Sid Vicious

Cantor e baixista britânico

Sid Vicious, nome artístico de John Simon Ritchie[a] (Londres, 10 de maio de 1957 — Nova Iorque, 2 de fevereiro de 1979), foi um músico britânico considerado uma das figuras mais importantes da primeira onda punk da década de 1970. Foi baixista da banda Sex Pistols de fevereiro de 1977 até o fim do grupo em 1978. Antes de se unir aos Sex Pistols, foi membro de outra banda do movimento punk, The Flowers of Romance, na qual cantava e tocava vários instrumentos.

Sid Vicious
Sid Vicious
Vicious em Winterland, 14 de janeiro de 1978, durante o último show dos Sex Pistols
Nome completo John Simon Ritchie
Outros nomes John Beverley
Nascimento 10 de maio de 1957
Londres, Inglaterra, Reino Unido
Morte 2 de fevereiro de 1979 (21 anos)
Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos
Causa da morte overdose de heroína
Nacionalidade britânico
Ocupação
  • cantor
  • baixista
Carreira musical
Período musical 1976–1979
Gênero(s)
Extensão vocal tenor
Instrumento(s)
Instrumento(s) notável(eis) Fender Precision Bass
Gravadora(s)
Afiliações

Começou sua carreira musical em 1976 integrando um grupo formado apenas por seguidores da banda britânica Sex Pistols, o Bromley Contingent. Neste mesmo ano montou sua própria banda, The Flowers of Romance, na qual atuava como vocalista. Em fevereiro de 1977, Glen Matlock, o baixista dos Sex Pistols, deixa a banda e Sid, por ser "o seguidor definitivo" do grupo e amigo do vocalista Johnny Rotten, é chamado para ocupar o seu lugar. Devido ao uso de drogas injetáveis, foi hospitalizado com hepatite durante a gravação do único álbum de estúdio do grupo, Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols; seu baixo é apenas parcialmente apresentado em uma música — "Bodies". Em janeiro de 1978, após a saída de Rotten, a banda se dissolveu. Nos meses seguintes, Vicious gravou uma série de canções para o filme sobre a versão de Malcolm McLaren (o empresário dos Pistols) da história da banda, The Great Rock 'n' Roll Swindle (1980).

Durante sua breve porém caótica permanência nos Sex Pistols, conheceu a que se tornaria sua namorada e empresária, Nancy Spungen. Ambos entraram em uma destrutiva relação codependente baseada no uso de drogas, que culminou com a morte de Spungen em 12 de outubro de 1978, no quarto número cem do Hotel Chelsea, onde estavam hospedados. Ele foi preso e acusado de assassinato em segundo grau, mas tempo depois foi posto em liberdade condicional. Porém, foi condenado depois de atacar Todd Smith em um show, e foi submetido a um programa de reabilitação na prisão de Rikers Island.

Para celebrar a sua saída do cárcere, a mãe do músico organizou uma festa. Em algum momento naquela noite, ele voltou a usar heroína. Na manhã seguinte, foi encontrado morto vítima de uma overdose. Menos de quatro semanas após a sua morte, a trilha sonora do filme Great Rock 'n' Roll Swindle foi lançada. Em 15 de dezembro de 1979, uma coletânea de material ao vivo gravada durante sua breve carreira solo foi lançada sob o nome Sid Sings. Gary Oldman o interpretou na cinebiografia Sid and Nancy, de 1986. Em fevereiro de 2006, foi, junto dos quatro membros originais dos Sex Pistols, introduzido no Rock and Roll Hall of Fame.

Primeiros anos

editar

John Simon Ritchie[1][2][3][a] nasceu em 10 de maio de 1957 em Lewisham, filho de John e Anne Ritchie. Sua mãe abandonou a escola cedo devido à falta de sucesso acadêmico e se juntou à Força Aérea Real, onde conheceu seu futuro marido, o pai de Ritchie, um guarda do Palácio de Buckingham e trombonista semiprofissional da cena jazz londrina.[7] Logo após o nascimento de Ritchie, ele e sua mãe mudaram-se para Ibiza, onde esperavam se juntar a seu pai, que, como estava planejado, os apoiaria financeiramente nesse meio tempo. No entanto, depois que os primeiros cheques não chegaram, Anne percebeu que ele não viria. Para conseguir dinheiro, ela começou a vender drogas.[3] Anne mais tarde se casou com Christopher Beverley em 1965, antes de estabelecer residência em Kent. Ritchie pegou o primeiro nome de seu pai e o sobrenome do padrasto e ficou conhecido como John Beverley.[3] Christopher morreu seis meses depois de câncer, e em 1968 Ritchie e sua mãe foram morar em um apartamento alugado em Royal Tunbridge Wells, onde ele frequentou a Sandown Court School. Em 1971, os dois mudaram-se para Hackney, no leste de Londres.[3] Foi lá que Ritchie conheceu John Lydon em 1973, quando ambos eram alunos do Hackney Technical College. Lydon o descreveu neste momento como sendo fã de David Bowie e um "louco por roupas".[8] Por essa época, a vida de Anne foi consumida por seu vício em heroína e opiáceos, a ponto de não saber que seu filho começou a estudar na Westminster Kingsway College, então conhecida como uma escola comunitária e profissional para alunos com dificuldades. Enquanto estava em Kingsway, Ritchie indicou a um conselheiro que estava pensando em suicídio; também houve alegações de que ele estaria torturando e matando gatos. Assim que completou dezesseis anos, Anne o expulsou de sua casa.[9]

Sid e seus amigos, incluindo Lydon, John Gray, Jah Wobble, Dave Crowe e Tony Purcell, começaram a visitar alguns clubes noturnos de Londres que eram frequentados pelas comunidades negra e LGBT, lugares, de acordo com Lydon, onde "você poderia ser você mesmo".[10] Aos dezessete anos, seu local favorito era a então pouco conhecida loja de roupas SEX, de Malcolm McLaren e Vivienne Westwood.[11] Lá ele conheceu a expatriada estadunidense Chrissie Hynde antes de formar os Pretenders. Chrissie tentou convencê-lo a se juntar a ela em um casamento simulado para conseguir uma permissão de trabalho. Ele aceitou, porém não pode casar naquele momento devido a um problema legal e Hynde desistiu da ideia.[12] O apelido "Sid Vicious" surgiu após o hamster de Lydon, chamado Sid, morder Ritchie, provocando sua resposta: "Sid é bem perverso!" ("Sid is really vicious!").[13] O animal, que recebera seu nome em homenagem a Syd Barrett,[14] foi descrito por Lydon como "a coisa mais macia, mais furiosa e feroz do mundo".[15]

De acordo com Lydon, ele e Vicious costumavam ganhar dinheiro em apresentações de rua, com Vicious tocando pandeiro. Eles tocavam covers de Alice Cooper e as pessoas lhes davam dinheiro para parar. Certa vez, um homem deu-lhes três xelins e todos eles dançaram.[16] Ambos também começaram a invadir casas na saudável área de Hampstead com um grupo de hippies velhos e deixaram de se preocupar com a escola, que ficava muito longe de onde eles estavam morando.[17] No entanto, o lado mais sombrio de sua personalidade surgiu quando ele agrediu Nick Kent, jornalista da NME, com uma corrente de motocicletas, com a ajuda de Jah Wobble.[18][19][20] Em outra ocasião, no Speakeasy (uma boate londrina popular entre os astros do rock da época), ele ameaçou o apresentador e DJ da BBC e do Old Grey Whistle Test, Bob Harris.[21]

Carreira

editar

1976: Começo de carreira e incidente com The Damned

editar

Em 1975, Lydon juntou-se a Steve Jones, Glen Matlock e Paul Cook na formação da Sex Pistols. Sid passou a ser o seguidor-mor da banda,[9] e em 1976 se uniu ao chamado Bromley Contingent, um grupo de fãs dos Pistols que tinham a vanguarda como moda.[22] Também faziam parte do grupo Siouxsie Sioux, Steven Severin e Billy Idol.[23][24] Ele começou sua carreira como vocalista e saxofonista do The Flowers of Romance junto de Keith Levene, cofundador da banda The Clash, e de Palmolive e Viv Albertine, que mais tarde formaram o The Slits. Apesar dos muitos ensaios, o grupo nunca realizou nenhum concerto e foi oficialmente finalizado em fevereiro de 1977.[25][26] Ainda em 1976, tocou bateria na Siouxsie & the Banshees durante seu primeiro show no 100 Club Punk Festival, em 20 de setembro. Eles fizeram um pequeno improviso sob a oração do "Pai Nosso".[9][27]

Junto de Dave Vanian, chegou a ser cotado para ocupar o cargo de vocalista principal do grupo The Damned, mas não compareceu à audição e Vanian conquistou o posto.[28] Ele argumentou que Vanian e seus amigos não lhe falaram sobre a audição e, furioso, durante uma apresentação dos Damned na segunda noite do 100 Club Punk Festival, enquanto se encontrava drogado, jogou uma garrafa em Vanian, mas não acertou. A garrafa se despedaçou e lascas acertaram o olho de uma menina, deixando-a cega. Ele foi preso no Ashford Remand Centre.[29][30]​​ Vivienne Westwood e Viv Albertine o visitaram na prisão, e Albertine deu para ele o livro Helter Skelter como presente.[9][31] Segundo Malcolm McLaren, esta foi "sua melhor credencial" para entrar para os Sex Pistols.[32]

1977–1978: Sex Pistols

editar
 
Vicious (esquerda) com Johnny Rotten (direita) e Steve Jones (ao fundo) em um show dos Sex Pistols em Trondheim, Noruega, 21 de julho de 1977
 Ver artigo principal: Sex Pistols

Glen Matlock deixou os Sex Pistols em fevereiro de 1977 e Vicious foi imediatamente chamado para ocupar sua vaga.[33] Um dos principais motivos para ter sido aceito era a amizade com o vocalista, Johnny Rotten, além de ser conhecido como "o seguidor definitivo dos Sex Pistols". Julien Temple, então estudante de cinema que foi contratado para criar um curta sobre a banda, afirmou que "Sid era o protegido de John na banda. Os outros dois simplesmente pensavam que estava louco".[34] Na visão de Matlock, Rotten o queria na banda porque "em vez de ele contra Steve e Paul, se tornaria ele e Sid contra Steve e Paul. Ele sempre pensou nisso em termos de campos opostos".[35] McLaren afirmou mais tarde que, quando da formação da banda, Vivienne Westwood já havia o sugerido que chamasse Sid para o vocal.[36] Apesar de não possuir experiência tocando baixo, foi incluído na banda devido à sua reputação na cena punk. McLaren chegou a afirmar: "Se Rotten é a voz do punk, Vicious é a atitude",[37] e "quando se uniu, Sid não sabia tocar baixo, mas sua loucura encaixava na estrutura da banda. Era o cavaleiro de armadura brilhante com punho gigante".[38]

Sua entrada aos Sex Pistols teve um efeito progressivamente destrutivo sobre ele: "Naquela época, Sid era absolutamente infantil. Tudo era divertido e engraçado. De repente ele era uma grande estrela, e ter esse status significava imprensa, uma boa oportunidade para ser visto em todos os lugares certos, adoração. Isso é o que tudo isso significava para ele".[39] Westwood já estava alimentando-o com material, como um livro sobre Charles Manson, provavelmente para encorajar seus piores instintos.[40] Em 10 de março de 1977, em uma coletiva de imprensa realizada em frente ao Palácio de Buckingham, os Sex Pistols assinaram publicamente com a A&M Records (a assinatura real tinha ocorrido no dia anterior). Depois, drogados, foram para os escritórios da A&M. Vicious bateu em um vaso sanitário e cortou o pé – há alguma discordância sobre o que aconteceu primeiro. Enquanto ele sangrava pelos escritórios, Rotten agredia verbalmente a equipe e Jones invadiu o banheiro feminino.[41][42] Em 16 de março, a A&M rompeu o contrato com os Pistols.[43] O primeiro concerto da banda com seu novo baixista aconteceu no Notre Dame Hall de Londres em 28 de março de 1977.[44]

Em setembro a banda começou a gravar as canções de seu álbum de estreia, Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols.[45] De acordo com Jones, "Sid queria aparecer e tocar no álbum, e nós tentamos o máximo possível não deixá-lo em qualquer lugar perto do estúdio".[46] Dada a falta de habilidade do novo baixista, Matlock foi convidado para gravar como músico de estúdio. Em sua autobiografia, ele diz que concordou em "ajudar", mas depois sugere que cortou todos os laços por conta de um telegrama enviado por McLaren à NME, anunciando que ele havia sido demitido por gostar dos Beatles.[47][48] Foi Steve Jones quem tocou a maioria das linhas de baixo durante as gravações do álbum. Vicious manteve-se ausente das sessões pois adoeceu de hepatite causada pelo consumo de álcool e drogas e precisou ser hospitalizado.[14][49] Seu baixo está presente apenas na canção "Bodies" da edição original.[50] Jones recordaria: "[Vicious] tocou sua porcaria de parte e nós apenas o deixamos fazer isso. Quando ele saiu, regravei por cima, deixando a parte de Sid fora. Acho que é quase inaudível sua parte".[45]

 
Sex Pistols junto a Thomas Dellert em 1978 (Vicious está no chão)

Em janeiro de 1978, a banda começou uma turnê nos Estados Unidos. Ao longo de duas semanas, Vicious, agora muito viciado em heroína,[51][39] começou a viver de acordo com seu nome artístico. "Ele finalmente tinha uma audiência de pessoas que se comportariam com choque e horror", Lydon escreveu mais tarde.[52] Pouco depois de iniciar a turnê, deixou o hotel Holiday Inn em Memphis, Tennessee, em busca de drogas. Quando foi finalmente encontrado, acabou sendo espancado pela equipe de segurança contratada pela Warner Bros. Records, o selo estadunidense da banda.[53] Ele estava em um hospital, com a frase "gimme a fix" ("me dê uma dose") escrita em seu peito com uma faca.[54] Mais tarde, acertou um espectador com o baixo na cabeça durante um show em San Antonio, Texas.[51] Em Baton Rouge, recebeu uma simulação de sexo oral no palco, depois declarando: "esse é o tipo de garota que eu gosto".[55] Sofrendo de abstinência de heroína durante um show em Dallas, cuspiu sangue em uma mulher que subiu no palco e que havia lhe dado um soco no rosto.[52] Fora do palco, é dito que ele chutou um fotógrafo, atacou um segurança e acabou desafiando um de seus próprios guarda-costas para uma briga. Espancado, ele teria exclamado: "Eu gosto de você. Agora podemos ser amigos".[38]

Rotten, enquanto isso, sofrendo de gripe e tossindo sangue,[56] sentia-se cada vez mais isolado de Cook e Jones, e repugnado por Vicious.[57] Em 14 de janeiro de 1978, durante a data final da turnê no Winterland Ballroom, em São Francisco, Rotten apresentou o último ato da banda, um cover dos Stooges, "No Fun". Ao final da canção, entoou: "Já teve a sensação de que foi enganado? Boa noite" – antes de jogar o microfone e sair do palco.[58] Mais tarde, observou: "Eu me senti enganado e não continuava mais com aquilo; era uma farsa ridícula. Sid estava completamente sem cérebro – apenas um espaço vazio na cabeça. A coisa toda era uma piada naquele momento...[Malcolm] não falava comigo...Ele não discutia nada comigo. Mas então ele se virava e dizia a Paul e Steve que a tensão era minha culpa, porque eu não concordaria com nada".[59]

Depois disso, Vicious foi levado para Nova Iorque por um amigo, onde foi hospitalizado devido a sua má condição de saúde.[60] Em 30 de junho, um single creditado aos Sex Pistols foi lançado: de um lado, o notório criminoso Ronald Biggs cantou "No One Is Innocent", acompanhado por Jones e Cook; no outro, Vicious cantou o clássico "My Way", com uma faixa de apoio feita por Jones-Cook e uma orquestra de cordas.[61] O single alcançou o número sete nas paradas e acabou superando todos os quais Rotten estava envolvido.[62] McLaren estava procurando reconstituir a banda com um vocalista novo e permanente, mas Vicious – sua primeira escolha – estava cansado dele. Em troca de concordar em gravar "My Way", o artista exigiu que McLaren assinasse um documento declarando que não seria mais o seu empresário. Em agosto, de volta a Londres, fez suas performances finais como um Sex Pistol: gravando e filmando versões cover de duas canções de Eddie Cochran. Em setembro, retornou a Nova Iorque, encerrando sua passagem pela banda.[63]

1978: Vicious White Kids e carreira solo

editar
 Ver artigo principal: Vicious White Kids

Com o fim oficial da banda, Vicious pretendia viajar para Nova Iorque, mas não tinha dinheiro,[64] então, depois de esbarrar com Glen Matlock certo dia, decidiu fazer um show com este. Matlock, a quem Vicious havia substituído nos Sex Pistols, viu isso como uma oportunidade "para mostrar que não havia animosidade" entre eles, comentou mais tarde.[65] Junto de Steve New e Rat Scambies, formaram a Vicious White Kids, com o objetivo de se apresentarem em um único show em 15 de agosto de 1978 no Electric Ballroom, Londres. Foi o seu último concerto na Inglaterra. Ele atuou como vocalista.[65]

Em Nova Iorque e com Spungen atuando como sua empresária, ele embarcou em uma carreira solo durante a qual se apresentou com músicos como Mick Jones, Glen Matlock, Rat Scabies, Arthur Kane, Jerry Nolan e Johnny Thunders.[66][67] Posteriormente, gravou um álbum ao vivo, acompanhado por The Idols, banda em que estavam Arthur Kane e Jerry Nolan. Foi lançado postumamente com o título Sid Sings no final de 1979.[66] Durante sua carreira solo, realizou a maioria de suas performances no Max's Kansas City e atraiu grandes multidões, apesar de algumas performances serem "infernais", especialmente quando ele insultava pessoas do público.[67] Seus shows no Max's seriam suas últimas apresentações antes de morrer no mês de fevereiro seguinte.[68]

Vida pessoal

editar

Relacionamento e morte de Nancy Spungen

editar
 Ver artigo principal: Morte de Nancy Spungen
 
Hotel Chelsea, onde Vicious e Nancy residiram em 1978. Foi no quarto cem deste hotel que Spungen fora encontrada morta

No começo de 1977, o músico começou uma relação amorosa com Nancy Spungen, uma groupie estadunidense.[38][69][70] Spungen saiu de casa aos dezessete anos e começou a trabalhar como stripper e prostituta.[71] Em 1977, mudou-se para Londres, onde se envolveu com vários músicos famosos como Jerry Nolan e integrantes de bandas como Aerosmith e Ramones.[71][72] Em certo momento conheceu Johnny Rotten, que não mostrou interesse nela, mas a apresentou a Vicious e eles rapidamente começaram um romance. Ambos eram viciados em heroína, o que os levou ao isolamento social e alienação.[73] Apesar das brigas constantes do casal, Spungen tornou-se a representante do artista após a separação dos Sex Pistols e organizou alguns shows. Porém, as apresentações do baixista eram medíocres devido a sua dependência em drogas. Ambos passavam a maior parte de seu tempo consumindo heroína, barbitúricos e morfina sintética no quarto número cem do Hotel Chelsea.[74][75]

Na manhã de 12 de outubro de 1978, Spungen apareceu morta com uma facada no abdômen. Naquela manhã, ouviram-se “gemidos femininos” vindos do quarto do casal. Por volta das dez horas da manhã, o próprio namorado ligou para a recepção, pedindo ajuda. A equipe do hotel chegou para encontrar Nancy seminua no chão do banheiro, apunhalada no abdômen com uma faca. Ela sangrou até a morte.[76] A faca utilizada supostamente pertencia ao músico.[77][78] Esta era supostamente uma faca de caça "007" que ele havia comprado depois de ver Dee Dee Ramone dar uma para Stiv Bators dos Dead Boys, embora relatos conflitantes afirmem que a faca era uma Jaguar K-11 com lâmina de treze centímetros.[79][80] Vicious afirmou que haviam consumido drogas e quando acordou a encontrou jogada no banheiro, vestida somente com sua roupa íntima.[81] Ele disse ter havido uma briga com Spungen naquela noite, mas deu versões conflitantes do que aconteceu em seguida, dizendo: "Eu a esfaqueei, mas nunca pretendi matá-la", depois dizendo que ele não se lembrava, ou que em certo momento durante a discussão Spungen havia caído sob a faca.[82] Ele foi preso e acusado de assassinato em segundo grau.[83]

O advogado Michael Berger foi o primeiro a lidar com o assunto, mas McLaren e Anne Beverley ainda estavam à procura de um defensor fixo. Eles entrevistaram vários advogados de alto nível, incluindo Melvin Belli, Gerald B. Lefcourt e William Kunstler antes de se decidir por F. Lee Bailey. Este nunca compareceu ao tribunal, mas outro advogado de sua firma, Jim Merberg, conseguiu que Vicious fosse solto sob fiança de cinquenta mil dólares, com a condição de que ele não saísse de Nova Iorque e que se apresentasse diariamente nos escritórios da Terceira Unidade de Homicídios e no Centro de Metadona da Rua Lafayette. A fiança foi foi paga pela Virgin Records a pedido de McLaren.[80][78] John Lydon declarou que Mick Jagger interveio e teria pago o advogado.[84]

McLaren acreditava firmemente que Vicious era inocente. Observando que a faca foi deixada à vista e que o casal mantinha seu dinheiro em uma gaveta, ele acredita que Spungen pegou um dos convidados da festa roubando dinheiro e foi esfaqueada por essa pessoa.[85] Dado o número de pessoas que passaram pelo quarto de hotel na noite do assassinato, Bailey fez seu investigador examinar a possibilidade de que um terceiro indivíduo estivesse envolvido na morte da groupie.[78] Bailey também contratou o psiquiatra forense Stephen Teich para avaliar seu cliente. Após uma conversa inicial, durante a qual Vicious estava preocupado com a 'classe trabalhadora de Berlim' e permaneceu fixado na televisão, o doutor disse a Anne que seu filho não deveria ser deixado sozinho. Horas depois, ela ligou para Teich e disse que Sid havia cortado seu pulso com uma lâmpada quebrada. Teich voltou ao hotel e chamou uma ambulância. A equipe do serviço de emergência médica chegou com a polícia; quando Sid os viu, tentou pular de uma janela, mas foi bloqueado por Teich. Ele foi levado para o Hospital Bellevue e então transferido para o New York-Presbyterian Westchester Behavioral Health Center em White Plains, Nova Iorque.[86] Foi liberado em 26 de novembro e voltou ao Chelsea. Neste momento, Rotten tentou entrar em contato com seu amigo, mas foi impedido por Beverley e McLaren.[38] Como Sid morreu de overdose antes do julgamento, a polícia de Nova Iorque encerrou o caso.[87]

Ataque a Todd Smith e nova prisão

editar

Após ser libertado, a ideia de McLaren era que Vicious gravasse um álbum com Jones e Cook para arrecadar fundos para sua defesa. Seria um álbum natalino vendido em conjunto a camisetas com slogans estampados.[38][78] No entanto, pouco depois, ele se envolveu em outro problema judicial: na noite de 5 de dezembro, foi à boate Hurray acompanhado de alguns amigos. O grupo Skafish iria se apresentar; sua roadie era uma mulher chamada Tarrah, que era namorada de Todd Smith, irmão da cantora Patti Smith. Vicious tentou flertar com Tarrah, que o rejeitou e ele insistiu. Smith o pediu para recuar e Vicious quebrou uma garrafa de cerveja e a enfiou no rosto de Smith, que precisou de cinco pontos. Em 7 de dezembro, Vicious foi acusado de agressão.[9][88][89] O juiz concordou que ele havia quebrado os termos de sua fiança anterior e o enviou para Rikers Island, onde foi submetido a uma desintoxicação forçada.[90][91][89]

Em 18 de janeiro, Vicious compareceu ao tribunal, representado por Jim Merberg. Para surpresa de todos, o juiz, James Leff, não apenas o libertou sob fiança de dez mil dólares, mas também reduziu as condições dadas anteriormente — ele agora tinha que se apresentar à Unidade de Homicídios apenas três vezes por semana e não precisava comparecer ao centro de metadona. Leff aplicou uma condição — que Vicious não frequentasse boates. Após o pagamento, ele foi liberado em 1 de fevereiro de 1979.[80][89][92]

 Ver artigo principal: Morte de Sid Vicious

Em 1 de fevereiro de 1979 se celebrou uma comemoração para festejar sua saída do cárcere na casa de sua nova namorada, Michelle Robinson, com a presença de Jerry Only, dos Misfits,[93] e Howie Pyro.[94] Nesse momento, o artista estava livre das drogas, graças ao programa de desintoxicação da prisão.[91] Porém, durante a festa conseguiu um pouco de heroína com seu amigo, o fotógrafo Peter Kodick Gravelle, e pediu a Robinson que injetasse nele, mas ela se negou a fazer isto.[95] De acordo com Gravelle, Robinson também deu a Vicious quatro quaaludes para ajudá-lo a dormir.[96] Aproximadamente às 3h, o casal foi para a cama. Na manhã seguinte, sua mãe encontrou Vicious já morto, caído ao lado de uma seringa com heroína.[90][97] Morreu antes de ser julgado, aos 21 anos de idade.[98] A primeira hipótese foi a de suicídio, já que o músico já havia tentado suicidar-se. Porém, a autópsia concluiu que a morte fora acidental. Segundo o legista Michael Baden, a dosagem encontrada em seu corpo foi fatal pois ele perdera tolerância à droga por conta do programa de desintoxicação.[99]

No livro Mate-me Por Favor de Legs McNeil e Gillian McCain, a fotógrafa e amiga do cantor, Eileen Polk, disse que nenhuma casa funerária de Nova Iorque estava disposta a realizar um enterro para o músico devido à sua reputação. Seu corpo acabou sendo cremado no Garden State Crematory, em Nova Jérsei.[100] Ainda de acordo com Polk, Vicious teria declarado durante sua vida que queria ser enterrado com Nancy Spungen, que era judia e fora enterrada em um cemitério judaico na Pensilvânia. Sua mãe, Anne Beverley, viajou mais tarde para a casa da família de Spungen, na Filadélfia, e perguntou à Deborah Spungen se ela poderia espalhar as cinzas de seu filho sobre o túmulo de Nancy. Deborah negou o pedido. Polk disse que, apesar da recusa, Jerry Only levou Beverley, sua irmã e dois amigos de Vicious para o cemitério onde Spungen estava enterrada e espalhou as cinzas sobre o túmulo dela.[100]

Características musicais

editar
 
O baixista da banda Ramones, Dee Dee (na imagem), foi uma forte inspiração para Vicious

Embora considerado por muitos, incluindo Steve Jones e Glen Matlock, como um vocalista talentoso,[101] ele era inicialmente um baixista limitado. Durante uma entrevista para o jogo eletrônico Guitar Hero III: Legends of Rock, quando Jones foi perguntado por que ele gravou as linhas de baixo em Never Mind the Bollocks, respondeu: "Sid estava em um hospital com hepatite, então não podia realmente tocar, não que ele pudesse tocar de qualquer maneira".[102] A única canção que tocou no estúdio foi "Bodies". Ele pediu a Lemmy Kilmister, baixista do Motörhead, para ensiná-lo a tocar dizendo: "Eu não sei tocar baixo", ao que Lemmy respondeu: "Eu sei [disso]".[103] De acordo com Paul Cook, nos poucos meses entre se juntar à banda e conhecer Spungen, Vicious era dedicado e tentou ao máximo aprender a tocar; de fato, esse período foi o favorito de Cook na banda.[104] Não obstante, Lyndon comentou: "Os primeiros ensaios em março de 1977 com Sid foram infernais. Ele estava tentando seriamente e ensaiava muito".[105] Viv Albertine foi mais longe em defesa de sua habilidade, dizendo que uma noite ela "foi para a cama e Sid ficou com um disco dos Ramones e um baixo, e quando me levantei pela manhã, ele podia tocar todo o disco. Ele usou uma dose de anfetamina e aprendeu sozinho. Foi tão rápido".[106] Keith Levene, membro da The Flowers of Romance e mais tarde membro do Clash e depois Public Image Ltd., também conta uma história semelhante: "Sid sabia tocar baixo? Eu não sei, mas uma coisa que eu sei é que ele fazia as coisas rapidamente. Uma noite, tocou o primeiro álbum dos Ramones sem parar, a noite toda, e na manhã seguinte sabia tocar baixo. Foi isso; ele estava pronto! Eu te disse que Sid fazia as coisas rapidamente!"[107] Quanto à habilidade musical de Vicious, o crítico Mark Deming, do AllMusic, afirmou: "enquanto a fala padrão inicial dos Sex Pistols era de que eles 'não sabiam tocar', esse era sempre um código para 'Steve Jones não sabe tocar como Steve Howe ou Robert Fripp'; Sid, por outro lado, realmente não sabia tocar nada, e vale a pena mencionar que em muitos de seus shows ao vivo com os Sex Pistols, o resto da banda desligava seu amplificador para que ele não interferisse muito com o desempenho".[108] De fato, Jones pedia para que o amplificador de Sid fosse desligado durante os shows.[103][109]

O seu único álbum solo, Sid Sings, lançado postumamente, traz em grande parte covers de artistas como The Monkees, The Stooges, Johnny Thunders etc.[110] Quanto ao álbum, o site Sputnikmusic afirmou "imagine alguém que realmente não saiba cantar. Alguém que não consiga acertar um único passo corretamente durante toda a duração de um show de meia hora. Se você conseguiu, então está pronto para Sid Sings" e concluiu "assim, o que temos aqui é, em termos práticos, um álbum tocado e cantado por alguém que não sabe tocar ou cantar".[66] Steve Huey, do AllMusic, afirmou que "este álbum mostra Sid Vicious como um seguidor, não um inovador. Ele não tinha originalidade ou inteligência e demonstrava uma falta de talento espantosa, aumentada pelo total desprezo por seu público".[111] Já o DJ estadunidense Hypno5ive tem uma visão mais positiva do álbum. Para ele "representa a passagem do ensino fundamental para o ensino médio e uma nova consciência do panorama musical da época, bem como a percepção de que a música não precisava parecer bonita ou polida para ser apreciada".[112] O tipo vocal de Vicious é descrito como tenor.[113]

Uma das maiores inspirações de Vicious era o baixista dos Ramones, Dee Dee Ramone.[28] Ao longo de sua carreira, ele tocou um Fender Precision Bass branco com pickguard preto, modelo similar ao usado por Dee Dee no início de seu grupo.[114] Após sua morte, sua mãe tomou posse do baixo. De acordo com Steve Jones, pouco antes de morrer, ela lhe disse: "Olha, isto tem estado debaixo da minha cama há dezessete anos. Acho que alguém deveria tê-lo" e o vendeu a Jones por dois mil dólares, junto de uma pulseira de couro com o nome "Sid".[115]

Legado

editar

Imagem pública

editar
 
Em muitas ocasiões, Sid, assim como outros punks da época, exibia suásticas como uma afronta à sociedade pós-Segunda Guerra Mundial

Considerado uma das figuras mais importantes da primeira onda punk da década de 1970,[38][116] aos 21 anos já era um "ícone para vender camisetas".[117] Embora sua forma de morrer para muitos tenha significado o fracasso das ambições sociais do punk, também reforçou a sua imagem como arquétipo de "jovem maldito".[118] Nas palavras de Jah Wobble, ele incorporou "tudo no punk que era sombrio, decadente e niilista".[9]

Vicious costumava usar camisetas com suásticas como um ato de rebeldia, mas não apoiava realmente o nazismo. Servia principalmente como uma provocação aos próprios pais e aos hippies pacifistas.[119][120] Segundo o vocalista da banda Wire, Graham Lewis, "ele [Vicious] queria só chamar atenção".[121] Um episódio muito lembrado e que evidencia sua natureza sagaz aconteceu durante as gravações de Never Mind the Bollocks, em que a também banda britânica Queen estava finalizando o que viria a ser o disco News of the World no mesmo estúdio. Como consequência, os dois grupos tiveram várias interações, incluindo um famoso encontro entre Freddie Mercury e Vicious. Este, ao entrar no estúdio de gravação do Queen, perguntou: "Então você é Freddie Mercury? Quer dizer que você vai trazer o balé para as massas?" em resposta a um comentário que o cantor fez em uma entrevista com a NME, ao qual Mercury respondeu: "Então você é o tal Simon Feracious? [...] Estamos fazendo o nosso melhor, querido". Vicious se irritou com esse comentário, e algumas versões da história citam que os dois quase chegaram a se agredir fisicamente.[122][123][124]

A sua entrada nos Sex Pistols é definida por alguns como uma iniciativa de Malcolm McLaren para causar mais exposição midiática à banda. Steve Jones afirmou “depois que Sid entrou para o grupo, nada ficou normal. Achava legal o visual dele e o do John [Lydon] e o frenesi da mídia faria vender muitos jornais. Mas isso não tinha nada a ver com a banda”. Jones diz que não ligava de ser o segundo depois de Lydon, mas “agora eu era o terceiro depois desse idiota de merda [Vicious] e até o quarto, se levar em conta Malcolm McLaren e sua certeza de que éramos marionetes”.[28] Marco Pirroni, que tocou com o músico na Siouxsie and the Banshees, disse: "Depois disso, não tinha mais nada a ver com música. Seria apenas pelo sensacionalismo e escândalo de tudo isso. Então se tornou a história de Malcolm McLaren".[38] John Lydon afirmou se arrepender de incluí-lo no grupo. Segundo ele "o melhor aspecto de sua personalidade, que era seu humor, apenas evaporou no dia em que ele chegou no Sex Pistols."[125] O crítico Mark Deming, do Allmusic, disse que "embora os outros três membros do grupo possam ter sido trapaceiros e delinquentes de várias maneiras, eles tinham, no mínimo, alguma ideia de quem eram, o que queriam fazer e o que queriam ser. O pobre Ritchie não era nada mais do que um perdedor meio brilhante que viu que seu velho colega de escola John Lydon havia topado com uma das maiores bandas de rock de sua época e se reinventado como Johnny Rotten, e naturalmente ele queria fazer o mesmo."[108] Malcolm McLaren afirmou em um documentário que se ele o conhecesse antes de contratar Johnny Rotten, teria o escolhido para ser vocalista dos Pistols, afirmando que este tinha “o maior carisma de qualquer um na banda”.[2]

O polêmico relacionamento de Sid e Nancy também sempre foi muito ecoado na mídia. Nick Vadala, do The Philadelphia Inquirer, compara Spungen como sendo a "Yoko Ono do punk rock" e acrescenta que "sem Nancy, não haveria Sid — apenas John Simon Ritchie", que ela ajudou a moldar a persona de Vicious que seria constantemente lembrada.[126] O crítico Roger Ebert se referiu ao casal como sendo uma versão de "Romeu e Julieta do punk rock".[127] Já Chrissie Hynde culpa Spungen pela mudança na personalidade de Vicious. Segundo ela, o músico sempre apresentava um "olhar desconectado e catatônico" com sua namorada por perto, mas quando esta saía de perto, ele voltava a se animar "como o Sid de outrora, empolgado como uma criança longe da vista de sua mãe". Ainda de acordo com Hynde, amigos do músico pensavam em planos para fazer o casal se separar, visto que todos atribuíam a este relacionamento a degradação de Sid.[128] Lydon, que havia os apresentado, posteriormente culpou Spungen pela dependência de seu amigo: "fizemos tudo o possível para ele livrar-se de Nancy... Ela estava o matando. Eu estava absolutamente convencido de que esta garota estava em uma missão de lento suicídio... Só que não queria ir sozinha. Queria levar consigo Sid... Era uma louca de merda e má".[73]

Ele também é lembrado por seus excessos relacionados à sua dependência química. Seu primeiro contato com as drogas foi por meio de sua mãe que, durante certo tempo, atuou como traficante. Neste período, ela chegou a usar seu filho como mula. John Lydon relata que, ainda quando adolescente, presenciou a mãe de Sid dando-lhe heroína e algumas seringas como forma de parabenizá-lo por seu aniversário.[129] Dee Dee Ramone afirmou que, durante uma festa em Londres, o baixista dos Pistols injetou em si mesmo anfetamina misturada com água sanitária.[129][130][131] Outro amigo do músico afirma que, enquanto ele estava preso em Riker Island, sua mãe transportava drogas para a prisão em sua vagina para satisfazer o vício do filho.[85][129] Durante as gravações do único álbum dos Sex Pistols, o baixista ficou impossibilitado de tocar, pois foi internado com hepatite, proveniente de seu uso de drogas injetáveis.[14] Logo após o fim da banda, quando dirigia-se para Nova Iorque, ele teve uma overdose durante o voo por conta da mistura de álcool e tranquilizantes.[132]

Impacto cultural

editar

"Pergunte a algum estadunidense na rua o nome de um membro dos Sex Pistols – ou então, para citar a primeira figura do punk britânico que vem à mente – e as chances são grandes de que a resposta seja 'Sid Vicious'. Isso porque, para muitos ouvintes, o mito em torno de Sid Vicious se tornou a essência do que era o punk rock".

—Steve Huey, do AllMusic, quanto à popularidade do músico no cenário atual.[133]

Em 1978, Vicious recebeu o prêmio de Most Wonderful Human Being nos NME Awards.[134] Em 1997, uma espécie recém-descoberta de trilobita foi batizada de Arcticalymene viciousi em sua homenagem.[135] Em 2006, junto dos quatro membros originais dos Sex Pistols, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, entretanto os membros remanescentes se recusaram a comparecer.[136] Em votação organizada pelo site britânico Orange em 2009, Vicious foi eleito o músico mais controverso da história da música.[137] Em 2017, uma placa comemorativa seria posta na casa em que viveu em Tunbridge Wells. Porém, moradores locais não apoiaram a ideia e a homenagem foi revogada.[138]

Seu cover da canção "Something Else", gravado em 1978 e lançado em 1979, chegou ao número três nas paradas e tornou-se o single mais vendido de sempre sob nome Sex Pistols. Outro cover gravado por ele, "C'mon Everybody", também chegou ao número três.[139][140] Quando perguntado sobre a regravação punk de "My Way", Paul Anka, autor da versão original, disse ter ficado "um pouco desestabilizado [...] Foi meio curioso, mas senti que ele [Vicious] foi sincero".[141]

Seja por suas habilidades ou por sua personalidade marcante, Vicious foi influência direta para outros artistas. Mike Ness, da Social Distortion, comentou sobre como queria ser um “Sid Vicious de Orange County”.[142] O baixista da banda Guns N' Roses, Duff McKagan, o cita como sua maior influência, adicionando ainda que Sid é "o melhor baixista de todos".[143][144] O lutador profissional Sid Eudy usou o nome de ringue "Sid Vicious" em muitas competições que participou.[145][146] Heath Ledger, que interpretou o Joker, vilão do filme The Dark Knight, disse ter se inspirado vendo gravações do músico.[147][148][149] Da mesma forma, a atriz Troian Bellisario diz ter se inspirado nele para a interpretação da personagem Alex Drake na série Pretty Little Liars.[150] O artista britânico Banksy fez uma pintura do músico intitulada Sid Vicious, que está em exposição no Museu Moco.[151] Para além desta influência, passou a ser citado em diferentes áreas da cultura. Um personagem do jogo eletrônico Final Fight foi nomeado em homenagem a Vicious.[152] Em setembro de 2009, a peça teatral Kurt and Sid estreou no Trafalgar Studios de Londres. Ela se passa na casa de Kurt Cobain no dia de seu suicídio, com o fantasma de Sid Vicious fazendo-lhe uma visita para tentar convencê-lo de não se matar. Vicious foi interpretado por Danny Dyer.[153] Em 1982, a banda The Exploited incluiu a canção "Sid Vicious Was Innocent" em seu álbum Troops of Tomorrow.[154] Seu corte de cabelo, o Spiky Hair, tornou-se um símbolo da cultura punk.[155] Ele é citado na canção "Kream", de Iggy Azalea, de 2018.[156] Ele também é creditado com a popularização da dança conhecida como pogo, na qual a pessoa simplesmente pula de forma incontrolável, como em um pula-pula. Segundo o próprio, ele estava cansado de não ser capaz de ver o palco de onde estava em pé uma noite, então começou a pular no local. Confundindo isso como um movimento de dança, as pessoas na plateia começaram a imitá-lo.[157][158][159]

Em 1986 estreou a cinebiografia Sid and Nancy, dirigida por Alex Cox, no qual o cantor foi interpretado por Gary Oldman. O filme retrata a sua vida e seu relacionamento com Nancy Spungen. Em sua autobiografia, Lydon critica duramente o filme, pois ele "engrandece o vício em heroína", abrindo o caminho para "humilhar a vida de Vicious".[160] Apesar de não ter sido um sucesso de bilheteria, Sid and Nancy se tornou um clássico cult e popularizou de vez o casal na cultura popular.[161][162][163] O vocalista do The Clash, Joe Strummer, gravou "Love Kills" e "Dum Dum Club" para a trilha sonora de Sid and Nancy.[164][165] Em 1986, os Ramones lançaram "Love Kills" em seu álbum Animal Boy como tributo para Sid e Nancy.[166] Da mesma forma, a banda Foster the People lançou "Loyal Like Sid & Nancy" como single de seu álbum Sacred Hearts Club, de 2017.[167] No episódio "Love, Springfieldian Style", da série de televisão Os Simpsons, há uma referência ao romance entre Sid e Nancy, que foram representados por Nelson Muntz e Lisa Simpson, respectivamente.[168][169] O casal também é referenciado no livro Chelsea Horror Hotel, de Dee Dee Ramone. Nele, Ramone se muda para o Hotel Chelsea e começa a ter pesadelos que indicam que o quarto onde ele está foi o mesmo onde Spungen morrera. Ela e Vicious aparecem como fantasmas durante o resto da história.[170] Os dois também são referenciados no filme Napoleon, de 1995, com dois filhotes de dingo recebendo seus nomes.[171] Para ajudar a promover o filme (500) Days of Summer, os atores Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel interpretaram Nancy e Sid, respectivamente, misturando-os a elementos da história da película em um vídeo publicitário.[172]

Discografia

editar
Solo
  • Sid Sings (1979)
  • The Idols with Sid Vicious (1993)
Sex Pistols
Vicious White Kids
  • The Vicious White Kids featuring Sid Vicious (1991)

Filmografia

editar

Notas

  1. a b Algumas fontes indicam erroneamente o nome Simon John Ritchie.[4][5] Segundo o site oficial dos Sex Pistols, essa confusão se deve ao fato de a mãe de Vicious costumar chamá-lo de "Simon", dando a entender que este seria seu primeiro nome.[6]
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Sid Vicious», especificamente desta versão.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Sid Vicious», especificamente desta versão.

Referências

  1. Editors (2 de abril de 2014). «Sid Vicious | Bassist, Singer – Biography». Biography (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  2. a b Zipprich, Justin (14 de maio de 2014). «10 things you probably didn't know about Sid Vicious (Sex Pistols)». Dying Scene (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  3. a b c d «Vicious, Sid». The Free Information Society (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  4. Lydon, John. Anger Is An Energy: My Life Uncensored. Londres: Simon & Schuster. p. 54. ISBN 978-1-47113-719-8 
  5. «Vicious, Sid [real name Simon John Beverley; formerly Simon John Ritchie]». Oxford Dictionary of National Biography (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  6. «Sid Vicious». Sex Pistols Official (em inglês). Consultado em 18 de março de 2020 
  7. Temple, Julien; Pistols, Sex (2000). The Filth and The Fury. Londres: St. Martin's Press. p. 13. ISBN 9780312264949 
  8. Jon Savage 1992, pp. 116
  9. a b c d e f Savage, John (18 de janeiro de 2009). «Sid Vicious: Little boy lost». The Guardian (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2019 
  10. John Lydon 1994, p. 68-69
  11. John Robb 2006, pp. 83-84, 86-87, 89, 102, 105
  12. Giles, Jeff (22 de setembro de 2015). «How Chrissie Hynde Nearly Married Two Sex Pistols». Ultimate Classic Rock (em inglês). Consultado em 20 de março de 2020 
  13. Temple, Julien; Pistols, Sex (2000). The Filth and The Fury. Londres: St. Martin's Press. p. 90. ISBN 9780312264949 
  14. a b c Sentance, Andrew (1 de fevereiro de 2019). «Remembering Sid Vicious – long gone, but not forgotten». The Independent (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  15. Lydon, John (1993). Rotten. Londres: Plexus Publishing. p. 57. ISBN 978-0-85965-341-1 
  16. Temple, Julien; Pistols, Sex (2000). The Filth and The Fury. Londres: St. Martin's Press. p. 41. ISBN 9780312264949 
  17. John Lydon 1994, p. 64-65
  18. Wells, Steven (8 de janeiro de 2008). «Musical hack attacks». The Guardian (em inglês). Londres. Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  19. Spitz, Marc (31 de agosto de 2010). «Q&A: Nick Kent on the 1970s, Keith Richards, and the Current State of Music Journalism». Vanity Fair (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  20. Jon Savage 1992, pp. 177-178
  21. Bletchly, Rachel (24 de maio de 2015). «Amazing life of Whispering Bob Harris: Sid Vicious glass attack, Keith Richards' cocaine». The Sunday Mirror (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  22. Paytress, Mark (2003). Siouxsie & the Banshees: The Authorised Biography. Londres: Sanctuary. p. 48. ISBN 9781860743757 
  23. Perry, Andrew (24 de julho de 2008). «Billy Idol: the return of Billy the kid». The Daily Telegraph. Consultado em 3 de maio de 2019 
  24. «The Bromley Contingent». Punk77. 2012. Consultado em 3 de maio de 2019 
  25. «The Flowers of Romance». Skum (em inglês) (1). 1977. Consultado em 20 de julho de 2019. Cópia arquivada em 20 de julho de 2019 
  26. «The Flowers Of Romance». Punk 77 (em inglês). 2012. Consultado em 23 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 29 de agosto de 2019 
  27. Paytress, Mark (2003). Siouxsie & the Banshees: The Authorised Biography. Londres: Sanctuary. p. 53-54. ISBN 9781860743757 
  28. a b c Schott, Ricardo (2 de fevereiro de 2017). «Barra pesada: treze fatos sobre Sid Vicious». Pop Fantasma. Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  29. «Ron Watts Interview Nov 2006» (em inglês). Punk 77. Consultado em 27 de abril de 2019 
  30. John Robb 2006, pp. 217, 224-225
  31. Albertine, Viv (2014). Clothes, Clothes, Clothes. Music, Music, Music. Boys, Boys, Boys. Londres: Faber & Faber. p. 137. ISBN 978-0571297757 
  32. George Gimarc 2005, p. 56
  33. Tobler, John (1992). NME Rock 'N' Roll Years 1 ed. Londres: Reed International Books Ltd. p. 297. CN 5585 
  34. Jon Savage 1992, pp. 308
  35. Matlock, Glen (2012). I Was a Teenage Sex Pistol. Londres: Essential Works. p. 176. ISBN 9781906615352 
  36. Crabtree, Steve (2004). Blood on the Turntable: The Sex Pistols (em inglês). documentário da BBC 
  37. «The Face of Punk». Turn Me On, Dead Man (em inglês). 29 de fevereiro de 2012. Consultado em 27 de abril de 2019 
  38. a b c d e f g Charlotte Robinson (14 de junho de 2006). «So Tough: The Boy Behind the Sid Vicious Myth». PopMatters (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  39. a b Trace (23 de setembro de 2014). «JUKEBOX | SEX PISTOLS | PRETTY VACANT». The Handsome Collective. Consultado em 12 de junho de 2019 
  40. Jon Savage 1992, pp. 22
  41. Phil Strongman 2008, p. 174
  42. Jon Savage 1992, pp. 315-318
  43. Jon Savage 1992, pp. 318-320
  44. George Gimarc 2005, pp. 59-60
  45. a b John Lydon 1994, p. 200
  46. John Lydon 1994, p. 200
  47. George Gimarc 2005, p. 56
  48. Matlock, Glen (2012). I Was a Teenage Sex Pistol. Londres: Essential Works. p. 170–171. ISBN 9781906615352 
  49. «Sex Pistols, a história do punk rock (2)». Jornal NH. Novo Hamburgo. 10 de abril de 2014. Consultado em 28 de abril de 2019 
  50. Jon Savage 1992, p. 409
  51. a b Huey, Steve (2005). «Sid Vicious: Biography». VH1. Consultado em 12 de junho de 2019. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2007 
  52. a b John Lydon 1994, p. 244
  53. Jon Savage 1992, pp. 446
  54. John Lydon 1994, p. 244
  55. Klein, Howie (Fevereiro de 1978), "Sex Pistols: Tour Notes", New York Rocker.
  56. Vermorel, Fred e Judy Vermorel, Sex Pistols, p. 120.
  57. John Lydon 1994, p. 5, 247-248
  58. Cooper, Mark (28 de janeiro de 1978), "The Sex Pistols: Winterland, San Francisco", Record Mirror. The transcription has been slightly expanded per the documentary footage used in The Great Rock 'n' Roll Swindle (1:09:55–1:10:31). The sound cuts out immediately after the word "cheated".
  59. John Lydon 1994, p. 5
  60. Jon Savage 1992, pp. 463-464
  61. George Gimarc 2005, p. 145. Gimarc refere-se a fontes alegando que a gravação de "My Way" não envolvia nenhum contato entre Vicious e o duo Jones-Cook; Temple, no entanto, diz que Jones foi levado para Paris para se juntar a Vicious no estúdio (Temple, Julien, "Commentary", 1:29:18–1:29:20), e parece indicar que ele gravou sua parte de guitarra em (1:33:09–1:33:16).
  62. Jon Savage 1992, pp. 497-498. Savage descreve o single como sendo um lado A duplo; outras fontes indicam que o vocal de Biggs era o lado A e o de Vicious o lado B George Gimarc 2005, p. 145. Não há discordância de que o lado de Vicious foi o mais popular.
  63. Jon Savage 1992, pp. 491-494, 497-503
  64. «OMM: Reviews: Reissues etc: Other releases: Sid, say hello to Shabba...». The Guardian (em inglês). Londres, Inglaterra: Guardian Media Group. 20 de maio de 2007. p. 67. Consultado em 5 de maio de 2019 
  65. a b Mervis, Scott (24 de março de 2014). «Never mind the legacy: Here's the Sex Pistols». Pittsburgh Post-Gazette (em inglês). Pitsburgo, Pensilvânia: Block Communications. p. G1. Consultado em 5 de maio de 2019 
  66. a b c ReturnToRock (30 de outubro de 2007). «Sid Vicious - Sid Sings (album review)». Sputnikmusic (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019 
  67. a b «My Way: A Vida de Sid Vicious em 11 Desastres». StripMe. 28 de julho de 2015. Consultado em 28 de abril de 2019 
  68. «Sid Vicious and the Sex Pistols Bring The Filth and the Fury». Max's Kansas City (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019 
  69. Legs McNeil & Gillian McCain 1996, p. 262
  70. Noel Monk & Jimmy Guterman 1992, p. 124
  71. a b Wakeman, Jessica (12 de outubro de 2017). «Flashback: Nancy Spungen Found Dead at Chelsea Hotel». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 15 de maio de 2019 
  72. Beck, Marcos Vinícius (5 de agosto de 2019). «O amor punk de Sid e Nancy». Diário da Manhã. Consultado em 15 de março de 2020 
  73. a b John Lydon 1994, p. 147
  74. «Famous residents of the Chelsea Hotel». The Daily Telegraph (em inglês). Londres. 2 de agosto de 2011. Consultado em 28 de abril de 2019 
  75. Hoby, Hermione (19 de dezembro de 2010). «The 10 best Chelsea hotel moments». The Guardian (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019 
  76. Serena, Katie (2 de abril de 2018). «The Short, Tragic Romance Of Sid Vicious And Nancy Spungen». All That Interesting (em inglês). Consultado em 15 de maio de 2019 
  77. Spungen, Deborah (1983). And I Don't Want to Live This Life. Nova Iorque: Random House Inc. p. 84. ISBN 978-0394533728 
  78. a b c d Jaffee, Larry (9 de outubro de 2013). «The trial of Sid Vicious – a classic report from the vaults». The Guardian (em inglês). Consultado em 22 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2019 
  79. Bardach, Ann (28 de outubro de 1978). «The Not So Lonesome Death of Nancy Spungen». The SoHo Weekly News (em inglês) 
  80. a b c Anthony Bruno. «Punk Rock Romeo and Juliet: Sid Vicious and Nancy Spungen». TruTV (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2011 
  81. «Sex Pistol Vicious on Murder Charge». BBC (em inglês). 1978. Consultado em 28 de abril de 2019 
  82. Time Waster. «Copy Of Statement by Police». The Smoking Gun (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019 
  83. Time Waster. «Indicted For Second Degree Murder». The Smoking Gun (em inglês). Consultado em 25 de outubro de 2021 
  84. John Dingwall (8 de novembro de 2013). «Punk-rock legend John Lydon: Sex Pistols were banned from gigging in Scotland for being hooligans - that's an achievement». Daily Record (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019 
  85. a b «Malcolm McLaren: 'Sid didn't kill Nancy'» (em inglês). NME. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 1 de março de 2022 
  86. White, Timothy (2014). «A Look Back at Sid Vicious, With a Doctor Who Stopped Him From Jumping Out a Window». Alt Citizen (em inglês). Consultado em 1 de março de 2022 
  87. Allen, Liam (2 de fevereiro de 2009). «Did Sid Kill Nancy?». BBC News (em inglês) 
  88. Jon Savage 1992, pp. 116
  89. a b c Bardach, Ann Louise (18 de janeiro de 1979). «Another Break for Sid Vicious» (em inglês). Bardach Reports. Consultado em 28 de fevereiro de 2022 
  90. a b Jon Savage 1992, pp. 527-529
  91. a b «1979: Sid Vicious dies from drugs overdose». BBC (em inglês). 2 de fevereiro de 1979. Consultado em 28 de abril de 2019 
  92. «Falecimentos: Sid Vicious». Jornal do Brasil (299). 3 de fevereiro de 1979. p. 23 
  93. Everley, Dave (15 de maio de 2020). «Misfits' Jerry Only: I partied with Sid Vicious the night he died». Louder Sound. Metal Hammer. Consultado em 25 de outubro de 2021 
  94. Schoemer, Karen (17 de outubro de 2008). «The Day Punk Died». New York Magazine. Consultado em 25 de outubro de 2021 
  95. Somaiya, Ravi (6 de fevereiro de 2009). «Peter Gravelle, Vicious Enabler - Peter Gravelle Comes Clean About Selling Sid Vicious His Final Dose of Heroin». New York Magazine. Consultado em 25 de outubro de 2021��
  96. Carey, Wayne (8 de fevereiro de 2019). «Interview with Peter Gravelle: Sex Pistols Photographer». Louder Than Bombs. Consultado em 25 de outubro de 2021 
  97. Phil Strongman 2008, p. 241–242
  98. «¿Mató Sid a Nancy?». BBC Mundo (em espanhol). 2 de fevereiro de 2009. Consultado em 28 de abril de 2019 
  99. Kifner, John (3 de fevereiro de 1979). «Sid Vicious, Punk‐Rock Musician, Dies, Apparently of Drug Overdose». The New York Times (em inglês). Consultado em 22 de fevereiro de 2020 
  100. a b Legs McNeil & Gillian McCain 1996, pp. 358-359
  101. Finotti, Ivan (12 de janeiro de 2019). «'Venci no final', diz baixista que foi expulso dos Sex Pistols e chamado de volta». Folha de S.Paulo. São Paulo: Universo Online. Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  102. Micky (16 de abril de 2019). «7 Band Members Who Couldn't Play Their Instruments When They Joined the Band». Rock My World (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  103. a b David J. Krajicek (11 de outubro de 2011). «The Justice Story: The Ballad of Sid and Nancy». NY Daily News (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  104. The Filth and The Fury, Julien Temple, 2000; "The best time in the band of all was when Sid first joined—he was really determined to learn the bass and fit in and be part of the band".
  105. John Lydon 1994, p. 143
  106. Jon Savage 1992, pp. 194
  107. «Keith Levene Interview Part 2—Greg Whitfield». Punk77 (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  108. a b Deming, Mark. «Too Fast to Live - Sid Vicious». AllMusic (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  109. Ford, Chris (29 de junho de 2014). «Lost & Found: Remember When Sid Vicious Did It His Way?». Diffuser.fm (em inglês). Consultado em 22 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2019 
  110. Graff, Gary; Durchholz, Daniel (2012). Rock 'n' Roll Myths: The True Stories Behind the Most Infamous Legends. Estados Unidos: Voyageur Press. p. 57. ISBN 978-0-7603-4230-5 
  111. Huey, Steve. «Sid Sings - Sid Vicious». AllMusic (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  112. Hypno5ive (13 de janeiro de 2010). «Album Review: Sid Vicious – Sid Sings». Hypno5ive (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  113. «Sid Vicious». The Range Place (em inglês). 26 de dezembro de 2017. Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  114. Alper, Eric (24 de junho de 2015). «Fender launches the Dee Dee Ramone Precision Bass». That Eric Alper (em inglês). Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  115. Jones, Steve (2017). Lonely Boy. Londres: Windmill Books. p. 272. ISBN 9780099510536 
  116. Tony Hall (1996). They Died too Young. Nova Iorque: Parragon Publishing. p. 90–93. ISBN 0-7525-1975-1 
  117. Phil Strongman 2008, p. 235
  118. Jon Savage 1992, p. 530
  119. Weckel, Melody (29 de agosto de 2016). «Why 80s UK Punks Wore Swastikas». Odyssey (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  120. Goldman, Vivien (27 de fevereiro de 2014). «Never mind the swastikas: the secret history of the UK's 'punky Jews'». The Guardian (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  121. Setti, Daniel (18 de outubro de 2009). «'Não tínhamos nada em comum com os Sex Pistols', diz vocal do Wire». G1. Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  122. Blake, Mark (2010). Is This the Real Life?. The Untold Story of Queen (em inglês). Londres: Aurum. p. 128-29. ISBN 9780306819599 
  123. Epstein, Dan (28 de outubro de 2017). «Queen's 'News of the World: 10 Things You Didn't Know». Rolling Stone (em inglês). Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  124. «500 Greatest Songs of All Time». Rolling Stone (em inglês). 7 de abril de 2011. Consultado em 10 de maio de 2019 
  125. The Independent (15 de dezembro de 2009). «John Lydon: "Me perdoe, Deus, pelo dia em que incluí Sid no Sex Pistols"». Rolling Stone Brasil. Universo Online. Consultado em 15 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  126. Vadala, Nick (5 de dezembro de 2013). «Without Philly's Nancy Spungen, there is no punk rock». The Philadelphia Inquirer (em inglês). Consultado em 14 de março de 2020 
  127. Ebert, Roger (1988). Roger Ebert's Four Star Movie Guide. Kansas City: Andrews & McMeel. p. 383. ISBN 978-0-7407-7179-8 
  128. Hynde, Chrissie (8 de setembro de 2015). «Chrissie Hynde: 'No one was particularly surprised' when Sid Vicious killed Nancy Spungen». National Post (em inglês). Consultado em 15 de março de 2020 
  129. a b c Trista. «16 Truly Disturbing Moments That Made Punk Rocker Sid Vicious of the Sex Pistols Live Up to His Name». History Collection (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  130. Guerra, Luís (2 de setembro de 2017). «Ramones! Magnífico rock da idade da pedra». Blitz. Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  131. McNeil, Legs (14 de outubro de 2013). «Dee Dee Ramone - Portrait of a Punk». Vice (em inglês). Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  132. «Músico do Sex Pistols internado em estado grave». Jornal do Brasil (236). 21 de janeiro de 1978. p. 31 
  133. Huey, Steve. «Sid Vicious | Biography, Albums, Streaming Links». AllMusic (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  134. NME Awards (28 de fevereiro de 1978). «1978». New Musical Express (em inglês). Consultado em 13 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  135. McNamara, Alexander (14 de junho de 2019). «Nine animals named after rock bands». BBC Science Focus (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2021 
  136. Sprague, David (24 de fevereiro de 2006). «Sex Pistols Flip Off Hall of Fame». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2008 
  137. Orange S.A. (16 de março de 2009). «Sid Vicious é eleito o rockstar mais controverso da história». Portal Terra. Consultado em 21 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2019 
  138. Alexander, Stian (30 de junho de 2017). «Sex Pistols legend Sid Vicious memorial plans have been snubbed in his home town». Mirror (em inglês). Consultado em 9 de março de 2020. Cópia arquivada em 11 de junho de 2019 
  139. Jon Savage 1992, pp. 558-559
  140. George Gimarc 2005, p. 145, 188, 196, 217
  141. McCormick, Neil (8 de novembro de 2007). «Paul Anka: One song the Sex Pistols won't be singing». The Daily Telegraph (em inglês). Londres. Consultado em 10 de maio de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  142. Wawzenek, Bryan (26 de outubro de 2017). «INFLUENCE AND INFAMY: HOW THE SEX PISTOLS IMPACTED THE FUTURE OF MUSIC». Diffuser.fm (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  143. «Duff Mckagan» (em inglês). 7 de novembro de 2010. Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  144. «Quotes». Tripod (em inglês). Duff McKagan Online. Consultado em 23 de julho de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  145. «Sid Vicious». Online World of Wrestling (em inglês). Consultado em 22 de fevereiro de 2020 
  146. «Sid's Alumni Profile». WWE (em inglês). Consultado em 22 de fevereiro de 2020 
  147. Mark Jeffries (29 de julho de 2008). «Heath Ledger Based Joker on Sex Pistol Sid Vicious». The Sunday Mirror (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Arquivado do original em 24 de junho de 2009 
  148. Josh Horowitz (10 de novembro de 2007). «Heath Ledger Says His Joker Has 'Zero Empathy'». MTV (em inglês). Consultado em 12 de novembro de 2007 
  149. Larry Carroll (18 de março de 2008). «'Dark Knight' Stars, Director Want Film To 'Celebrate' Heath Ledger's Work». MTV (em inglês). Consultado em 18 de março de 2008 
  150. Chavez, Paul (28 de junho de 2017). «Troian Bellisario reveals she knew identity of PLL villain for years». Daily Mail (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2021 
  151. «Banksy's Sid Vicious». Museu Moco (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2020 
  152. Staff (março de 2007). «The Making of Final Fight». Retro Gamer (37). p. 52 
  153. Whatsonstage (13 de julho de 2009). «Danny Dyer Plays Vicious in Kurt & Sid Premiere». whatsonstage.com (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2020. Arquivado do original em 16 de junho de 2011 
  154. Bradley Torreano. «Troops of Tomorrow - The Exploited | Songs, Reviews, Credits, Awards». AllMusic (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  155. «Sid Vicious Spiky Hair Style». Cool Men's Hair (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  156. Ting, Jasmine (7 de julho de 2018). «Iggy Azalea Drops 'Kream' Music Video Featuring Tyga». Paper (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2021 
  157. Aspin, Matt (3 de fevereiro de 2013). «Sid Vicious: 5 Reasons For Enduring Legacy 34 Years After His Death». What Culture (em inglês). Consultado em 11 de maio de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  158. Boyar, Jay; Moore, Roger (17 de junho de 2000). «Festival Holds 'Filth', A Secret, Senselessness». Orlando Sentinel (em inglês). Cópia arquivada em 23 de julho de 2019 
  159. Albertine, Viv (2014). Clothes, Clothes, Clothes. Music, Music, Music. Boys, Boys, Boys. Londres: Faber & Faber. p. 109. ISBN 978-0571297757 
  160. John Lydon 1994, pp. 148-149
  161. Dave Fawbert (10 de janeiro de 2018). «10 Best Music Biopics». ShortList (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  162. Hanlon, Mary (6 de abril de 2009). «The Chelsea Hotel on Film». The Brooklyn Rail (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2019. Cópia arquivada em 24 de julho de 2019 
  163. «Chloe Webb». Ovguide (em inglês). Consultado em 14 de maio de 2019. Arquivado do original em 29 de maio de 2012 
  164. Peacock, Tim (14 de julho de 2017). «Acclaimed 80s Punk Movie Soundtrack 'Sid & Nancy' Receives Vinyl Reissue». uDiscoverMusic (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 25 de maio de 2019 
  165. DiGravina, Tim. «Sid & Nancy [Original Motion Picture Soundtrack]». Allmusic (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 25 de julho de 2019 
  166. True, Everett (2005). Hey Ho Let's Go: The Story of the Ramones. Londres: Omnibus Press. p. 4. ISBN 9781844494132 
  167. «Foster the People releases electronic new track, "Loyal Like Sid & Nancy». Full Service 100.1/Real Country Q. 30 de junho de 2017. Consultado em 26 de março de 2021 
  168. «Primetime Listings». FoxFlash (em inglês). 27 de janeiro de 2008. Consultado em 12 de junho de 2019. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2008 
  169. Keller, Richard (17 de fevereiro de 2008). «Love, Springfieldian Style». TV Squad (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2019. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2009 
  170. «Dee Dee Ramone: Chelsea Horror Hotel». Ramones Heaven (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  171. Gates, Anita (11 de outubro de 1997). «'Napoleon': How a Pup Named Muffin Proves He's No Pussycat». The New York Times (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2021 
  172. Billington, Alex (7 de julho de 2009). «Zooey Deschanel and Joseph Gordon-Levitt as Sid and Nancy». Firstshowing.net (em inglês). Consultado em 27 de março de 2022 

Bibliografia

editar
  • Jon Savage (1992). England's Dreaming: Anarchy, Sex Pistols, Punk Rock and Beyond. (em inglês). Nova Iorque: St. Martin's Press. ISBN 0-312-08774-8 
  • Noel Monk; Jimmy Guterman (1992). 12 Days on the Road: The Sex Pistols and America (em inglês). Nova Iorque: Harper Entertainment. ISBN 0688112749 
  • John Lydon; Keith e Kent Zimmerman (1994). Rotten: No Irish, No Blacks, No Dogs (em inglês). Nova Iorque: Farrar, Straus, and Giroux. ISBN 0312428138 
  • Legs McNeil; Gillian McCain (1996). Mate-me Por Favor (em inglês). Londres: Grove Press. ISBN 0349108803 
  • George Gimarc (2005). Punk Diary: The Ultimate Trainspotter's Guide to Underground Rock, 1970–1982. (em inglês). San Francisco: Hal Leonard. ISBN 0879308486 
  • John Robb (2006). Punk Rock: An Oral History (em inglês). Londres: Ebury Press. ISBN 0091905117 
  • Phil Strongman (2008). Pretty Vacant: A History of UK Punk (em inglês). Chicago: Chicago Review Press. ISBN 1556527527 

Ligações externas

editar
 
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Sid Vicious
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Sid Vicious