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Solvência

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Solvência, em finanças e contabilidade, é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo, ou a sua capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo. Portanto, do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações correntes e ainda apresentar uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam sua sobrevivência no futuro.

Na estrutura econômico-financeira da empresa deve haver uma certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo prazo sejam financiados por capitais permanentes (capital + reservas + obrigações de médio e longo prazo). Nunca uma dívida de curto prazo deve financiar um bem imobilizado.

Os capitais permanentes não só devem financiar o ativo fixo, mas também uma parte do ativo circulante. A parte do ativo Circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro. O excesso de capital permanente sobre o ativo fixo, que é o capital de giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) financeira que permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e saída provocados pelo ciclo operacional.

Índices de solvência

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  • Índice de solvência geral = Ativo Total
Exigível Total

Solvência a curto prazo

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Os índices de solvência a curto prazo referem-se ao nível de liquidez de uma empresa, ou seja, à sua capacidade de honrar compromissos de curto prazo, e basicamente relacionam ativo e passivo circulantes.[1]

Passivo circulante
  • Índice de Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques - Despesas do exercício seguinte
Passivo circulante[2]

Solvência a longo prazo

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Os índices de solvência a longo prazo medem a capacidade da empresa de honrar seus compromissos de longo prazo.[1] ou em que medida uma empresa usa financiamento de dívidas em lugar de financiamento com capital próprio (patrimônio líquido). Em tese, quanto maior a dívida maior a probabilidade do default. Assim, esses índices podem também ser indicadores de risco de insolvência.

Índice de Endividamento Geral= Ativo total - Patrimônio Líquido

Ativo Total

O índice cobertura de juros mede a capacidade da empresa de cobrir suas obrigações de juros.

Índice de Cobertura de Juros= Lucro antes do pagamento de juros e impostos

Juros

Índice de Cobertura de Caixa= Lucro antes do pagamento de juros e impostos + Depreciação

Juros

Segundo especialistas, o índice de cobertura de caixa é o melhor indicador da capacidade da empresa de fazer frente aos encargos financeiros resultantes do endividamento. Esse índice apresenta as seguintes vantagens:

  1. mede a capacidade da empresa de honrar suas dívidas passadas;
  2. permite avaliar a qualidade do endividamento passado. Se a dívida permitiu aumento de rentabilidade (através de investimentos que geraram redução de custos ou aumento de faturamento), o índice de cobertura de caixa aumenta, isto é, melhora;
  3. ao proporcionar melhor aferição da qualidade dos gastos, pode contribuir para melhorar as condições de captação de recursos pela empresa, pois o índice revela aos analistas de crédito se a empresa sabe como investir.

Considera-se saudável uma empresa opere com cobertura de caixa > três, isto é, que ela seja capaz de gerar caixa equivalente a pelo menos três vezes o valor dos encargos financeiros.[3]

Referências

  1. a b «Índices Financeiros» (PDF). Consultado em 7 de setembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 18 de abril de 2011 
  2. «Análise financeira». Consultado em 7 de setembro de 2011. Arquivado do original em 20 de agosto de 2011 
  3. "Cobertura de caixa" e superávit, por Luís Nassif. Folha de S.Paulo, 4 de setembro de 2005.