Santa Leopoldina
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | leopoldinense | ||
Localização | |||
Localização de Santa Leopoldina no Espírito Santo | |||
Localização de Santa Leopoldina no Brasil | |||
Mapa de Santa Leopoldina | |||
Coordenadas | 20° 06′ 03″ S, 40° 31′ 48″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Espírito Santo | ||
Municípios limítrofes | Serra, Cariacica, Domingos Martins, Fundão, Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá. | ||
Distância até a capital | 47 km | ||
História | |||
Fundação | 17 de abril de 1887 (137 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Romero Luiz Endringer[1] (PTB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 716,441 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[3]) | 12 240 hab. | ||
Densidade | 17,1 hab./km² | ||
Clima | tropical (leste) e tropical de altitude (oeste). | ||
Altitude | 65 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,626 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 107 934,216 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 8 480,73 | ||
Sítio | www.santaleopoldina.es.gov.br (Prefeitura) www.santaleopoldina.es.leg.br (Câmara) |
Santa Leopoldina é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Em 2021, o IBGE estimou que 12.171 pessoas residiam no município, sendo que 80% desta população reside na área rural.[6][7] A cidade é conhecida como uma das primeiras colônias do estado. O município é bastante conhecido em literaturas, como no livro O Cannã de Graça Aranha e pelo seus filhos ilustres, como: Jair Amorim e Ubaldo Ramalhete Maia. Por seu grande valor histórico, o município faz parte das rotas turísticas, como a Rota do Imigrante e a Rota Imperial. A cidade é conhecida por ter o melhor carnaval de rua da Região Serrana, cuja cultura preserva o velho carnaval de rua, com fantasias e marchinhas de época.
Em 2022, Santa Leopoldina foi ocupada por wikimedistas durante a Wikimania. A iniciativa visou ampliar o conteúdo online disponível sobre a cidade.[8][9]
História
[editar | editar código-fonte]História pré-colonial
[editar | editar código-fonte]A história de Santa Leopoldina tende a ser contada a partir da chegada de colonos europeus na segunda metade do século XIX. Todavia, a história da ocupação humana da região remonta-se aos primeiros povos indígenas que habitaram-na entre 5000 e 7000 anos atrás.[10]
História colonial
[editar | editar código-fonte]Na época colonial, a região era chamada de Porto do Cachoeiro ou Cachoeiro de Santa Leopoldina, porque era o local em que o rio Santa Maria de Vitória se encachoeirava. A história colonial da região relaciona-se com a história deste rio, que foi o meio pelo qual os europeus e seus descendentes se interiorizaram na Capitania do Espírito Santo. Essa interiorização ocorreu em várias levas, motivadas pela busca de exploração natural e da mão-de-obra indígena.[11] Durante várias décadas, o Porto do Cachoeiro se manteve como principal pólo comercial na região de montanhas do Espírito Santo, graças à localização estratégica que as margens do Rio Santa Maria garantia, favorecendo o acesso à baía de Vitória.[carece de fontes]
Em 1884, a região de São José do Queimado (onde ocorrera, em 1842, uma insurreição negra) passa a pertencer a Santa Leopoldina.[11]
Século XIX
[editar | editar código-fonte]Até o início do século XIX, Santa Leopoldina ainda estava povoada majoritariamente por povos indígenas. A partir daí, esse quadro começa a ser revertido especialmente com a guerra contra os botocudos.[13]
Em 1857 chegaram imigrantes suíços, alemães, pomeranos, tiroleses, dentre outros. Três anos depois, Santa Leopoldina recebe a visita de D. Pedro II, o imperador do Brasil, que escolheu a colônia para início da viagem ao interior da Província do Espírito Santo. Foi a colônia mais populosa do Brasil, emancipada em 17 de abril de 1887.[carece de fontes]
No século XIX a cidade chegou a ser denominada a maior província do estado, ultrapassando até mesmo a capital Vitória, devido as fazendas e a alta produção cafeeira, que eram escoadas pelo Rio Santa Maria até o Porto de Vitória. Esse avanço trouxe ao município modernizações, como: os primeiros carros e pequenos caminhões e também ter a primeira estação de telefonia da província. Em 1919, foi construída a primeira rodovia do estado, denominada Rodovia Bernardino Monteiro, que liga os municípios de Santa Leopoldina à Santa Teresa.[carece de fontes]
História pós-colonial
[editar | editar código-fonte]Hoje o município é considerado o maior produtor de gengibre do Brasil, além de hortifrutigranjeiros, banana e verduras. Atualmente, a economia do município é geradas através da agricultura e do comércio.[carece de fontes]
A visita de D. Pedro II
[editar | editar código-fonte]Depois de três anos, apesar de todas as dificuldades encontradas, os primeiros imigrantes já tinham o que mostrar a D. Pedro II que visitou a colônia, em 1860. Vencidas as naturais asperezas do início, os colonos já prosperavam no interior.[carece de fontes]
O acelerado ritmo de importância que foi assumindo a nova colônia, foi o que motivou a visita de D. Pedro II. Ao escolher aquela colônia como início da viagem ao interior da Província, D. Pedro II estava preparado para ouvir as reclamações dos colonos, pois não lhe era estranho o destino dos imigrantes do Império. Durante todo trajeto, Sua Majestade anotava em seu diário características da região e de seus afazeres.[carece de fontes]
Museu do Colono
[editar | editar código-fonte]Está localizado numa antiga casa mista da antiga Cachoeiro de Santa Leopoldina e retrata a época do seu apogeu comercial do Porto e suas transações comerciais da época. O acervo é constituído de cerca de 600 peças, destacando-se mobiliários, faianças de várias partes do mundo, opalinas, fotografias, instrumentos musicais, relógios antigos, cujo arranjo reflete os costumes de uma família bem aquinhoada do final do século XIX. A vida social também é representada museograficamente pela decoração e pelo mobiliário de uma casa. Foi o Dr. Luiz Holzmeister o responsável pela organização do Museu do Colono onde se encontram peças, que por si retratam o grau cultural dos imigrantes que aqui aportaram. Foi criado pelo Governador Cristiano Dias Lopes. É um verdadeiro relicário da cultura imperante em Santa Leopoldina.[carece de fontes]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Relevo e hidrografia
[editar | editar código-fonte]Santa Leopoldina é um verdadeiro paraíso ecológico com exuberância de várias cachoeiras, fauna e flora e diversidade étnica que conferem à região uma grande potencialidade de turismo, cultura, lazer e prática de esportes radicais. Em sua extensão, o município possui duas usinas hidrelétricas, denominadas Suíça e Rio Bonito, e estão lotadas no Rio Santa Maria, um dos principais rios de abastecimento da Grande Vitória. Além da cultura diversificada, a cidade destaca-se também pela grande quantidade de cachoeiras, que atraem milhares de turistas todos os anos.[14]
Subdivisões
[editar | editar código-fonte]Distritos
[editar | editar código-fonte]Distrito[15] | População[16] |
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Djalma Coutinho | 1074 |
Mangaraí | 3843 |
Santa Leopoldina | 7546 |
Economia
[editar | editar código-fonte]A renda econômica do município está voltada para o campo, sobretudo, com produtos hortifrutigranjeiros. O município atualmente é o maior produtor de gengibre do Brasil, e grande parte do produto é exportada para os Estados Unidos e países da Europa.[17] Além do gengibre, Santa Leopoldina também é destaque na produção de café, banana e pimenta, que são comercializados por produtores na CEASA e exportado para outros continentes. O turismo também é um forte alicerce econômico, visto que a cidade é famosa por possuir suas belas cachoeiras e pousadas, o que atrai turistas durante todo ano.[carece de fontes]
Transporte
[editar | editar código-fonte]O município conta com serviços de táxi e ônibus intermunicipais rodoviários, que são realizados pelas empresas Pretti e Lírio dos Vales. Essas empresas realizam diariamente o trecho Santa Leopoldina x Vitória, e vice-versa. Além disso, com essa rota, é possível deslocar-se até municípios vizinhos, como: Cariacica (viagem realizada por ambas empresas), Santa Teresa (viagem realizada pela Lírio dos Vales) e Santa Maria de Jetibá (viagem realizada pela empresa Pretti). Ainda, é possível ir para municípios mais distantes de Santa Leopoldina, como: Colatina, Itarana e Itaguaçu.[18]
Turismo
[editar | editar código-fonte]O turismo de Santa Leopoldina é um forte contribuinte de renda ao município.[19] Denominada como Filha do Sol e das Águas, a cidade possui diversas cachoeiras, com acomodações e lazer, além de possuir excelentes pousadas e vendas de artesanatos. Um dos principais pontos para visitação é o Museu do Colono, localizado no centro da cidade. Com mais de 100 anos de construção, a antiga casa da Família Holzmeister deu lugar ao museu, que preserva os traços do século passado, porcelanas, pinturas, instrumentos musicais e todo um acervo de bens pessoais, além de possuir em seu térreo uma galeria, para exposição de obras. Outro ponto que atrai turistas para a cidade são seus festejos, como o famoso carnaval de rua, que preserva as marchinhas de época, fantasias e a festa de comemoração do aniversário da cidade, realizado em abril. A cidade ainda possui suas rotas turísticas, a mais conhecida é a Rota do Imigrante, que organiza anualmente no dia 1 de maio uma caminhada de 29 quilômetros, que sai de Santa Leopoldina até Santa Teresa, cujo objetivo é refazer todo o trajeto dos tropeiros.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Candidatos a vereador Santa Leopoldina-ES». Estadão. Consultado em 11 de julho de 2021
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 21 de junho de 2017. Consultado em 21 de junho de 2017
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ IBGE. «Santa Leopoldina». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 12 de agosto de 2022
- ↑ «Quantos habitantes tem a cidade de Santa Leopoldina/ES?». Estados e Cidades do Brasil. Consultado em 12 de agosto de 2022
- ↑ Redação, Da (9 de agosto de 2022). «Santa Leopoldina se revelando para o mundo». PORTAL JORNAL DO NORTE. Consultado em 12 de agosto de 2022
- ↑ Gomes, Davidy (11 de agosto de 2022). «Encontro da Wikimedia acontece em Santa Leopoldina neste fim de semana». Pérola Capixaba. Consultado em 12 de agosto de 2022
- ↑ «Há sete mil anos os índios já habitavam o Espírito Santo». Morro do Moreno. 2018. Consultado em 13 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2020
- ↑ a b Oliveira Junior, Antonio (2009). Geografia retrospectiva de São José do Queimado. Distrito do Município de Serra- ES (PDF) (Monografia). Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo
- ↑ Couto, Maria Antonia (2011). «Casa da Colônia Santa Leopoldina – Mare». Museu de Arte para Pesquisa e Educação. Consultado em 16 de agosto de 2022
- ↑ Paraiso, Maria Hilda (1992). «Os botocudos e sua trajetória histórica». História dos índios no Brasil. Manuela Carneiro da Cunha, Francisco M. Salzano. São Paulo, SP: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. OCLC 27433493
- ↑ «Prefeitura Municipal de Santa Leopoldina - Estabelecimentos». www.santaleopoldina.es.gov.br. Consultado em 16 de outubro de 2022
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «O histórico de Santa Leopoldina» (PDF). Consultado em 19 de fevereiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Censo Demográfico 2000». Consultado em 9 de fevereiro de 2012
- ↑ Jornal do Campo ES | Santa Leopoldina, no ES, é o maior produtor de gengibre do Brasil | Globoplay, consultado em 16 de agosto de 2022, cópia arquivada em 16 de agosto de 2022
- ↑ Prefeitura. «Horário de Ônibus». Prefeitura Municipal de Santa Leopoldina. Consultado em 16 de outubro de 2022
- ↑ Rezende, Aldo; Peixouto, Aurélia Hubner; Ferreira, Maria José de Resende; Resende, Sânia Aparecida (2022). Educação turística em Santa Leopoldina-ES: diálogos e experiências de práticas docentes. Vitória: Edifes
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dadalto, Maria Cristina; Siuda-Ambroziak, Renata (22 de setembro de 2020). «Poloneses no Espírito Santo: duas trajetórias de um povo entre os vales da Serra e os sertões do Norte». Revista História: Debates e Tendências (3): 153–174. ISSN 2238-8885. doi:10.5335/hdtv.20n.3.11656. Consultado em 13 de agosto de 2022
- Márcia Regina Rodrigues Ferreira, Márcia; Pinto Junior, Arnaldo (14 de outubro de 2020). «O tombamento do sítio histórico de Santa Teresa reflexões sobre patrimônio, memória e italianidade». Boletim CDAPH (1). ISSN 2675-6986. doi:10.24933/bcdaph.v4i1.20. Consultado em 13 de agosto de 2022
- Osvaldo Martins de Oliveira (2005), O projeto político do território negro de Retiro e suas lutas pela titulação das terras, Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Wikidata Q113502888
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Media relacionados com Santa Leopoldina no Wikimedia Commons