Saltar para o conteúdo

Autoesporte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o programa da TV Globo, veja Auto Esporte (programa de televisão).
Autoesporte
Autoesporte
Categoria Automóveis
Frequência Mensal
Editora Editora Globo
Primeira edição 1964
País  Brasil
revistaautoesporte.globo.com/

Autoesporte é uma revista brasileira dedicada ao setor automobilístico, que publica reportagens e matérias enfocando o assunto automóvel, mecânica, testes de desempenho, avaliações de especialistas, lançamentos, dicas de trânsito e assuntos afins. Tem também participação na programação da rádio CBN, com boletins sobre o assunto. Na programação da Globo o Programa Auto Esporte é exibido aos domingos de manhã às 09h00 após o Globo Rural. Quando era exibida a Fórmula 1 na emissora, o programa passava a ser exibido às 08h30 (antes da Fórmula 1) ou 11h00 (depois da Fórmula 1).

Publicada atualmente pela Editora Globo, Autoesporte também é responsável pela organização e entrega do tradicional prêmio Carro do Ano, iniciado em 1966 no país.[1]

40 Anos de Autoesporte

[editar | editar código-fonte]

A revista trouxe das pistas de competição a inspiração para a cobertura das atividades da indústria automobilística.[2]

O primeiro número de Autoesporte chegou às bancas em novembro de 1964, trazendo na capa uma modelo de capacete e macacão ao lado de uma Berlineta Interlagos que era pilotada por Bird Clemente, piloto oficial da Equipe Willys. A revista, então lançada pela Efecê Editora nasceu com a ideia de oferecer ao leitor a mais ampla cobertura do automobilismo esportivo. O número de estreia trazia a primeira cobertura de um Grande Prêmio de Fórmula 1 coberto por um jornalista brasileiro, Mauro Forjaz, que publicou nele sua matéria sobre o Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1964, disputado no circuito de Watkins Glen e vencido pelo britânico Graham Hill.[3]

A capa nº1 (novembro de 1964)

A primeira metade da década viu Autoesporte fazer reportagens sobre o Campeonato Brasileiro de Kart, disputado pela então jovem promessa do automobilismo Emerson Fittipaldi, entrevistas com Enzo Ferrari e com o piloto britânico Stirling Moss.

O fim da década viu a revista começar a se voltar para a indústria automobilística em si, publicando testes com os novos carros nacionais, tabelas de preços, manutenção, segredo de fábricas e reportagens sobre o cotidiano. Em 1969, o Ford Corcel era eleito o primeiro Carro do ano da revista, herdando o prêmio concedido nos anos anteriores pela Mecânica Popular, outra revista da editora.[3]

A segunda década de Autoesporte começou com um reportagem, em janeiro de 1970, do mais novo equipamento de segurança criado para os automóveis, o “air bag”, Neste década, além de reportagens sobre segredos de novos protótipos da indústria automobilística nacional, a revista começou a abrir espaço para o turismo e a náutica, diversificando seu editorial com matérias sobre barcos, motores de popa, camping e motocicletas.

Em 1977, um fato pitoresco em uma de suas edições, foi o convite para que o ex-campeão mundial de Fórmula 1 Jackie Stewart, rodasse pela cidade de São Paulo pilotando um "fusquinha" da Telesp, o primeiro automóvel convertido para álcool como combustível.[3]

A década de 80 trouxe muitas novidades lançadas na revista, como o compacto Gol, da Volkswagen, e o Chevrolet Monza, que chegou com status de carro mundial da GM e obrigou os concorrentes a se modernizarem. Seu desempenho e conforto lhe rendeu três títulos de Carro do Ano (1983, 1987 e 1988). Ao lado do Ford Corcel e do Fiat Uno, o Monza é o único tricampeão do prêmio. Em 83, foi a vez de a Ford apresentar seu carro mundial, o Ford Escort. A essa altura, a linha de produção das montadoras passava por uma fase de modernização. Os primeiros frutos deste processo surgiram no ano seguinte, com a chegada ao Brasil do Fiat Uno.[3]

Os anos 90 viram Autoesporte acompanhar a briga das montadoras com os lançamentos sucessivos de carros populares. O novo Gol, o Fusca 1.6 a álcool, relançado no governo Itamar Franco, o Chevrolet Corsa e o Fiat Palio tomaram as páginas da revista. Em 1996, AE acompanhava o novo lançamento de impacto da General Motors, a picape S-10, precursora das picapes médias atuais e da Blazer, o primeiro utilitário esportivo brasileiro.

No ano seguinte, a revista inaugurava seu site na Internet, entrando na era da informação eletrônica e em 1998, após quase 35 anos de história na Efecê Editora, ela foi comprada pela Editora Globo, pela qual passou a ser publicada desde então.

Passados dois anos, a revista voltou aos segredos, revelando o projeto Amazon, da Ford, que chegaria ao mercado como EcoSport. Em 2003, o desafio de um carro que rodasse com qualquer mistura de álcool e gasolina tornou-se realidade. A VW saiu na frente da corrida dos carros bicombustível. Porém, não demorou muito para as concorrentes lançarem modelos com a tecnologia. Ao mesmo tempo, AE revelava as primeiras fotos do novo projeto da VW, o Tupi, depois batizado de Fox.

Nestes quase cinquenta anos de publicação contínua, Autoesporte viu passar por sua redação jornalistas como Joelmir Beting, Bob Sharp, Percival de Souza e até o piloto Ingo Hoffmann, titular da coluna "Cockpit" durante os anos 80.[3]

Além das matérias especiais que AE traz mensalmente aos seus leitores, existem seções fixas:

Você Diz

Esta seção é o espaço do leitor Autoesporte, no qual ele dá sua opinião (elogios, sugestões e críticas) sobre as matérias da edição anterior, sobre os veículos, os testes, dúvidas e queixas sobre automóveis.

Ignição

As principais novidades do mundo automobilístico mesclando cultura e diversão. Ignição traz curiosidades e comportamento, dentro da temática. Em "Você Pergunta", os leitores tiram suas dúvidas com especialistas. Jorge Meditsch, jornalista da área automobilística e editor executivo da "Época" e "O km", assina coluna.

Área Restrita

Novidades sobre design, lançamento de automóveis e afins - que ainda não foram divulgadas - que o leitor só encontra na Autoesporte.

Primeira Volta - Primeira Grande Volta

Matérias especiais com testes feitos com diversos lançamentos, com informações precisas sobre seu desempenho. Preço, motor, potência, cilindradas. Tudo especificado nesta seção.

Reportagem da Capa

A matéria especial com grande espaço reservado para o assunto da capa.

Comparativo

Como é de costume e tradicional em AE, esta parte traz duelos entre carros de diferentes marcas e modelos, e o leitor escolhe qual vale mais a pena por diversos quesitos.

Como Funciona

Curiosidades técnicas sobre o funcionamento das peças que fazem parte dos veículos.

Mercado

Informações sobre quais automóveis estão em alta e quais as previsões, além de um ranking sobre os mais vendidos no mês e comparativo com o ano anterior.

O Carro do Ano no Brasil é um prêmio da Revista Autoesporte, que premia modelos lançados e importados pela indústria nacional. Existe um prêmio internacional independente que trata da premiação dos modelos comercializados na Europa: carro do ano.

O prêmio para as categorias do Carro do Ano conta com a votação de uma equipe de jornalistas especializados da indústria automobilística, que apontam os automóveis que mais se destacaram em inovação e outras características. A pontuação atribui notas para 5 finalistas em cada uma das categorias, considerando os quesitos: motor, transmissão, comportamento dinâmico, acabamento, design, entre outros. No final, uma média é realizada para eleger o campeão em cada categoria.

O fabricante do veículo premiado tem direito de uso do título de Carro do Ano por um período de 11 meses a partir da eleição.

Nos anos 2000, o regulamento foi modernizado. Ele segue as últimas tendências das principais premiações internacionais, especialmente no "Car of the Year". A partir de 2008, as categorias mudaram com o fim da divisão entre nacionais e importados, reflexo da nova realidade do mercado automobilístico. O fim desta divisão demonstra a maturidade da indústria brasileira. Hoje, o que conta é o carro e não onde ele foi produzido.

As categorias atualmente são:

  • Carro do Ano
  • Carro Premium
  • Utilitário do Ano
  • Utilitário Premium
  • Motor do Ano
  • Motor Premium
Categoria Carro do Ano
Ano Modelo
1966 Aero Willys
1967 Ford Galaxie
1968 não houve
1969 Ford Corcel
1970 Dodge Dart
1971 VW 1600 TL
1972 Chevrolet Opala
1973 Ford Corcel
1974 Chevrolet Chevette
1975 Volkswagen Passat
1976 Chevrolet Caravan
1977 Dodge Polara
1978 Fiat 147
1979 Ford Corcel
1980 Volkswagen Passat
1981 Chevrolet Chevette
1982 Volkswagen Voyage
1983 Chevrolet Monza
1984 Ford Escort
1985 Fiat Uno
1986 Fiat Prêmio
1987 Chevrolet Monza
1988 Chevrolet Monza
1989 Volkswagen Santana
1990 Volkswagen Gol
1991 Chevrolet Kadett
1992 Fiat Uno
1993 Chevrolet Omega
1994 Chevrolet Vectra
1995 Chevrolet Corsa
1996 Chevrolet Corsa
1997 Chevrolet Vectra
1998 Ford Ka
1999 Fiat Marea
2000 Audi A3
2001 Fiat Palio
2002 Fiat Stilo
2003 Fiat Stilo
2004 Fiat Palio
2005 Ford Fiesta Sedan
2006 Fiat Idea
2007 Honda Civic
2008 Fiat Punto
2009 Volkswagen Gol
2010 Chevrolet Agile
2011 Fiat Uno
2012 Fiat Palio
2013 Hyundai HB20
2014 Volkswagen Golf
2015 Ford Ka
2016 Jeep Renegade
2017 Honda Civic
2018 Volkswagen Polo
2019 Volkswagen Virtus
2020 Toyota Corolla
2021 Volkswagen Nivus
2022 Fiat Pulse
2023 Honda HR-V

Referências

  1. «O título dos 40 anos». Autoesporte. Consultado em 14 de junho de 2011 
  2. reportagens de corridas agosto e Setembro de1966
  3. a b c d e Goto, Marcelo - Revista Autoesporte. novembro de 2004, nº 473. Editora Globo.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]