Neófito VII de Constantinopla
Neófito VII de Constantinopla | |
---|---|
Nascimento | século XVIII Esmirna (Império Otomano) |
Morte | 1806 Enez (Império Otomano) |
Ocupação | presbítero ortodoxo |
Religião | cristianismo ortodoxo |
Neófito VII de Constantinopla (em grego: Νεόφυτος Ζʹ; m. depois de 1801) foi patriarca ecumênico de Constantinopla duas vezes, entre 1789 e 1794 e entre 1798 e 1801.
História
[editar | editar código-fonte]Neófito era natural de Esmirna e lá completou seus estudos formais, tendo como colegas Nicodemos, o Hagiorita e Adamâncio Korais. Após atuar arquidiácono do Patriarcado e como bispo metropolitano de Maroneia (a partir de maio de 1771), sucedeu a Procópio no trono patriarcal em 1789, já com algumas preocupações sobre o quão canônica a sua eleição teria sido. Apesar de seu patriarcado ser considerado válido, Neófito foi obrigado a renunciar em 1 de março de 1794 e a se exilar, primeiro para a ilha de Halki (Heybeliada), depois Rodes, Patmos e, finalmente, Monte Atos. Ele foi substituído por Gerásimo III, até então metropolitano de Nicomédia, em movimento amplamente contestado.[1][2]
Seu patriarcado, contudo, foi restaurado em 17 de junho de 1801 após a deposição de São Gregório V por tensões políticas do restante da hierarquia da igreja.[1][3] COntudo, Neófito renunciou mais uma vez em 1801 e se exilou novamente em Monte Atos.[1]
Durante seu reinado, o professor de filosofia Cristódulo Pamplekis foi excomungado, a Grande Escola da Nação foi restaurada e muitas novas escolas foram fundadas. Através de um acordo canônico, Neófito condenou o panteísmo e uma decisão do Santo Sínodo condenou o livro "Sobre a Conquista Contínua" (em grego: Περί συνεχούς μεταλήψεως), do antigo metropolitano de Corinto Macário. Neófito também re-fundou, depois de 413 anos, a antiga metrópole de Corfu e abençoou, com a permissão da Sublime Porta, a nova bandeira dos Estados Unidos das ilhas Jônicas na Igreja de São Jorge. Durante sua vida — e depois de muitas discussões — a tradução e publicação do "Cânone da Igreja Ortodoxa" em grego demótico foi finalmente aprovada. Por conta disto, a obra "Πηδάλιον", de Nicodemos, o Hagiorita, foi publicada,[4]. Nicodemos publicou também "Μέγα Ευχολόγιον" em Istambul. Com permissão de Neófito, o Cânone de João Nesteutes foi publicado pela editora patriarcal.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Neófito VII de Constantinopla (1789 - 1794 / 1798 - 1801)
|
Referências
- ↑ a b c «Νεόφυτος Ζ´». Ecumenical Patriarchate - Οἰκουμενικόν Πατριαρχεῖον (em grego). Consultado em 20 de abril de 2018. Cópia arquivada em 20 de julho de 2017
- ↑ «Γεράσιμος Γ´» (em grego). Site oficial do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. Consultado em 20 de abril de 2018
- ↑ Agapitós, S. (1871). Ακολουθία, Bίος και πολιτεία του νέου ιερομάρτυρος Γρηγορίου του Πέμπτου, πατριάρχου Κωνσταντινουπόλεως, απαγχονισθέντος κατά την 10 Απριλίου 1821, ημέραν Κυριακήν του Πάσχα, υπέρ πίστεως και πατρίδος. Ψαλλομένη τη δεκάτη Απριλίου. Patras: Α. Σ. Αγαπητού. Consultado em 8 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2018
- ↑ Σπύρος Καρύδης, «Η χειρόγραφη εκδοχή της εγκυκλίου του πρώην Κωνσταντινουπόλεως Νεοφύτου Ζ΄ (1802) για τις προσθήκες στην α΄ έκδοση του Πηδαλίου», Ο Ερανιστής 27 (2009), 259-262