Linha Violeta (Metropolitano de Lisboa)
Este artigo ou seção é sobre uma construção futura. |
Linha Violeta | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Inauguração: | 2º semestre de 2026 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Estações: | 17 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Extensão: | 11,5 km | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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A Linha Violeta é a primeira linha de metro de superfície construída e operada pelo Metropolitano de Lisboa, em Portugal, a qual ligará o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado num trajeto semi-circular que cruzará a Linha Amarela na sua estação terminal, Odivelas, e que servirá como ligação principal entre os concelhos de Loures e Odivelas. Contará com 17 estações espalhadas ao longo de 12 km de linha maioritariamente à superfície.
Espera-se que o lançamento dos concursos para a empreitada de conceção e construção e para a aquisição do material circulante ocorra no primeiro semestre de 2023, após a conclusão do procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental e a emissão da respetiva Declaração de Impacte Ambiental. Prevê-se que o sistema esteja operacional no 2º semestre de 2026.[1]
História
[editar | editar código-fonte]No dia 5 de julho de 2021, as câmaras municipais de Loures e Odivelas assinaram um protocolo com o Metropolitano de Lisboa com vista ao desenvolvimento desta linha.[2][3][4]
No dia 30 de julho de 2021, foi publicado, em Diário da República, o diploma que procede à alteração do quadro jurídico da concessão do Metropolitano de Lisboa, o qual permite assim que a empresa possa construir e operar linhas de metro de superfície.[5]
No dia 4 de janeiro de 2023, deu-se início ao processo de Avaliação de Impacte Ambiental do projeto de construção desta linha.[6]
No dia 24 de fevereiro de 2023, foi anunciada uma derrapagem quer no prazo de execução quer no custo de construção desta linha.[7]
No dia 4 de agosto de 2023, foi anunciada a alteração da localização do Parque de Material e Oficinas, da ponta nascente da Linha Violeta, na zona do Infantado entre a A8 e a N115, para junto do Hospital Beatriz Ângelo. Foram também anunciadas alterações na localização das estações "Planalto da Caldeira", a ser construída numa área anexa ao parque de estacionamento do Centro Comercial Continente de Loures, e "Hospital Beatriz Ângelo", a ser construída mais perto da unidade de saúde de forma a facilitar o acesso à mesma, e a supressão das estações "Infantado" e "Quinta de São Roque", passando assim a Linha Violeta a terminar na estação "Várzea de Loures", junto ao Centro Comercial LoureShopping.[8]
No dia 16 de novembro de 2023, foi anunciada a autorização de despesa na ordem dos 527,3 milhões de euros para financiamento das obras de construção da Linha Violeta, 390 milhões dos quais suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, como empréstimo, e 137,3 milhões provenientes do Orçamento do Estado para 2024. Foi também atualizada a extensão da linha de 12 km para 11,5 km.[9]
No dia 15 de março de 2024, foi lançado o concurso público para a construção desta linha, fornecimento de veículos para a mesma e aquisição de serviços de manutenção. O valor base do concurso é de 450 milhões, mais IVA. O metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures deverá estar operacional até ao final de 2026.[10]
No dia 8 de novembro de 2024, foi revelado no relatório preliminar do júri do concurso público de construção desta linha que nenhuma das propostas apresentadas foi validada. Das três propostas recebidas, a proposta da Masterstylo - Electricidade e Telecomunicações Lda. apresentava um preço de 450 milhões de euros mas não incluía grande parte da documentação necessária, já as propostas dos consórcios Mota-Engil — Engenharia e Construção / SPIE Batignolles Internacional — Sucursal em Portugal e Zagope — Construções e Engenharia, S.A. / COMSA — Instalaciones y Sistemas Industriales, S.A. / Fergrupo — Construções e Técnicas Ferroviárias, S.A. apresentavam ambas valores superiores ao preço base de 450 milhões de euros, com possibilidade de ir até aos 495 milhões de euros, de 675 milhões de euros e de 637 milhões de euros, respetivamente.[11]
No dia 28 de novembro de 2024, foi anunciado o cancelamento da adjudicação da empreitada de construção desta linha.[12]
Projetos anteriores
[editar | editar código-fonte]Uma ferrovia ligeira ligando circularmente os subúrbios a noroeste de Lisboa, em Portugal (mun. Loures, Odivelas, Amadora, e Oeiras), frequentemente identificada com o nome genérico Metro Ligeiro de Superfície, tem sido ideia ventilada em meios oficiais desde os finais do séc. XX, mas nunca construída.[13]
O troço Amadora-Algés (no âmbito do Metro Ligeiro de Superfície - Circular Exterior) era apresentado em 2004 como estando já "em projeto", contrastando com o estágio menos desenvolvido ("em estudo") da restante rede proposta: Amadora-Odivelas, Loures-Odivelas, e os ramais a Queluz, Carnide, Linda-a-Velha, e Hospital Beatriz Ângelo. Simultaneamente eram apresentados no mesmo estágio de concretização as extensões do Metropolitano de Lisboa ao Aeroporto, concluída em 2012, e a Alcântara, projeto entretanto adiado.[14]
Parte das zonas abrangidas pela Linha Violeta também se encontravam contempladas em planos anteriores e contemporâneos ao prolongamento da Linha Amarela para norte, nomeadamente em 2009[15][16] — através de dois ramais, um para os Bons Dias, passando pelo centro de Odivelas e Ramada, e outro para o Infantado, passando pelo Bairro do Codivel, Santo António dos Cavaleiros, Frielas e Loures.[17][18][19][20]
Projeto
[editar | editar código-fonte]Estações
[editar | editar código-fonte]Das 17 estações, 9 ficarão localizadas no concelho de Loures, nas freguesias de Loures e Santo António dos Cavaleiros e Frielas, e 8 ficarão localizadas no concelho de Odivelas, nas freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Odivelas e Ramada e Caneças. Existirão 12 estações construídas à superfície, com mais 3 construídas de forma subterrânea e outras 2 construídas recorrendo a trincheira.
Dos 11,5 km de extensão, 6,4 km serão construídos em território do município de Loures e 5,1 km em território do município de Odivelas. A vasta maioria dos troços será à superfície (7,6 km), contanto também com quatro troços em túnel (3,7 km), alguns troços em viaduto (0,4 km) e em trincheira (0,4 km).
O percurso entre Odivelas e o final da linha, no Infantado, deverá demorar cerca de 20 minutos.[2][3][9]
Parque de Material e Oficinas
[editar | editar código-fonte]O Parque de Material e Oficinas (PMO) da Linha Violeta ficará localizado próximo do Hospital Beatriz Ângelo
Material Circulante
[editar | editar código-fonte]Uma vez que esta linha é totalmente diferente das outras 4 linhas do Metropolitano de Lisboa, é necessária a aquisição de material circulante distinto. Os novos veículos serão semelhantes aos que existem no Metro do Porto e no Metro Transportes do Sul, sendo igualmente abastecidos por fio aéreo (catenária) em vez do tradicional terceiro carril eletrificado. Numa primeira fase serão adquiridos um total de 12 veículos.[2]
Investimento
[editar | editar código-fonte]Inicialmente, os 250 milhões de euros necessários para a concretização da construção da Linha Violeta iriam provir exclusivamente do Plano de Recuperação e Resiliência.[3][4][21] No entanto, a construção desta linha irá custar mais 140 milhões de euros do que inicialmente previsto devido ao aumento dos custos com materiais e a algumas alterações ao projeto, nomeadamente a construção de estações subterrâneas onde antes se planeavam estações de superfície. O valor extra necessário poderá provir diretamente do Orçamento de Estado, de empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência ou de linhas de crédito do Banco Europeu de Investimento.[7]
Numa nova revisão dos custos do projeto, o investimento toral deverá ficar nos 527,3 milhões de euros, valor esse proveniente de empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência e do Orçamento do Estado para 2024.[9]
Referências
- ↑ Meireles, Ana (1 de março de 2023). «Futuras estações da Estrela e Santos já estão unidas por túnel do Metro». Dinheiro Vivo. Consultado em 1 de março de 2023. Cópia arquivada em 1 de março de 2023
- ↑ a b c «Metro ligeiro Loures-Odivelas terá material semelhante ao do Metro do Porto». Dinheiro Vivo. 4 de dezembro de 2021. Consultado em 9 de agosto de 2022
- ↑ a b c «Projetos em Estudo – Plano de Expansão e Modernização do Metro». Consultado em 9 de agosto de 2022
- ↑ a b «Metro de Lisboa autorizado a iniciar trabalhos para ligação entre Odivelas e Loures». www.dn.pt. Consultado em 9 de agosto de 2022
- ↑ Presidência do Conselho de Ministros (30 de julho de 2021). «Decreto-Lei n.º 68/2021, de 30 de julho». Diário da República Eletrónico. Consultado em 9 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ «Transporte Coletivo em Sítio Próprio (TCSP) nos Concelhos de Loures e Odivelas (Linha Violeta)». Participa. 4 de janeiro de 2023. Consultado em 4 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2023
- ↑ a b Pessoas, Lisboa Para; André, Mário Rui (28 de fevereiro de 2023). «Linha Violeta do Metro de Lisboa está atrasada e vai custar mais». Lisboa Para Pessoas. Consultado em 23 de março de 2023. Cópia arquivada em 23 de março de 2023
- ↑ «Linha Violeta vai ter menos estações do que o previsto e acabará no LoureShopping». NiT. Consultado em 4 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2023
- ↑ a b c ECO (16 de novembro de 2023). «Governo aprova 527,3 milhões para financiar Linha Violeta». ECO. Consultado em 18 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2023
- ↑ Pereira, Tomás Gonçalves (15 de março de 2024). «Metro de Lisboa lança concurso de 450 milhões para construção da linha violeta». O Jornal Económico. Consultado em 16 de março de 2024. Cópia arquivada em 16 de março de 2024
- ↑ Lima, Carlos Rodrigues. «Notícia NOW: Concurso para a linha do Metro entre Odivelas e Loures ficou deserto. Governo admite perder fundos do PRR». www.nowcanal.pt. Consultado em 9 de novembro de 2024. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2024
- ↑ Mestre, José Manuel (28 de novembro de 2024). «Cancelada adjudicação da empreitada para construção da linha entre Loures e Odivelas». SIC Notícias. Consultado em 2 de dezembro de 2024. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2024
- ↑ Transporte Colectivo em Sítio Próprio (TCSP) C.C.F.L. / M.L.: Lisboa, 2002
- ↑ “Empreendimentos apovados pela Tutela : Plano de Síntese”. Metropolitano de Lisboa: 2004
- ↑ Plano de Expansão ML/ECI Agosto 2009
- ↑ Público. «Metro de Lisboa ganha sete novas estações e chega a Loures através das linhas Vermelha e Amarela». Consultado em 17 de julho de 2009
- ↑ “Assunção Cristas apresentou uma proposta para construir mais 20 estações no metro de Lisboa, mas a ideia não é nova. Em 2009, o Governo de José Sócrates propôs um plano com 28 novas estações.”. Eco: 2017.05.12
- ↑ João Pedro Henriques: “Assunção Cristas pegou num plano de Sócrates e tirou-lhe seis estações”. Diário de Notícias: 2017.05.12
- ↑ Diogo Cavaleiro: “Mais estações de metro em Lisboa. Onde é que já vimos isto?”. Jornal de Negócios: 2017.05.11
- ↑ Resolução do Conselho de Ministros n.º 155/2023 que autoriza a despesa relativa à Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, entre Loures e Odivelas. Diário da República: 2023-11-27
- ↑ «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 23 de março de 2023