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Cassegrain

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Trajetória da luz em um telescópio na configuração Cassegrain.

Cassegrain é uma configuração usada na montagem de telescópios refletores e radiotelescópios que consiste em um refletor primário parabólico e um refletor secundário hiperbólico. Nessa montagem, a radiação eletromagnética é refletida pelo espelho primário e interceptada pelo secundário antes de atingir o foco principal. Após ser refletida pelo secundário, a radiação converge para o foco localizado após o espelho primário.[1]

É a configuração mais utilizada por telescópios profissionais. O foco pode ser ajustado de diversas maneiras dependendo do que se pretende fazer apenas modificando-se brevemente as posições dos espelhos primário e secundário.[2]

Conforme a necessidade e praticidade, surgiram os tipos de montagens alternativas para telescópios baseadas no Cassegrain, como o design de Ritchey–Chrétien, Dall–Kirkham (popular em telescópios amadores devido a facilidade em se obter a curvatura necessária do espelho) ou o sistema Coudé.[2]

Por volta de 1689, Isaac Newton inventou o primeiro telescópio refletor utilizando um espelho primário parabólico e um secundário plano.[3]

Este design popular pelo nome de telescópio dobsoniano foi muito utilizado durante a década de 1960 devido ao baixo custo para confecção ou compra.[4][5] Mas a maioria dos telescópios modernos possui a configuração refletora chamada de Cassegrain inventada em 1672[6] pelo francês Laurent Giovani Cassegrain, que combinava um espelho primário côncavo e um espelho secundário convexo ambos alinhados simetricamente no eixo axial. O primário possui um furo no centro que permitia a passagem da onda eletromagnética para a ocular do telescópio. Atualmente, pode-se acoplar uma câmera CCD, um espectrógrafo, enfim, qualquer tipo de detetor.[3]

Tipos de Montagem de Telescópios Cassegrain

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O Cassegrain "Clássico"

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Radiotelescópio que utiliza foco Cassegrain situado em Sondrestrom, Groenlândia

No Cassegrain "Clássico" a onda eletromagnética é captada pelo espelho primário parabólico, reflete para o secundário hiperbólico que a reflete novamente e esta passa pelo buraco central do espelho primário onde é captada pelo equipamento instalado no telescópio ou radiotelescópio.

O raio de curvatura dos espelhos primários e secundários nesta configuração são, respectivamente:

e

onde

  • é a efetividade do sistema focal
  • é a distância do secundário para o foco
  • é a distância entre os dois espelhos

Se e são conhecidos, o foco do espelho primário , e a distância para o foco de trás do espelho primário , temos e .

A constante cônica do espelho primário �� o mesmo que o da parábola , e a do espelho secundário é escolhida substituindo o foco no local desejado:

,

onde

,

e é o aumento secundário.

Cassegrain tipo catadióptrico

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Quando um telescópio tipo Cassegrain envolve a combinação de componentes refletores e refratores são chamados de telescópios Cassegrain tipo catadióptrico.

Referências

  1. Illingworth, Valerie (1994). The facts on file dictionary of astronomy (em inglês) 3rd ed. New York: Facts on File. p. 62-63. ISBN 0-8160-3184-3 
  2. a b Kitchin, C.R. (2003). Astrophysical Tecniques. [S.l.]: Institute of Physics Publishing 
  3. a b «A BRIEF HISTORY OF TELESCOPES» (PDF). Consultado em 22 de setembro de 2015 
  4. Jack Newton, Philip Teece - "The Guide to Amateur Astronomy" - Page 287
  5. «Seeing in the Dark». Consultado em 22 de setembro de 2015 
  6. «Os primeiros telescópios». UFMG. Consultado em 22 de setembro de 2015