Luís Álvares Pinto
Luís Álvares Pinto | |
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Igreja do Livramento, onde Pinto foi mestre de capela | |
Informação geral | |
Nome completo | Luís Álvares Pinto |
Nascimento | 1719 |
Origem | Recife |
País | Brasil |
Morte | 1789 |
Gênero(s) | Música barroca |
Instrumento(s) | Violoncelo |
Período em atividade | Compositor e mestre de capela |
Outras ocupações | Militar |
Luís Álvares Pinto (Recife, 1719 — 1789) foi um teórico musical, mestre de capela e compositor brasileiro do século XVIII.
Trajetória
[editar | editar código-fonte]Foi um dos primeiros compositores nacionais a se aperfeiçoar na Europa. Em 1740 estudou contraponto em Lisboa com o órgão Henrique da Silva Esteves Negrão.[1] Para se sustentar em Portugal ele tocava violoncelo na Capela Real, transcrevia partitura, dava aulas aos nobres e compunha.
Voltando a Recife, então casado com Ana Maria da Costa, escreveu o tratado teórico Arte de Solfejar (1761) com vinte e quatro lições de solfejo. Foi a segunda obra no gênero a ser escrita no Brasil, cujo original se encontra depositado na Biblioteca Nacional de Lisboa, tendo sido reeditado modernamente em 1977 pelo padre Jaime Diniz através da FUNARTE, junto com um estudo sobre a vida e obra do mestre. Em 1776 escreveu outra obra teórica, o Muzico e Moderno Systema para Solfejar sem Confuzão, hoje inteiramente transcrito por Paulo Castagna, estudado e disponibilizado online por Alexandre Cerqueira de Oliveira Röhl.[2]
Em 1762 ingressou na Irmandade de Nossa Senhora do Livramento do Recife como mordomo e também foi mestre de capela da Igreja desta irmandade. Cargo este que também tinha sido de seu pai, Basílio Álvares Pinto. Em 1766 passa a ser escrivão da irmandade e no mesmo ano ingressa como soldado no Batalhão dos Homens Pardo. Em 15 de novembro de 1778 recebe a patente de Sargento Mor de Milícias onde posteriormente foi reformado. Em 1782 é nomeado mestre de capela da Concatedral de São Pedro dos Clérigos onde permaneceu no cargo até 1789. Funda a Irmandade de Santa Cecília sediada nesta catedral e composta por professores de música.[3]
Também foi comediógrafo (escreveu a comédia em versos Amor mal correspondido), pintor e professor, sendo autor de um Dicionário pueril para uso dos meninos ou dos que principiam o abc e a soletrar dicções, publicado em Lisboa em 1784[4].
É o patrono da cadeira de número 2 da Academia Brasileira de Música.[5]
Composições musicais
[editar | editar código-fonte]Relatos dão conta de seu prestígio em Lisboa e no Brasil e das muitas peças compostas por ele, sacras e profanas, mas de todas só restaram um Te Deum e uma Salve Regina, para vozes e orquestra. Em 1776 escreve cinco Divertimentos harmônicos para três a quatro vozes. Sendo eles 1. Beata Virgo; 2. Benedicta tu in mulieribus; 3. Quae est ista; 4. Eficieris gravida e 5. Oh! Pulchra es.[6] Também escreveu as Lições de Solfejo para duas vozes, do Muzico e Moderno Systema para Solfejar sem Confuzão.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «CROWL, Harry. A música no Brasil Colonial anterior à chegada da Corte de D. João VI. p. 24.» (PDF). Consultado em 22 de dezembro de 2008. Arquivado do original (PDF) em 8 de dezembro de 2014
- ↑ RÖHL, Alexandre Cerqueira de Oliveira. Alexandre Cerqueira de Oliveira Röhl. O Solfejo Heptacórdico de Luís Álvares Pinto e a Teoria Musical Luso-Brasileira do século XVIII; orientação de Paulo Castagna. São Paulo, 2016. Tese (Doutorado) – Instituto de Artes da Unesp.
- ↑ «1719 – Luís Álvares Pinto». Consultado em 20 de janeiro de 2022
- ↑ Pinto, Luís Álvares (1784). Diccionario pueril para uso dos meninos, ou dos que principião o ABC, e a soletrar dicções [...]. Lisboa: Offic. Patr. de Francisco Luiz Ameno. Consultado em 2 de outubro de 2019
- ↑ «Luís Álvares Pinto». Academia Brasileira de Música. Consultado em 11 de outubro de 2010
- ↑ «1719 – Luís Álvares Pinto». Consultado em 20 de janeiro de 2022
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Partituras e áudio no Portal Musica Brasilis» 🔗
- Diccionario pueril para uso dos meninos, ou dos que principião o ABC, e a soletrar dicções..., Lisboa, 1784, na Biblioteca Nacional de Portugal
- Compositores eruditos do Brasil
- Naturais do Recife
- Teóricos musicais
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- Militares de Pernambuco
- Mortos em 1789
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- Pessoas do Brasil Colonial
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