e Daenerys chegando em Westeros na fortaleza insular de Pedra do Dragão,[86] Cersei travou uma rápida e violenta guerra com ela através de Westeros, sem conhecimento da ameaça que surgia no Norte.[87]
Grande e Última Guerra[]
- "Nós vencemos a Grande Guerra. Agora vamos vencer a Última Guerra."
- ―Daenerys Targaryen
As supostas aparições de Caminhantes Brancos foram se tornando cada vez mais comum ao longo dos anos, especialmente entre a Patrulha da Noite e os selvagens.[27] Pouco antes da Guerra dos Cinco Reis, Mance Rayder ascendeu como Rei para lá da Muralha no intuito de levar seu povo para longe daquela região inóspita e ameaçadora de Westeros.[29] Mance uniu vários clãs selvagens e, aos olhos da Patrulha da Noite, aquilo estava se tornando ameaçador a seus números que diminuíam com o passar dos anos.[27] Com o desaparecimento constantes de Patrulheiros ao norte da Muralha, o Senhor Comandante Jeor Mormont liderou uma Grande Patrulha para lá da Muralha,[88] porém poucos retornaram.[89] Os Caminhantes Brancos de fato haviam retornado e atacaram em peso os membros da Patrulha.[38] Os poucos sobreviventes, em sua maioria, se amotinaram na Fortaleza de Craster, traumatizados demais para voltarem a lutar contra a ameaça que vinha com o inverno.[78][89] Jon Snow, antigo Intendente de Mormont, se infiltrou nas fileiras selvagens e descobriu sua perspectiva de vida,[38] e motivação para querem fugir ao sul da Muralha.[90] Após extensos conflitos e com a ascensão de Jon Snow como Senhor Comandante,[91] a Patrulha se uniu aos selvagens na Grande Guerra contra os Caminhantes Brancos, oferecendo territórios da Dádiva a eles.[79]
No entanto, alguns membros da Patrulha da Noite traíram e mataram Jon Snow.[81] Quando o motim foi contido com a ajuda dos selvagens resgatados e membros fiéis a Snow na Patrulha, Melisandre, a antiga Sacerdotisa Vermelha de Stannis que havia se refugiado em Castelo Negro após a derrota de seu rei, conseguiu proferir um ritual antigo que deu de volta a vida de Snow.[85] Agora renascido e tendo entrado em contato com sua meia-irmã novamente, Sansa Stark, Snow partiu rumo a unificar o Norte contra os Bolton,[36] que traíram Robb no Casamento Vermelho.[23] Após uma longa sequência de conflito, os Stark se ergueram em Winterfell novamente e Jon foi nomeado sucessor de Robb como Rei do Norte.[18]
A principal preocupação de Jon Snow foi com o mundo dos vivos no geral, priorizando juntar o máximo dos nortenhos e selvagens em Winterfell, e preparando todos, incluindo mulheres e jovens, para o combate.[86] Com a descoberta de obsidiana, um material mortal para os Caminhantes, debaixo de Pedra do Dragão, Jon aceitou um convite de Daenerys Targaryen para discutir uma possível união entre os dois.[87] Jon foi capaz de convencê-la a minerar vidro de dragão debaixo de sua fortaleza insular,[92] e quando Daenerys descobriu que a ameaça dos Caminhantes era real, ela aceitou uma cúpula com a Rainha Cersei I para discutirem uma trégua temporária.[93] Dessa forma, ela poderia ajudar Jon a enfrentar os mortos que marchavam para o Norte sem se preocupar com um ataque do sul de Cersei. A Rainha no Trono de Ferro eventualmente fingiu aceitar as condições de trégua, porém planejando uma traição a Daenerys e Jon sem seu conhecimento. Seu irmão Jaime no entanto priorizou sua promessa a Rainha Dragão e cavalgou até o Norte para alertá-los de Cersei.[25]
Apesar de ter conseguido apoio de Daenerys, Jon perdeu sua coroa nortenha e se tornou Protetor do Norte em nome da Rainha Dragão.[93] Dessa forma, a recepção de Daenerys entre os nortenhos e a família Stark foi fria e uma inimizade logo surgiu. Essa relação se tornaria ainda mais complicada quando Samwell Tarly, que estava treinando para se tornar um Meistre, e Bran Stark, que havia se tornado o novo Corvo de Três Olhos, contassem a Jon Snow seu real parentesco―ele nunca foi bastardo, mas sim o filho legítimo de um casamento secreto entre Rhaegar Targaryen e Lyanna Stark, o tornando o verdadeiro herdeiro de Aerys II no Trono de Ferro.[94]
Logo após a descoberta de seu parentesco, os Caminhantes Brancos desceram pelo Norte até Winterfell e investiram com poder total contra os vivos. Daenerys e Jon fizeram seus esforços em liderá-los, no entanto o poder do Rei da Noite e dos Caminhantes Brancos se mostrou demais para o exército que haviam formado. Bran Stark no entanto se usou de isca para atrair o Rei da Noite em campo aberto, dando espaço para sua irmã Arya dar um golpe certeiro e final em seu coração. Quando seu líder caiu, os outros Caminhantes caíram juntos e os mundo dos vivos saiu vitorioso ao amanhecer.[40]
Mesmo cansados e de luto pelos caídos, Daenerys exigiu que os nortenhos a ajudassem o quanto antes em sua guerra contra Cersei I. Eles partiram para o sul e rapidamente voltaram aos conflitos contra ela. Com o sequestro de pessoas próximas a Daenerys,[95] e com traições dentro de sua corte, a Rainha Dragão foi caindo cada vez mais próxima da "loucura Targaryen". Mesmo sendo aconselhada pela sua Mão e por Jon Snow a evitar tomar a capital com violência, Daenerys usou seu dragão Drogon para queimar todos na cidade, incluindo inocentes pegos no fogo cruzado.[96] Essa atitude levou Jon Snow a traí-la e matá-la na sala do Trono de Ferro, para que Daenerys não pudesse continuar sua conquista pelo resto do continente.[22]
Dias mais tarde, o exército de Daenerys manteve Jon e a Mão de sua rainha como reféns e um Grande Conselho foi formado para julgá-los. Tyrion notou que o destino deles cabia apenas ao rei ou rainha de Westeros e, como não havia um, ele sugeriu que alguém fosse escolhido. Os nobres presentes pareciam não esperar tal proposta, muito menos tinham alguém em mente. Tyrion discursou sobre a importância de histórias e como elas guiam indivíduos a um futuro melhor, e notou que Bran Stark era quem conhecia melhor a história de Westeros graças a suas habilidades como Corvo de Três Olhos. Além disso, Bran havia tido uma história própria que inspiraria futuras gerações a serem melhores. Com os nobres convencidos, Bran foi nomeado o novo Rei dos Ândalos e dos primeiros homens, no entanto, Sansa Stark, sua irmã, não achava justo o Norte continuar sob domínio do Trono de Ferro depois de tantos conflitos recentes que o restante de Westeros pouco fez para ajudá-los. Dessa forma, Sansa declarou independência e se tornou a nova Rainha do Norte.[22]
Nos bastidores[]
O estúdio Paint Hall serviu como principal base de filmagem em Game of Thrones, especialmente em cenas de interiores. Desta forma, muitos dos castelos e lugares menores de Westeros foram criados a mão no Paint Hall. Em House of the Dragon, o Warner Bros. Leavesden Studios na Inglaterra se tornou a nova base de cenas em interiores.
Para cenas nos exteriores ou em locais como Castelo Negro, diferentes países foram escolhidos de acordo com a paisagem e o clima. Em House of the Dragon, o Monte de São Miguel e a Praia de Holywell em Cornualha na Inglaterra foram usados para filmagens de Derivamarca. Derbyshire também foi usada para as filmagens. Surrey no sudoeste de Londres foi onde as filmagens do torneio no início da primeira temporada tiveram lugar. Outros locais de filmagem representando Westeros em House of the Dragon incluem Cáceres e Trujillo na Espanha e Monsanto em Portugal.
Durante as oito temporadas de Game of Thrones, vários países foram usados para filmagens de Westeros, com alguns lugares diferentes representando o mesmo local dentro do universo fictício da série. Geralmente muitas das filmagens aconteciam em Belfast pela sua proximidade com o estúdio Paint Hall, como o exterior de Castelo Negro e Durolar sendo na Pedreira de Magheramorne. Malta serviu como base de Porto Real na primeira temporada, sendo mudado para a Croácia na segunda temporada e se estabelecendo na cidade Dubrovnik. Na sexta e sétima temporada no entanto, algumas cenas de Porto Real foram filmadas na Espanha como seria futuramente em House of the Dragon. A Irlanda do Norte foi bastante usada para representar o Norte e para lá da Muralha, mas a Islândia foi o país que de fato representou as cenas geladas do extremo-norte de Westeros. Dorne foi filmada em Sevilha na Espanha, com o Alcazar de Sevilha sendo a representação dos Jardins de Água.
Nos livros[]
Westeros nos romances de As Crônicas de Gelo e Fogo é retratado da mesma forma que nas séries de TV, embora seja possível que a versão do livro do continente seja um pouco maior, já que na série de TV leva apenas um mês para ir de Winterfell a Porto Real, enquanto na versão dos livros leva cerca de três meses. George R.R. Martin afirmou em entrevistas que o continente é aproximadamente do tamanho da América do Sul.
Isso é apoiado pela sugestão de Meistre Luwin na segunda temporada de que a Praça de Torrhen fica "a menos de quarenta léguas", cerca de 120 milhas, de Winterfell. Nos mapas do livro, a distância é de cerca de 220-230 milhas.
As três regiões menos populosas dos Sete Reinos são o Norte, as Ilhas de Ferro e Dorne―que também são as regiões "marginais" onde a cultura ândala não é totalmente dominante. Há uma diferença entre a população total mais baixa, no entanto, e a densidade populacional. Todos os três têm populações bastante baixas em relação aos outros reinos, mas Dorne tem a menor população total. As Ilhas de Ferro parecem ter a segunda população mais baixa. O Norte é quase tão grande quanto os outros seis reinos juntos, mas tem uma população um pouco menor do que um dos outros reinos de tamanho moderado do sul, como o Vale ou as Terras da Tempestade―a julgar pelo tamanho dos exércitos que o Starks pode aumentar. Assim, o Norte tem talvez a terceira população total mais baixa, mas sua densidade populacional é a mais baixa de todas as regiões, com sua população espalhada por vastas extensões de pântanos e florestas, mas pouca terra arável para sustentar mais pessoas. As Ilhas de Ferro têm uma população total quase tão pequena quanto a de Dorne, e as sete ilhas principais são ridicularizadas como rochas varridas pelo vento com muito pouca área de superfície total, então sua densidade populacional pode não ser menor do que a típica no continente. A densidade populacional de Dorne é enganosa: quase toda a população está espremida nos vales do rio Sangueverde e seus afluentes no leste. Forasteiros que visitam Lançassolar ou outros assentamentos importantes nos vales dos rios pensam que eles têm a mesma, ou até maior, densidade populacional do que outras regiões de Westeros―sem perceber que as cidades nos vales dos rios representam quase toda a população total de Dorne. Também existem assentamentos nas Montanhas Vermelhas a oeste, mas o centro de Dorne é um verdadeiro deserto de areias ondulantes e totalmente desabitado, exceto por alguns castelos-oásis.
Links externos[]
Referências[]
Notas[]
- ↑ Na continuidade da série de TV, é estabelecido um intervalo de tempo de 172 anos antes do nascimento de Daenerys Targaryen, durante o nono ano de reinado de Viserys I. Daenerys nasceu logo após a queda da Dinastia Targaryen, e Viserys I começou seu governo algum tempo depois do Grande Conselho de 101 d.C., colocando a Dinastia Targaryen em algo próximo de três séculos de duração arredondando este tempo, porém de forma mais imprecisa. De forma mais específico, como listado em Linha do tempo, o reinado Targaryen durou até 280/281 d.C., com a morte de Aerys II Targaryen e ascensão de Robert I Baratheon.
- ↑ Assim como a duração da Dinastia Targaryen, a duração da Dinastia Baratheon aqui é arrendondada já que a série Game of Thrones nunca explicitamente diz quanto tempo se passou entre os episódios ou temporadas. A Game of Thrones Wiki assume que cada temporada cobre de forma brusca o período de um ano, podendo variar de acordo com as season finales ou outros fatores. Dessa forma, podemos arredondar precisamente o reinado da Dinastia Baratheon, que começou com Robert I em 281 d.C. e durou até o suicídio de Tommen I em 303 d.C., cobriu cerca de 22 anos.
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