Infinito Presente
Infinito Presente | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Álbum de estúdio de Camané | |||||||
Lançamento | 4 de maio de 2015 | ||||||
Gênero(s) | Fado | ||||||
Duração | 1:07:00 | ||||||
Idioma(s) | português | ||||||
Formato(s) | CD, descarga digital, DVD | ||||||
Gravadora(s) | Warner Music Portugal | ||||||
Produção | José Mário Branco | ||||||
Cronologia de Camané | |||||||
|
Infinito Presente é o sétimo álbum de estúdio do fadista portuguếs Camané, lançado em 2015 pela Warner Music Portugal, 20 anos depois do primeiro álbum, e cinco anos depois de Do Amor e dos Dias. A edição foi publicada nos formatos standard, com 15 temas, edição especial de 17 temas acompanhada por um DVD com um documentário de produção do disco, e edição digital, também com 17 temas. O álbum foi gravado nos estúdios Valentim de Carvalho.[1][2]
Entrou directamente para o 1° lugar do top nacional de vendas, e permaneceu no top 30 por dezasseis semanas.[3][4][5]
O fio condutor do álbum é o tempo, passagem do tempo, tempo enquanto memória. Dois dos fados incluídos no álbum tinham sido gravados pelo seu bisavô, José Júlio Paiva, num disco de 1925.[4]
Recepção da crítica
[editar | editar código-fonte]Críticas profissionais | |
---|---|
Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
Time Out | |
Expresso | |
ípsilon |
O álbum recebeu críticas positivas em várias publicações portuguesas, com António Pires a descrevê-lo como "provavelmente, o melhor álbum de Camané de sempre."'.[4] Alexandra Carita, na Revista E do jornal Expresso diz:
Tudo ali é sólido, coerente, puro, genuíno, brilhante, polido, cuidado. "Passaste por mim", "Quando o Fado Acontece", "Infinito Presente", só para citar alguns fados por impossibilidade de os citarmos todos, elevam-nos a outro universo de sedução, a um mundo de pele à flor de todas as peles e todos os elogios se atrapalham ao serem elencados numa lista a perder de vista.
José Bonifácio, no Público, descreve o álbum da seguinte forma:
Talvez Infinito Presente não seja, como Camané diz, o mais negro dos seus discos – há alguns temas menos introspectivos (para usar a expressão dele); talvez não seja um disco apenas sobre o tempo; mas é o álbum mais inteiro de Camané, aquele em que o fadista mostra toda a gama dos seus recursos. Se antes cada álbum era como que um plano de um homem a escalar uma montanha (pessoal), a cair e a reerguer-se, agora temos um homem batido, que não pode fingir que não aprendeu como o mundo funciona. Camané já foi James Dean; agora é Clint Eastwood.[6]
O suplemento Ipsilon do jornal Público pôs o álbum em 10° lugar n'O Melhor de 2015 - Música.[7]
Faixas
[editar | editar código-fonte]N.º | Título | Letras | Música | Notas | Duração | |
---|---|---|---|---|---|---|
1. | "Os dois horizontes" | Machado de Assis | Alberto Correia, popular (Fado solene, Fado Mouraria) | 4:03 | ||
2. | "Chega-se a este ponto" | David Mourão-Ferreira | José Mário Branco | Título original do poema: Equinócio | 5:03 | |
3. | "Conta e tempo" | Frei António das Chagas | José Júlio Paiva (Fado complementar) | 2:10 | ||
4. | "Paraíso" | David Mourão-Ferreira | José Mário Branco | 4:02 | ||
5. | "Medalha da senhora das dores" | Vitorino Salomé | Vitorino Salomé, (Fado medalhinha) | 2:33 | ||
6. | "Passaste por mim" | Manuela de Freitas | Miguel Ramos | 4:06 | ||
7. | "Ao correr da pena" | Manuela de Freitas | Fernando Macedo de Freitas (Fado pena) | exclusivo da edição especial CD + DVD e da edição digital | 3:54 | |
8. | "Quando o fado acontece" | Manuela de Freitas | José António Sabrosa (Fado pintadinho) | 3:23 | ||
9. | "Quatro facas" | Manuel Alegre | Armando Machado (Fado Santa Luzia) | 4:42 | ||
10. | "Lume" | Manuela de Freitas | Armando Machado (Fado Santa Luzia) | 3:46 | ||
11. | "Ai Miriam" | Manuela de Freitas | José Mário Branco | 4:08 | ||
12. | "Desastre" | Manuela de Freitas | José Mário Branco | 5:11 | ||
13. | "IV Acto" | Manuela de Freitas | Joaquim Campos (Fado tango) | 4:24 | ||
14. | "A correr" | Manuela de Freitas | Alain Oulman ("o pião") | 3:12 | ||
15. | "Aqui está-se sossegado" | Fernando Pessoa | José Júlio Paiva (Fado Espanhol) | 4:55 | ||
16. | "Infinito presente" | David Mourão-Ferreira | José Mário Branco, (Fado belo) | Título original do poema: Corpo Iluminado, XII | 3:22 | |
17. | "Triste sorte" | João Ferreira Rosa | Alfredo Marceneiro, (Fado cravo) | exclusivo da edição especial CD + DVD e da edição digital | 4:26 |
Créditos
[editar | editar código-fonte]O álbum conta com poemas da autoria de Frei António das Chagas, que data do século XVII, David Mourão-Ferreira, Fernando Pessoa (criado e cantado originalmente pelo bisavó do fadista, José Júlio Paiva, no início do século XX), Vitorino Salomé, Manuela de Freitas, Manuel Alegre . Inclui ainda música de José Mário Branco, e Alain Oulman (um fado composto por Oulman e dado a Camané pelo filho do compositor).[1]
A produção, arranjos e direcção musical estiveram a cargo de José Mário Branco, que fez juntamente com Manuela de Freitas a supervisão artística.[2][4]
Instrumentistas
[editar | editar código-fonte]- José Manuel Neto - guitarra portuguesa
- Carlos Manuel Proença - viola
- Carlos Bica - contrabaixo
Ficha técnica
[editar | editar código-fonte]- Alfredo Almeida - produção
- António Pinheiro da Silva - design de som
Estúdios Valentim de Carvalho
[editar | editar código-fonte]- Nelson Carvalho
- João Pedreira
- Pedro Gerardo
- Marco Cipriano
- Suse Ribeiro
- António Pinheiro da Silva
Referências
- ↑ a b Falcão, Catarina. «O tempo de Camané é um infinito presente». Observador. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ a b Portugal, Rádio e Televisão de. «Camané - Infinito Presente - Documentários - RTP». www.rtp.pt. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ «Camané esgota datas na Culturgest». Antena 1 - RTP. 11 de março de 2022. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ a b c d «Camané: "Infinito Presente" ao vivo!». Antena 1 - RTP. 11 de março de 2022. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ «Infinito Presente by Camane - Music Charts». acharts.co. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ Bonifácio, João (30 de abril de 2015). «A libertação do corredor de longo curso». PÚBLICO. Consultado em 21 de outubro de 2023
- ↑ «Cultura Ípsilon - O Melhor de 2015 - Música». PÚBLICO. Consultado em 21 de outubro de 2023