Farrokhroo Parsa
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Farokhroo Pārsāy (em persa: فرخرو پارسای) (22 de março de 1922 — 8 de maio de 1980) foi uma médica, educadora e deputada iraniana. Ela foi Ministra da Educação do Irão entre 1968 e 1976, foi a primeira mulher iraniana a tomar posse como ministra no Irão e uma das últimas, antes da Revolução Iraniana. Pārsāy foi a porta-voz dos direitos das mulheres no Irão antes de 1979 o que não foi do agrado dos mullahs que baseados na sua interpretação do Corão viam a mulher como um ser inferior ao homem.
Foi executada por fuzilamento em 8 de maio de 1980 depois da Revolução Iraniana de 1979. Alguns jornalistas, baseados em fontes informativas, dizem que ela terá sido primeiro enforcada num saco grande ("gooni) e depois fuzilada. Os supostos "crimes" dela eram "espalhar prostituição" e de "lutar contra Deus", crimes puníveis com pena de morte, segundo os novos detentores do poder. Como não se arrependeu dos supostos pecados foi condenada à morte.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Farrokhroo Pārsāy nasceu em 22 de março de 1922 em Qom, filha de Farrokh-Din and Fakhr-e Āfāgh Pārsāy. A sua mãe, Fakhr-e Āfāgh, foi editora da revista feminina "Jahān-e Zan" ("O mundo da Mulher") e uma defensora da igualdade de géneros e oportunidades para a educação das mulheres.[1] Os seus pontos de vista sobre os direitos da mulheres encontraram a oposição de vários setores conservadores da sociedade iraniana, levando à expulsão da sua família pelo governo de Ahmad Qavām, de Teerão para Qom, onde Fakhr-e Āfāgh ficou sob prisão domiciliária. Foi em Qom onde nasceu alguns minutos após a meia-noite do dia 22 de março de 1922 (início do Ano Novo, segundo o calendário persa ou Nowruz de 1301) [1] Mais tarde, graças à intervenção do primeiro-ministro Hasan Mostowfi ol-Mamalek, a sua família teve a permissão de voltar a Teerã.
Depois de terminar o seu curso em medicina, a Dra Pārsāy tornou-se professora de Biologia no liceu Jeanne d'Arc em Teerão. Nessa escola, chegou a ser professora de Farah Diba, que seria mais tarde esposa de Mohammad Reza Pahlavi.[1][2]
Em 1963, a Dra. Pārsāy foi eleita para o parlamento e começou peticionando junto do soberano Mohammad Reza Pahlavi pelo sufrágio das mulheres iranianas.[1] Ela também foi a força condutora que levou à emenda de uma série de leis respeitantes às mulheres e família que fizeram parte da chamada Revolução Branca. Em 27 de agosto foi nomeada como Ministra da Educação no governo de Amir-Abbas Hoveyda, tornando-se a primeira mulher a tomar posse como ministra no Irã.
Farrokhroo Pārsāy foi executada através de um pelotão de fuzilamento em 8 de maio de 1980 em Teerão, [3] no início da Revolução Cultural Iraniana.
Na sua última carta, Farrokhroo Pārsāy escreveu aos filhos: "Eu sou médica, portanto não tenho medo da morte. A morte é apenas um momento e nada mais. Eu estou mais preparada para receber a morte com os braços abertos do que viver na vergonha de ser forçada a ser velada. Não me curvarei perante aqueles que esperam que eu lamente os meus 15 anos de esforço para a igualdade entre homens e mulheres. Eu não estou preparada para usar o chador e dar um passo atrás na história."[1]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Foi casada com Ahmad Shirin Sokhan entre 1950 até à sua execução em 1980.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Uma fotografia de Farrokhroo Pārsāy em conversações com Amir-Abbās Hoveydā.
- Uma velha fotografia da família de Farrokh-Din Pārsā e Fakhr-e Āfāgh Pārsāy.
Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Farrokhroo Parsa».
Referências
- ↑ a b c d e Bahrami, Ardavan (9 de maio de 2005), A woman for all seasons: In memory of Farrokhrou Parsa, iranian.com.
- ↑ Pahlavi-Diba, Farah (8 de maio de 1980), In memory of Mrs. Farrokhrou Parsay executed on May 8, 1980, (em persa), farahpahlavi.org, consultado em 29 de abril de 2015, cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2008.
- ↑ Lentz, Harris M., «Farrokhrou Parsay», Assassinations and Executions: An Encyclopedia of Political Violence, 1865-1986, Jefferson: McFarland, p. 208.