Conflito de Cabinda
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Conflito de Cabinda | |||
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Data | 1963 - presente | ||
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O Conflito de Cabinda é uma insurgência separatista em curso, travada pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) contra o governo de Angola. A FLEC visa a restauração da autoproclamada República de Cabinda, localizada dentro das fronteiras da província de Cabinda, em Angola, que teve inicio na década de 60 durante a era colonial portuguesa.[6] Entre as razões do conflito armado estão a do factor económico, pois Cabinda é um enclave rico em petróleo, manganésio, fosfatos, e possui muitas florestas.
As raízes do conflito remontam à era colonial portuguesa e a guerra colonial e têm a sua origem na exigência de que província ultramarina de Cabinda deveria ser uma república independente. A FLEC inicialmente combateu entre os anos de 1963 a 1974-1975 contra o governo colonial português tendo em vista a independência. Segundo a FLEC, Cabinda nunca foi parte integrante da Angola Portuguesa e não possuía ligações administrativas, laços geográficos ou históricos com Angola. Supostamente, após o 25 de Abril de 1974, Cabinda terá sido anexada no âmbito das negociações do acordo de Alvor, que conduziria à independência de Angola, onde foram intervenientes os três principais agrupamentos políticos do país na época: o MPLA, a UNITA e a FNLA.[7] Um dos signatários, posteriormente primeiro ministro português (a partir do Outono de 1975), José Baptista Pinheiro de Azevedo, disse que o documento era um pedaço de papel sem valor.[8] Excluída das negociações, a FLEC, passou a dirigir a sua luta contra os angolanos. A partir dessa época, a posse do enclave de Cabinda tem sido reivindicada pelos independentistas que desencadearam uma actividade de guerrilha protagonizada por várias facções.[9] Os recursos petrolíferos de Cabinda são enormes[10] representando 60 por cento das reservas do petróleo de Angola, o que contribuíu para a persistência do conflito.
Desde então, um conflito latente manifesta-se no enclave, um dos mais antigos em África. Em 2006, foi assinado um acordo de paz, embora os signatários da FLEC não tivessem permissão comprovada para fazer tal acordo. O conflito irrompeu novamente na primavera de 2010, quando os guerrilheiros atacaram um maxibombo com os jogadores de futebol de Togo, o que levou os líderes de Cabinda no exílio a pedirem desculpa.[11][12] Na sequência desse episódio, foram feitas várias detenções, contestadas por organizações da sociedade civil de Cabinda e internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch [carece de fontes].
Segundo a Organização das Nações e Povos Não Representados, Cabinda está sujeita a uma ocupação militar.[13] António Bento Bembe, que liderou a FLEC, é actualmente um ministro angolano sem pasta encarregado dos direitos humanos em Angola.[6]
Referências
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- ↑ a b «Война на чужбине». Вечерка. 15 de fevereiro de 2014. Consultado em 26 de abril de 2015. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2015
- ↑ a b c d Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ «Angola». Defence Web. 5 de fevereiro de 2013. Consultado em 25 de abril de 2015
- ↑ a b «Cabinda». Globalsecurity.org. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ «Centro de Documentação 25 de Abril: Acordo de Alvor». Universidade de Coimbra. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ «Uma Mortalha, por Berço». macua.org. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ «Angola: Conflito armado de Cabinda em vias de terminar depois de mais de 30 anos de guerrilha». Notícias Sapo. 9 de Julho de 2010. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ «Cabinda: Oil – Block Buster». The Washington Post. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ Sturcke, James; Myers, Paul; Smith, David (11 de janeiro de 2010). «Togo footballers were attacked by mistake, Angolan rebels say». The Guardian
- ↑ «Togo footballers were attacked by mistake, Angolan rebels say». The Guardian. Consultado em 29 de outubro de 2011
- ↑ «UNPO Resolution Concerning the Cabinda Enclave». Unrepresented Nations and Peoples Organization. 7 de Julho de 2005. Consultado em 29 de outubro de 2011