Guerra de Troia

conto mitológico grego

A Guerra de Troia foi, de acordo com a mitologia grega, um grande conflito bélico entre os aqueus das cidade-estados da Grécia e Troia, possivelmente ocorrendo entre 1 300 a.C. e 1 200 a.C. (fim da Idade do Bronze no Mediterrâneo).

Guerra de Troia


Cílice com Aquiles cuidando dos ferimentos de Pátroclo; c. 500 a.C.

A guerra

Ambiente: Troia (moderna Hisarlik, Turquia)
Período: Idade do Bronze
Data tradicional: ca. 1 194–1 184 a.C.
Data moderna: entre 1 260 e 1 240 a.C.
Resultado: vitória grega, destruição de Troia

Fontes literárias

Ilíada · Ciclo épico · Eneida, Livro 2 ·
Ifigênia em Áulis · Filoctetes ·
Ájax · As Troianas · Posthomerica

Episódios

Julgamento de Páris · Sedução de Helena ·
Cavalo de Troia · O Saque de Troia · Regressos ·
Andanças de Odisseu ·
Eneias e a fundação de Roma

Gregos e aliados

Agamemnon · Aquiles · Helena · Menelau · Nestor · Odisseu · Ájax · Diomedes · Pátroclo · Térsites · Aqueus · Mirmidões

Troianos e aliados

Príamo · Hécuba · Heitor · Páris · Cassandra · Andrómaca · Eneias · Mêmnon  · Troilo · Pentesileia e as Amazonas · Sarpedão

Tópicos relacionados

Homero · Arqueologia de Troia · Micenas

Troia em Chamas (c. 1759–1762), de Johann Georg Trautmann; coleção dos grão-duques de Baden, Karlsruhe

Segundo a lenda, a guerra teria se originado a partir de uma disputa entre as deusas Hera, Atena e Afrodite, após Éris, a deusa da discórdia, dar a elas o pomo de ouro , também conhecido como "pomo da discórdia", marcado para "a mais bela". Zeus mandou as deusas para Páris, que julgou Afrodite como a mais bela. Em troca, Afrodite fez Helena, a mais bonita de todas as mulheres e esposa do rei grego Menelau, se apaixonar por Páris, que então a levou para Troia. Agamenão, rei de Micenas e irmão de Menelau, reuniu os aqueus (gregos), liderou uma expedição contra Troia e cercou a cidade por dez anos, como uma represália pelo insulto de Páris. Após a morte de muitos heróis, incluindo Aquiles e Ájax (entre os gregos) e Heitor e Páris (entre os troianos), a cidade caiu após a introdução do "Cavalo de Troia". Os aqueus massacraram os troianos (exceto as mulheres e crianças, tomados como escravos) e dessacraram seus templos, invocando assim a fúria dos deuses. Poucos dos aqueus conseguiram retornar para casa e muitos tiveram que achar novos lares, fundando novas colônias. Os romanos afirmavam traçar suas origens a Eneias, um troiano filho de Afrodite, que teria levado os sobreviventes de Troia até à península Itálica.[1]

Os gregos antigos acreditavam que Troia se localizava próxima do Helesponto (Dardanelos) e que a guerra troiana era um evento histórico datado dentre os séculos XIII e XII a.C., mas até meados do século XIX d.C. a cidade e os acontecimentos do conflito eram considerados "não históricos". Em 1868, contudo, o arqueólogo britânico Frank Calvert convenceu o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann de que Troia era uma cidade real que estava localizada em Hisarlik, na atual Turquia.[2] Baseado nas escavações de Schliemann e outros estudiosos, os acadêmicos agora acreditam na veracidade histórica de uma cidade-estado grega chamada Troia, mas ainda levantam dúvidas sobre a guerra em si.[3][4]

Se os eventos narrados por Homero e a lenda envolta a respeito da "Guerra de Troia" têm algum fundamento histórico, ainda é motivo de debates entre acadêmicos. Muitos estudiosos e historiadores acreditam que há uma base histórica para a guerra, com os contos Homéricos sendo, na verdade, uma coletânea de cercos e expedições militares feitas pelos gregos micênicos durante a Idade do Bronze. Historiadores indicam que a guerra, se ocorreu, teria acontecido entre os séculos XII e XI a.C., fazendo referência às datas dadas por Eratóstenes, 1194–1184 a.C., que corresponde as evidências arqueológicas encontradas nas ruínas de Troia VII.[5]

Causa da guerra e a lenda

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 Ver artigos principais: Julgamento de Páris, Aqueus (Homero), Ilíada e Troia
 
Sarcófago de Aquiles com cenas da Guerra de Troia, no Museu Arqueológico de Adana, Turquia

Tradicionalmente, a Guerra de Troia surgiu de uma sequência de eventos que começou com uma disputa entre as deusas Hera, Atena e Afrodite. Éris, a deusa da discórdia, não foi convidada para o casamento de Peleu e Tétis, e então chegou trazendo um presente: uma maçã dourada, com uma escritura gravada nela que diz "para a mais bela". Cada uma das deusas reivindicou ser a "mais bela" e a dona legítima da maçã. Elas submeteram o julgamento a um pastor que encontraram cuidando de seu rebanho. Cada deusa prometeu ao jovem uma recompensa em troca de seu favor: poder, sabedoria ou amor. O jovem — na verdade, Páris, um príncipe troiano que havia sido criado no campo — escolheu o amor e deu a maçã a Afrodite. Como recompensa, Afrodite fez com que Helena, a rainha de Esparta e a mais bela de todas as mulheres, se apaixonasse por Páris. O julgamento de Páris lhe rendeu a ira tanto de Hera quanto de Atena.[6] Helena, uma das filhas de Zeus, havia sido sequestrada por Teseu na sua juventude. Uma competição entre os pretendentes por sua mão em casamento acabou com ela sendo entregue a Menelau, o rei espartano. Todos os outros pretendentes foram obrigados a fazer um juramento (conhecido como "Juramento de Tíndaro") prometendo fornecer assistência militar ao pretendente vencedor, se Helena fosse roubada dele. Assim, quando Helena partiu (raptada ou por boa vontade) com Páris de Troia (filho do rei Príamo), Menelau convocou todos os reis e príncipes da Grécia para que honrassem seu juramento e declarassem guerra aos troinanos.[7]

O irmão de Menelau, Agamenão, rei de Micenas, liderou uma expedição de tropas aqueias (os gregos) a Troia e sitiou a cidade por dez anos por causa do insulto de Páris. Após as mortes de muitos heróis, incluindo os aqueus Aquiles e Ajax, e os troianos Heitor e Páris, a cidade caiu na armadilha do Cavalo de Troia. Os aqueus massacraram os troianos, exceto algumas das mulheres e crianças que eles mantiveram ou venderam como escravos e profanaram os templos, ganhando assim a ira dos deuses.[8] Poucos aqueus retornaram em segurança para suas casas e muitos fundaram colônias em praias distantes.[9] Os romanos mais tarde traçaram sua origem até Eneias, filho de Afrodite e um dos troianos, que teria liderado os troianos sobreviventes para a Itália.[10]

Historicidade

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A maioria dos gregos antigos dizia que a Guerra de Troia era um evento histórico, embora muitos entendessem que os poemas homéricos continham vários exageros. Por exemplo, o historiador Tucídides, conhecido por seu espírito crítico, considerava-a um evento real, mas duvidava que os gregos houvessem mobilizado a quantidade de navios (mais de mil) mencionada por Homero para atacar os troianos.

Por volta de 1870, na Europa, os estudiosos da Antiguidade eram concordes em considerar as narrativas homéricas absolutamente lendárias. Segundo eles, a guerra jamais ocorrera e Troia nunca existira. Mas, quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann, um apaixonado pelas obras de Homero, descobriu as ruínas de Troia e de Micenas, foi preciso reformular esses conceitos.

Ao longo do século XX, tentou-se tirar conclusões baseadas em textos hititas e egípcios, que datam da provável época da guerra. Arquivos hititas, como as Cartas de Tauagalaua, mencionam o reino de Aiaua (Acaia, a moderna Grécia), que se localizava "além do mar" (Egeu) e controlava a cidade de Miliuanda, identificada como Mileto. Igualmente é mencionada, nesses e em outros documentos, a Confederação de Assua, uma liga composta por 22 cidades, uma das quais, Uilussa (Ílio), podendo ter sido Troia. Em um tratado datado de 1 280 a.C., o rei de Uilussa é chamado de Alexandre ou Alaquesandu, que é o outro nome pelo qual Páris é referido na Ilíada.

Após a famosa Batalha de Cadexe (contra o Egito de Ramessés II), essa confederação rompeu sua aliança com os hititas, o que provocou, em 1 230 a.C., uma campanha punitiva do rei Tudália IV (r. 1240–1210 a.C.). Mas sob o reinado de Arnuanda III (r. 1210–1205 a.C.) os hititas foram forçados a abandonar as terras que controlavam na costa do Egeu, abrindo espaço para possíveis invasores d'além-mar. Nesse caso, a Guerra de Troia teria sido o ataque de Aiaua (Acaia) contra a cidade de Uilussa (Ílio) e seus aliados da Confederação de Assua.

Os trabalhos dos historiadores Moses Finley e Milman Parry procuraram associar a Guerra de Troia a um amplo fluxo migratório micênico, decorrente da invasão dos dórios no Peloponeso. Poderia também haver uma correlação com o ataque ao Egito pelos "povos do mar", nos tempos do faraó Ramessés III.

Mas os céticos quanto à veracidade da guerra glorificada por Homero apoiam-se na ausência de qualquer registro hitita de uma invasão da Anatólia (onde se localizava Troia) por povos vindos do mar.

Em resumo, embora Schliemann tenha encontrado as ruínas da cidade de Troia (aliás, várias cidades, uma sobre a outra) no sítio mencionado por Homero, a questão da historicidade da guerra continua dividindo a opinião dos estudiosos.

Fontes

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Os eventos da Guerra de Troia são encontrados em muitas obras da literatura grega e retratados em numerosas obras de arte grega. Não há um texto único e autoritário que conte todos os acontecimentos da guerra. Em vez disso, a história é montada a partir de uma variedade de fontes, algumas das quais relatam versões contraditórias dos eventos. As fontes literárias mais importantes são os dois poemas épicos tradicionalmente creditados a Homero, a Ilíada e a Odisseia, compostos em algum momento entre os séculos IX e VI a.C. Cada poema narra apenas uma parte da guerra. A Ilíada cobre um curto período no último ano do cerco de Troia, enquanto a Odisseia diz respeito ao retorno de Ulisses à sua ilha natal de Ítaca após o saque de Troia e contém vários flashbacks de episódios particulares da guerra.[11]

Outras partes da Guerra de Troia foram contadas nos poemas do Ciclo Épico, também conhecido como os Épicos Cíclicos: os Cantos Cípricos, Etiópida, a Pequena Ilíada, O Saque de Troia, Nostoi e Telegonia. Embora esses poemas sobrevivam apenas em fragmentos, seu conteúdo é conhecido a partir de um resumo incluído na crestomatia de Eutíquio Proclo. A autoria dos épicos cíclicos é incerta. Pensa-se geralmente que os poemas foram escritos nos séculos VII e VI a.C., após a composição dos poemas homéricos, embora se acredite que eles foram baseados em tradições anteriores.[11]

Tanto os épicos homéricos quanto o Ciclo Épico têm origem na tradição oral. Mesmo após a composição da Ilíada, Odisseia e Épicos Cíclicos, os mitos da Guerra de Troia foram transmitidos oralmente em muitos gêneros de poesia e através de narrativas não poéticas. Eventos e detalhes da história que só são encontrados em autores posteriores podem ter sido transmitidos através da tradição oral e podem ser tão antigos quanto os poemas homéricos. A arte visual, como a pintura em vasos, foi outro meio em que os mitos da Guerra de Troia circularam.[12]

Em épocas posteriores, dramaturgos, historiadores e outros intelectuais criariam obras inspiradas na Guerra de Troia. Os três grandes autores trágicos de Atenas, Ésquilo, Sófocles e Eurípides, escreveram uma série de dramas que retratam episódios da Guerra de Troia. Entre os escritores romanos, o mais importante é o poeta do século I a.C. Virgílio; no Livro 2 de sua Eneida, Eneias narra o saque de Troia.[13]

Mitologia

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Helena e Páris, de Jacques-Louis David, Museu do Louvre

A versão mitológica da guerra estava contida nos poemas do Ciclo Épico, formado por oito poemas: os Cantos Cípricos (ou Cípria) de Estasino,[a] a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Etiópida e O Saque de Troia de Arctino de Mileto, a Pequena Ilíada de Lesques de Pirra, Nostoi (Retornos) de Hágias de Trezena,[b] e Telegonia de Eugamão de Cirene.[c] Destas obras só chegaram à atualidade n sua totalidade os poemas de Homero; dos restante só há fragmentos e informações de fontes secundárias da Antiguidade. Segundo essas versões, a guerra se deu quando os aqueus (os gregos da época micênica) atacaram Troia, para recuperar Helena, raptada por Páris.

A lenda conta que a (ninfa) do mar de Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Posidão. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, tencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos foi Aquiles, e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico e sombrio rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a expressão "calcanhar de Aquiles", significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetiza que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Troia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido. Aquiles escolhe a glória.

Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris (ou Discórdia). Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição "À mais bela". As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e o pomo. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de "mais bela", Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo a Afrodite, ganhando sua proteção e o ódio das outras duas deusas contra si e contra Troia.

A mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e de Leda, esposa de Menelau, rei de Esparta, que a conquistara disputando contra vários outros reis pretendentes com a ajuda de Ulisses (Odisseu) rei de Ítaca e Agamenão rei supremo de Micenas e de toda a Grécia, tendo todos jurado lealdade ao marido de Helena e sempre protegê-la, qualquer que fosse o vencedor da disputa.

Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, apaixonou-se por Helena e ambos fugiram para Troia, enfurecendo Menelau. Este foi pedir ajuda a seu irmão que, a conselho de Nestor (rei de Pilos), um de seus conselheiros, apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamenão então assumiu o comando de um exército de mil navios e atravessou o mar Egeu para atacar Troia com o auxílio de Ulisses (que fingiu-se de louco para não ir a guerra sabendo que se partisse passaria 20 anos sem regressar a seu reino), levando consigo grandes guerreiros como Aquiles, Ájax, Ájax, o Menor, Diomedes, Idomeneu entre outros. As naus gregas desembarcaram na praia próxima a Troia e iniciaram um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida a muitos heróis de ambos os lados. Dois dos mais notáveis heróis a perderem a vida na guerra de Troia foram Aquiles e Heitor (que foi morto por Aquiles por vingança por ter matado Pátroclo).[d]

 
A Procissão do Cavalo de Troia, c. 1870, Giovanni Domenico Tiepolo; National Gallery (Londres)

Finalmente, a cidade foi tomada graças ao artifício concebido por Odisseu (Ulisses): fingindo terem desistido da guerra, os gregos embarcaram em seus navios, deixando na praia um enorme cavalo de madeira, que os troianos decidiram levar para o interior de sua cidade, como símbolo de sua vitória, apesar das advertências de Cassandra. À noite, quando todos dormiam, os soldados gregos, que se escondiam dentro da estrutura oca de madeira do cavalo, saíram e abriram os portões para que todo o exército (cujos navios haviam retornado, secretamente, à praia) invadisse a cidade.

Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade incendiada. As mulheres (inclusive a rainha Hécuba, a princesa Cassandra e Andrômaca, viúva de Heitor) foram escravizadas. O rei Príamo e a maioria dos homens foram mortos (um dos poucos sobreviventes foram Eneias, príncipe de Lirnesso, que fugiu de Troia carregando seu pai Anquises, já idoso, sobre os ombros).

E assim, Menelau recuperou sua esposa, Helena (tendo matado Dêifobo, com quem ela se casara, após a morte de Páris), e levou-a de volta a Esparta. Agamenão foi morto por sua esposa que lhe roubou o trono e Odisseu como profetizado passou com o fim da guerra (que durou dez anos) mais dez anos vagando pelo mar, até chegar a Ítaca vestido de mendigo para provar a fidelidade de Penélope, sua esposa, que estava cheia de pretendentes ao casamento e consequentemente ao trono, porém ela os enganara durante 20 anos até o retorno de seu marido que, ao descobrir tudo o que se passou em sua ausência, matou seus inimigos com a ajuda de seu filho.

Datas da Guerra de Troia

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Uma vez que esta guerra foi considerada entre os gregos antigos como o último evento da era mítica ou o primeiro evento da era histórica, várias datas são dadas para a queda de Troia. Eles geralmente derivam de genealogias de reis. Éforo aponta 1 135 a.C.,[14] Sósíbio[vago] 1 172 a.C.,[15] Eratóstenes 1 184 / 1 183 a.C.,[16] Timeu[necessário esclarecer] 1 193 a.C.,[17] o mármore de Paros[vago] 1 209 / 1 208 a.C.,[18] Dicearco 1 212 a.C.,[19] Heródoto por volta de 1 250 a.C.,[20] Eretes[vago] 1 291 a.C.,[21] enquanto Duris de Samos refere 1 334 a.C.[22] Quanto ao dia exato, Éforo dá 23/24 Thargelion (6 ou 7 de maio), Helânico 12 Thargelion (26 de maio) enquanto outros dão o 23 de Sciroforion (7 de julho) ou o 23 de Ponamos (7 de outubro).[23]

A gloriosa e rica cidade descrita por Homero foi considerada Troia VI por muitos autores do século século XX d.C., e destruída por volta de 1 275 a.C., provavelmente por um sismo. Sua sucessora, Troia VIIa, foi destruída por volta de 1 180 a.C. Foi por muito tempo considerada uma cidade mais pobre, e descartada como candidata a Troia homérica, mas desde a campanha de escavação de 1988, passou a ser considerada como a candidata mais provável.[24][25][26]

A Guerra de Troia no cinema e televisão

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 Ver também a categoria: Filmes sobre a Guerra de Troia

Entre as obras cinematográficas e televisivas podem referir-se as seguintes:

Filmes
Séries de televisão

Notas

  1. Não há certeza sobre a autoria dos Cantos Cípricos; além de Estasino, são também apontados como possíveis autores Hegésias de Salamina e Cíprias de Halicarnasso.
  2. A autoria de Nostoi é controversa, havendo alguns estudiosos que apontam Eumelo ou Homero como possíveis autores.
  3. Outro autor possível da Telegonia é Cinaethon de Esparta.
  4. Dependendo das fontes, Pátroclo era primo ou amigo de infância de Aquiles.

Referências

  1. Thompson, Diane P, The Trojan War: Literature and Legends from the Bronze Age to the Present, ISBN 0-7864-1737-4, Jefferson, NC: McFarland [falta página]
  2. Bryce, Trevor (2005), The Trojans and their neighbours, ISBN 978-0-415-34959-8, Taylor & Francis, p. 37 
  3. Rutter, Jeremy B. «Troy VII and the Historicity of the Trojan War». Consultado em 17 de julho de 2018. Arquivado do original em 22 de julho de 2006 [falta página]
  4. Wood, Michael (1998), «Preface», In Search of the Trojan War, ISBN 0-520-21599-0 2 ed. , Berkeley, CA: University of California Press, p. 4 
  5. Wood, Michael. In Search of the Trojan War. Berkeley: University of California Press, 1998 (paperback, ISBN 0-520-21599-0); Londres: BBC Books, 1985 (ISBN 0-563-20161-4).
  6. Simpson, Michael. Gods & Heroes of the Greeks: The Library of Apollodorus, a University of Massachusetts Press, (1976). ISBN 0-87023-205-3.
  7. Apollodorus, Gods & Heroes of the Greeks: The Library of Apollodorus, traduzido em inglês por Michael Simpson, a University of Massachusetts Press, (1976). ISBN 0-87023-205-3.
  8. Quinto de Esmirna, Posthomerica, in Quintus Smyrnaeus: The Fall of Troy Arquivado em 2019-12-01 no Wayback Machine, Arthur Sanders Way (Ed. & Trans.), Loeb Classics #19; Harvard University Press, Cambridge MA. (1913). (edição de 1962: ISBN 0-674-99022-6).
  9. Cyrino, Monica S. (2006). «Helen of Troy». In: Winkler, Martin M. Troy: from Homer's Iliad to Hollywood. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 1-4051-3182-9 
  10. Grillo, L. "Leaving Troy and Creusa: Reflections on Aeneas' Flight." The Classical Journal, vol. 106, no. 1, 2010, pp. 43–68. doi:10.5184/classicalj.106.1.0043. JSTOR 10.5184/classicalj.106.1.0043.
  11. a b Burgess, pp. 10–12; cf. W. Kullmann (1960), Die Quellen der Ilias.
  12. Burgess, Jonathan S. 2004. The Tradition of the Trojan War in Homer and the Epic Cycle (Johns Hopkins) ISBN 0-8018-7890-X[falta página]
  13. Gleeson-White, Jane (2009). 50 Clássicos que não podem faltar na sua biblioteca. 1, 1.ª ed. Campinas: Verus. 276 páginas. ISBN 978-85-7686-061-7, 978-85-7686-061-7[falta página]
  14. FGrHist 70 F 223[ref. deficiente]
  15. FGrHist 595 F 1[ref. deficiente]
  16. Chronographiai FGrHist 241 F 1d[ref. deficiente]
  17. FGrHist 566 F 125[ref. deficiente]
  18. FGrHist 239, §24[ref. deficiente]
  19. Bios Hellados[ref. deficiente]
  20. Histories 2,145[ref. deficiente]
  21. FGrHist 242 F 1[ref. deficiente]
  22. FGrHist 76 F 41[ref. deficiente]
  23. FGrHist 4 F 152[ref. deficiente]
  24. Latacz, Troy and Homer, p. 286.
  25. Strauss 2006, p. 10.
  26. Wood, In Search of the Trojan War, pp. 114–116.

Bibliografia

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Guerra de Troia
  • Bowder, Diana - Quem foi quem na Grécia Antiga, São Paulo, Art Editora/Círculo do Livro S/A, s/d.
  • Homero, Ilíada, tradução do grego de Frederico Lourenço (ISBN 972-795-118-X).
  • Strauss, Barry. The Trojan War: A New History. New York: Simon & Schuster, 2006 (ISBN 0-7432-6441-X).