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Llamil Simes

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O time do Huracán de 1946. Simes é o quarto jogador em pé, da esquerda para a direita. Os dois primeiros agachados são Juan Carlos Salvini e Norberto Méndez, com quem jogaria também no Racing. Alfredo Di Stéfano é o terceiro.

Llamil Simes - em árabe, جميل سيمويز (Córdoba, 19 de março de 1923 - 20 de fevereiro de 1980) - foi um futebolista argentino.

De origem árabe - seu nome é a versão local de Jamil -, começou a carreira no Huracán, em 1943. Recebeu o apelido de Saeta ("flecha") por sua velocidade. Alfredo Di Stéfano, com quem chegou a jogar no clube de Parque Patricios em 1946, receberia a mesma alcunha, mas acrescida de Rubia ("loira") justamente para diferenciar-se de Simes.[1] No Globo, onde marcou 40 vezes em 93 partidas,[2] jogou ao lado de outros celebrados atacantes: Norberto Méndez, Juan Carlos Salvini, Herminio Masantonio, Emilio Baldonedo e Arsenio Erico. Junto com os dois primeiros, transferiu-se em 1947 para o Racing, um dos cinco grandes do futebol argentino,[3] mas que enfrentava jejum de títulos desde 1925, ainda na época anterior ao profissionalismo (adotado na Argentina em 1931).[4]

Em dois anos, quebrou-se o jejum. A equipe de Avellaneda, impulsionada pela linha ofensiva formada por Méndez, Mario Boyé, Rubén Bravo, Ezra Sued e ele, sagrou-se campeã em 1949, e com Simes terminando como artilheiro do certame.[5] La Academia conquistaria ainda os dois campeonatos seguintes, tornando-se a primeira equipe a ser tricampeã seguida no profissionalismo. Até então, somando-se os três títulos profissionais com os nove amadores, o Racing também tornava-se a mais vitoriosa equipe argentina, ao lado do Boca Juniors.[4]

Em 1950, foi também inaugurado o Juan Domingo Perón, o estádio racinguista, tendo sido de Simes o primeiro gol marcado no Cilindro. Entendia-se tão bem o colega Sued, também de origens árabes, que dizia-se que ambos conversavam em árabe nas partidas. Já veterano e com ele e a equipe em certa decadência, deixou o Racing ao fim de 1955,[6] sendo o quinto maior artilheiro do clube, totalizando 106 gols [7] em 179 partidas,[2] oito deles em cima do arquirrival Independiente.[6] No ano seguinte, aposentou-se sem gols no pequeno Tigre, ainda assim estando entre os trinta maiores goleadores do futebol argentino.[2]

Referências

  1. «Alfredo Di Stéfano: el Saeta Rubia». Enciclopedia de Huracán. Março de 2011. Consultado em 20 de julho de 2011 
  2. a b c COUTO, Tomás Rodriguez (21 de março de 2001). «Argentina - All-Time Topscorers». RSSSF. Consultado em 20 de julho de 2011 
  3. Norberto Méndez (fevereiro de 2011). El Gráfico Especial n. 28 - "100 Ídolos de Racing", pp. 106-107
  4. a b GORGAZZI, Osvaldo José (16 de junho de 2011). «Argentina - List of Champions and Runners-Up». RSSSF. Consultado em 20 de julho de 2011 
  5. SERNA, Emmanuel Castro (9 de julho de 2009). «Argentina - List of Topscorers». RSSSF. Consultado em 20 de julho de 2011 
  6. a b Llamil Simes (fevereiro de 2011). El Gráfico Especial n. 28 - "100 Ídolos de Racing", p. 23
  7. Goleadores históricos (fevereiro de 2011). El Gráfico Especial n. 28 - "100 Ídolos de Racing", p. 122