Vera Baltz
Vera Baltz Вера Александровна Бальц | |
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Conhecido(a) por | pioneira nos estudos de solo na União Soviética |
Nascimento | 3 de agosto de 1866 São Petersburgo, Império Russo |
Morte | 8 de julho de 1943 (76 anos) Syktyvkar, União Soviética |
Residência | União Soviética |
Nacionalidade | russa |
Campo(s) | Geologia e agronomia |
Vera Aleksandrovna Baltz (em russo) Вера Александровна Бальц; São Petersburgo, 3 de agosto de 1866 – Syktyvkar, 8 de julho de 1943) foi uma geóloga, agrônoma e pesquisadora russa.
Vera foi uma das primeiras mulheres cientistas dedicadas ao estudo do solo no país, cujo trabalho foi depois perseguido pelas autoridades soviéticas.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Vera nasceu em 1866, em São Petersburgo. Em 1882, se formou com a medalha de ouro por excelência nos estudos pelo ginásio feminino da cidade. Falava fluentemente russo, alemão, francês e inglês. Em 1894, sua família se mudou para Varsóvia, onde seu pai, o general A.F. Balts (1841–1899), alto oficial do exército imperial, foi deslocado para comandar uma nova divisão.[1]
Versa estudou na Escola Tenishevsky, instituição de ensino secundário fundada pelo príncipe Vyacheslav Tenishev, em São Petersburgo. Interessando-se por biologia e por ciência do solo, ela acabou conseguindo um cargo de cientista na Academia Soviética de Ciências e no Museu Central do Solo de Dokuchaev. Na década de 1920, ela se tornou diretora do Museu de Ciências do Solo.[2][3]
Entre 1908 e 1915, Vera ministrou aulas práticas de mineralogia, geologia e ciência do solo nos cursos superiores de agricultura no ginásio feminino de Stebutov em São Petersburgo. Em 1912, ela fez um relatório no Congresso Pan-Russo sobre Educação Feminina. Foi assistente do proeminente cientista russo Konstantin Glinka.[2]
Especialista em estrutura do solo, engenharia geológica e construção de estradas, Vera compareceu a vários encontros, simpósios e congressos de ciência do solo no final da década de 1920. Publicou também vários artigos científicos em revistas renomadas da área na época.[1]
Prisão
[editar | editar código-fonte]Em dezembro de 1930, Vera foi presa junto de outras pessoas consideradas pelo governo soviético como agitadoras anti-governo. Algumas autoridades pediram sua imediata execução, mas ela acabou sentenciada a cinco anos de trabalhos forçados no campo de prisioneiros de Solovki, onde continuou seus estudos sobre solo. Ela pode participar da expedição da Academia Soviética de Ciências que estudou a tundra e as turfeiras siberianas, perto de Arkhangelsk.[2]
Vera foi libertada da prisão em 1933 devido à sua idade avançada, ainda que o governo tenha estabelecido uma série de restrições e tenha suprimido boa parte de seu trabalho. Vera então se estabeleceu em Arkhangelsk, com sua sobrinha Leontina Arturovna. Eventualmente a família foi obrigada a se mudar para Syktyvkar.[2][3]
Morte
[editar | editar código-fonte]Os cartões de alimentação de Leontina foram roubados e assim Vera deu os seus à sobrinha. Vera morreu em 8 de julho de 1943, em Syktyvkar, aos 76 anos, devido à uma miocardite ocasionada pelo longo período de inanição.[2][3]
Referências
- ↑ a b «Информационная система "История геологии и горного дела"». higeo.ginras.ru. Consultado em 6 de novembro de 2021
- ↑ a b c d e «КНИГА ПАМЯТИ_Ба». pkk.memo.ru. Consultado em 6 de novembro de 2021
- ↑ a b c «"Наверно, он искал себя всю жизнь…"». Финно-угорский мир. 18 de outubro de 2012. Consultado em 6 de novembro de 2021