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Abakumitas

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(Redirecionado de Velhos crentes)
Abakumitas
староверы
Velhos Crentes em trajes típicos em celebração de feriado na Rússia (2010)
População total

Imprecisa

Regiões com população significativa
 Rússia c.400 000 (2012) [1]
 Letônia 34 517 (2011) [2]
Roménia 23 487 a 32 558 (2011) [3][4]
 Lituânia 18 196 (2022) [5]
 Armênia 2 872 (2011) [6]
 Estónia 2 290 (2021) [7]
 Moldávia 2 535 (2014) [8]
Cazaquistão c.1 500 (2010) [9]
 Azerbaijão c.500 (2015) [10]
 Brasil,
Uruguai
 Bolívia
c.5 000 (2022) [11]
Línguas
russo e línguas locais na diáspora
Religiões
Igreja Ortodoxa Russa dos Velhos Crentes e outras igrejas ortodoxas orientais anti-reforma
Grupos étnicos relacionados
Lipovanos

Abakumitas, também chamados de velhos crentes (em russo: староверы ou старообрядцы, transl. starovery), foi o nome atribuído aos grupos separatistas da Igreja Rússa do Século XVII, que seguiam a doutrina de Habacuque Pedro, que pregava a igualdade absoluta entre todos os homens. Foram exterminados pela princesa Sofia da Rússia.

No contexto da história da Igreja Ortodoxa Russa, os "velhos crentes" foram separados depois de 1666 pela Igreja Russa Ortodoxa oficial como um protesto contra as reformas da igreja introduzidas pelo Patriarca Nikon entre 1652 e 1666. Os velhos crentes continuam as práticas litúrgicas que a Igreja Ortodoxa Russa mantinha antes da implementação destas reformas.

Na metade do século XVI os russos, sabendo da crescente diversidade entre seu próprio ritual litúrgico ortodoxo e o ritual praticado em outros países ortodoxos, convocaram um concílio para determinar quais práticas ritualísticas eram mais antigas. Nesse concílio, que veio a ser conhecido como Stoglav ou Concílio dos "Cem Capítulos", os hierarcas da Igreja Russa determinaram que suas próprias práticas eram mais antigas e que permaneceriam com as práticas ritualísticas ensinadas a eles por seus batizadores gregos no século X.[12]

Boyarynya Morozova, de Vasily Surikov, representando a desafiante Feodosia Morozova durante a sua prisão. Seus dois dedos (em vez de três) referem-se à disputa sobre a maneira correta de fazer o sinal da cruz sobre si mesmo.

Em meados do século XVII, o recém-eleito patriarca Nikon, ainda preocupado com esse mesmo assunto, revisou o Saltério, especialmente as seções prefaciárias lidando com o sinal da cruz, prostrações durante a Quaresma, e a ordem das vênias durante os serviços. Seguindo essas reformas o Patriarca fez numerosas outras revisões de livros de ofício e decretou que o sinal da cruz com dois dedos deveria ser substituído pelo com três dedos. Dentro de meses, a Igreja Russa foi sucumbida em meio a controvérsias. Os líderes da oposição às reformas do Patriarca ficaram conhecidos como Velhos Ritualistas (Staro-obriadtsi) e/ou Velhos Crentes (Staroveri).[12]

Velhos crentes no Alaska.
Procissão pascal da Igreja Ortodoxa Russa dos Velhos Crentes em Guslitsa, Oblast de Moscou, 2008.

Estimativas modernas põem o número de velhos crentes vivos entre 1 e 2 milhões de fiéis, cerca de 400 mil desses na Rússia, número notavelmente menor que os 2.2 milhões ao longo do Império Russo contados em 1897, com comunidades aos milhares vivendo em países como Bielorrússia, Lituânia, Letônia, Estados Unidos e Romênia, ou mesmo em lugares tão distantes como o Brasil.[13][14] Esforços iniciados pelo Arcebispo Nikephoros Theotokis, grego sediado no Império Russo, trouxeram algumas comunidades que guardavam o velho rito para a Igreja Ortodoxa canônica. Em 1971, a Igreja Ortodoxa Russa retirou os anátemas lançados aos velhos crentes, movimento repetido pela Igreja Ortodoxa Russa no Exterior em 1974.

Denominações dos Velhos Crentes

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Catedral da Assunção em Belaia Krinitsa, Ucrânia (início do s��c. XX), o mais antigo centro dos Velhos Crentes sacerdotais.

Referências

  1. Ol'ga Filina (27 de agosto de 2012). «Верю — не верю». Kommersant. Коммерсантъ (em russo). Consultado em 22 de maio de 2017 
  2. «Tieslietu ministrijā iesniegtie reliģisko organizāciju pārskati par darbību 2011. gadā» (em letão). Consultado em 21 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 26 de novembro de 2012 
  3. «Recensamantul populatiei» (PDF) (em romeno). p. 9. Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  4. «What does the 2011 census tell us about religion?» (PDF). Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  5. «Population by religious community to which they attributed themselves» (PDF). p. 166. Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  6. «Table 8.11 Population (urban, rural) by Age and Religious Belief» (PDF). p. 138. Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  7. «At least 15-year-old persons by religion, sex and place». Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  8. «Population and the demographic structure1» (PDF). Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  9. «Kazakhstan: Russian Old Believers Cling to Faith amid Uncertain Future». Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  10. «Azerbaijan is a model of coexistence for the world». Consultado em 21 de janeiro de 2019 
  11. Petrova, Galina (28 de dezembro de 2022). «VELHOS CRENTES RUSSOS NO BRASIL: PRESERVAÇÃO DA IDENTIDADE LINGUÍSTICA». Facultad de Lenguas - Universidad Nacional de Córdoba. Revista Digital de Políticas Linguísticas (17). Consultado em 10 de janeiro de 2024 
  12. a b «Informações Sobre o Velho Rito (em inglês)». Consultado em 22 de dezembro de 2014 
  13. Демоскоп Weekly - Приложение. Справочник статистических показателей
  14. Gazeta Russa: Como os Velhos Crentes mantêm suas tradições no mundo moderno
  15. «Старообрядческая Белокриницкая Митрополия всех Древлеправославных Христиан - Главная». borv.ro. Consultado em 11 de novembro de 2022 
  16. «Старопоморы-федосеевцы / Главная». www.staropomor.ru. Consultado em 11 de novembro de 2022 
  17. «Староверы в Рыбацком». pomorian.ru. Consultado em 11 de novembro de 2022 
  18. «Главная». raoc.info. Consultado em 11 de novembro de 2022 
  19. «Русская православная старообрядческая Церковь». Русская православная старообрядческая Церковь (em russo). Consultado em 11 de novembro de 2022 
  • Dicionário Universal Ilustrado, Ed. João Romano Torres & Cª.1911.
  • Nova Enciclopédia Portuguesa, Ed. Publicações Ediclube, 1996.

Ligações externas

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