100 Mulheres (BBC)
100 Mulheres (BBC) 100 Women (BBC) | |
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Gênero | Divulgação jornalística |
Período | Novembro/dezembro |
Primeira edição | 2013 |
Realização | BBC |
Página oficial | BBC 100 Women |
2016 |
100 Mulheres é uma série multi-formato da BBC iniciada em 2013. A série examina o papel das mulheres no século XXI e inclui eventos em Londres,[1] no México[2][3] e no Brasil. Assim que a lista é divulgada, é o começo do que é descrito pelo projeto como a "temporada das mulheres da BBC", com duração de três semanas, que inclui a transmissão, relatórios online, debates e criação de conteúdo jornalístico sobre o tópico das mulheres.[4] Mulheres de todo o mundo são incentivadas a participar através do Twitter[carece de fontes] e comentar sobre a lista, bem como as entrevistas e debates que seguem a libertação da lista.[5] Em parceria com a Wikimedia UK, são organizados eventos de edição (edit-a-thons) em que são produzidos artigos na Wikipédia sobre as mulheres presentes na lista de cada ano, bem como outras mulheres de relevância.[6]
História
[editar | editar código-fonte]Depois do caso de estupro coletivo de Délhi em 2012, a editora da BBC Fiona Crack[7] e outras jornalistas, como Liliane Landor[8] foram inspiradas a criar uma série enfocando as questões e realizações das mulheres na sociedade atual.[9] Crack sentiu que muitas das questões que as mulheres estavam enfrentando não estavam recebendo cobertura em profundidade, e, em março de 2013, a BBC recebeu uma "invasão de comentários de mulheres ouvintes" para que a BBC fornecesse mais "conteúdo feito por e sobre as mulheres."[10]
Assim, a BBC lançou a série em 2013 para abordar a sub-representação das mulheres na mídia.[9][11] As mulheres que participaram no primeiro programa foram escolhidas através de uma pesquisa em serviços em 26 diferentes línguas.[10] A programação ocorreu no decorrer do mês, culminando em uma conferência realizada em 25 de outubro, na qual 100 mulheres de todo o mundo discutiram assuntos que compartilhavam em comum. Uma ampla gama de tópicos foi debatida cobrindo desafios de emprego, feminismo, maternidade e religião,[12] para examinar os desafios culturais e sociais enfrentados pelas mulheres em suas vidas.[13]
A série abordou desde então muitos tópicos, incluindo educação, saúde, igualdade de remuneração, mutilação genital, violência doméstica e abuso sexual[14] e procura fornecer às mulheres uma plataforma para discutir como melhorar o mundo e eliminar o sexismo.[15] As mulheres incluídas na lista são de todo o mundo que estão envolvidos em diversos campos de trabalho.[16] As mulheres que já são famosas são incluídas, assim como as pessoas que são menos conhecidas.[17][18]
Listas por ano
[editar | editar código-fonte]2022
[editar | editar código-fonte]A lista das 100 Mulheres (BBC) do ano de 2022 premiou 100 mulheres por serem inspiradoras e influentes em diversas áreas. Na lista de 2022 encontra-se Olena Zelenska, arquiteta pela Kryvyi Rih National University, roteirista e atual primeira-dama da Ucrânia. Após a invasão russa, Olena usou suas redes para chamar atenção para o sofrimento do povo de seu país, isso a tornou a primeira mulher de um presidente não americano a se dirigir diretamente ao Congresso dos Estados Unidos.[19]
2021
[editar | editar código-fonte]Na lista de 2021 encontra-se Malala Yousafzai,[20] uma ativista paquistanesa, e a pessoa mais nova a ser laureada com prémio Nobel.[21] É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Suate na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.[22]
2020
[editar | editar código-fonte]Na lista desse ano encontra-se Nisreen Alwan, pesquisadora britânica-iraquiana de saúde pública e professora associada de saúde pública na Universidade de Southampton, na qual realiza estudos sobre saúde e bem-estar de mulheres e crianças com enfoque na gravidez. Durante a pandemia de covid-19 em 2020, Nisreen fortaleceu a conscientização acerca da necessidade dos países medirem e abordarem não apenas a mortalidade mas também os problemas de saúde de longo prazo causados pelo novo coronavírus.[23]
2019
[editar | editar código-fonte]Na lista publicada em 2019 encontram-se as brasileiras Djamila Ribeiro e Tabata Amaral.[24] Djamila é uma escritora, filósofa e ativista, muito influente no movimento que luta pelos direitos das mulheres afro-brasileiras.
Tabata Amaral é uma ativista pela educação brasileira e deputada federal por São Paulo, formada em ciência política e astrofísica. Foi eleita enquanto filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) como a sexta candidata mais votada no estado, com 264 mil votos nas eleições de 2018.[25][26][27] Em maio de 2021 Tabata entrou com recurso para se desfiliar do PDT, sem perda do mandato, que acabou ganhando.[28][29][30]
2018
[editar | editar código-fonte]Na lista de 2018 encontra-se Abisoye Ajayi-Akinfolarin, empreendedora social nigeriana.[31] Abisoye é fundadora e CEO da Pearls Africa Youth Foundation, organização sem fins lucrativos que foca na educação de meninas e mulheres em comunidades carentes por meio do acesso à proficiência em tecnologia e orientação para a independência financeira. Abisoye tem anos de experiência em tecnologia da informação, programação de computadores e análise de dados.[32]
2017
[editar | editar código-fonte]Na lista de 2017 encontram-se nomes brasileiros como Adriana Brandão Behar ex-voleibolista brasileira que destacou-se como jogadora brasileira de voleibol de praia. Adriana é hoje a presidente da Comissão Mulher no Esporte do Comitê Olímpico Brasileiro.[33] E Claudianny Drika, treinadora de futebol que se dedica a ensinar o esporte as crianças da favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro. Drika inspira os jovens a alcançar seu potencial por meio do esporte.[34]
2016
[editar | editar código-fonte]O tema de 2016 foi o desafio. Uma parte do festival 100 Women festival ocorreu na Cidade do México nesse ano. A lista de 2016 foi publicada em ordem alfabética.
2015
[editar | editar código-fonte]A lista das 100 Mulheres da BBC de 2015 foi composta de nomes famosos internacionalmente, bem como de mulheres desconhecidas, mas que representam questões que todas as mulheres enfrentam. A lista de mulheres de 2015 inclui representantes de 51 países, que não são necessariamente aquelas que seriam vistas como modelos - uma mulher que sofre de depressão, uma mulher que luta por acesso igualitário a banheiros, uma mulher que encoraja outras a evitar maquiagem e uma nômade pastora de renas.
2014
[editar | editar código-fonte]Nesta lista de 2014 encontra-se Joyce Hilda Banda, 4º presidente do Malawi,[35] sendo a primeira mulher presidente do país e a segunda mulher chefe de estado depois de Elizabeth ll. Banda foi a segunda mulher presidente do continente africano[36] e primeira mulher vice-presidente do seu país.[37] A Forbes nomeou em junho de 2014, a presidente Banda como a 40º mulher mais poderosa do mundo e a mulher mais poderosa da África.[38] Em outubro de 2014, ela foi incluída no BBC's 100 Women.[39]
2013
[editar | editar código-fonte]A lista das 100 Mulheres (BBC) do ano de 2013 premiou 100 mulheres por serem inspiradoras e influentes em diversas áreas. A série examina o papel das mulheres no século XXI e inclui eventos em Londres,[40] no México[41] e no Brasil. Mulheres de todo o mundo são incentivadas a participar através do Twitter e comentar sobre a lista, bem como as entrevistas e debates que seguem a liberação da lista.[42] A lista 100 Mulheres (BBC) é publicada anualmente desde 2013.[43]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- 2013: «100 Women: Who Took Part?». BBC News. 22 de novembro de 2013
- 2014: «BBC 100 Women 2015: Who is on the list?». BBC News. 26 de outubro de 2014
- 2015: «BBC 100 Women 2015: Who is on the list?». BBC News. 17 de novembro de 2015
- 2016: «BBC 100 Women 2016: Who is on the list?». BBC News. 21 de novembro de 2016
- 2017: #100Mulheres: BBC divulga lista anual das mulheres de destaque no mundo. 28 de setembro de 2017
- 2018: Uma lista de 100 mulheres influentes e inspiradoras de todo o mundo, selecionadas pela BBC. 20 de novembro de 2018
- 2019: BBC 100 Women 2019: quem está na lista? 16 de outubro de 2019
- 2020: BBC 100 Women: quem está na lista de mulheres inspiradoras e influentes de 2020? 24 de novembro de 2020
- 2021: BBC 100 Women: quem está na lista de mulheres inspiradoras e influentes de 2021. 7 de dezembro de 2021
- 2022: BBC 100 Women 2022: Quem está na lista deste ano? 6 de dezembro de 2022
Referências
- ↑ «100 Women: Who is taking part?». BBC News. 22 de outubro de 2013
- ↑ Low, Harry (25 de novembro de 2016). «100 Women 2016: Mexico festival draws thousands». BBC News
- ↑ «Participa Inmujeres CDMX en el festival 100 Women de la BBC». CDMX (em espanhol). 24 de novembro de 2016. Consultado em 6 de dezembro de 2016
- ↑ «Saalumarada Thimmakka in BBC's 100 Women list». The Times of India. 23 de novembro de 2016
- ↑ Stoughton, India (28 de outubro de 2014). «Lebanon makes its mark on BBC's 100 Women list». Beirut, Lebanon: The Daily Star. Consultado em 6 de dezembro de 2016
- ↑ 100 Women 2016: How to join our edit-a-thon[ligação inativa]
- ↑ WITW Staff (18 de novembro de 2015). «BBC's 100 Women program celebrates female accomplishments across the globe». The New York Times
- ↑ Martinson, Jane (16 de junho de 2016). «BBC World Service Language Boss and Diversity Champion Quits». The Guardian
- ↑ a b Crack, Fiona (31 de outubro de 2013). «100 BBC 100 Women: a series borne out of suffering and violence». The Guardian
- ↑ a b Fisher, Amanda (26 de outubro de 2013). «BBC assembles 100 women to get them talking on issues». Khaleej Times
- ↑ «Impact case study (REF3b): Impact on strategy and institutional memory at the BBC World Service». C23 Sociology, Open University. 2014
- ↑ Fletcher, Becky (3 de novembro de 2013). «11 things you need to know about #100Women». Cosmopolitan
- ↑ «Rubana among BBC's 100 Women». Dhaka Tribune. Dhaka, Bangladesh. 26 de outubro de 2013
- ↑ «#100 Women: Join the Conversation». BBC news. BBC. 4 de outubro de 2013. Consultado em 5 de julho de 2014
- ↑ Pantony, Ali (21 de novembro de 2016). «Meet the most badass women of 2016». New York City, New York: Condé Nast. Glamour. Consultado em 6 de dezembro de 2016
- ↑ «Lebanon Makes its Mark on BBC's 100 Women List». The Daily Star. 28 de outubro de 2014. Consultado em 6 de dezembro de 2016
- ↑ Moss, Rachel (21 de novembro de 2016). «BBC '100 Women Of 2016' Highlights A Year Of Defiance For Womankind». The Huffington Post
- ↑ «Seven Indians feature in BBC 100 Women 2015 list». The Times of India. 19 de novembro de 2015
- ↑ «BBC 100 Women 2022: quem está na lista das mulheres mais inspiradoras do mundo deste ano? - BBC News Brasil». News Brasil. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «BBC 100 Women: quem está na lista de mulheres inspiradoras e influentes de 2021». BBC News Brasil. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «Malala Yousafzai Becomes Youngest-Ever Nobel Prize Winner». 10 de outubro de 2014. Consultado em 11 de outubro de 2014
- ↑ «True inspiration – DW – 01/18/2013». dw.com (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «BBC 100 Women: quem está na lista de mulheres inspiradoras e influentes de 2020?». BBC News Brasil. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «BBC 100 Women 2019: quem está na lista?». BBC News Brasil. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «Deputados federais em São Paulo». Folha de S.Paulo. 7 de outubro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 8 de outubro de 2018
- ↑ «Eleições 2018». www.camara.leg.br. Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ «Tabata Amaral 1200 (PDT) Deputada Federal | São Paulo | Eleições 2018». Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ «Deputada Tabata Amaral pode deixar o PDT sem perder o mandato na Câmara, decide TSE». www.tse.jus.br. Consultado em 27 de junho de 2021
- ↑ «TSE decide que deputada Tabata Amaral pode deixar PDT sem perder o mandato». CNN Brasil. Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ «Jovem apaixonada por educação estreia na CBN». CBN. 3 de outubro de 2017. Consultado em 13 de outubro de 2018
- ↑ «Uma lista de 100 mulheres influentes e inspiradoras de todo o mundo, selecionadas pela BBC». BBC News Brasil. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «Abisoye Ajayi-Akinfolarin: The Coding Hero». The Guardian Nigeria News - Nigeria and World News (em inglês). 5 de novembro de 2018. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ «CBB indica Helen Luz para Comissão Mulher no Esporte do COB». LNB. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ «#100Mulheres: BBC divulga lista anual das mulheres de destaque no mundo: quem são as 9 brasileiras na relação?». BBC News Brasil. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ Mwagiru, Ciugu (18 de Abril de 2012). «Malawi's Joyce Banda and the rise of women in African politics». Kampala, Uganda. Daily Monitor (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 6 de junho de 2014
- ↑ «Joyce Banda». Wilson Center (em inglês). 1 de agosto de 2016. Consultado em 3 de janeiro de 2023
- ↑ Olamitoke, Toluwani (14 de Abril de 2012). «As Fate Throws Leadership in Joyce Banda's Path...Becomes Malawi's First Female President». Nigerian Tribune (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2023
- ↑ «The World's 100 Most Powerful Women». Forbes (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2023
- ↑ «Who are the 100 Women 2014?». BBC (em inglês). 26 de Outubro de 2014
- ↑ «100 Women: Who is taking part?». BBC News (em inglês). 22 de novembro de 2013. Consultado em 29 de dezembro de 2022
- ↑ Low, Harry (25 de novembro de 2016). «100 Women 2016: Mexico festival draws thousands». BBC News (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2022
- ↑ Stoughton, India (28 de outubro de 2014). «Lebanon makes its mark on BBC's 100 Women list» (em inglês). Beirute, Líbano: The Daily Star. Consultado em 29 de dezembro de 2022
- ↑ «100 Women: Who took part?». BBC News (em inglês). 20 de outubro de 2013. Consultado em 8 de janeiro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- 100 Women, BBC Online
- BBC 100 Women, Wikimedia UK
- BBC 100 Women Online Initiative, WikiProject Women in Red – 21 de novembro a 15 dezembro de 2016