Giuseppe Tartini
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Fevereiro de 2022) |
Giuseppe Tartini | |
---|---|
Nascimento | 8 de abril de 1692 Piran (República de Veneza) |
Morte | 26 de fevereiro de 1770 (77 anos) Pádua |
Sepultamento | Igreja de Santa Catarina |
Cidadania | República de Veneza |
Alma mater | |
Ocupação | compositor, musicólogo, teórico musical, violinista, professor de música |
Obras destacadas | Violin Sonata in G minor |
Movimento estético | música barroca |
Instrumento | violino |
Giuseppe Tartini (Pirano, 8 de abril de 1692 — Pádua, 26 de fevereiro de 1770) foi um violinista, pedagogo e compositor vêneto.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Tartini nasceu em Pirano, uma cidade de Caninde na península de Ístria, na República de Veneza (atual Eslovênia) filho de Gianantonio - nativo de Florença - e Caterina Zangrando, descendente de uma das famílias aristocráticas mais antigas da Piranese.
Formou uma famosa escola de violino – a Escola das Nações – de onde saíram eminentes violinistas, entre os quais Nardini.
Tartini afirmou que o sonhou com o Diabo e que este pegou seu violino e tocou-lhe aquela que seria a sua Sonata do Diabo.
A sua obra mais conhecida é a sonata O trilo do diabo, publicada após a sua morte. Escreveu tratados de violino e expôs a sua concepção harmônica do modo menor.
Desde cedo recebeu lições de música e violino, mas até os vinte anos pouco se interessou, dedicando-se ao direito na Universidade de Pádua. Ao se casar secretamente com a sobrinha de um cardeal, teve ordem de prisão. Disfarçando-se de frade, Tartini conseguiu fugir encontrando refugio no convento dos franciscanos.
Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou em Pádua à companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando ele uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini com aluno. Tartini morreu em Pádua a 26 de fevereiro de 1770.
Durante o seu retiro, Tartini entregou-se intensamente ao estudo do violino, inclusive pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicado à composição, escreveu a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 - Trilos do diabo, cujo apelido provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento. Segundo depoimento que o compositor fez a Lalande - e que este reproduziu durante a sua Viagem à Itália (1790) - a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demônio. Até hoje a obra permanece como "peça de resistência" no repertório dos virtuoses.
Seu devotamento ao ensino resultou na feitura de trabalhos didáticos, entre os quais o Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Tartini distingue-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. São as sonatas que mais lhe valem a dupla glória de intérprete e criador. Entre elas se destacam a Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11 - Didone, a Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6 - Imperador, além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1 - Trilos do diabo. Também são notáveis as Variações sobre um tema de Corelli.
Publicações
[editar | editar código-fonte]- Giuseppe Tartini (1754). Trattato di musica secondo la vera scienza dell'armonia (em italiano). Padova: [s.n.] Giovanni Manfrè