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Não sei porque se chama assim, é um dos pratos que identifico com a minha terra, as minhas raízes e inevitávelmente com a minha mãe.
É um prato muito simples, que eu adoro, não sei se pela simplicidade se pelo seu sabor simples mas refinado, há mais de trinta anos que não o comia, há umas semanas atrás lembrei-me dele e pedi à minha mãe para o fazer, ela disse-me de imediato que me devia ter lembrado antes, que a partir de finais de Abril, princípios de Maio não era boa altura para comer raia, mas que ia ver se ainda arranjava algo de jeito.
No fim de semana seguinte e num laivo de sorte o almoço foi partilhado com a maior das satisfações.
Raia com Molho de Pitau
Ingredientes:
4 postas de raia fresca
8 batatas médias
6 dentes de alho picados
Azeite q.b.
1 colher de sopa de vinagre de vinho branco
1 colher de sobremesa de colorau
Preparação:
Temperar a raia com sal, cozer e retirar-lhe a pele.
Cozer as batatas com pele e retirá-la depois de cozidas.
Levar um tachinho ao lume com o azeite e o alho picado, só até aquecer, é importante não fritar o alho. Retirar do lume e adicionar o colorau e o vinagre, mexer bem para envolver e colocar este molho sobre a raia e as batatas.
Notas: Ao molho deve-se adicionar um pouco do fígado da raia cozido e esmagado com um garfo, mas lá em casa não somos apreciadores e saltamos essa fase.
Se usar raia congelada já vem sem pele, não sendo por isso necessário retirá-la.
Foi graças ao Clafoutis do post anterior que ouvi falar pela primeira vez de Christophe Felder, e foi graças a ele que eu descobri esta compota de morango tão original quanto saborosa.
A compota foi feita ontem à noite, as fotos hoje de manhã, ainda meio ensonada saboreei as torradas na perspectiva de um dia muito mais doce.
É um óptimo acompanhamento para torradas, scones, crepes ou uma simples fatia de pão de ló.
Compota de Morango com Laranja e Coentros
Ingredientes:
Preparação:
Colocar todos os ingredientes num tacho, excepto as folhas de coentros, e deixar macerar por um par de horas.
Ao fim desse tempo levar ao lume e quando levantar fervura baixar o lume e deixar fervilhar por cerca de meia hora, ou até o doce atingir o ponto desejado. Deve retirar a espuma que se vai formando ao de cima do tacho.
Antes de apagar o lume acrescente as folhinhas de coentros e mexa para aromatizar. Não esquecer de escaldar o frasco onde vai guardar o doce e tapá-lo de imediato.
Notas: A receita está no site do Christophe Felder, e as minha alterações foram diminutas, usei coentros em pó em vez das sementes partidas, e coloquei a casca da laranja em vez da raspa.
Não caia na tentação de acrescentar mais coentros frescos, esta quantidade nota-se bem no sabor final, se o fizer vai ter um doce só a saber a coentros e não a morangos.
Esta quantidade dá para um frasquinho de compota.
A pedido de uma leitora muito querida a sobremesa de hoje é especial porque foi feita a pensar nos diabéticos.
A diabetes é uma doença incurável que afecta grande parte da população mundial e que tem que ser controlada dia a dia através de uma alimentação saudável e adequada, exercício físico e por vezes com recurso a medicamentos.
Depois de uma breve pesquisa que não deu em nada porque na net encontra-se informação tão distinta que é necessário conhecimento para a saber filtrar, optei por consultar uma amiga internauta que é nutricionista e que se prontificou a esclarecer-me. Obrigada Ana!
Assim percebi que nem tudo está interdito aos diabéticos e que o seu maior cuidado deverá ser no consumo de açúcares, e por açúcares entenda-se não só o açúcar refinado, o açúcar amarelo ou o integral, mas também o mel, a frutose e os hidratos de carbono que acabam por se transformar em açúcar que é assimilado pelo nosso organismo. Parece-me que é tudo uma questão de equilíbrio e tal como numa alimentação equilibrada os doces devem ser guardados para ocasiões especiais.
Assim, hoje trago-vos uma versão integral, aprovada pelo menos cá em casa, de um dos mais emblemáticos doces franceses, o Clafoutis, cada ano que passa descubro uma nova versão para experimentar, esta é a versão do famoso Christophe Felder, que está no blog da Elvira e que foi adaptada para quem não pode consumir açúcares.
Clafoutis
Ingredientes:
Preparação:
Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma redonda ou uma assadeira com margarina e polvilhar ligeiramente com adoçante. Reservar.
Misturar muito bem o adoçante com a farinha de trigo integral e as amêndoas finamente moídas numa tigela grande. Juntar os ovos e a gema previamente batidos. Adicionar as natas e bater com uma vara de arames até a massa ficar ligada e homogénea. A massa fica com a consistência de uma massa de crepes.
Espalhar as cerejas com caroço pela forma. Verter a massa sobre as cerejas e levar ao forno por 15-20 minutos, ou até se apresentar ligeiramente dourado. Servir morno ou frio, na própria forma.
Usei uma forma com cerca de 20 cm de diametro.
Notas: A alterações que fiz à receita original para a adaptar a um diabético estão entre parêntesis. A textura final é ligeiramente mais densa que a do doce original, mas igualmente boa, no caso de as cerejas serem muito doces pode reduzir mais no açúcar ou no adoçante, passando de 100 g de açúcar para 75 g e as 10 g de adoçante para 7,5 g
A cereja é uma das frutas pela qual tenho uma relação de amor incontornável, gosto delas ao natural, em doces, em compotas e também em sobremesas. E gosto de todas as variedades de cerejas que provei até hoje, embora tenha um fraquinho por cereja branca, como por nehuma outra, mas essas por cá nunca aparecem e a viagem é longa para as ir buscar.
Quem as conhece, sabe do que falo, quem nunca as viu fica a foto como garantia da sua existência, estas já estão maduras.
No dia 19 de Maio celebrou-se o 4º aniversário do Lazy Blog, para festejar a data o Paco resolveu convidar os amigos para um concurso, "Cocinando con Lazy Blog" que é no mínimo original.
Recentemente ele foi convidado a editar um livro, um sonho convertido em realidade e que ele quer partilhar com todos os seus leitores.
Com este concurso ele dá-nos a hipotese de participar nesse livro, para isso basta fazer uma receita do Lazy Blog e fotografá-la a preceito.
Como o Lazy Blog é um dos blogs espanhóis que acompanho há bastante tempo, não podia faltar à festa, para isso escolhi uma receita de Champis al ajillo y jamón, espero que gostem.
Parabéns Paco, pelo livro e pelo teu aniversário. E como costumas dizer aos teus leitores: Sed felices!
Vol-o-Vents de Presunto e Cogumelos
Ingredientes:
Preparação:
Picar o presunto miúdinho e reservar.
Numa frigideira, colocar o azeite, o alho picado, os cogumelos picados e o presunto, temperar com sal e pimenta e deisar cozinhar lentamente.
Rechear os vol-o-vents com esta mistura e decorar com uma amêndoa torrada.
Com esta receta participo no concurso "Cocinando con Lazy Blog" patrocinado por Artemática Producciones, Carne Villa María, Boffard, I love Aceite y Pyrex.
A proposta chegou por e-mail há uns dias atrás, o prazo de resposta um pouco curto, mas o prémio é interessante e como diz o povo, quem não arrisca, não petisca, por isso juntei o útil ao agradável e resolvi fazer uma sobremesa cujo conceito já não é novo por aqui mas que é sempre bem recebida por todos pelo seu aspecto apelativo, é com ela que respondo ao desafio lançado pela Vaqueiro.
Apesar de todo o aparato esta receita é bastante simples, apenas exige alguma paciência para a parte decorativa, por isso não se intimidem.
E porque qualquer pretexto é bom para celebrar a amizade, esta sobremesa é dedicada às amigas com quem a partilhei em mais um animadíssimo jantar no sitío do costume numa magnífica sexta-feira 13.
Sobremesa de Queijo Quark com Frutos do Bosque
Ingredientes:
Para a base de bolacha
Para o creme de queijo
Para a cobertura de gelatina
Preparação:
Forrar o fundo de uma forma de aro amovível com um círculo de papel vegetal.
Esmagar as bolachas, misturar com a margarina e colocar na base da forma calcando um pouco, reservar no frio.
Colocar as folhas de gelatina de molho em água fria.
Levar as natas ao lume com o açúcar, mexendo para dissolver o açúcar.
Quando levantar fervura, retirar do lume, acrescentar a gelatina bem escorrida e mexer para a dissolver.
Misturar o queijo quark com as natas e vazar na forma por cima da base de bolacha.
Levar ao frio até solidificar completamente. Normalmente faço estes dois primeiros procedimentos de véspera.
No dia seguinte fazer a gelatina de morango conforme instruções da embalagem e reservar até estar morno quase frio.
Lavar, secar e cortar os frutos ao meio, excepto os mirtilos.
Lavar e secar as folhinhas de hortelã.
Colocar por cima do creme de queijo uma cinco ou seis colheradas de gelatina de morango, decorar com os frutos a gosto e levar ao frio antes de pôr mais gelatina. Quando a primeira base estiver sólida deitar mais umas colheradas de gelatina e levar de novo ao frio para solidificar.
Repetir este procedimento até acabar a gelatina de morango.
Nota muito importante:
Este último procedimento deve ser dividido por 3 ou até 4 etapas, caso contrário os frutos sairão do local onde os pôs e ficarão a boiar, alterando assim toda a estética do doce.
Outras notas:
O queijo quark é fácil de encontrar na Alemanha, por cá costuma estar há venda nos supermercados Lidl, caso não encontre pode substituir por requeijão, mas usando um requeijão para dois pacotes de natas, ou um requeijão, um pacote de natas e dois iogurtes naturais.
Os frutos podem ser frescos ou de lata, mas atenção que os frutos muito ácidos não costumam deixar solidificar a gelatina.