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Movimento Revolucionário Conservador

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O Movimento Revolucionário Conservador ou Revolução Conservadora foi um movimento germânico com tendência nacionalista e conservadora que teve destaque após a Primeira Guerra Mundial. O movimento foi caracterizado sobretudo por sua oposição comum à República de Weimar, ao liberalismo e ao comunismo. O movimento se dissolveu com a chegada do partido nazista ao poder.[1]

O termo foi formulado pela primeira vez em 1927 por Hugo von Hofmannsthal, mas foi muito mais tarde, a partir de 1949, que a expressão foi estabelecida por Armin Mohler em sua tese de doutorado, conduzida sob orientação de Karl Jaspers.[2]

Durante a Alemanha Nazista, alguns dos membros que compunham o Movimento Revolucionário Conservador se opuseram veementemente contra Hitler e o nazismo, como por exemplo, Ernst Jünger.[3] Outros membros como Carl Schmitt filiaram-se posteriormente ao partido nazista.[4]

Revolucionários conservadores frequentemente se referiam ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche como principal influência intelectual do movimento.[5]Apesar da filosofia de Nietzsche ser muitas vezes mal interpretada, ou erroneamente apropriada pelos pensadores da Revolução Conservadora, muitos deles mantiveram desprezo pela ética cristã, democracia, modernidade e igualitarismo como a pedra angular de sua ideologia.[6][7] O historiador Roger Woods escreve que os revolucionários conservadores "construíram", em resposta à guerra e ao instável período de Weimar, um Nietzsche "que defendia um ativismo autojustificativo, autoafirmação desenfreada, guerra sobre a paz e a elevação do instinto sobre a razão."[8]

Apesar de existirem pensadores de correntes semelhantes em outros países europeus - como Georges Sorel, Maurice Barrès, Vilfredo Pareto ou Zeev Jabotinsky - o termo em alemão costuma estar relacionado apenas à facção alemã da época da República de Weimar.[9]

  • Travers, Martin (2001). Critics of Modernity: The Literature of the Conservative Revolution in Germany, 1890-1933. [S.l.]: Peter Lang Publishing. ISBN 0-8204-4927-X 
  • Herf, Jeffrey (2002). Reactionary Modernism: Technology, Culture, and Politics in Weimar and the Third Reich reprint ed. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0-521-33833-6 
  • Stern, Fritz (1974). The Politics of Cultural Despair: A Study in the Rise of the Germanic Ideology New ed. [S.l.]: University of California Press. ISBN 0-520-02626-8 
  • Woods, Roger (1996). The Conservative Revolution in the Weimar Republic. [S.l.]: St. Martin’s Press. p. 29. ISBN 0-333-65014-X 

Leitura complementar

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  • Dakin, Edwin F. Today and Destiny: Vital Excepts from the Decline of the West of Oswald Spengler. New York: Alfred A. Knopf, 1962.
  • "Arthur Moeller van den Bruck: Une 'Question a la Destinee Allemande.'" Nouvelle Ecole No. 35 (January 1980), pp. 40–73.
  • De Benoist, Alain. "Julius Evola, réactionnaire radical et métaphysicien engagé. Analyse critique de la pensée politique de Julius Evola," Nouvelle Ecole, No. 53–54 (2003), pp. 147–69.
  • Dugin, Alexander. "Conservatism and Postmodernity", in The Fourth Political Theory. London: Arktos, 2012.
  • Fischer, Klaus P. History and Prophecy: Oswald Spengler and the Decline of the West. New York: P. Lang, 1989.
  • Gottfried, Paul. Carl Schmitt: Politics and Theory. Westport and New York: Greenwood Press, 1990.
  • Gottfried, Paul. “Hugo von Hofmannsthal and the Interwar European Right.” Modern Age, Vol. 49, No. 4 (Fall 2007), pp. 508–19.
  • Haag, John J. Othmar Spann and the Politics of "Totality": Corporatism in Theory and Practice. Ph.D. Thesis, Rice University, 1969.
  • Hansen, H.T. "Julius Evola’s Political Endeavors". In: Evola, Julius. Men Among the Ruins: Postwar Reflections of a Radical Traditionalist. Rochester: Inner Traditions, 2002.
  • Hughes, H. Stuart. Oswald Spengler: A Critical Estimate. New York: Scribner's, 1962.
  • Jacob, Alexander. Europa: German Conservative Foreign Policy 1870-1940. Lanham, MD, USA: University Press of America, 2002.
  • Jones, Larry Eugene & Retallack, James (eds.). Between Reform, Reaction, and Resistance. Studies in the History of German Conservatism from 1789 to 1945. Providence, Oxford: Berg., 1993.
  • Jones, Larry Eugene. "Edgar Julius Jung: The Conservative Revolution in Theory and Practice." Conference Group for Central European History of the American Historical Association, vol. 21, Issue 02 (1988), pp. 142–174.
  • Jung, Edgar Julius. The Rule of the Inferiour, 2 Vols. Lewiston, New York: Edwin Mellen Press, 1995.
  • Kaes, Anton, Martin Jay, & Edward Dimendberg (eds.). The Weimar Republic Sourcebook. Berkeley: University of California Press, 1994.
  • Kaltenbrunner, Gerd-Klaus. Europa: Seine geistigen Quellen in Portraits aus zwei Jahrtausenden, Vol. 1. Heroldsberg: Christiania-Verlag, 1981.
  • Lauryssens, Stan. The Man Who Invented the Third Reich: The Life and Times of Arthur Moeller Van Den Bruck. Sutton Publishing, NY, 2003.
  • Maass, Sebastian. Die andere deutsche Revolution: Edgar Julius Jung und die metaphysischen Grundlagen der Konservativen Revolution. Kiel: Regin Verlag, 2009.
  • Messner, Johannes. Social Ethics: Natural Law in the Western World. St. Louis, MO: B. Herder Book Co., 1965.
  • Moeller van den Bruck, Arthur. Germany's Third Empire. London: Arktos Media, 2012.
  • Mohler, Armin. Die Konservative Revolution in Deutschland 1918–1932. Stuttgart: Friedrich Vorwerk Verlag, 1950.
  • Muller, Jerry Z. The Other God that Failed: Hans Freyer and the Deradicalization of German Conservatism. Princeton: Princeton University Press, 1988.
  • Struve, Walter. Elites Against Democracy; Leadership Ideals in Bourgeois Political Thought in Germany, 1890-1933. Princeton: Princeton University, 1973.
  • Sunic, Tomislav. Against Democracy and Equality: The European New Right, Third Edition. London: Arktos, 2010.
  • Szaz, Zoltan Michael. "The Ideological Precursors of National Socialism." The Western Political Quarterly, Vol. 16, No. 4 (Dec., 1963), pp. 924–945.
  • Von Klemperer, Klemens. Germany's New Conservatism: Its History And Dilemma In The Twentieth Century. Princeton: Princeton University Press, 1968.

Ligações externas

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Referências

  1. Gilbert Merlio, "A" revolução conservadora ", contra-revolução ou revolução de outro tipo? »In Manfred Gangl (dir.), Hélène Roussel (dir.), Intelectuais e o Estado sob a República de Weimar , Éditions MSH, 1993, p. 54
  2. MOHLER, A. Die Konservative Revolution in Deutschland 1918-1932.
  3. Barr, Hilary Barr. «An Exchange on Ernst Jünger». New York Review of Books 
  4. Review: Carl Schmitt and the Nazis Reviewed Work: Carl Schmitt im Dritten Reich by Bernd Rüthers Review by: Bill Scheuerman German Politics & Society No. 23, Economic Aspects of German Unification (Summer 1991), pp. 71-79 (9 pages) Published By: Berghahn Books
  5. Louis Dupeux, "Die Intellektuellen der konservativen Revolution und ihr Einfluß zur Zeit der Weimarer Republik", in Walter Schmitz et al., Völkische Bewegung – Konservative Revolution – Nationalsozialismus. Aspekte einer politisierten Kultur, Dresden, Thelem, 2005, p. 3.
  6. Oswald Spengler, "Nietzsche und sein Jahrhundert" (speech of October 1924), in Reden und Aufsiitze, 3rd ed. (Munich: Beck, 1951), pp. 110–24 (pp. 12–13).
  7. Jünger, Ernst (1929). Das Wäldchen 125: eine Chronik aus den Grabenkämpfen, 1918 (in German). E. S. Mittler. p. 154.
  8. Woods, Roger (1996). The Conservative Revolution in the Weimar Republic. St. Martin's Press. ISBN 0-333-65014-X. pp-57-58
  9. Bernhard Dietz: Gab es eine „Konservative Revolution“ in Großbritannien? – Rechtsintellektuelle am Rande der Konservativen Partei 1929–1933. Vgl. Marcello Veneziani: La rivoluzione conservatrice in Italia; sowie Armin Mohler: George Sorel – Erzvater der Konservativen Revolution. Edition Antaios, 2002.