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Rio Paranapanema

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Rio Paranapanema

Vista do rio no município de Paranapanema.

Localização
Continente
País
Localização
Altitude
239 m
Coordenadas
Dimensões
Comprimento
929 km
Hidrografia
Tipo
Bacia hidrográfica
Nascente
Altitude da nascente
900 m
Afluente
principal
Foz
Altitude da foz
239 m
Mapa

O rio Paranapanema (termo da língua geral meridional que significa "rio azarado": paraná, rio + panema, azarado, no sentido de azar na pesca)[2] é um dos cursos de água mais importantes do interior do estado de São Paulo, no Brasil. Ele é um divisor natural dos territórios dos Estados de São Paulo e Paraná.

O rio Paranapanema tem uma extensão total de 929 quilômetros em um desnível de 570 metros, desenvolvendo-se no sentido geral leste-oeste e desaguando no rio Paraná numa altitude de 239 metros aproximadamente.

As nascentes do rio Paranapanema estão localizadas na serra Agudos Grandes, em Capão Bonito muito próximo das divisas dos municípios de Eldorado e Ribeirão Grande, no Sudoeste do estado de São Paulo, a aproximadamente 100 quilômetros da costa Atlântica, numa latitude de 24°16'41,5" sul e longitude 48°16'36,4 oeste, a cerca de 900 metros acima do nível do mar.[1]

O rio Paranapanema, das nascentes até a foz do rio Itararé, corre em território paulista; a jusante deste ponto, faz divisa entre os estados do Paraná e de São Paulo até sua foz no rio Paraná, no ponto tríplice entre os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A declividade média total do rio Paranapanema, desde suas nascentes até a desembocadura no rio Paraná é de 61 centímetros por quilômetro. Não considerando os primeiros 100 quilômetros, onde o rio desce a serra de Paranapiacaba, a sua declividade média é de 43 centímetros por quilômetro, valor relativamente baixo para um percurso tão extenso (820 quilômetros).

Ele é tão importante que tem o seu próprio dia: 27 de agosto, criado pela Lei Estadual 10 488/99 (Antônio Salim Curiati), (sancionada pelo governador Mário Covas).[3]

O Paranapanema é o rio menos poluído do estado de São Paulo.[4]

O rio Paranapanema possui três principais trechos:

Baixo Paranapanema

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Da foz, no rio Paraná, até Salto Grande, com 421 quilômetros de extensão. Apresenta uma declividade média de 29 centímetros por quilômetro, larguras superiores a 200 metros nos trechos mais profundos e nos trechos rasos, larguras que chegam a atingir 800 metros. Os raios de curvatura são da ordem de 1 000 metros. O curso é muito pouco sinuoso, apresentando um total equilíbrio horizontal, com exceção, somente, do trecho nas proximidades da embocadura no Paraná, onde nota-se a existência de bancos de areia móveis e ilhas.

Médio Paranapanema

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De Salto Grande até a confluência do rio Apiaí-Guaçu, com 328 quilômetros de extensão.

Apresenta um desnível total de 210 metros. Não se pode falar em declividade média para este trecho, uma vez que, com a construção de várias barragens para fins de aproveitamento hidrelétrico, este desnível está, em sua maior parte, concentrado.

Alto Paranapanema

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Bacia Paranapanema-Paraná

Da confluência do rio Apiaí-Guaçu, até as nascentes, na serra de Agudos Grandes, com uma extensão total de 180 quilômetros. Apresenta uma declividade média bastante elevada de 150 centímetros por quilômetro. Drenando uma série de ribeirões que descem da serra de Paranapiacaba, o Alto Paranapanema vai ganhando porte e se consolida ao receber os rios Itapetininga e Apiaí-Guaçu.

A navegação do rio Paranapanema é praticada basicamente no baixo curso entre Euclides da Cunha Paulista e Terra Rica, jusante da corredeira da Coroa do Frade, numa extensão de cerca de 70 quilômetros, contados a partir da foz do rio Paraná. Essa navegação é feita em caráter bastante precário. Em condições naturais, a profundidade mínima neste trecho, em estiagem, é de cerca de 1,50 metro.

Nos últimos 421 quilômetros de jusante, no percurso entre a foz e a barragem de Salto Grande, a declividade média é de 29 centímetros por quilômetro, propício para a navegação.

Corredeiras do rio Paranapanema

Os principais acidentes naturais que interrompem ou prejudicam a navegação são: banco basáltico, rochas aflorantes, velocidade de corrente reduzida, pouca profundidade, canal estreito no meio do rio, velocidade da corrente elevada; movimento ondulatório, canal sinuoso, bancos de areia e trechos com forte declividade.

As grandes reservas de água acumulada nas barragens superiores têm uma influência considerável no regime do rio, em seu curso médio; no curso inferior esta influência é mais reduzida, não influindo de toda a forma nas condições naturais que impedem totalmente a navegação.

Barragens e represas

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O rio Paranapanema possui um total 11 barragens, e suas respectivas represas, em sua extensão. A tabela seguinte traz a lista seguindo-se em direção ao rio Paraná.

Barragem Represa Capacidade de produção[5] Área do reservatório[5]
Usina Hidrelétrica de Jurumirim Represa de Jurumirim 98 MW 449 km²
Usina Hidrelétrica Piraju Piraju 80 MW 12,75 km²
Usina Hidrelétrica Paranapanema Piraju 31 MW [6] 1,5 km²
Usina Hidrelétrica de Chavantes - 414 MW 400 km²
Usina Hidrelétrica de Ourinhos 33 MW 4,33 km²
Usina Hidrelétrica de Salto Grande - 74 MW 12 km²
Usina Hidrelétrica de Canoas II - 72 MW 22,5 km²
Usina Hidrelétrica de Canoas I - 81 MW 30,85 km²
Usina Hidrelétrica de Capivara Escola Mackenzie 619 MW 576 km²
Usina Hidrelétrica de Taquaruçu Escola Politécnica 526 MW 80,1 km²
Usina Hidrelétrica de Rosana - 353 MW 220 km²

Referências

  1. a b Júnior, Janary (5 de setembro de 2019). «Proposta aprovada proíbe novas usinas hidrelétricas no rio Paranapanema». Portal da Câmara dos Deputados. Agência Câmara de Notícias. Consultado em 2 de março de 2021. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2019 
  2. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 590.
  3. «Dia do Rio Paranapanema é comemorado em 27 de agosto – CBH Paranapanema». paranapanema.org. Consultado em 30 de maio de 2020 
  4. Fórum estadual discute condições do Paranapanema
  5. a b «Duke Energy Brasil - Usinas hidrelétricas no rio Paranapanema». Consultado em 9 de maio de 2009. Arquivado do original em 15 de agosto de 2009 
  6. Santa Cruz Energia

Ligações externas

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