Papilionídeos
Papilionídeos[1] (Papilionidae) é uma família de insectos da ordem Lepidoptera. É caracterizada por borboletas grandes e coloridas, o qual incluem mais de 550 espécies.[2] Apesar da maioria habitarem nos trópicos, membros da família são encontrados em todos os continentes, menos na Antártida. A família incluí as maiores borboletas do mundo, as Ornithoptera (gênero).[3]
Papilionídeos | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Subfamílias e Géneros | |||||||||||
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Filogenia
editarUma filogenia de Papilionidae baseada em Nazari (2007) descreve:[3][4]
Atualmente é aceito que a família Papilionidae é monofilético.[3] As Papilionidae da tribo Papilionini somam em torno de 225 espécies e os estudos foram realizados em suas coevoluções com suas plantas hospedeiras e na filogenia. Antigas classificações morfológicas também encontraram validade uma vez em que se formaram grupos. Espécies que utilizam as Rutáceas como plantas hospedeiras formam dois grupos correspondendo à taxonomia do Velho Mundo e América. Aqueles que se alimentam de Lauraceae e Magnoliaceae foram encontradas para formar um outro grupo que incluem as taxonomias asiáticas e americanas.[5]
A Parnassinae, assim como Papilioninae, acredita-se que também sejam monofilética baseada em estudos morfológicos, mas recentes estudos baseados características morfologicas e moleculares sugerem que esse não é o caso.[3] Em Parnassiinae, o gênero Parnassius e Hypermnestra foram considerados extremamente próximos através de estudos moleculares[6] e agora são considerados como parte da tribo Parnassiini.[4] Os dois gêneros Archon e Luehdorfia foram considerados intimamente relacionados através de análises do DNA mitocondrial e nuclear e, embora eles não compartilhem características morfológicas, agora estão unidas na tribo Luehdorfiini.[4]
A subfamília Baroniinae é representada pela única espécie, a Baronia brevicornis. Eles são os únicos da família que usam a Fabaceae como planta hospedeira para suas larvas. A Baronninae e a extinta família Praepapilioninae compartilham muitas similaridades externas e são consideradas tradicionalmente como uma das famílias mais primitivas e irmãs das demais Papilionidae. Pesquisas recentes sugerem que este pode não ser o caso, e que a Baroniinae é intimamente ligada somente com a Parnassiinae e Praepapilio somente com Papilionini.[3]
Alimentação
editarAs lagartas de várias espécies papilionidae se alimentam de uma grande gama de diferentes plantas, a maioria dependendo de uma das cinco famílias: Aristolochiaceae, Annonaceae, Lauraceae, Apiaceae e Rutáceas. Comendo algumas dessas plantas tóxicas, as lagartas sequestram o Ácido aristolóquico, o qual garante tanto para a lagarta como para a borboleta, parte dessas toxinas que a ajudam se proteger dos predadores.[7] As tribos Zerynthiini (Parnassiinae), Luehdorfiini (Parnassiinae) e Troidini (Papilioninae) se alimentam exclusivamente da família Aristolochiaceae.
Taxonomia
editarSão 27 gêneros com aproximadamente 600 espécies.
- Subfamilia Baroniinae
- Subfamilia Parnassiinae
- Subfamilia Papilioninae
Referências
- ↑ «Papilionídeo». Michaelis. Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ Häuser, Christoph L.; de Jong, Rienk; Lamas, Gerardo; Robbins, Robert K.; Smith, Campbell; Vane-Wright, Richard I. (28 de julho de 2005). «Papilionidae – revised GloBIS/GART species checklist (2nd draft)». Consultado em 8 de novembro de 2010
- ↑ a b c d e Reed, Robert D.; Sperling, Felix A.H. (2006). «Papilionidae – The Swallowtail Butterflies». Tree of Life Web Project. Consultado em 7 de novembro de 2010
- ↑ a b c Nazari, Vazrick; Sperling, Felix A.H. (2006). «Parnassiinae Duponchel, [1835]». Tree of Life. Tree of Life Web Project. Consultado em 7 de novembro de 2010
- ↑ Aubert, J.; Legal, L; Descimon, H.; Michel, F. (1999). "Molecular phylogeny of swallowtail butterflies of the tribe Papilionini (Papilionidae, Lepidoptera)". Mol Phylogenet Evol. 12 (2): 156–167.
- ↑ Katoh, T.; Chichvarkhin, A.; Yagi, T.; Omoto, K. (2005). "Phylogeny and evolution of butterflies of the genus Parnassius: inferences from mitochondrial 16S and ND1 sequences". Zoolog Sci. 22 (3): 343–351
- ↑ von Euw, J.; Reichstein, T. & Rothschild, M. (1968). "Aristolochic acid in the swallowtail butterfly Pachlioptera aristolochiae". Isr. J. Chem. 6: 659–670.