Ligação metálica
Ligação metálica é uma ligação química de átomos caracterizada normalmente por um subnível eletrônico s completo e um d incompleto pelo qual os elétrons fluem livremente através de uma estrutura cristalina definida. Em relação às condições normais de temperatura e pressão, a ligação metálica confere à substância um alto ponto de fusão e vaporização e usualmente apresenta uma densidade superior a outras ligações químicas. Tal ligação também fornece outras propriedades tais como maleabilidade, ductibilidade, brilho e alta condutividade elétrica mesmo quando no estado líquido.[1]
Existem dois modelos principais para explicar a ligação metálica. O modelo da nuvem de elétrons e o modelo da Teoria de bandas.
Modelo da nuvem de elétrons
[editar | editar código-fonte]Neste modelo o metal é retratado como uma rede de cátions metálicos imersos em uma "nuvem" de elétrons de valência. Os elétrons encontram-se confinados ao metal por meio de atrações eletrostáticas aos cátions e distribuídos uniformemente ao longo da estrutura metálica. Mas apesar de presos à estrutura metálica, os elétrons possuem mobilidade por nenhum elétron estar vinculado a um cátion específico.
Ao expor o metal a uma diferença de potencial elétrico (ddp ou tensão elétrica), os elétrons fluem pelo metal no sentido do polo positivo para o metal a partir do polo negativo.
A condução térmica também pode ser explicada pela mobilidade dos elétrons, através da rápida transmissão de energia cinética pelo sólido.
A explicação deste modelo para a maleabilidade e ductibilidade dos metais vem do fato de os átomos metálicos formarem ligações com muitos vizinhos. A redistribuição dos elétrons acomoda parcialmente os átomos em suas novas posições.
Entretanto, esse modelo não explica satisfatoriamente todas as propriedades dos metais. Um exemplo é a força de ligação entre os átomos metálicos que por este modelo deveria aumentar à medida que o número de elétrons de valência aumenta, resultando em um aumento dos pontos de fusão. Mas os metais do grupo 6 (cromo, molibdênio e tungstênio), que ocupam o centro dos metais de transição tem os maiores pontos de fusão em seus respectivos períodos. Eventos similares ocorrem ao se analisar calor de fusão, dureza e ponto de ebulição.[2]
Ao buscar uma melhor explicação para esses fatos descritos anteriormente é necessário conhecer o modelo da Teoria de bandas, que contém uma abordagem da ligação metálica a partir da Teoria dos orbitais moleculares.[3]
Referências
- ↑ Moeller,Therald. Chemistry: With Inorganic qualitative Analysis. New York : Academic Press, (1980), p.239-240
- ↑ BROWN, T., LEMAY, H.E., Química: A ciência central, 9ª ed, Pearson PrenticeHall, 2005. Páginas 866-867.
- ↑ KOTZ, John C.; TREICHEL JUNIOR, Paul M. Química Geral e Reações Químicas. vol. 1, 5ª. ed., São Paulo: Pioneira Thomson, 2005, página 562.