Gefjun
Na mitologia nórdica, Gefjun (ou Gefjon, ou ainda a grafia alternativa Gefion) é uma deusa Vanir, associada à arada,[1] a ilha dinamarquesa Zelândia, a o rei sueco lendário Gylfi, o rei Skjöldr e a virgindade. Ela é citada no Edda em verso, compilado no século XIII a partir de fontes tradicionais; no Edda em prosa e no Heimskringla, escrito também no século XIII por Snorri Sturluson. Também, nas obras dos escaldos.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]A etimologia de Gefjun é incerta entre os especialistas. De acordo com estudos modernos, Gef- é geralmente relacionado ao nome Gef-n, que por sua vez é um dos diversos nomes para a deusa Freya, e que provavelmente significa "aquela que provê (prosperidade ou felicidade)."[2]
Edda em prosa
[editar | editar código-fonte]Tanto o Edda em prosa quanto o Heimskringla citam que ela desapareceu onde hoje é o Lago Malar, Suécia, e naquela terra foi formada a ilha de Zelândia. No Edda também é descrito que ela era não somente virgem, mas que todos que morressem virgens seriam seus assistentes. Já o Heimskringla cita que ela era casada com o rei Skjöldr.[3]
Influência
[editar | editar código-fonte]Gefjun aparece em diversas fontes como a mãe alegórica da Noruega, Suécia e Dinamarca no poema sueco Gefion, a Poem in Four Cantos de Eleonora Charlotta d'Albedyhll (1770-1835).[4] Uma fonte mostrando a deusa dirigindo seus bois para puxar seu arado é obra de Anders Bundgaard (1908), presente em Copenhage, na ilha de Zelândia, assim como no mito.[5] Toda uma família de asteroides, Gefion,[6] e o asteroide 1272 Gefion (descoberto em 1931 por Karl Wilhelm Reinmuth[7]) também estão associados ao nome da deusa.
Notas
- ↑ «Gefion na Mitologia Nórdica - Mitologia Nordica». Mitologia Nordica - www.mitologia-nordica.net
- ↑ Sturtevant (1952:166).
- ↑ Heimir Pálsson, 'Tertium vero datur: A study of the text of DG 11 4to', p. 44 http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:uu:diva-126249.
- ↑ Benson (1914:87).
- ↑ Mouritsen. Spooner (2004:74).
- ↑ Barnes-Svarney (2003:96).
- ↑ Schmadel (2003:105).
Referências
[editar | editar código-fonte]- Barnes-Svarney, Patricia (2003). Asteroid: Earth Destroyer or New Frontier?. Basic Books. ISBN 073820885X
- Bellows, Henry Adams (Trans.) (1923). The Poetic Edda. Nova Iorque: The American-Scandinavian Foundation.
- Benson, Adolph Burnett (1914). The Old Norse element in Swedish romanticism. Columbia University Press.
- Byock, Jesse (Trans.) (2006). The Prose Edda. Penguin Classics. ISBN 0140447555
- Davidson, Hilda Ellis (1998). Roles of the Northern Goddess. Routledge. ISBN 0-415-13611-3
- «Eysteinn, Eybjörn (Trans.) (2000). Völsa þáttr: the Story of Völsi». Consultado em 18 de abril de 2009. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2006
- Faulkes, Anthony (Trans.) (1995). Edda. Everyman. ISBN 0-4608-7616-3
- Hollander, Lee Milton. (Trans.) (2007). Heimskringla: History of the Kings of Norway. University of Texas Press. ISBN 978-0-292-73061-8
- Lindow, John (2001). Norse Mythology: A Guide to the Gods, Heroes, Rituals, and Beliefs. Oxford University Press. ISBN 0-19-515382-0
- Mouritsen, Lone. Spooner, Andrew (2004). The Rough Guide to Copenhagen. Rough Guides. ISBN 1843530708
- Schmadel, Lutz D (2003). Dictionary of Minor Planet Names, 5ª edição. Springer. ISBN 3540002383
- Simek, Rudolf (2007). Dictionary of Northern Mythology. D.S. Brewer. ISBN 0-85991-513-1
- Thorpe, Benjamin (Trans.) (1907). The Elder Edda of Saemund Sigfusson. Norrœna Society.