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Clofibrato

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Estrutura química de Clofibrato
Clofibrato
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
etil 2-(4-clorofenoxi)-2-metilpropanoato
Identificadores
CAS 637-07-0
ATC C10AB01
PubChem 2796
DrugBank DB00636
Informação química
Fórmula molecular C12H15ClO3 
Massa molar 242,698 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo Hepático
Meia-vida ?
Excreção  Renal
Considerações terapêuticas
Administração Oral
DL50 ?

Clofibrato é um fármaco que diminui as taxas de colesterol e triglicerídios do sangue. Essa classe de drogas reduz em até 50% as VLDL,e, consequentemente, os triglicerídios, com modesta redução na LDL. Aumento da HDL ocorre em torno de 10%. Os seus mecanismos de ação não são completamente compreendidos. Essas drogas estimulam a lipase lipoproteica, aumentando a hidrólise de triglicerídios nos quilomícrons e nas VLDL. Elas provavelmente reduzem a produção de VLDL hepática, aumentando sua recaptação. Além dessas ações, os fibratos também reduzem o fibrinogênio plasmático e melhoram a tolerância à glicose, embora não se saiba se esses efeitos são clinicamente importantes.

A maior indicação para o uso dos fibratos são as hiperlipoproteinemias do tipo IV, com redução de triglicerídios em até 60%, e a do tipo III, pela potente indução do clearance de lipoproteínas por essas drogas. Os fibratos de eliminação lenta estão indicados em casos graves de hiperlipidemias tipo II. A experiência clínica tem mostrado que a resistência ao tratamento com um fibrato não exclui uma resposta satisfatória a um outro.

Reações adversas

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Foi o primeiro fibrato para uso clinico há mais de 25 anos. Estudos abertos e controlados iniciais com essa droga mostraram que o clofibrato podia reduzir a incidência de doença isquêmica coronária ou angina em pacientes com lipídios anormais, mas não reduzia a mortalidade em pacientes pós-infarto. Outro estudo conduzido pela OMS mostrou que após 5 anos de uso do clofibrato, o colesterol diminuía versus placebo, correspondendo a uma queda de 25% na incidência de infarto não-fatal. Por outro lado, ocorreu maior mortalidade não-cardíaca no grupo de clofibrato que foi estatisticamente significativa. A experiência mostrou também uma tendência a produzir cálculos vesicais e complicações em pacientes em colecistectomia. Por causa desses achados, o uso desse fibrato foi quase abandonado. Miosites podem ocorrer e são as reações mais preocupantes; ocorrem mais comumente em pacientes com insuficiência renal devida à baixa eliminação e à baixa ligação com as proteínas plasmáticas. Leves queixas gastrointestinais são relatadas em menor número e intensidade do que com os sequestradores de sais biliares.[1]

Referências

  1. «WHO cooperative trial on primary prevention of ischaemic heart disease with clofibrate to lower serum cholesterol: final mortality follow-up. Report of the Committee of Principal Investigators». Lancet. 2 (8403): 600–4. Setembro de 1984. PMID 6147641. doi:10.1016/s0140-6736(84)90595-6 
  • SILVA, Penildon. Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, pp 689.


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