Fregata
Fragatas | |||||||||||||
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As fragatas são aves Suliformes,[1] (tradicionalmente classificadas como Pelecaniformes) pertencentes à família Fregatidae e ao seu único género Fregata.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O termo Fregata vem da latinização do termo em inglês Frigate, registrado pela primeira vez em 1738 no livro A Natural History of the Birds, por Eleazar Albin.[2] O seu nome comum está relacionado com o seu hábito de assaltar outras aves marinhas, tal como as fragatas de guerra.
Classificação
[editar | editar código-fonte]Desde sua primeira descrição por Lineu[3] até 2010, aves do gênero Fregata eram classificadas como Pelecaniformes, juntamente com pelicanos e mergulhões. Porém, análises genéticas recentes demonstraram que pelicanos são mais próximos de garças, ibis e colhereiros, separando as fragatas e os membros da família Sulidae (atobás) em uma ordem separada, denominada Suliformes.[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]As fragatas são aves de grande porte, com asas compridas e estreitas que representam a menor superfície de asa por unidade de peso do mundo das aves[5]. Sua silhueta enquanto voam forma um reconhecível formato de "W". Seus ossos pneumáticos compõem apenas 5% do peso total destas aves[6]. Os músculos peitorais são bem desenvolvidos. Têm cerca de 1 metro de comprimento, mais de dois de envergadura e uma cauda longa e bifurcada. A sua plumagem é geralmente preta.
As fêmeas tendem a ser 25% maiores que os machos[7] e geralmente possuem marcações brancas na região peitoral. Os machos possuem um papo grande e vermelho denominado saco gular, que é inflado durante cortejos na época de reprodução para atrair fêmeas[8].
As fragatas não conseguem andar em terra, nadar nem levantar voo de uma superfície plana pois, apesar de possuírem glândula uropigial[9], esta não produz óleo suficiente para impedir que as penas da ave encharquem.
Espécies
[editar | editar código-fonte]Nome científico | Nomes vernáculos | Distribuição | Status de conservação pela IUCN | Macho | Fêmea |
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Fregata magnificens | Fragata, fragata-comum, tesourão, fragata-magnífica, rabiforcado-magnífico | Pouco preocupante[10] | |||
Fregata aquila | Tesourão-da-ascensão, fragata-da-ascenção | Vulnerável[11] | |||
Fregata andrewsi | Tesourão-de-ventre-branco, rabiforcado-de-natal | Endêmica das Ilhas Christmas | Vulnerável[12] | ||
Fregata minor | Tesourão-grande, rabiforcado-grande | Pouco preocupante[13] | |||
Fregata ariel | Tesourão-pequeno, fragata-pequena, rabiforcado-pequeno | Pouco preocupante[14] |
Status de conservação
[editar | editar código-fonte]Duas das cinco espécies do gênero Fregata (Fregata aquila e Fregata andrewsi) encontram-se ameaçadas de extinção de acordo com a IUCN.[11][12] As principais ameaças às espécies são a poeira gerada pela mineração de fosfato nas ilhas em que elas se reproduzem[15], populações de gatos ferais[16] e a pesca predatória[17].
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b «Hamerkop, Shoebill, pelicans, boobies & cormorants». IOC World Bird List (v 6.4) (em inglês). Consultado em 23 de dezembro de 2016
- ↑ A natural history of the birds. [S.l.: s.n.]
- ↑ Linné, Carl von; Salvius, Lars (1758). Caroli Linnaei...Systema naturae per regna tria naturae :secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. 1. Holmiae: Impensis Direct. Laurentii Salvii
- ↑ «Taxonomy Version 2 – IOC World Bird List». www.worldbirdnames.org. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ Pennycuick, CJ (1983). «Thermal soaring compared in three dissimilar tropical bird species, Fregata magnificens, Pelecanus occidentalis and Coragyps atratus». Journal of Experimental Biology: 307–325. ISSN 0022-0949. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ del Hoyo, Josep (1992). Handbook of the birds of the World. Barcelona: Lynx Edictions. p. 895
- ↑ Winkler, David W.; Billerman, Shawn M.; Lovette, Irby J. (2020). «Frigatebirds (Fregatidae), version 1.0». Birds of the World (em inglês). doi:10.2173/bow.fregat1.01. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ Khanna, D. R. (2005). Biology of Birds (em inglês). [S.l.]: Discovery Publishing House
- ↑ Nuss, Andressa (Março de 2014). «Estrutura populacional de Fregata magnificens» (PDF). Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ IUCN (20 de fevereiro de 2020). «Fregata magnificens: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2020: e.T22697724A168982712» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t22697724a168982712.en. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ a b IUCN (10 de agosto de 2018). «Fregata aquila: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22697728A132597828» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2018-2.rlts.t22697728a132597828.en. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ a b IUCN (18 de novembro de 2021). «Fregata andrewsi: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2022: e.T22697742A210923623» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2022-1.rlts.t22697742a210923623.en. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ IUCN (6 de dezembro de 2019). «Fregata minor: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2020: e.T22697733A163770613» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t22697733a163770613.en. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ IUCN (10 de agosto de 2018). «Fregata ariel: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22697738A132598822» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2018-2.rlts.t22697738a132598822.en. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ Ratcliffe, Norman; Bell, Mike; Pelembe, Tara; Boyle, Dave; Benjamin, Raymond; White, Richard; Godley, Brendan; Stevenson, Jim; Sanders, Sarah (janeiro de 2010). «The eradication of feral cats from Ascension Island and its subsequent recolonization by seabirds». Oryx (em inglês) (1): 20–29. ISSN 1365-3008. doi:10.1017/S003060530999069X. Consultado em 30 de julho de 2023
- ↑ Weimerskirch, Henri; Corre, Matthieu Le; Kai, Emilie Tew; Marsac, Francis (1 de julho de 2010). «Foraging movements of great frigatebirds from Aldabra Island: Relationship with environmental variables and interactions with fisheries». Progress in Oceanography. CLimate Impacts on Oceanic TOp Predators (CLIOTOP) (em inglês) (1): 204–213. ISSN 0079-6611. doi:10.1016/j.pocean.2010.04.003. Consultado em 30 de julho de 2023