Livro V |
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Livro VI |
A Passagem da Companhia Cinzenta é o segundo capítulo do primeiro livro de O Retorno do Rei.
Resumo[]
Enquanto Gandalf e Pippin cavalgavam em direção a Minas Tirith,[1] Aragorn, Théoden e os rohirrim retornaram de Isengard. Aragorn explicou de forma enigmática a Gimli, Legolas e Merry que deveria seguir para Minas Tirith por um caminho mais escuro, ainda indeterminado. No caminho para Rohan, o grupo encontrou trinta Guardiões do Norte e amigos de Aragorn, incluindo os dois filhos de Elrond, Elladan e Elrohir. Os Dúnedain eram rudes, mas orgulhosos, vestidos quase inteiramente de cinza. Eles haviam recebido uma mensagem misteriosa solicitando que viessem em auxílio a Aragorn. Théoden acolheu os Dúnedain em sua companhia, e Elrohir transmitiu uma mensagem a Aragorn de Valfenda: "Se você está com pressa, lembre-se dos Caminhos dos Mortos." Após algum tempo, o grupo chegou ao Abismo de Helm, o refúgio dos Cavaleiros de Rohan. Théoden pediu a Merry que cavalgasse com ele pelo resto da jornada. Merry ficou encantado, pois se sentia deslocado entre os demais cavaleiros e desejava ser útil. Ele ofereceu a Théoden sua espada em serviço de Rohan, e o rei a aceitou com prazer.
Enquanto Théoden preparava o grupo para retomar a jornada, o grupo percebeu de repente que Aragorn estava ausente. Ele reapareceu exausto e triste. Aragorn sabia que os Cavaleiros não chegariam a Minas Tirith a tempo. Ele decidiu levar os Dúnedain com ele para Minas Tirith por um caminho aterrorizante: os Caminhos dos Mortos. Diz-se que nenhum homem vivo pode viajar pelos Caminhos, mas Aragorn afirmou que o legítimo herdeiro de Elendil pode passar em segurança. Enquanto isso, Théoden e os Cavaleiros tomaram um caminho mais lento e seguro para leste através das montanhas até Edoras.
Aragorn informou Legolas e Gimli que havia consultado o palantír, a pedra Orthanc que Saruman usou para se comunicar com Sauron. Aragorn havia confrontado Sauron através do palantír e afirmou ter conseguido submeter o poder da pedra à sua própria vontade. No entanto, ao fazer isso, Aragorn alertou Sauron sobre sua existência como herdeiro do trono de Gondor. Gimli suspeitou que Sauron agora liberaria suas forças mais cedo porque sabia que o tão aguardado herdeiro de Isildur existia. Aragorn, no entanto, esperava que tal movimento apressado enfraquecesse o ataque do Inimigo.
Aragorn explicou a história dos Caminhos dos Mortos, citando uma canção lendária. Nos primeiros dias de Gondor, Isildur colocou uma grande pedra negra sobre a colina de Erech. Sobre esta pedra, o Rei das Montanhas havia jurado lealdade a Isildur. Quando Sauron retornou e travou guerra contra Gondor, Isildur convocou seus aliados em busca de ajuda. Os Homens das Montanhas quebraram seu juramento, pois começaram a adorar Sauron. Isildur condenou os Homens a nunca descansar até que seu juramento fosse cumprido. De acordo com o verso, os Quebradores de Juramentos tinham que cumprir seu juramento ao herdeiro de Isildur quando ele retornasse para chamá-los da Pedra de Erech. Reunindo os Rangers, Aragorn cavalgou pelas planícies de Rohan e chegou a Templo da Colina pela manhã. Théoden ainda não havia chegado, mas sua sobrinha, Éowyn, implorou a Aragorn que evitasse os Caminhos dos Mortos. Aragorn recusou.
Fora de Templo da Colina estava a entrada dos Caminhos dos Mortos, que se estendiam sob a montanha. Impulsionados apenas pela força da vontade de Aragorn, a Companhia entrou no caminho escuro. Gimli estava quase paralisado pelo medo, pois podia ouvir as vozes sussurrantes de um exército invisível seguindo a Companhia na escuridão. Em uma clareira, Aragorn virou-se e falou com os Mortos, convocando-os a segui-lo até a Pedra de Erech.
Após se arrastarem na escuridão por aquilo que parecia uma eternidade, a Companhia emergiu dos Caminhos e cavalgou rapidamente pelos campos montanhosos com os Homens, cavalos e estandartes dos Mortos seguindo atrás. Os habitantes da região circundante fugiram aterrorizados, chamando Aragorn de "Rei dos Mortos". Chegando à grande Pedra Negra de Erech, a legião dos Mortos anunciou sua lealdade a Aragorn. Aragorn desenrolou uma bandeira negra e proclamou-se herdeiro do reino de Isildur. A Companhia seguiu em direção ao Grande Rio, Anduin.
Composição[]
Originalmente os eventos deste capítulo seriam narrados por Aragorn, como um "flashback", em um capítulo posterior, O Último Debate. Quando esse capítulo foi reestruturado (setembro-outubro 1946) decidiu-se que a parte dos Caminhos dos Mortos deveria fazer parte da história e foi movida para um capítulo completamente novo.[2]
Referências[]
- ↑ Small textJ.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis, As Duas Torres, "O Palantír"
- ↑ Wayne G. Hammond e Christina Scull (2005), The Lord of the Rings: A Reader's Companion