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Milícias Nacionais Revolucionárias

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Milícias Nacionais Revolucionárias
Milicias Nacionales Revolucionarias

Ramiro Valdés Menéndez e as Milícias Nacionais Revolucionárias (MNR).
País  Cuba
Corporação Forças Armadas Revolucionárias Cubanas
Subordinação MINFAR
Missão Guerra popular
Unidade Reserva militar
Sigla MNR
Criação 26 de outubro de 1959
Período de atividade 1959-1980
Extinção 1º de maio de 1980
História
Guerras/batalhas Invasão da Baía dos Porcos
Rebelião do Escambray

As Milícias Nacionais Revolucionárias (em castelhano: Milicias Nacionales Revolucionarias, MNR) foram uma organização paramilitar criada em 26 de outubro de 1959, em Cuba, com o objetivo de garantir o controle da população e defender a ilha da ameaça de invasão, nomeadamente provenientes dos Estados Unidos, para a proteção de pontos críticos em território cubano e para neutralizar grupos dissidentes internos.[1][2]

As Milícias Nacionais Revolucionárias (MNR) foram constituídas por Fidel Castro em 26 de outubro de 1959, com o objetivo de ser um braço armado civil que defenderia o novo sistema e o processo de mudanças, bem como a proteção do país em caso de uma invasão estrangeira.[1] O antecedente imediato deste corpo foram Los Malagones, uma milícia que protegia os trabalhadores no Vale de Santo Tomás, onde se encontrava em função a cooperativa Moncada. Estes combateram e capturaram o grupo rebelde do Cabo Luis Lara Crespo.

As MNR eram subordinadas ao MINFAR para atuar em defesa do país, organizando num princípio por sectores sociais: milícias operárias, camponesas, e estudantis.[1] Estes destacamentos recebiam cursos de infantaria e de armamento, além de vigiar os centros de trabalho e objetivos priorizados. Para março de 1960, a menos de cinco meses de criadas as MNR, aproximadamente meio milhão de homens e mulheres estavam organizados em suas fileiras.[1]

Invasão da Praia Girón

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Durante inícios dos anos 1960, as tensões entre os Estados Unidos e Cuba aumentaram, chegando a seu clímax durante a invasão de Baía dos Porcos.[1][3] As MNR atuaram de maneira ativa durante o desembarque, resistindo ao assalto e sofrendo pesadas baixas. Depois, a ofensiva ininterrupta ocorreu ao longo de todas as vias de acesso à cabeça de praia ocupada pelos invasores.[4] Os membros das MNR constituíram a maioria das tropas de infantaria e a totalidade das dotações das baterias de artilharia terrestre e antiaérea que participaram na batalha. Junto às colunas especiais de combate, as dotações de tanques e o batalhão da Polícia Nacional Revolucionária (PNR), cujos combatentes eram provenientes do Exército, sofrendo a maioria das baixas (cerca de 2,000 milicianos mortos e feridos).[5][6]

Outras ações

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Milicianos fidelistas com um rebelde capturado durante a Rebelião do Escambray.

Sua próxima grande ação foi o combate à Rebelião do Escambray.

Em 10 de setembro de 1961, durante a procissão da Madrinha de Cuba, a Santíssima Virgem da Caridade do Cobre, milicianos atacaram os manifestantes com paus e tiros, resultando na morte do jovem católico Arnaldo Socorro. Nesse mesmo ano as milícias dispararam contra a embaixada do Uruguai, ferindo um asilado político.[7]

Referências

  1. a b c d e Redação (26 de outubro de 2021). «Milicias Nacionales Revolucionarias: Tradición de combate y de victorias». Ministerio de Educación de la República de Cuba (em espanhol). Consultado em 1 de novembro de 2024 
  2. San Martín, Deny Extremera (26 de outubro de 2019). «Hace 60 años en Cuba: Un ejército con todos los brazos del pueblo». Cubadebate (em espanhol). Consultado em 1 de novembro de 2024 
  3. Newcott, Bill (1 de novembro de 2024). «After 60 years, Bay of Pigs disaster still haunts veterans who fought». History (em inglês). National Geographic. Consultado em 1 de novembro de 2024 
  4. Cueto, José Carlos. «Cómo se gestó y fracasó la invasión de Bahía de Cochinos en Cuba hace 60 años». BBC News. Consultado em 1 de novembro de 2024 
  5. Hernández-Echevarría, Carlos (17 de abril de 2021). «Bahía de Cochinos, el fracaso de la CIA que apuntaló a Castro». La Vanguardia (em espanhol). Consultado em 1 de novembro de 2024 
  6. Redação (26 de outubro de 2021). «Evoca presidente de Cuba creación de milicias revolucionarias». Prensa Latina (em espanhol). Consultado em 1 de novembro de 2024 
  7. Ruiz, Leovigildo (1972). Diario de una Traicion: Cuba 1961 (PDF) (em espanhol). Miami, Flórida: Libreria Cervantes