Itaipu (bairro de Niterói)
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Itaipu é um bairro do município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro,[1] Brasil. É sede do 2º Distrito de Niterói, que também leva o nome de Itaipu, e cuja área abrange parte da Região Oceânica do município. O bairro está situado no sudeste do município,[2] fazendo limites com Itacoatiara, Camboinhas, Engenho do Mato, Maravista e Santo Antônio.[3]
Topônimo
[editar | editar código-fonte]Existem várias hipóteses etimológicas para a origem do topônimo "Itaipu":
- seria uma palavra de origem tupi que significa "pedra que canta", através da junção de itá = pedra e ipo'ú = cantora;[4]
- o tupinólogo Eduardo Navarro sugere, para o Itaipu paranaense, a etimologia "rio barulhento das pedras", através da junção dos termos tupis antigos itá (pedra), 'y (água, rio) e pu (barulho). No entanto, o autor salienta que topônimos com a mesma grafia podem ter origens etimológicas diversas segundo a configuração geográfica do lugar, de modo que a etimologia do Itaipu niteroiense pode não ser a mesma do Itaipu paranaense.[5]
Geografia
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Itaipu é, majoritariamente, residencial, possuindo, no entanto, um comércio expressivo, principalmente ao longo da Estrada Francisco da Cruz Nunes.
Suas principais atrações turísticas são: a Praia de Itaipu, a Duna Grande de Itaipu, o Museu de Arqueologia de Itaipu, a Lagoa de Itaipu, a Igreja de São Sebastião de Itaipu e o Parque Estadual da Serra da Tiririca.
A praia de Itaipu possui aproximadamente mil metros de extensão.[6] Fica em frente à Praia de Copacabana, do outro lado da baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro. Tem formato de enseada, fazendo-a um porto seguro e um destino habitual para numerosos barcos procedentes da cidade do Rio de Janeiro. Apresenta numerosos restaurantes especializados em frutos do mar.
Demografia
[editar | editar código-fonte]Segundo o Censo de 2000, o bairro possuía 17 330 habitantes, distribuídos em uma área de 10,86 quilômetros quadrados.[7] No entanto, esses dados estão bastante desatualizados, uma vez que não leva em conta os desmembramentos sofridos em 2002.
Subdivisões
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A área mais próxima à Praia de Itaipu, na sequência da Estrada Francisco da Cruz Nunes, após a divisa com Itacoatiara, é conhecida como Itaipu propriamente dita. No entanto, o bairro oficialmente possui uma extensão territorial muito maior.[3] Diversas áreas oficialmente pertencentes ao bairro, algumas ex-loteamentos, são popularmente conhecidas como sub-bairros de Itaipu, e alguns destes nomes de sub-bairros e loteamentos são utilizados por órgãos públicos para fins de estatística e divisões de competências de suas autarquias.[8]
Natureza
[editar | editar código-fonte]O bairro possui um largo trecho de mata atlântica preservada no Parque Estadual da Serra da Tiririca. Espécies animais e vegetais como o ipê-amarelo, o sagui-de-tufos-brancos, o gavião, o pica-pau-amarelo, gaivotas, beija-flores, calangos e urubus podem ser vistas no bairro.
História
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A ocupação humana na região é antiquíssima: seus primeiros habitantes dos quais se tem registro foram povos coletores que deixaram, como vestígios de sua presença, os sambaquis encontrados na região da Duna Grande de Itaipu.
A povoação de Itaipu surgiu a partir da chegada dos portugueses, no século XVI, passando a se destacar na produção de açúcar, cachaça, farinha de mandioca e pescado. Testemunhos dessa época são a Igreja de São Sebastião, concluída em 1716[9] e o Convento de Santa Tereza, inaugurado em 17 de junho de 1764.[9]
A história do atual bairro de Itaipu se confunde um pouco com a história da própria Região Oceânica. Entre 1890 e 1943, o distrito de Itaipu pertenceu ao município de São Gonçalo.[10] Em 1976, foi aprovado o Plano Estrutural de Itaipu, realizado pela empresa Veplan, que aterrou parte da Lagoa de Itaipu e abriu o canal ligando-a ao mar. Em 1977, o Museu de Arqueologia de Itaipu foi inaugurado, utilizando-se das instalações abandonadas do Convento de Santa Tereza. Na virada do século XX para o século XXI, Itaipu teve implantada a rede municipal de água e esgoto, estimulando o seu aumento populacional.
Em 4 de abril de 2002, com a Lei Municipal 1968, que instituiu o Plano Diretor da Região Oceânica, o então território do bairro foi oficialmente desmembrado com a oficialização de Maravista, Serra Grande e Santo Antônio, todos anteriormente sub-bairros de Itaipu.[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «O histórico de Niterói» (PDF). Consultado em 1 de janeiro de 2012
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Censo Demográfico 2000». Consultado em 9 de janeiro de 2012
- ↑ a b Secretaria de Urbanismo de Niterói. «Limites Municipais» (PDF). Consultado em 18 de novembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013
- ↑ Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. «Itaipu Binacional». Consultado em 31 de janeiro de 2012[ligação inativa]
- ↑ NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo. Global. 2005. p. 69.
- ↑ Interativa, WDG Comunicação. «GuiadePraias.com.br». www.guiadepraias.com.br. Consultado em 27 de janeiro de 2016
- ↑ culturaniteroi.com.br, a partir de Niterói-Bairros - Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói - 1991 (28 de junho de 2013). «Itaipu». Consultado em 18 de novembro de 2013
- ↑ Marlice Nazareth Soares de Azevedo e Cinthia Lobato Serrano (2012). «Expansão Urbana e Urbanização dispersa. Duas faces da mesma moeda?» (PDF). p. 9. Consultado em 18 de novembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013
- ↑ a b Renan Régi, a partir de Francisco Muller, para o Portal de Itaipu (2012). «Paróquia de São Sebastião de Itaipu - A Evangelização através dos Séculos». Consultado em 18 de novembro de 2013
- ↑ Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. «O município de Niterói» (PDF). Consultado em 9 de janeiro de 2012[ligação inativa]
- ↑ Alexandre San Pedro, Reinaldo Souza-Santos, Paulo Chagastelles Sabroza e Rosely Magalhães de Oliveira. «Condições particulares de produção e reprodução da dengue em nível local: estudo de Itaipu, Região Oceânica de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil» (PDF). pp. 1938 (no virtual, pág. 2). Consultado em 18 de novembro de 2013