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julho 28, 2014

Sanduíche de rabo de boi


Claro que a minha sanduíche não ficou linda como o a do Hugo Nascimento, mas ficou deliciosa, e eu aprendi a cozinhar rabo de boi de forma diferente. Até agora só o utilizara para fazer a sopa!

Pois então cá vai:

Tempera-se um quilo de rabo de boi, em pedaços, com sal e deixa-se repousar uma hora.
Depois salteia-se num tacho com um fio de azeite até ficar coradinho e tostado. Retira-se e reserva-se.
No mesmo tacho alouram-se legumes:
2 dentes de alho laminados
2 cebolas em cubos
2 tomates em gomos
1 cenoura às rodelas

Junta-se um pouco mais de azeite, se for necessário, mais
2 folhas de louro
1 ramo de tomilho
1 colher de chá de pimenta da Jamaica em grão
sal q.b.

Rega-se tudo com 3dl de vinho branco e deixa-se ferver um minuto. Nessa altura voltamos a adicionar a carne e deixamos cozinhar em lume brando durante três horas, até a carne se soltar do osso. Durante a cozedura vamos adicionando aos poucos um copo de água, se necessário.

Quando pronta desfia-se a carne, e coloca-se numa forma de bolo inglês forrada com película aderente. Eu não forrei a minha e não tive qualquer dificuldade em desenformar a carne depois. Leva-se a terrina ao frio.

Para o molho emulsiona-se o resultado do estufado num copo liquidificador, com:
1 colher de sopa de azeite virgem extra
1 colher de chá de vinagre de vinho branco
pimenta preta a gosto

O chefe preconiza ainda que se usem pickles de nabo a acompanhar, cuja receita também indica, mas dos quais eu prescindi, usando apenas umas frescas folhas de alface e pickles comuns.

Abre-se então o pão (chapata, de preferência) ao meio, barra-se com o molho, sobrepõem-se finas fatias de terrina, mais molho, pickles e cebolinho picado.

Bons piqueniques!

julho 25, 2014

O Livro das Sanduíches



Sanduiches são boas para piquinicar, sabem bem no campo ou na praia, podem constituir uma deliciosa refeição ligeira (ou não!) em casa ou fora dela.

Por isso comprei O Livro das Sanduíches,(clic) do Hugo Nascimento. É lindo, divertido, cheio de sugestões para umas sanduíches diferentes e deliciosas!

Mas quê? Para começar escolhi logo uma das receitas mais demoradas: sanduíche de rabo de boi, que requer algum tempo de preparação.  O resultado vem a seguir ;)




setembro 12, 2013

Ainda na senda do wok... Perú com legumes


Com os bifinhos de perú foi assim:

Pûs um fio de óleo + uma colher de chá de óleo de sésamo no wok. Deixei aquecer bem. Juntei os bifinhos de perú cortados às tirinhas e deixei dourar. Juntei um pedaço de gengibre previamente descascado e ralado, pimenta e cogumelos frescos cortados aos quartos. 
Os cogumelos largam uma aguinha... Deixei evaporar um pouco e juntei os legumes: neste caso cenoura ralada, pimentos vermelhos às tiras e curgete aos cubinhos (deixei a casca).
Quando tudo ficou tenro, reguei com o seguinte molho:

- sumo de 1 laranja
- 1 colher de sopa de sumo de limão
- molho de soja a gosto
- 1 colherinha de chá de maizena

Deixei engrossar um pouco. Servi com arroz basmati.

Uma  maneira interessante e saborosa de servir os bifinhos de perú, que são saudáveis mas um tanto deslavados...



setembro 07, 2013

O meu wok





 Quem é que ofereceu um lindo (e enorme!) wok à menina, quem foi, quem foi? O mano, que assim satisfez mais um desejo meu.

Presumo que quase todos os que me lêem têm esta mesma mania de comprar novos utensílios para a cozinha? Alguns há que vão para o céu das quinquilharias depois de terem sido utilizados apenas uma ou duas vezes...

Mas a wok não! Tão linda, prática, e ideal para os jantarinhos de boa fast food.
Estreei a minha com esta receita do Henrique Sá Pessoa e bons pimentos do quintal.
Recomendo ;)





P.s. - diz-se o wok, ou a (frigideira) wok?

novembro 06, 2012

Quick, Slow, Quick...

Ainda acerca do Jamie Oliver :

Fiz há dias esta simplicíssima receita do nosso amigo, exemplificada no vídeo abaixo.
Não sobrou nada para fotografar, mas garanto que o borreguinho ficou uma delícia!

Já por diversas vezes experimentei, com sucesso, o método de cozedura lenta no forno: basicamente precisamos apenas de tempo para o nosso assado, que demora cerca de 4 horas a ficar pronto, tenro e absolutamente suculento!

Quick : Aquecer o forno ao máximo antes de introduzir a carne;

Slow:  Depois de introduzir a carne no forno baixar a temperatura para 170ºC; deixar assar durante 4 horas, coberta com folha de alumínio;

Quick: Nos últimos 20 minutos de cozedura destapar a carne, aumentar a temperatura do forno e deixar tostar.

Nota: Este ultimo passo é da minha autoria, é assim  que eu faço. O Jamie omite-o por completo.

A receita é tão simples que nem precisa de tradução, mesmo para quem não souber inglês... A peça utilizada é uma mão de borrego, e os ingredientes resumem-se a sal e pimenta, alecrim, alho e azeite.

Para o molho limitei-me a descolar os sucos da assadeira com um pouco de caldo de carne, deixei reduzir, coei e verti sobre o assado.



maio 26, 2012

Joelho de porco no forno

Inspirei-me numa receita da Nigella para o preparar, e usei dois joelhos de porco.

Com uma faca bem afiada fiz uns cortes no courato que cobre a carne do joelho de porco, de forma a evitar que encolhesse excessivamente durante a cozedura. Salguei a carne com duas colherzinhas de sal grosso; acho que a carne de porco fica muito mais saborosa se for temperado com sal de véspera. Guardei no frigorífico.

No dia, pré-aqueci o forno no máximo. Coloquei cebola às rodelas grossas no fundo da assadeira.

Fiz uma mistura com alho esmagado, colorau (pouco), pimenta preta moída na hora e azeite, com que besuntei muito bem a carne. Coloquei sobre a cebola e reguei com 4 colheres de sopa de água a ferver. Deixei em forno máximo durante meia hora, e depois reguei com uma cerveja preta.. Reduzi a temperatura do forno para os 170ºC e ficou a assar durante mais duas horas. Deve vigiar-se a quantidade de líquido, de forma a evitar que seque ou queime, juntando uns pingos de água ou mais cerveja.

A receita original diz para se juntarem batatas e maçãs cortadas aos quartos à carne, antes de acrescentar a cerveja. Desta vez não o fiz, cozinhei apenas a carne, que acompanhou com batatas assadas à parte. Mas é uma experiência a fazer.

Quando o assado ficou pronto, retirei a carne para uma travessa e levei a assadeira ao lume com um pouco de  água a ferve e uma colherada de mostarda, para fazer o molho. Verti sobre a carne na travessa e servi. Ficou muito tenra e suculenta, todos lá em casa gostaram muito.



fevereiro 13, 2012

"Petiscos e Granitos"

... é o nome do pequeno restaurante onde almoçámos no passado Domingo, em Monsanto.

Das especialidades da casa:

Gratinado de polvo com queijo de ovelha
Perdiz estufada com quatro pimentas
Costeleta de borrego na brasa
Javali no barro com lombardo
Cabrito à beirão
Sopa do barrocal

apenas nos foi proposta a primeira., que não escolhemos.

Dos pratos do dia ficámo-nos pelo polvo à lagareiro:


Bacalhau à lagareiro :


e bochechas de porco ibérico grelhadas :


Para além das batatas a murro havia para acompanhamento esparregado, feito com pão, que eu andava com vontade de experimentar, e de que gostei muito.

Para sobremesa pedimos toucinho do céu, tarte de amêndoa e bolo brigadeiro, tendo declinado as tradicionais papas de carolo,de que gostamos muito, mas que são corriqueiras aqui por estes lados. Mas recomendo a quem as não conhece. A receita está publicada aqui no Rap'ó Tacho.
É pena que não incluam outros doces regionais portugueses em lugar do brigadeiro (brasileiro?)
Comemos bem, embora pessoalmente ache o preço por dose (individual) um pouco excessivo. Mas o que de facto estranhámos foi o preço do vinho de casa: cobraram-nos 9€ por meio litro, servido no jarro!! Teria sido engano? O vinho era bom, é verdade, mas o preço é perfeitamente injustificado!...

Depois de Monsanto visitámos ainda a velhíssima Sé Catedral de Idanha-a-Velha e ficámos com pena que o Lagar de Azeite estivesse fechado ao público, apesar de, a fazer fé no horário afixado, dever estar aberto...

Estava muito, muito frio, mas o passeio valeu muito a pena :)

dezembro 09, 2011

Hamburguer à Jamie ...

Enquanto não vos mostro a última delícia de bolo natalício que foi produzida cá em casa, aconselho a fazerem estes hamburgueres à pequenada, que os vai adorar! Por aqui fizeram sucesso.

Vejam aqui : http://www.youtube.com/watch?v=iOkZJe0LdZ4

outubro 16, 2011

Um passeio à serra e ... uns rojões à transmontana

No último feriado fizemos um passeio e passámos o dia na serra, perto de Manteigas, num sítio que adoramos:  o Covão da Ponte, à beira do Mondeguinho, ainda juvenil.
É um local fresco e aprazível, daqueles de que gostam os amigos da natureza e da paz. Sempre que podemos escapamo-nos para lá, para esquecer a rotina e o bulício da vida diária. Voltamos sempre mais leves e felizes.

http://farm3.static.flickr.com/2427/3904960020_24632cef96_z.jpg 

Já cozinhei um bocado em cima da mesa de pedra que se vê na imagem abaixo, num fogãozito de campismo  :)
No parque há também vários locais para fazer churrascos, que como é sabido são os petiscos predilectos de quem vai passar um dia ao campo.

Desta vez comemos um bacalhau à lagareiro ao almoço e um entrecosto grelhado ao lanche-ajantarado, mesmo antes do lusco-fusco...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5tCBQiJxLNmHpVHytZUIrFa3_IvggqqKv00mp5F3PmJR8_P2EA18ZVkHkGZMLwXtstumSlU3KQsyJm7xj__JJIC2kE1xjRunMRHq17O1DVEHu7MeJWtD4SuUwG4CuZS0Wer7R/s400/Covao-da-Ponte-3.jpg


E então de onde vêm os rojões? Bom, é que no parque há um castanheiro que nos brindou com uns 3 quilos de castanhas. Foram as primeiras que vi este ano: cada vez que passavámos debaixo do castanheiro enchiamos os bolsos de castanhas e, grão a grão, encheu a galinha o papo! Ora do que me havia de lembrar? Apesar do tempo continuar muito quente lembrei-me de uns rojões à transmontana... E, com calor ou sem ele pûs a ideia em prática.



Num recipiente mistura-se vinho branco,  louro,  pimentão, dentes de alho cortados em fatias, salsa picada, sal e pimenta.

Junta-se carne de porco cortada em cubos pequenos (de preferência do lombo) e mistura-se tudo. Guarda-se no frigorífico, coberto, durante pelo menos um dia.

Depois deita-se a carne e marinada num tacho e deixa-se cozinhar até que a carne esteja tenra. Se necessário  retira-se a carne e deixa-se reduzir um pouco o molho, conservando-a quente. Há quem a salteie em banha, e suspeito que ficará ainda mais saborosa, mas eu omito este passo, por razões óbvias...

Juntam-se-lhe as castanhas e as batatinhas cortadas aos cubos, previamente cozidas e descascadas, e rega-se tudo com o molho. Serve-se com a salsa picada polvilhada por cima.

Nota: receita adaptada daqui

maio 22, 2011

Arroz do Cozido














Com a chegada de dias mais quentes passamos a fazer menos o Cozido, prato substancial mais  propício aos frios de inverno.  Notem que eu disse menos, não disse que deixava de fazer!

Mas, sabem, do que eu mais gosto no cozido é mesmo do arrozinho, e não é daquele que faço para o acompanhar, no próprio dia, mas o que resulta das sobras, que comemos normalmente no dia seguinte, e que meto no forno, a corar. Carnes, enchidos e legumes que não desapareceram à primeira entram todos nesta festa...

O facto de ser covilhanense e grande apreciadora da panela no forno não deve ser alheio a este meu gosto peculiar, mas só vos digo que me regalo com o dito arrozinho!


abril 07, 2011

Tagliatelle gratinada













Jantar de recurso para as meninas...

Enfim, eu falo das minhas filhas como se tivessem 10 anos, mas na verdade acabaram de fazer 21! O que não impede que continuem a ser as minhas meninas, ahaha!

Quem me segue já sabe que as gémeas não morrem de amor por carne, sobretudo aquelas "partes " que nós outros adoramos: língua, pézinhos de coentrada, pipis à lisboeta, feijoadas, ranchos e afins...

Não, as meninas são mais light, mais delicadinhas... Ai, que se cá vêm, depois tenho sermão e missa cantada!

Bom, mas então, em dias que as nossas refeições são assim mais para o tradicional, procuro encontrar uma solução mais do agrado delas. Mãe é mãe, não é? Mesmo que os filhos sejam uns calmeirões queremo-los bem alimentados :)

Havia então dois peitinhos de frango assado que tinham sobrado do dia anterior.
Cozi uns ninhos de tagliatelle de espinafre, outros tantos de ovo, uns cubos de espinafres congelados, e fiz um molho béchamel bem temperado com pimenta e noz moscada, Salteei cogumelos laminados em azeite e alho, e juntei ao molho. Na gordura que ficou na frigideira saltei igualmente a carne cortada aos pedacinhos; a seguir foi fazer companhia aos cogumelos, no molho. 

Depois foi misturar  a massa cozido com os espinafres com o molho  béchamel e levar ao forno até a superfície ficar douradinha.

As pequenas adoraram. Servi com uma salada verde e fresca.

julho 01, 2010

Pá de porco no forno

A minha filha J. tirou uma foto ao que restou do assado após o jantar, porque antes só pensámos em comer, não em fotografar, mas esta carne merece aqui referência, por ser uma das mais tenras e saborosas que sai do forno.

A pá de porco é uma peça económica que se encontra muitas vezes em promoção nos talhos e hipermercados, vendida com osso, o que só abona a favor do resultado final, já que a carne com osso é sempre mais saborosa.

A parte que comprei incluía a "pá" propriamente dita, isto é, a omoplata do porquito. Pedi ao talhante para  descolar o osso a toda a volta, afim de poder temperar a carne por dentro e reconstituir a peça depois (tenho pena de não ter fotografado a peça aberta quando a temperei, para perceberem melhor como fiz).

O tempero, muito simples, consistiu numa pasta feita com alho esmagado, pimentão doce, pimenta, sal (marinho, sempre!), louro, azeite e uma pitada de cominhos em pó, porque me apeteceu...

Barrei a carne toda por dentro e por fora com a mistura e deixei assim no frigorífico até ao dia seguinte, quando foi assada para o jantar.

Antes de ir para o forno, pré-aquecido em temperatura média, reguei com um copo de vinho branco. Durante o tempo que por lá esteve (cerca de duas horas) fui regando com o molho que se ia formando na assadeira, e perto do final liguei o grill para tostar bem por cima.

Comêmo-la com um arrozinho de ervilhas, que também estava muito bom.

outubro 09, 2009

Migas de couve com bacalhau e borrego grelhado nas brasas



Folgosinho, vista do castelo









No dia em que almoçámos em Linhares da Beira na verdade tínhamos saído de casa para almoçar em Folgosinho, n' "O Albertino"...

Estávamos preparados para aquele rodízio de pratos deliciosos: o queijo da serra e o chouriço no couvert, a cabidela, o arroz de coelho, o cabrito e o leitão assados, enfim... Devo ter esquecido qualquer coisa...


Uma das atracções de Folgosinho são as inúmeras e bonitas fontes, decoradas com azulejos onde se podem ler alguns versos, às vezes profundos, às vezes brejeiros...



















Pormenor do castelo de Folgosinho








Chegados lá, descobrimos que o Albertino estava de férias e abria no dia seguinte! Com a barriga a dar horas, já preparada para tão saborosas iguarias, rumámos a Linhares da Beira, onde chegámos a desoras e sem saber onde podíamos almoçar.





Linhares da Beira, janela manuelina








Um simpático casal de velhinhos informou-nos que podíamos almoçar na "Taberna do Alcaide", para onde nos dirigimos, segundo as indicações recebidas.
Dado o adiantado da hora, e sendo a Taberna pequenina, não tivemos outro remédio senão esperar que vagasse uma mesa.

















Uma porta do castelo de Linhares e vista geral sobre a vila

Quando finalmente nos acomodámos, pudemos apreciar o sítio com vagar: a Taberna é pequena, tem um número de mesas reduzido, uma grande lareira antiga onde não falta a panela de ferro e a vara para secar o enchido ao fumeiro. Em vez de cadeiras sentámo--nos em banquinhos de madeira; na mesa, os pratos, enormes, têm o logotipo da Taberna gravado.

O serviço é agradável e despretensioso.

Há na lista pratos que têm que ser encomendados com antecedência, como a chanfana e outros; nós tínhamos à nossa disposição: migas de couve com bacalhau, borrego grelhado na brasa com batatinhas salteadas, aba e naco de vitela igualmente grelhados e acompanhados com as famosas migas de couve, que são o objecto deste post.

Para sobremesa há simplesmente leite creme, arroz doce, e o inevitável e delicioso doce de abóbora com requeijão. Ou melhor havia, porque à hora a que chegámos só restava o doce com requeijão, e nós não tivemos pena nenhuma que não houvesse mais nada...
Toda a comida é saborosíssima, de uma grande simplicidade, e foi isso que mais me agradou.

No "couvert" foram-nos servidas salada de feijão frade e grão de bico, e azeitonas.

Seguiram-se as migas de couve com bacalhau, onde sobressaía o sabor do bom azeite e a couve, cozida no ponto, ainda estaladiça... Consistência perfeita.

O borrego era tenro e suculento, e não lhe achei outro tempero que não fosse sal, e umas pinceladas de azeite... estava dourado e apetitoso.

Nota 10 para o maravilhoso requeijão de ovelha que nos foi servido com o doce de abóbora, à sobremesa!

Regressada a casa, resolvi que aquelas migas de couve com bacalhau passariam a fazer parte das ementas cá de casa. O pior é que não tinha outra receita delas que não fosse a memória dos sabores...
Mas fi-las, e ficaram deliciosas. Receita já a seguir, para quem quiser experimentar...

abril 01, 2009

Codornizes


















Sei que há quem não goste, mas eu fui criada a comer coelhos bravos, perdizes, codornizes e tordos, caçados pelo meu pai.

à falta dessas iguarias, faço algumas vezes as codornizes como ele fazia os passarinhos, para matar saudades, como petisco.


Cortam-se as codornizes em quatro, temperam-se com alho, pimenta, sal e vinho branco.

Deixam-se assim por, pelo menos, uma hora ou duas.

Depois escorrem-se e alouram-se em azeite ou banha. Eu uso sempre o azeite. Quando louras, junta-se à frigideira a marinada e uma colherzinha de colorau, e deixa-se apurar bem o molho.
Um pouco de piripiri e uns coentros picados ( que desta vez não tinha, como é possível?!) completam o cozinhado. Pode não ser bonito, mas que é bom, hummmm, lá isso é!

A travessa da imagem é uma antiguidade; impossível dizer que idade tem, ou quem foram os antepassados que um dia a compraram...

março 07, 2009

Frango com alho francês



Do mesmo livro da receita anterior fiz também este frango.
Devo dizer que não sou grande apreciadora de frango, embora se preste a ser preparado das mais diversas formas.

Aqui fica mais uma maneira, muito simples, de o cozinhar. Lá em casa todos gostaram.

Coloca-se num tacho um pouco de azeite, alho e cebola picada. Deixa-se alourar um pouco o refogado e junta-se o frango cortado em pequenos pedaços, envolvendo bem. Quando perder a cor, junta-se o alho francês cortado às rodelas, a cenoura também cortada às rodelas ou em cubos, um gole de vinho do porto e uns pingos de água, se necessário.

Deixa-se estufar em lume brando.
No final, se acharem necessário podem engrossar o molho com o velho método da maizena diluída num pouco de leite. Não é um processo gourmet, mas resulta bem em receitas despretensiosas, como esta.

Para acompanhamento sugere-se um puré de batata e cenoura, temperado com noz-moscada ou uma pitada de cominhos. Eu prefiro a segunda hipótese. Bom apetite!

janeiro 24, 2008

Pastéis de massa tenra



Sempre gostei muito de pastéis de massa tenra, mas foi a descrição da experiência do Chalabi Red ("Ardeu a Padaria")que definitivamente me fez embarcar nesta aventura...
Tendo ficado com a ideia de que ele, apesar de ter obtido bons resultados, pretendia refazer a receita e acertar a quantidade de gordura usada na massa, resolvi testar uma receita da Maria de Lourdes Modesto, a quem muito aprecio.

O resultado foi mesmo muito bom, os pasteizitos pareciam balões a inchar na frigideira, e a massa rendia a olhos vistos!

Não me vou demorar na descrição do recheio, que fiz com carne de vaca estufada a preceito, picada e misturada com um molho béchamel. Utilizo o mesmo procedimento no recheio dos pastéis de vinho, cuja receita já aqui postei; o recheio fica mais untuoso e húmido.

Para a massa:
500g de farinha
50g de banha de porco
1 colher de sopa de azeite
água morna q.b.
1/2 colher (café) de sal

Peneira-se a farinha para uma tigela, juntam-se as gorduras e mistura-se tudo com os dedos. A água vai-se juntando a pouco e pouco, até obter a consistência desejada. Depois é trabalhá-la e bat~e-la, até ficar elástica.

Antes de a tender deixa-se descansar pelo menos uma hora. Depois estende-se fina, dispõe-se o recheio e cortam-se os pastéis com uma carretilha.

Fritam-se em azeite ou óleo bem quente e escorrem-se sobre papel absorvente.

setembro 19, 2007

Bifes com pimenta e natas

Um dia destes passei pelo Lidl e vi por lá uns bifes de novilho com muito bom aspecto. Devo dizer que desconfio muito dos bifes: têm sempre bom aspecto mas depois de passarem pela frigideira e em contacto com os dentes lembram muitas vezes sola de sapato...

Nunca tinha comprado bifes lá, e arrisquei; não me arrependi. Antes de os cozinhar, pelo sim pelo não bati-os com o maço de madeira, não fosse o diabo tecê-las, mas nem precisavam, eram muito tenros.

Chegada a casa, com pressa para fazer o jantar (como de costume!) pequei num livrito velho de fichas de cozinha do "Correio da Manhã" que anda a cair aos bocados, li a receita com o título acima e fiz isto:



(desculpem a falta de apresentação, mas no dia-a-dia estamos mais interessados em comer do que em tirar grandes fotografias... )

Os cogumelos juntei por minha iniciativa, pensando na minha filha Joana, que os adora.

A receita é rápida de preparar e saborosa.

Pûs a frigideira ao lume e salteei primeiro os cogumelos, que reservei. Depois aqueci mais manteiga na frigideira e dourei os bifes em lume forte dos dois lados, durante escassos minutos, porque gosto deles meio termo. Retirei-os e temperei-os nessa altura com sal e pimenta preta. Pûs a travessa sobre um tacho com água a ferver, para os manter quentes.

Depois juntei um pouco dedo de conhaque à frigideira, para descolar os resíduos dos bifes (não tinha vinho da Madeira...). Isto feito, juntei umas boas colheradas de natas e uma colher de chá de mostarda. Misturei bem, deixei ferver e reduzir um pouco o molho, introduzi os cogumelos que tinha salteado antes, rectifiquei o sal e verti por cima dos bifes.

Dispensei a fécula que vem indicada na receita para engrossar o molho (1 colher de café), porque achei a consistência óptima sem ela; as natas eram espessas.

Servi os bifitos com puré de batata.

agosto 14, 2007

Bifes de perú com recheio de espinafres



Para tornar os bifinhos de perú um pouco menos insípidos resolvi preparar um recheio de espinafres.

Foi assim:

Cozi os espinafres (cerca de 300 grs)em água e sal e escorri-os. Pûs de lado e misturei 40 grs de queijo ralado com uma colher de sopa de farinha, 1 ovo e 50 cl de natas.
Num tacho juntei este preparado aos espinafres e temperei com pimenta. Liguei tudo em lume baixo.

Os bifinhos foram bem espalmados e temperados também com sal e pimenta. Sobre cada um coloquei uma fatia fina de presunto e um pouco da mistura de espinafres. Enrolei-os e prendi com palitos, para que o recheio não escapasse durante a cozedura.

Em seguida alourei-os em manteiga sobre lume forte, reduzi o lume e deixei-os cozer suavemente, juntando um pouco de caldo de carne quando necessário.
Há que ter em conta que os bifes, assim enrolados, levam um pouco mais de tempo a cozer no interior. Antes de os servir piquei-os com um espeto, para me certificar que estavam no ponto.

A inspiração veio de uma receita Vaqueiro, em que os espinafres eram utilizados para rechear um naco de peito de vitela.

Quando repetir a receita vou tentar incrementar um pouco o molho...

abril 29, 2007

Arroz de Frango no Forno



O franguito para este arroz foi cozido num caldo aromatizado com um raminho de aipo, uma cenoura, uma cebola e alho francês.

Depois de cozido, desfiei-o e reservei. O caldo continuou a fervilhar, enquanto preparei um ligeiro refogado com dois dentes de alho e uma cebola nova. Juntei ao caldo alguns estames de açafrão, para ficar amarelinho.

Quando a cebola do refogado ficou translúcida, juntei o arroz, bem lavado e escorrido. Salteei-o e juntei o dobro do volume do arroz de caldo a ferver, e a carne.

Depois transferi tudo para um pirex untado com manteiga, e à falta de chouriço, coloquei por cima algumas fatias de bacon e levei ao forno, que já estava bem quente, para acabar de cozer e dourar à superfície.

Fiz uma saladinha verde para acompanhar. Não sobrou nada...

março 02, 2007

Açorda de Espargos




Cá vai ela, como foi publicada pela D. Maria de Lurdes Modesto, no Diário de Notícias, nas páginas da "boa vida".
E uma das coisas boas da vida é poder deliciar-se com esta açordinha, a que ela chamou "uma grande receita portuguesa". Assim que apanharem os espargos, experimentem!

Começa-se por alourar 200g de cebola em 2 dl de azeite. Rega-se com a quantidade de água necessária para embeber o pão (400g) e tempera-se com sal. A esta calda juntam-se 200g de presunto, 1/5 kg de galinha e 400 g de vitela, tudo em pedaços. Deixa-se cozer sem pressas, até as carnes ficarem tenras, o que pode levar de 60 a 90 minutos. A meio do tempo, junta-se 200g de salpicão às rodelas.

Quando o belo caldinho estiver apurado, juntam-se as pontas de 300g de espargos bravos e deixam-se amaciar. Entretanto desfazem-se 2 gemas num pouco do caldo e juntam-se à restante, apenas a fervilhar, para as gemas não talharem.

O pão corta-se em fatias que se dispões numa terrina que possa ir ao forno e à mesa; deita-se por cima uma parte do caldo e das carnes, mais uma camada de pão, e assim sucessivamente, até se esgotarem os ingredientes, e tendo em atenção que a última camada deve ser de pão. Deve ficar tudo bem embebido no caldo.

Rega-se o conjunto com 3 colheres de sopa de azeite a ferver e leva-se ao forno até alourar a superfície.

Aí têm a bela receita transmontana.

A imagem é daqui: http://www.lareault.com/asperges.html