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Parque Hernández

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Parque Hernández
Parque Hernández
País Espanha

O parque Hernández é o parque mais importante da cidade autónoma espanhola de Melilha e está emplazado no Alargue Modernista, na praça de Espanha.[1]

Luz

Sua origem situa-se em 1872, quando se recheou o antigo cauce do Rio de Ouro com as terras que se extraíram para formar seu novo cauce. Em 1900 o então comandante geral da praça, Venancio Hernández Fernández, decidiu a transformação da extensa planicie que se utilizava como campo de instrução da tropa e desaguadouro da população num parque florestal. Para isso contou com a colaboração da Junta de Arbitrios que sufragó as despesas através da partida de entretenimentos.[1][2][3]

Em 1902 realiza-se o parque com forma de trapecio segundo desenho do engenheiro Vicente García do Campo do ano amnterior, sendo inaugurado o 18 de maio e em 1906 iniciou-se a urbanização que resultou infructuosa ao arrasar uma riada o parque nesse ano, em 1907 se constrói um templete no centro do parque e se instala a Luz conmemorativa em honra ao general Hernández costeada por uma assinatura popular iniciada pelo Telegrama do Rif.[1][4] Em 1914 constrói-se a capa principal com um ambigú denominado Café Alhambra entre 1911 e 1918, em 1915 in depósito de água elevado que permitiu o converter num verdadeiro parque e em 1918 se termina o fechamento do parque.[1][5]

Entre 1927 e 1930 constroem-se as pérgolas, suprimem-se quioscos e passeios, se pavimentan os mais importantes e instala-se no sótano do templete uma colecção de resto arqueológicos. A princípios dos anos 30 perde-se a rotonda do final do parque e a colecção arqueológica translada-se ao meio da Porta da Marinha. instalando-se no sótano do templete uma biblioteca popular. Em 1945 derruba-se o templete e instala-se uma fonte luminosa que é derrubada entre 1951 e 1952, em 1966 se repõe e arranja a grade metálica do fechamento e em 1987 se arranja o passeio central, colocando no centro do parque uma fonte, ainda que no final dos anos 70 começa uma longa decadência.[1][6][7][8][9]

Em abril de 2007, na celebração do XXXIV Congresso de Parques e Jardins obtém junto aos jardins da praça de Espanha o título de Jardim histórico.[1]

Conta com uma capa principal, composta de três portas, com cancelas de ferro, a central flanqueada por dois prismas, com o escudo de Melilla e coroado por uma coroa, com uma torre na que se situa Guzmán o Bom blandiendo um puñal.[10][1][11]

Referências

  1. a b c d e f g González García, Juan Antonio; Enrique Mirón, Carmen (2010). Paseos botánicos por la ciudad de Melilla (PDF). [S.l.: s.n.] 
  2. Bravo Nieto, Antonio (1997). La ciudad de Melilla y sus autores, Diccionario biográfico de arquitectos e ingenieros (finales del siglo XIX y primera mitad del XX). Málaga: SEYER. p. 174-175. ISBN 84-87291-81-3. Consultado em 21 de agosto de 2017 
  3. Bravo Nieto, Antonio; Bendahán, Marcelo (2008). Guía del Modernismo en Melilla (em espanhol). [S.l.]: MAESTRO BOOKS. ISBN 978-90-809396-4-6 
  4. «El general que cambió una ciudad, Venancio Hernández». El Reto Histórico (em espanhol). 7 de agosto de 2017. Consultado em 14 de julho de 2018 
  5. «Conociendo nuestro patrimonio Entrada principal del Parque Hernández». melillamonumental.es (em espanhol). Consultado em 9 de maio de 2020 
  6. Lechado Granados, Mª del Cramen; Melero Pascual, Julia; Cabanillas Gutierréz, Gustavo; Amar Salat, Karima; Atencia Andreu, Ana; Mimón Bouzbib, Dunia (2015). MELILLA GUÍA TURÍSTICA. [S.l.]: Galland Books. p. 75. ISBN 978-84-16200-16-0 
  7. Bravo Nieto, Antonio (2002). Guía de Melilla. León: EDITORIAL EVERGRAFICAS S.L. p. 69. ISBN 84-241-9300-8 
  8. Historia de Melilla a través de sus calles y barrios. [S.l.]: Asociación de Estudios Melillenses. 1997 
  9. Camacho Martínez, Rosario (2005). «Imagen de Melilla en la arquitectura contemporánea». In: A. Bravo Nieto y Pilar Fernández Uriel (dir.). Historia de Melilla. Melilla: Ciudad Autónoma de Melilla, Consejería de Cultura y Festejos. ISBN 84-95110-25-3 
  10. Bravo Nieto, Antonio (1996). «VI». La construcción de una ciudad europea en el contexto norteafricano. Arquitectos e ingenieros en la Melilla Contemporánea (PDF) (em espanhol). Málaga: Ciudad Autónoma de Melilla Consejería de Cultura, Educación, Juventud y Deporte Universidad de Málaga-SEYER. p. 661. ISBN 84-87291-68-6. Consultado em 12 de julho de 2017 
  11. Carmona y Pachón, Francisco; Díez Sánchez, Díez (1997). HISTORIA GRÁFICO DE MELILLA. [S.l.]: Copartgraf. ISBN 84-87291-93-7 

Ligações externas

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