Andrenidae
Andrenidae | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
Andrena mais 11 |
Andrenidae é uma grande família de abelhas (isto é, dentro da superfamília Apoidea) que inclui a maioria das abelhas solitárias tropicais. Estas abelhas geralmente vivem sozinhas ou em colónias escavadas no solo, no chão ou em barrancos. Os adultos alimentam-se de néctar de flores, enquanto que as suas larvas consomem também o pólen, que trazem[1]. Estas abelhas, nos países mais temperados, ficam mais ativas entre Março e Abril.
Morfologia
[editar | editar código-fonte]São abelhas solitárias que medem entre 10 e 20 mm de comprimento, costumam ser negras ou amareladas, por vezes marrons ou castanhas. A cabeça é relativamente grande (quase tão longa como o tórax), e são bem recobertas com pelos, dando-lhes o típico aspecto de abelhas "apiformes", sendo o abdómen bastante reduzido. A língua (glossa) é curta e pontiaguda e apresentam uma escopa para coleta de pólen bem desenvolvida nas patas traseiras. Mais tecnicamente, apresentam suturas subantenais que conferem-lhe uma face mais quadrada ou retangular; todas fêmeas e muitos machos apresentam fóveas faciais. Sulco do episterno normalmente ausente, abaixo do nível do sulco escrobal.
Biologia geral e taxonomia
[editar | editar código-fonte]São abelhas bastante especializadas em estilo de vida, sendo mais comuns em áreas de vegetação pouco densa, e mais secas[2]. São essencialmente solitárias, mas várias abelhas podem conviver agregadas no mesmo ninho[3]. Estes ninhos podem ser superficiais (como em Acamptopoeum spp.) ou atingir 2m de profundidade.
Andrenidae conta atualmente com mais de 2300 espécies distribuídas pelo mundo, das quais cerca de 200 ocorrem na Região Neotropical. São cerca de 12 géneros, sendo o género Andrena o maior de todos.[4]
No Brasil, a maioria dos representantes dos Andrenidae pertencem à subfamília Panurginae[5]. Entre os gêneros mais comuns no país temos Anthrenoides, Panurginus, Callonychium, Panurgillus, Psaenythia, Parapsaenythia e Cephalurgus. A subfamília Andreninae é muito restrita na América do Sul.
Referência
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
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- ↑ Larsson, Magnus; Franzén, Markus (janeiro de 2007). «Critical resource levels of pollen for the declining bee Andrena hattorfiana (Hymenoptera, Andrenidae)». Biological Conservation (3): 405–414. ISSN 0006-3207. doi:10.1016/j.biocon.2006.08.030. Consultado em 14 de fevereiro de 2025
- ↑ Bossert, Silas; Wood, Thomas J.; Patiny, Sébastien; Michez, Denis; Almeida, Eduardo A. B.; Minckley, Robert L.; Packer, Laurence; Neff, John L.; Copeland, Robert S. (21 de dezembro de 2021). «Phylogeny, biogeography and diversification of the mining bee family Andrenidae». Systematic Entomology (2): 283–302. ISSN 0307-6970. doi:10.1111/syen.12530. Consultado em 14 de fevereiro de 2025
- ↑ Paxton, R. J.; Thorén, P. A.; Tengö, J.; Estoup, A.; Pamilo, P. (agosto de 1996). «Mating structure and nestmate relatedness in a communal bee, Andrena jacobi (Hymenoptera, Andrenidae), using microsatellites». Molecular Ecology (4): 511–519. ISSN 0962-1083. doi:10.1046/j.1365-294x.1996.00117.x. Consultado em 14 de fevereiro de 2025
- ↑ Pisanty, Gideon; Richter, Robin; Martin, Teresa; Dettman, Jeremy; Cardinal, Sophie (maio de 2022). «Molecular phylogeny, historical biogeography and revised classification of andrenine bees (Hymenoptera: Andrenidae)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 107151 páginas. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2021.107151. Consultado em 14 de fevereiro de 2025
- ↑ Schlindwein, Clemens; Moure, Jesus Santiago (1998). «Panurgillus gênero novo de Panurginae, com a descrição de quatorze espécies do sul do Brasil (hymenoptera, andrenidae)». Revista Brasileira de Zoologia (2): 397–439. ISSN 0101-8175. doi:10.1590/s0101-81751998000200013. Consultado em 14 de fevereiro de 2025