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Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica

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A Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) é uma competição anual de astronomia e astronáutica para estudantes do ensino médio. A OLAA foi fundada em 11 de outubro de 2008, em Montevidéu, no Uruguai. Seus principais objetivos são compartilhar conhecimentos, gerar vínculos de comunicação e colaboração, fomentar a difusão e o aperfeiçoamento docente, assim como gerar vocações pela Astronomia, Astronáutica e Ciências afins. Sua primeira edição ocorreu no Ano Internacional da Astronomia, em 2009, no Rio de Janeiro, Brasil, com a participação de sete países.

As provas da OLAA consistem em exames teóricos versando sobre Astronomia e Astronáutica, e provas práticas que podem incluir manipulação de telescópios, sessões de planetário, uso de cartas celestes, construção de foguetes de garrafas PET, etc.

A competição ocorre anualmente no mês de outubro e dura uma semana. Cada país pode levar uma equipe de até cinco participantes, necessariamente mista (com alunos dos dois gêneros), acompanhada por dois professores (líderes de equipe) e observadores. Além das provas individuais, ocorrem provas em equipe, com cada grupo composto de três ou quatro alunos de países diferentes.

São distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze e menções honrosas aos alunos de acordo com o desempenho nas provas, além de prêmios individuais para melhor prova teórica, observacional, em grupo e de foguetes.

A primeira edição da OLAA ocorreu de 12 a 19 de outubro de 2009 e contou com a participação de delegações de sete países latino-americanos (México, Colômbia, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Chile), totalizando 33 alunos participantes.[1] A prova observacional foi realizada no Laboratório Nacional de Astrofísica em Itajubá, Minas Gerais.

Participantes da primeira OLAA

A segunda edição ocorreu entre 5 e 10 de setembro de 2010, em Bogotá, na Colômbia, contando com a participação dos mesmos sete países que participaram da primeira edição, mas com 35 alunos.[2] A prova observacional ocorreu no Deserto de Tatacoa.

A terceira edição ocorreu novamente no Rio de Janeiro, no Brasil. A quarta edição aconteceu entre 9 e 15 de setembro em Barranquilla, Colômbia.[3]

A quinta edição aconteceu em Cochabamba, Bolívia, e a sexta edição na cidade de Minas, Uruguai.

A sétima edição aconteceu mais uma vez no Rio de Janeiro, no Brasil.

A oitava edição, realizada em 2016, foi sediada em Córdoba, na Argentina.

A nona edição aconteceu em Antofagasta, Chile, de 8 a 14 de outubro de 2017. Os competidores visitaram o Observatório Paranal, operado pelo Observatório Europeu do Sul. A prova observacional foi realizada no Deserto do Atacama junto ao monumento Mano del Desierto.

A décima OLAA foi realizada em Ayolas, Paraguai, em outubro de 2018.[4]

A décima primeira edição ocorreu em Puebla, no México.

A décima segunda edição ocorreu de forma virtual devido à pandemia de COVID-19. Foi realizada pela Universidade Técnica de Cotopaxi, sediada em Latacunga, Equador.[5]

A décima terceira edição também ocorreu de forma virtual devido à pandemia de COVID-19. Foi realizada pela Universidad Nacional Mayor de San Marcos, sediada em Lima, Peru.

Número Ano País Sede Cidade
1 2009 Brasil Brasil Rio de Janeiro
2 2010 Colômbia Colômbia Bogotá
3 2011 Brasil Brasil Rio de Janeiro
4 2012 Colômbia Colômbia Barranquilla
5 2013 Bolívia Bolívia Cochabamba
6 2014 Uruguai Uruguai Minas
7 2015 Brasil Brasil Rio de Janeiro
8 2016 Argentina Argentina Cordoba
9 2017 Chile Chile Antofagasta
10 2018 Paraguai Paraguai Ayolas
11 2019 México México Puebla
12 2020 Equador Equador (Virtual)
13 2021 Peru Peru (Virtual)
14 2022 Panamá Panamá Cidade do Panamá
15 2023 Panamá Panamá Chiriquí
16 2024 Costa Rica Costa Rica San José

Brasil na OLAA

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Resultados obtidos

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Ano País Sede Ouro Prata Bronze Honra
2009 Brasil Brasil 2 2 1 -
2010 Colômbia Colômbia 4 - 1 -
2011 Brasil Brasil 2 3 - -
2012 Colômbia Colômbia 2 3 - -
2013 Bolívia Bolívia 3 1 1 -
2014 Uruguai Uruguai 3 2 - -
2015 Brasil Brasil 4 1 - -
2016 Argentina Argentina 2 2 1 -
2017 Chile Chile 4 1 - -
2018 Paraguai Paraguai 4 1 - -
2019 México México 4 1 - -
2020 Equador Equador 4 - 1 -
2021 Peru Peru 5 - - -
2022 Panamá Panamá 5 - - -
2023 Panamá Panamá 2 3 - -
2024 Costa Rica Costa Rica 4 - 1 -
TOTAL 54 17 6 -

Delegações brasileiras

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Equipe Brasileira da primeira OLAA
  • Ouro: Amanda Seraphim Pedarnig (Vinhedo, SP) e Weslley de Vasconcelos Rodrigues da Silva (Teresina, PI)
  • Prata: Larissa Fernandes de Aquino (Olinda, PE), Luis Fernando Machado Poletti Valle (Guarulhos, SP) e Victor Venturi (Campinas, SP)
  • Líderes: João Canalle e Julio Cesar Klafke[10][11]
Equipe Brasileira da VII OLAA (2015)
Equipe brasileira da XI OLAA, em 2019. Da esquerda para direita: Gabriel Oliveira, Bismarck Moreira, Caio Nascimento, Sarah Leitão e Fabrizio Melges.
  • Ouro: Eduardo Henrique Camargo de Toledo (Valinhos, SP), Vitor Eduardo Costa Santos (Jundiaí, SP), Beatriz Rodrigues de Freitas (Fortaleza, CE) e Bismark Mesquita do Nascimento (Fortaleza, CE)
  • Bronze: Gustavo Sobreira Barroso (Fortaleza, CE)
  • Líderes: Eugênio Reis e Julio Cesar Klafke[19]
  • Ouro: Isabela Pereira Gregio (Campo Grande, MS), Leonardo Vellar Augé (Pelotas, RS), Luís Otávio Trotti Martins Guedes de Souza (Santo André, SP), Paulo Henrique dos Santos Silva (Santana de Parnaíba, SP) e Wesley Antônio Machado Andrade de Aguiar (Manaus, AM)
  • Líderes: Eugênio Reis e Julio Cesar Klafke[20]
  • Ouro: Davi de Lima Coutinho dos Santos (Itatiba, SP), Gabriel Consentino Botrel Chalfun (Lavras, MG), Hugo Fares Menhem (São Paulo, SP), Mariana Naves Tana (Três Pontas, MG) e Murilo Martins Trevisan (Valinhos, SP)
  • Líderes: Eugênio Reis e Julio Cesar Klafke[21]
  • Ouro: Davi de Lima Coutinho dos Santos (Itatiba, SP) e Gustavo Mesquita Franca (Fortaleza, CE)
  • Prata: Hugo Fares Menhem (São Paulo, SP), Larissa Midori Miamura (São Paulo, SP) e Mychel Lopes Segrini (Vitória, ES)
  • Líderes: Ednilson Oliveira e Julio Cesar Klafke[22]
  • Ouro: Filipe Ya Hu Dai Lima (João Pessoa, PB), Larissa Midori Miamura (São Paulo, SP), Luca Pieroni Pimenta (Valinhos, SP) e Lucas Praça Oliveira (Fortaleza, CE)
  • Bronze: Arthur Gomes Gurjão (Fortaleza, CE)
  • Líderes: Fellipy Dias Silva e Julio Cesar Klafke[23]

Referências

  1. «I OLAA, Relatório» (PDF). Consultado em 13 de setembro de 2010 [ligação inativa]
  2. «II OLAA, Informe Final» (PDF). Consultado em 24 de outubro de 2010 [ligação inativa]
  3. «4a OLAA». Olimpiadas Colombianas. Consultado em 17 de setembro de 2012. Arquivado do original em 3 de setembro de 2014 
  4. «Brasil conquista quatro ouros e uma prata em olimpíada latino-americana de astronomia». g1. 23 de outubro de 2018. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  5. Alana Gandra (4 de dezembro de 2020). «Brasil obtém 5 medalhas em olimpíada latino-americana de astronomia». Agência Brasil. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  6. «Melhor resultado brasileiro na história da Olimpíada Internacional de Astronomia». Laboratório de Jornalismo Científico - Unicamp. Consultado em 24 de novembro de 2011 
  7. «Premiação na II Olimpíada Latinoamericana de Astronomia». COOPEG - Interativa. Consultado em 24 de novembro de 2011 
  8. «Brasil garante medalhas de ouro, prata e bronze em olimpíadas de astronomia». Jornal da Ciência / SBPC. Consultado em 24 de novembro de 2011. Arquivado do original em 8 de outubro de 2010 
  9. «Alunos brasileiros conquistam duas medalhas de ouro em astronomia». g1. 1 de novembro de 2011. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  10. «Resultado Brasil IV OLAA». Olimpiadas Científicas. Consultado em 17 de setembro de 2012 
  11. «Brasileiros participam da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica». O Dia - Educação. Consultado em 17 de setembro de 2012 
  12. «Brasil bate recorde com três ouros em Olimpíada de Astronomia na Bolívia». Terra. 29 de outubro de 2013. Consultado em 14 de outubro de 2017 
  13. «Estudantes brasileiros ganham cinco medalhas em competição de astronomia». Correio Braziliense. 20 de outubro de 2014. Consultado em 14 de outubro de 2017 
  14. «Brasileiros conquistam cinco medalhas na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica». Galileu. 6 de outubro de 2015. Consultado em 14 de outubro de 2017 
  15. Eduardo Pereira (11 de outubro de 2016). «Brasil vence Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica». g1. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  16. «Brasil conquista quatro medalhas de ouro em olimpíada de astronomia e astronáutica no Chile». g1. 18 de outubro de 2017. Consultado em 18 de outubro de 2017 
  17. «Brasil se destaca na OLAA 2018». NOIC. 19 de outubro de 2018. Consultado em 9 de maio de 2020 
  18. «Brasil conquista primeiro lugar em olimpíada de astronomia». Agência Brasil. 29 de outubro de 2019. Consultado em 8 de maio de 2020 
  19. Gandra, Alana (4 de dezembro de 2020). «Brasil obtém 5 medalhas em olimpíada latino-americana de astronomia». Agência Brasil. Consultado em 11 de junho de 2020 
  20. «Brasileiros levam 5 ouros em olimpíada de astronomia e astronáutica no Peru». Revista Galileu. 13 de novembro de 2021. Consultado em 23 de novembro de 2021 
  21. «Estudante do IFSULDEMINAS - Campus Machado conquista o ouro na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica». IF Sul de Minas. 10 de outubro de 2022. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  22. Samuel Pinusa (22 de novembro de 2023). «Estudantes do Ceará conquistam medalhas de ouro e prata em Olimpíada de Astronomia e Astronáutica, no Panamá». g1. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  23. Campos, Ana (3 de dezembro de 2024). «Brasileiros ganham medalhas em Olimpíada de Astronomia e Astronáutica». CNN Brasil. Consultado em 8 de dezembro de 2024