João Taylor
João Taylor | |
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Vice-Almirante John Taylor já idoso.
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Nascimento | 22 de novembro de 1796 Greenwich, Grã-Bretanha |
Morte | 26 de novembro de 1855 (79 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Progenitores | Mãe: Catarina Taylor Pai: Natanael Taylor |
Cônjuge | ? |
Filho(a)(s) | ? |
Serviço militar | |
País | Grã-Bretanha Reino Unido Brasil |
Serviço | Marinha Imperial do Brasil Marinha Real Britânica |
Anos de serviço | 1820s–1840s |
Patente | Vice-Almirante |
Conflitos | Guerras Napoleônicas Independência do Brasil Confederação do Equador |
Condecorações | Ordem Imperial do Cruzeiro; Medalhas da Constança e a da Independência. |
João Taylor (Greenwich, 22 de novembro de 1796 — Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1855) foi um militar, oficial das marinhas inglesas e brasileiras.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Natanael e Catarina Taylor, João (John) Taylor nasceu em Greenwich, atual grande Londres, em 22 de Novembro de 1796. Foi brilhante oficial da marinha britânica e um dos mais bravos servidores do Brasil até os últimos dias de sua carreira. Em homenagem a sua memória existe a Rua Taylor, entre os bairros da Lapa e da Glória, no Rio de Janeiro, e também a Rua Luiza Taylor Silva, no bairro Mauá de São Caetano do Sul.
Marinha
[editar | editar código-fonte]Marinha Real Britânica
[editar | editar código-fonte]Em 1805, na Batalha de Trafalgar, serviu no navio-almirante HMS Victory, sob comando de Horatio Nelson.[1] Era oficial da marinha inglesa quando por ocasião da proclamação da Independência do Brasil, se achava no porto do Rio de Janeiro.
Armada Imperial Brasileira
[editar | editar código-fonte]Tendo sido organizada a esquadra nacional, desertou da Marinha Real Britânica,[2] sendo admitido ao posto de capitão-de-fragata na Armada Imperial Brasileira. Quando seu pai soube dessa deserção, indignado, deserdou-o, enviando apenas um xelim, "para comprar uma corda e com ela se enforcar".
Sob o comando de Lord Cochrane, tomou parte na Guerra da Independência do Brasil.
Como capitão de mar e guerra da Armada Brasileira, comandou a fragata Niterói. Em Julho de 1823, a Armada Portuguesa, retirando-se para Portugal, foi perseguida pela Armada Brasileira e depois, somente pela Niterói.[3] Nesta ação solitária, a Niterói perseguiu a esquadra portuguesa através do Atol das Rocas, Cabo Verde, Açores, chegando ao estuário do Tejo próximo a Lisboa,[3] surpreendendo os portugueses.[4] Durante tal ação, que durou quase um ano,[4] Taylor capturou 19 navios portugueses (4 no retorno ao Brasil).[3] Após o retorno, em conversa com o imperador Pedro I, teceu elogios a seu grumete Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil.[3] Foi comandante de divisão nacional e imperial surta em Pernambuco, encarregado de combater os rebeldes da Confederação do Equador.
Durante o bloqueio a Recife, escreveu uma carta ou proclamação em 1º de abril de 1824 aos habitantes de Pernambuco, reproduzida na página 416 da obra «Frei Joaquim do Amor Divino Caneca»,[5] Coleção Formadores do Brasil. Tinha ordens de fazer empossar na presidência da província Francisco Pais Barreto e prender Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Naquele mesmo ano, naturalizou-se brasileiro.[6]
Por questões políticas demitiu-se do serviço da Armada, sendo mais tarde reintegrado ao posto de capitão-de-mar-e-guerra e graduado em chefe de divisão em 1º de dezembro de 1825. Posteriormente foi ajudante de ordens e encarregado do quartel-general da Marinha e depois comandante dos navios desarmados surtos no porto do Rio de Janeiro. Promovido a chefe de esquadra em 14 de março e a vice-almirante por decreto imperial de 7 de dezembro de 1851. Era condecorado com várias medalhas militares.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Dário Moreira de Castro Alves (1997). «A propósito da Independência» (PDF). Instituto do Ceará. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Nélio Galsky (2006). «Mercenários ou libertários.» (PDF). UFF. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ a b c d «A epopeia da Fragata 'Nictheroy'». Museu do Mar (Santos). Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ a b Antônio Sérgio Ribeiro (12 de dezembro de 2013). «Almirante Tamandaré - Patrono da Marinha do Brasil». Assembleia Legislativa de São Paulo. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Joaquim do Amor Divino Caneca, Evaldo Cabral de Mello (2001). Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. [S.l.]: Editora 34. 643 páginas. ISBN 9788573262131 Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ «Almirante John Taylor». Naval.com.br. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Alexandre Galante (13 de dezembro de 2021). «13 de dezembro – Dia do Marinheiro». Naval.com.br. Consultado em 10 de junho de 2022
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Jornal do Brasil - Galeria Nacional: Vultos proeminentes da historia brasileira - 4º fascículo - Rio de Janeiro - 1932 - pág. 367