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Dólar dos Estados Unidos

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(Redirecionado de United States dollar)
Dólar dos Estados Unidos
United States dollar (em inglês)

Notas de dólar
ISO 4217
Código USD
Unidade
Plural Dólares
Símbolo $, US$
Inflação 4,9% (apenas Estados Unidos) (abril de 2023)[1]
Denominações
Sub-unidade
1/10
1/100
1/1000

Dime (um décimo do dólar)
Cent (um centésimo do dólar)
Mill (um milésimo do dólar)
Moedas 1, 5, 10, 25 e 50 cents; 1 dólar
Notas 1, 2, 5, 10, 20, 50 e 100 dólares
Demografia
Usuário(s) Oficialmente:
 Estados Unidos
Timor-Leste[2]
Equador[3]
El Salvador[4]
 Panamá[5]
 Porto Rico
Não oficialmente:
Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas Marshall
Estados Federados da Micronésia
Palau
 Turcas e Caicos
 Venezuela
 Zimbabwe
Emissão
Banco central Reserva Federal
 Website www.federalreserve.gov
Fabricante Bureau of Engraving and Printing (notas)
United States Mint (moedas)
 Website www.moneyfactory.gov e www.usmint.gov

O dólar dos Estados Unidos (em inglês: United States dollar), também conhecido como dólar estadunidense ou dólar americano é a moeda oficial dos Estados Unidos e utilizada no mundo inteiro, tanto em reservas internacionais, como em livre circulação em alguns países. Atualmente, sua expedição é controlada pela Reserva Federal dos Estados Unidos.

O nome dollar deriva de thaler (em português táler), abreviação de Joachimsthaler, uma moeda de prata cunhada pela primeira vez em 1518, com prata extraída das minas situadas em torno da cidade de Joachimsthal ("Vale de São Joaquim"), atual Jáchymov, na Boêmia.

Características

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Abreviações

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O código ISO 4217 para o dólar dos Estados Unidos é USD (que significa United States Dollar), e o Fundo Monetário Internacional refere-se ao mesmo como US$, abreviação que também é muito comum fora dos EUA para designá-lo.

Usa-se também o símbolo $, normalmente escrito antes do valor numérico, para o dólar dos EUA, assim como para muitas outras moedas. O sinal foi o resultado de uma evolução, no fim do século XVIII, da sigla "ps", do peso. O p e s, passaram a ser escritos um sobre o outro, dando origem ao $.[6][7][8][9]

Outra explicação popular é que ele vem das Colunas de Hércules no brasão espanhol da moeda espanhola cunhadas no Novo Mundo na Cidade do México, Potosí e Lima. Estas colunas de Hércules nas moedas espanholas de prata assumiram a forma de duas barras verticais (||) com uma faixa de pano balançando na forma de um "S".

Há ainda outra explicação ficcional que sugere que o sinal do dólar foi formado a partir das letras maiúsculas U e S escritas ou impressas uma em cima da outra. Esta teoria, popularizada pela escritora Ayn Rand em Atlas Shrugged,[10] ignora o fato de que o símbolo já estava em uso antes da formação dos Estados Unidos.[11]

O dólar dos Estados Unidos é dividido em 100 cêntimos ou então em 10 dimes, mas este último é usado hoje em dia somente para designar a moeda de 10 cents. Moedas e notas de um dólar existem simultaneamente, embora notas sejam encontradas mais facilmente. Denominações menores que um dólar são emitidas em moedas, enquanto as que o superam são emitidas em notas da Reserva Federal (Federal Reserve).

Ver: História do dólar dos Estados Unidos

A Lei da moeda de 1792 (também conhecida como Lei da Casa da Moeda; oficialmente: Um ato que estabelece uma casa da moeda, e regulamenta as Moedas dos Estados Unidos), aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 2 de abril de 1792, criou o dólar dos Estados Unidos como a unidade padrão de dinheiro do país, estabeleceu a Casa da Moeda dos Estados Unidos e regulamentou a cunhagem dos Estados Unidos. Esta lei estabeleceu o dólar de prata como a unidade de dinheiro nos Estados Unidos, declarou-o como uma proposta legal, e criou um sistema decimal para a moeda americana.[12]

Após a 2ª Guerra Mundial

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Até 1944, quando ocorreu a Conferência de Bretton Woods, era difícil determinar o valor do dólar em comparação ao de outras unidades monetárias, sendo a dificuldade ainda maior com os fortes abalos causados pela Segunda Guerra Mundial. Geralmente as cotações se baseavam nas reservas em ouro dos países, por ser o ouro um parâmetro universal. Àquela altura, os EUA já eram a maior potência mundial, por isso tentou-se estabelecer um padrão em que o grama de ouro teria um valor fixo em dólares.

O sistema durou até o início da década de 1970, quando o dólar já estava seriamente desvalorizado em relação ao valor acordado originalmente. Em 1971, o dólar deixou de ser diretamente conversível em ouro e, graças aos avanços tecnológicos que permitem negociações rápidas e em grandes volumes, surgiu o câmbio flutuante englobando vários pares de moedas. Foi assim que nasceu o Forex.

Circulação fora dos Estados Unidos

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Em 1995, mais de 380 bilhões de dólares dos Estados Unidos estavam em circulação, dois terços disso fora dos EUA. Em abril de 2004, aproximadamente 700 bilhões estavam em circulação,[13] com uma estimativa de metade de dois terços dele fora dos EUA.[14] No dia 31 de dezembro de 2022 o montante de dólares em circulação avizinha os 2,30 trilhões segundo a Reserva Federal.[15]

Os Estados Unidos são um dos vários países que usam a moeda dólar. Vários países usam o dólar dos Estados Unidos como sua moeda oficial, e muitos outros permitem que seja usado de facto.

Dolarização da economia

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Nas décadas de 1980 e 1990, muitos economistas viam, com grande simpatia, a dolarização da economia brasileira como forma de romper o círculo vicioso da inflação, que, à época, já podia ser considerada hiperinflação. Adotando o dólar como lastro para a moeda nacional, o Brasil poderia se ver livre do tão terrível dragão inflacionário. Outros economistas tinham receio na adoção dessa solução, principalmente quando viram a Argentina sofrer com a incapacidade de pagamento, resultando no abandono desse sistema.

Alguns dizem que o Plano Real foi, por um breve período, um tipo de dolarização da economia brasileira, visto que a URV (Unidade Real de Valor), tinha, mais ou menos, o mesmo valor de 1 dólar. Após a desvalorização do real em 1999, houve o descolamento da moeda estadunidense, com a adoção do câmbio flutuante.

A maior cotação do dólar americano na história brasileira foi de R$ 5,90, alcançado no dia 13 de maio de 2020, logo nos primeiros meses de pandemia.[16]

Notas fora de circulação

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Papel-moeda privado no valor de 2 dólares, emitido durante a Free Banking Era (1837-1864).[17]

Notas acima de US$ 100 eram produzidas antigamente, porém a produção parou em 1946 e foram retiradas de circulação em 1969. Estas notas eram usadas em transações entre bancos ou pelo crime organizado; foi o uso ilícito que fez com que o presidente Richard Nixon mandasse uma ordem executiva em 1969 proibindo seu uso. Com o advento das transações eletrônicas, as notas tornaram-se desnecessárias. As notas com valores acima de US$ 100 eram as de US$ 500, US$ 1 000, US$ 5 000, US$ 10 000 e US$ 100 000.

Recentemente foram lançadas novas notas de US$ 10 a US$ 100, com projeto gráfico diferido, entanto, as antigas continuam valendo, devendo ser retiradas de circulação conforme forem se desgastando.

Moedas e notas contemporâneas do dólar dos Estados Unidos
Unidade ($) Anverso Inverso Desenho no anverso Desenho no inverso
Moedas
0,01
Penny
Abraham Lincoln Escudo da União
0,05
Nickel
Thomas Jefferson Monticello
0,10
Dime
Franklin D. Roosevelt Tocha, ramo de carvalho, ramo de oliva
0,25
Quarter
George Washington Vários; cinco por ano
0,50
Half-Dollar Coin
John F. Kennedy Selo Presidencial
1,00
Dollar Coin
Perfil de Sacagawea com seu filho, Jean Baptiste Charbonneau; atual moeda em comparação com a antiga Águia-careca no voo (2000–2008), Vários; Novo design por ano
Notas
1
One Dollar Bill
George Washington Grande Selo
2
Two Dollar Bill
Thomas Jefferson Declaração da Independência
5
Five Dollar Bill
Abraham Lincoln Lincoln Memorial
10
Ten Dollar Bill
Alexander Hamilton Prédio do Tesouro
20
Twenty Dollar Bill
Andrew Jackson Casa Branca
50
Fifty Dollar Bill
Ulysses S. Grant Capitólio
100
Hundred Dollar Bill
Benjamin Franklin Independence Hall

Referências

  1. «ECONOMY Inflation rate eases to 4.9% in April, less than expectations». CNBC.com. Consultado em 10 de maio de 2023 
  2. «Central Bank of Timor-Leste». Consultado em 22 de maio de 2013. Arquivado do original em 8 de outubro de 2013. A moeda oficial de Timor-Leste é o dólar dos Estados Unidos, que é a moeda legal para todos os pagamentos em numerário. 
  3. «Ecuador». CIA World Factbook. 18 de outubro de 2010. Consultado em 27 de outubro de 2010. O dólar é a moeda legal 
  4. «El Salvador». CIA World Factbook. 21 de outubro de 2010. Consultado em 27 de outubro de 2001. O dólar dos Estados Unidos tornou-se a moeda de El Salvador em 2001 
  5. Em conjunto com moedas de Balboa panamiano
  6. Cajori, Florian. A History of Mathematical Notations (Vol. 2). New York: Dover, 15–29. ISBN 0-486-67766-4
  7. Aiton, Arthur S. and Benjamin W. Wheeler (May 1931). "The First American Mint", The Hispanic American Historical Review 11 (2), 198 and note 2 on 198.
  8. Nussbaum, Arthur (1957). A History of the Dollar. New York: Columbia University Press. p. 56. The dollar sign, $, is connected with the peso, contrary to popular belief, which considers it to be an abbreviation of 'U.S.' The two parallel lines represented one of the many abbreviations of 'P,' and the 'S' indicated the plural. The abbreviation '$.' was also used for the peso, and is still used in Argentina. 
  9. "What is the origin of the $ Sign?" Arquivado em 5 de maio de 2015, no Wayback Machine., US Bureau of Engraving and Printing website
  10. Rand, Ayn. Atlas Shrugged. 1957. Signet. 1992. p628
  11. James, James Alton (1970) [1937]. Oliver Pollock: The Life and Times of an Unknown Patriot. Freeport: Books for Libraries Press. p. 356. ISBN 9780836955279 
  12. "dollar ." World Encyclopedia. . Encyclopedia.com. 26 Aug. 2022 <https://www.encyclopedia.com>.
  13. «Federal Reserve» (em inglês). Reserva Federal 
  14. «Federal Reserve» (em inglês). Reserva Federal. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2004 
  15. «Currency in Circulation: Value». www.federalreserve.gov (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2024 
  16. «Qual é o recorde do dólar? Veja quanto a moeda precisa subir para atingir a máxima». Valor Investe. 2 de julho de 2024. Consultado em 10 de agosto de 2024 
  17. Sechrest, Larry J. Free Banking: Theory, History, and a Laissez-Faire Model. Ludwig von Mises Institute, pág. 11, 1993, ISBN 9781610164870

Ligações externas

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