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José Damasceno

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José Damasceno
José Damasceno
Nascimento 28 de novembro de 1968 (55 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação artista plástico, escultor

José Damasceno (Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1968) é um escultor brasileiro de arte contemporânea que tem obras em exposição no Brasil e no exterior. Estudou arquitetura na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, sem concluir o curso. No mesmo período, entre 1987 e 1990, frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage — EAV.

O artista utiliza grande variedade de materiais, meios, procedimentos e técnicas como também desenho, gravura e fotografia para explorar os limites da escultura. Sua poética investiga a natureza do espaço através de estratégias que associam múltiplos fatores. Deslocamento, condensação, associação, estranhamento, enfim, articulam-se no sentido da formulação da linguagem em jogo. Sua pesquisa potencializa e transforma espaços por entre acontecimentos improváveis e perspectivas extraordinárias.[1]

Sólido

Recebeu o Prêmio Cidade no 14º Salão de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo, em 1989, e o Prêmio Aquisição do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Fundação Nacional de Artes — Funarte, em 1993. No mesmo ano apresentou Método para arranque e deslocamento, título de sua primeira exposição individual, na galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro. O trabalho hoje faz parte da coleção do Instituto Inhotim.[2] Nessa instalação ele utiliza o carpete industrial como único material empregado no espaço, sobre o qual instaura uma série de questões da maior importância em sua trajetória.

Em 1995 foi selecionado para o Prix Unesco Pour la Promotion des Arts, em Paris, para o qual produziu Solilóquio, sua primeira realização no exterior; em seguida, nesse ano, participou com a mesma peça da mostra Panorama da Arte Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo — MAM/SP.

Solilóquio

Em 2005, Damasceno apresentou, para o pavilhão central da Bienal de Veneza, Durante o caminho vertical, peça itinerante apresentada pela primeira vez em Madrid, em 2001 e que hoje integra a coleção do Museu Helga de Alvear, em Cáceres (Espanha).[3] A instalação é composta por colunas de papel impresso, recortado no formato de uma pegada. Fixadas do chão ao teto, elas descrevem uma caminhada em que cada coluna, disposta no espaço expositivo, corresponde a uma passada esquerda, direita e assim sucessivamente, configurando uma forma final circular pelo efeito da circum-ambulação.

Durante o caminho vertical

Na Galleria d’Arte Moderna Villa delle Rose, em Bolonha, Itália, na mostra "Alla ricerca dell’identità", em 2001, o artista mostrou pela primeira vez Trilha sonora, obra constituída apenas por martelos e pregos. Dispostos sequencialmente, produzem algo entre um gráfico sonoro e a sugestão de uma paisagem. No ano seguinte, esse trabalho foi apresentado na 25ª Bienal de São Paulo.

Realizou mostras individuais na Estação Pinacoteca, São Paulo, em 2021;[4] Santander Cultural, Porto Alegre, em 2015; Holborn Library, Artangel,[5] Londres, Reino Unido, em 2014; Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, em 2014; Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha, em 2008, entre outras.

Participou das 51ª e 52ª edições da Bienal de Veneza, da 25ª Bienal de São Paulo, da 15ª Bienal de Sydney e da 1ª e 4ª Bienal do Mercosul. Sua obra integra acervos permanentes da Tate, em Londres;[6] Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami; Daros Latinoamerica AG,[7] Zurique; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Brumadinho, MG; Museu de Arte Moderna,[8] São Paulo; Museu d’Art Contemporani de Barcelona; Museum of Modern Art,[9] Nova York e Centre Georges Pompidou, em Paris.[10]

Referências

  1. «José Damasceno - Millan». Millan. Consultado em 12 de setembro de 2024 
  2. «Novas Aberturas: Visão Geral (2019) - Inhotim». Inhotim. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  3. «Explora obras - Museo de Arte Contemporáneo Helga de Alvear». Museo de Arte Contemporáneo Helga de Alvear (em espanhol). Consultado em 17 de setembro de 2024 
  4. «Pinacoteca – José Damasceno: Moto-contínuo». pinacoteca.org.br. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  5. «Plot». artangel.org.uk. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  6. «José Damasceno born 1968 | Tate». Tate (em inglês). Consultado em 12 de setembro de 2024 
  7. «José Damasceno». casadaros.net (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2024 
  8. «Museu de Arte Moderna». acervo.mam.org.br. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  9. «Art and artists | José Damasceno». MoMA. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  10. «Extensor - Centre Pompidou». Centre Pompidou (em francês). Consultado em 12 de setembro de 2024