Hair (filme)
Hair | |
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Hair (prt/bra) | |
Estados Unidos 1979 • cor • 121 min | |
Género | musical |
Direção | Milos Forman |
Roteiro | Michael Weller original: James Rado Gerome Ragni |
Elenco | John Savage Treat Williams Beverly D'Angelo |
Música | Galt MacDermot |
Idioma | inglês |
Hair é um filme norte-americano de 1979 adaptado do musical do mesmo nome encenado no Broadway e criado por James Rado, Gerome Ragni e Galt MacDermot. Dirigido por Milos Forman, com John Savage, Treat Williams e Beverly D'Angelo no elenco, o filme conta a história de um jovem do interior dos Estados Unidos convocado para a Guerra do Vietnã, que chega a Nova York para apresentar-se ao exército e encontra e se torna amigo de uma grupo de hippies cabeludos da cidade, adeptos do pacifismo e contrários à guerra.
As cenas de dança foram coreografadas por Twyla Tharp e realizadas pelos dançarinos da Twyla Tharp Dance Foundation. O filme estreou mundialmente no Festival de Cannes daquele ano e foi indicado para o Globo de Ouro de Melhor Filme.
Em 2004, "Aquarius", uma das canções icônicas do musical transportadas para a tela, sendo considerada a 33ª melhor canção do cinema americano na lista 100 America's Greatest Music in the Movie do American Film Institute.[1]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]De passagem por Nova Iorque, um dia antes de se apresentar para a ir a Guerra do Vietnã, um rapaz do interior que chega a Nova York conhece um grupo de hippies, com os quais passa a conviver. Com eles, aprende a ver o outro lado de uma guerra, e se apaixona por uma jovem de família rica.
Sheila, a jovem milionária nova-iorquina por quem Claude se enamora e mais o grupo de hippies contrários à Guerra do Vietnã, adeptos do pacifismo, sexo livre e das drogas, tentam de várias maneiras convencê-lo a não ir para a guerra, além de queimarem seu cartão de alistamento, como feito por eles.
O filme difere em vários pontos do musical consagrado no qual se baseou, o maior deles ao final; quando 'Berger', o líder do grupo de hippies, e não 'Claude', o pacato jovem do interior convocado para o Vietnã, acaba indo para a guerra no lugar do amigo e morrendo nela.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- John Savage .... Claude
- Treat Williams .... Berger
- Beverly D'Angelo .... Sheila Franklin
- Annie Golden .... Jeannie
- Dorsey Wright .... Hud
- Nell Carter .... Cantor do Central Park
- Cheryl Barnes .... Noiva do Hud
- Richard Bright .... Sargento Fenton
Produção
[editar | editar código-fonte]Hair foi levado ao cinema em 1979 pelo diretor tcheco Milos Forman, com roteiro de Michael Weller e coreografado por Twyla Tharp. No elenco, nomes como John Savage, Treat Williams, Beverly D'Angelo e dois integrantes do musical original (1968) da Broadway, Melba Moore e Rony Dyson, além de Annie Golden, que fez no cinema o mesmo papel que fez na remontagem de Hair na Broadway em 1977. Filmado em grande parte no Central Park e no Washington Square Park, em Nova York, o filme difere em muitos pontos do musical original, a começar pela eliminação de diversas músicas constantes na peça.
Personagens também tiveram seus perfis mudados. Nele, Claude é um inocente recruta de Oklahoma que chega a Nova York para integrar-se ao exército, convocado para o Vietnã, e Sheila - nos palcos também uma hippie da Tribo - é uma socialite nova-iorquina que lhe chama a atenção. Na que talvez seja a maior liberdade com a história original, um engano acaba mandando Berger, ao invés de Claude, ao Vietnã, onde ele morre na guerra.[2]
Crítica
[editar | editar código-fonte]Estreando mundialmente como hors concours no Festival de Cinema de Cannes,[3] o filme, apesar das mudanças, teve sucesso de público e recebeu críticas positivas importantes como a de Vincent Canby, do New York Times, que escreveu " ...as invenções de Weller (o roteirista) fizeram este Hair ser mais divertido que o original. Ele também deu tempo e espaço para o desenvolvimento dos personagens que, no palco, tinham que expressar a si mesmos quase que inteiramente por música. O elenco é soberbo e o filme, de maneira geral, é delicioso."[4] A TIME acompanhou com "Hair é bem sucedido em todos os níveis - como um divertimento vulgar, um drama emocional, um espetáculo estimulante e uma observação social provocadora."[5]
James Rado e Gerome Ragni, porém, ficaram insatisfeitos com o resultado, achando que Forman retratou os hippies como "algum tipo de aberração" sem qualquer ligação com o movimento pacifista, falhando em transportar para a tela a essência original da obra.[6] Eles declararam que qualquer semelhança entre o filme e o musical se limita a algumas canções, o título em comum e o nome dos personagens. Na opinião dos autores, a verdadeira versão cinematográfica de Hair ainda não foi feita.[6]
Principais prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Prêmio David di Donatello 1979 (Itália)
- Recebeu o prêmio na categoria de melhor diretor de filme estrangeiro e melhor trilha sonora de filme estrangeiro.
Globo de Ouro 1980 (EUA)
- Recebeu duas indicações, nas categorias de melhor filme - comédia/musical e melhor revelação masculina (Treat Williams).
Prêmio César 1980 (França)
- Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.
Referências
- ↑ «America's Greatest Music in the Movie» (PDF). American Film Institute. Consultado em 29 de maio de 2011
- ↑ Miloš Forman e Michael Weller (Screenplay). (March 14, 1979). Hair. [Motion picture]. United Artists. Retrieved on May 3, 2008.
- ↑ «Festival de Cannes: Hair». festival-cannes.com. Consultado em 25 de maio de 2009
- ↑ Canby, Vincent. "Hair". The New York Times, March 14, 1979.
- ↑ «Cinema: A Mid-'60s Night's Dream». TIME. Consultado em 28 de maio de 2011
- ↑ a b Horn, pp. 117–18