Mário Brant
Mário Brant | |
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Nascimento | 15 de dezembro de 1876 Diamantina |
Morte | 2 de dezembro de 1968 (91 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | político |
Augusto Mário Caldeira Brant (Diamantina, 15 de dezembro de 1876 — Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1968) foi um político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte por Minas Gerais em 1946.[1]
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Natural de Diamantina, Minas Gerais, Brant nasceu em 15 de dezembro de 1876, filho de Augusto Afonso Caldeira Brant e de Maria Hermínia de Caldeira Brant.[1] Casou-se com a escritora Alice Dayrell.[1][2]
Em 1895, ingressou na Faculdade de Direito de Ouro Preto, capital de Minas Gerais à época, transferindo-se mais tarde para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde graduou-se em 1898. Depois de formado, retornou para MG e foi nomeado provedor de justiça da comarca de Diamantina, cargo que ocupou até 1903.[2][1]
Em 1905, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal do Brasil, onde foi delegado da 5ª Circunscrição Policial da cidade e chefe do serviço de informações da Diretoria de Povoamento do Ministério da Agricultura.[2][1]
Dois anos depois, em Brasília, atuou na área de informações da Diretoria de Povoamento do Ministério da Agricultura. Em 1911, abandonou o cargo e virou diretor do boletim do Ministério da Viação, permanecendo até 1917.
Na capital federal, deu continuidade à sua carreira jornalística iniciada na cidade de São Paulo e trabalhou nos jornais Gazeta de Notícias e A Noite e na revista Kosmos. Tornou-se também redator chefe na redação de O Imparcial. Em 1919, voltou para Minas Gerais e fundou o jornal Estado de Minas.
Mário Brant reintegrou-se na política e passou por cargos na Câmara Estadual de Minas Gerais, foi eleito deputado federal pelo Partido Republicano Mineiro e nomeado secretário de finanças.
Em 1925, abandonou o cargo político e tornou-se diretor do Banco do Brasil, e em seguida, assumiu a diretoria da Companhia Sul América de Seguros.
Em 1929, com a formação da Aliança Liberal, após o rompimento de Minas Gerais e Rio Grande do Sul com o então presidente Washington Luís, Brant deixou o cargo no Banco do Brasil para se dedicar à campanha Getúlio Vargas para a presidência.[1][2]
Disputou as eleições de 1930 e foi eleito deputado federal na legenda do PRM. Em seguida, participou da conspiração revolucionária que culminou na deposição do presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder.
Depois da vitória da Revolução, Brant foi nomeado presidente do Banco do Brasil e transferiu-se para o Rio de Janeiro.[1] No entanto, não permaneceu muito tempo no cargo. Tendo sido contra a criação da Legião Liberal Mineira, organização fundada em 1931 para combater a hegemonia do PRM em Minas Gerais, e vendo a disputa entre os grupos se acirrar, acabou exonerando-se da presidência do Banco do Brasil.[2]
Com o "Acordo Mineiro", que tinha como objetivo fundir a Legião Liberal Mineira com o PRM em uma única agremiação, que apoiasse ao mesmo tempo os governos estadual e o federal. Assim, nasceu em 1932 o Partido Social Nacionalista (PSN), que teve seu estatuto elaborado por Brant. O PSN, porém, durou pouco, à medida que os integrantes logo começaram a se aproximar dos constitucionalistas de São Paulo.[1] Com a derrota da Revolução Constitucionalista em julho de 1932, Brant foi preso e exilado, e teve seus direitos políticos cassados.[2]
Quando retornou ao Brasil, candidatou-se à Câmara dos Deputados nas eleições de 1934 e conseguiu uma suplência na bancada do PRM.
Em 1943, já sob regime do Estado Novo, Brant integrou a Resistência Democrática, que se opunha ao governo Vargas. Foi um dos signatários do Manifesto dos mineiros (24/10/1943), uma das primeiras manifestações de oposição da elite política à ditadura. Como consequência, foi afastado do cargo de diretor do Banco Hipotecário Lar Brasileiro.[1][2]
Participou da primeira reunião do diretório nacional da União Democrática Nacional (UDN), realizada em abril de 1945. Em dezembro deste mesmo ano, elegeu-se deputado por Minas Gerais à Assembleia Nacional Constituinte na legenda do Partido Republicano (PR), com mandato até janeiro de 1951.[1] Interrompeu seu mandato em março de 1947 para assumir a Secretaria de Educação e Saúde Pública em Minas Gerais, cargo que ocupou até dezembro do mesmo ano.[2]
Foi ainda diretor da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil em duas oportunidades, entre 1954 e 1956. Assumiu também, interinamente, a presidência do banco entre novembro de 1955 e fevereiro de 1956.[1]
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 2 de dezembro de 1968, aos 91 anos. Ele faria 92 anos no dia 15 do mesmo mês.