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Louis Antoine de Noailles

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 Nota: Não confundir com Antoine de Noailles.
Louis Antoine de Noailles
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Paris
Louis Antoine de Noailles
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Paris
Nomeação 19 de setembro de 1695
Predecessor Dom François de Harlay de Champvallon
Sucessor Dom Charles-Gaspard-Guillaume de Vintimille du Luc
Mandato 1695 - 1729
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 8 de junho de 1675
Nomeação episcopal 8 de maio de 1679
Ordenação episcopal 18 de junho de 1679
por Dom François de Harlay de Champvallon
Nomeado arcebispo 19 de setembro de 1695
Cardinalato
Criação 21 de junho de 1700
por Papa Inocêncio XII
Ordem Cardeal-presbítero
Título Santa Maria sobre Minerva (1700-1729)
São Sisto (1729)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Cros-de-Montvert
27 de maio de 1651
Morte Paris
4 de maio de 1729 (77 anos)
Assinatura {{{assinatura_alt}}}
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Louis Antoine de Noailles nomeado Cardeal Arcebispo de Paris em 1700 por indicação de Luís XIV de França e sagrado pelo Papa Inocêncio XII, que veio a falecer em seguida e sendo eleito pelo Papa Clemente XI.

Era homem de diálogo dificil. Teve diversos incidentes com os Espanhóis como o de Carlos III de Espanha e com o núncio apostólico em Madrid o bispo e depois Cardeal Alberoni. O assunto com os Espanhóis era tão grave que estes lhe enviaram os tributos numa carroça puxada por uma besta. [1]

Clemente XI enfrentou o Cisma Jansenista que conseguiu superar na França com o auxilio do Rei a ferro e fogo matando e expulsando os jansenistas da França. Mas o mais grave veio a ser o Livro do Pe. Quesnell - Noveau Testament.

Cardeal Noailles - O Republicano

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O Cardeal de Noailles era um nobre formado doutor pela Sorbonne. Nessa época, em 1705, era professor na Sorbonne muito respeitado entre seus pares e pelo próprio Parlamento Francês. Nesse ano aprovou o livro Noveau Testament do Padre jansenista Pasquier Quesnel. Este livro prega nada mais nem nada menos que a Democracia, inclusive na própria Igreja. Prega que a Infalibilidade Divina do Papa provém dos Concílios de Cardeais, bispos e das assembléias de todos os fieis Católicos. Portanto as ordens Papais devem ser discutidas na Igreja antes de se tornarem dogma de fé. Esta assustaram a Monarquia, principalmente porque os Calvinistas, com os mesmos pensamentos democráticos - O poder é do povo, só deve ser usado em nome do povo e enquanto o povo quiser - derrubaram os reis da Inglaterra e da Escócia. Quesnell tinha em seu apoio dois Cardeais o de Rohan e Noailles, dezanove Bispos e todos os párocos sob seus comandos e o próprio Parlamento.(H. F. - pág 298) Desta maneira a França ficou dividida e a própria Igreja em Monarquistas e Republicanos. Em 1713 Clemente XI acreditando no Padre Tellier de que Louis XIV estava absoluto na França expediu a Bula Unigenitus reafirmando a Infalibilidade Divina do Papa e excomungando os que não se submetessem. O Cardeal de Rohan e doze bispos se submeteram. Cardeal de Noaille e seus seguidores não e ficaram excomungados. (H.F. - 297 e 426 ).

Em 1 de Setembro 1715 morreu Louis XIV e assumiu sozinho a regência, até a maioridade de Louis XV o Filipe d'Orleães, Duque d'Orleães, Regente da França, frustrando o Testamento, inspirado por Noailles que criava Conselho Governante de 11 membros, cujas decisões deveriam ser tomadas por maioria. O Regente neutralizou Noailles nomeando-o Presidente do Conselho de Consciência, Criando a Lei do Silêncio, nomeando seu sobrinho, o Duque Adrien Maurice de Noailles, Duque de Noailles. Presidente do Conselho de Finanças e devolvendo ao parlamento poderes que Louis XIV havia tirado. Junto com o Regente veio Dubois, um simples tonsurado ambicioso e corrupto. Em 1718 o Duque de Noailles caiu em desgraça por não concordar com atos financeiros foi exilado por Dubois que assumiu seu lugar. Dubois se tornou inimigo do Cardeal. Em 1720 ao vagar o Arcebispado de Cambrai Dubois se candidatou. Recebeu todas as ordens em um só dia do Cardeal de Rohan (H.F. - p. 420). Para ser Cardeal Dubois gastaria todo o dinheiro que fosse necessário além de mostrar ao Papa que se arrependera e que trabalhava arduamente pela Igreja. Mandou imprimir uma retratação ambígua e pressionou através dos amigos de Noailles que assinasse. Noaille assinou. Imediatamente o documento foi para Roma. Dubois estava praticamente Cardeal. Entretanto Noaille percebendo o embuste fez outro documento em que não se retratava e enviou ao Papa e o Santo Ofício frustrando em 5 e 6 fevereiro de 1721 o Cardinalato de Dubois e seu próprio perdão (Pastor pg. 226, em referência Feury). Os emissários de Dubois em Roma pediram a Clemente que aceitasse o retratamento que Noaille havia feito ao Cardeal de Rohan e que este viria até ao Papa tendo em vista que Noaille estava muito velho e não podia viajar. Clemente concordou. Noaille escreveu a seus párocos dizendo que desta vez poria a verdade escondida.(Histoire General de l'Eglise - Publicação do Bureau de la Biblioteque Ecclesiatique - Tomo 10 - pg. 117 - Paris 1834). As pressas mandou que seu sobrinho Dq. Adrien Maurice Naoaille mandasse fazer por Stradivarius um violino em que aparecesse claramente a fachada da Igreja de São Pedro - Igreja -reunião de fiéis - significando claramente que as ordens deveriam ser discutidas nas igrejas e que ele aí não se retratara. E para que ficasse bem claro que fora ele que mandara a mensagem exigiu que Stradivarius escrevesse nele uma mensagem em francês. Stradivarius escreveu no selo Modéle d'apres:, francês errado, mas que cumpria a necessidade. Entretanto no dia 19 de Março de 1721 morreu Clemente XI. Os emissários de Dubois enlouqueceram e resolveram que seria Papa quem desse o chapéu a Dubois. Gastariam tudo o que fosse possível (H.F. - pag.442) O Cardeal Conti aceitou o projeto de falar com o Cardeal de Rohan em nome de Noaille e foi eleito em 8 de Maio de 1721, tomou o nome de Inocêncio XIII. Mas Inocêncio XIII não pode nomear dubois Cardeal porque o Duque Adrien Maurice mostrou ao Santo Oficio e ao próprio Papa Inocêncio XIII o Violino com a mensagem do Cardeal Noaille.( H.F. -pag. 442) Para resolver o assunto da Igreja da França o Papa decidiu que em vez de ouvir o Cardeal de Rohan ouviria o próprio Noaille e que este pedisse o que queria que o Papa fizesse para contentar o Santo Oficio. (H.G.E. - pag.126) Noaille não pediu nada e desistiu de todo o seu projeto republicano. Em 16 de Julho de 1721 Dubois foi proclamado Cardeal e ocupou Cambrai até a sua morte em 1723. O Cardinalato de Dubois custou 8 milhões de libras para os cofres da França.( H.F. pag. 443 , em referência). Após a sua morte o Duque Adrien Maurice de Noaille voltou para a França e tornou-se Marechal. Em 11 de Outubro de 1728 o Cardeal de Noaille aceitou integralmente a Bula Unigenitus, vindo a falecer em Abril de 1729.

Referências

  1. (Histoire d'Italie - pag 300)