Diferencial (infinitesimal)
Cálculo |
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Cálculo especializado |
O termo diferencial é usado em cálculo para referenciar a uma mudança infinitesimal (infinitamente pequena) em alguma quantidade variando. Por exemplo, se x é uma variável, então uma mudança no valor de x é frequentemente denotada Δx (pronunciado delta x). O diferencial dx representa uma mudança infinitamente pequena na variável x. A ideia de uma mudança infinitamente pequena ou infinitamente lenta é extremamente útil intuitivamente, e existem algumas maneiras de fazer a noção matematicamente precisa.
Usando o cálculo é possível relacionar as mudanças infinitamente pequenas de várias variáveis a cada outra matematicamente usando derivadas. Se y é uma função de x, então o diferencial dy de y é relacionado a dx pela fórmula
onde dy/dx denota a derivada de y em relação a x. Esta fórmula sumariza a ideia intuitiva de que a derivada de de y em relação a x é o limite da razão das diferenças Δy/Δx quando Δx se torna infinitesimal.
Existem diversas abordagens para tornar a noção de diferenciais matematicamente precisa.
- Diferenciais como transformações lineares. Esta abordagem é a base da definição de derivada total e da derivada exterior em geometria diferencial.[1]
- Diferenciais como elementos nilpotentes de anéis comutativos. Esta abordagem é popular em geometria algébrica.[2]
- Diferenciais em modelos contínuos da teoria dos conjuntos. Esta abordagem é conhecida como geometria diferencial sintética ou análise infinitesimal contínua sendo intimamente relacionada com a abordagem algébrica geométrica, com exceção de que ideias da topos são usadas para ocultar o mecanismo pelo qual infinitesimais nilpotentes são introduzidos.[3]
- Diferenciais como infinitesimais em sistemas de números hiper-reais, que são extensões dos números reais que contém infinitesimais inversíveis e números largamente infinitos. Esta é a abordagem da análise não padronizada do pioneiro Abraham Robinson.[4]
Estas abordagens são muito distintas umas das outras, mas tem em comum a ideia de ser quantitativa, ou seja, dizendo não apenas que um diferencial é infinitamente pequeno, mas quão pequeno ele é.
Referências
- ↑ Darling 1994.
- ↑ Eisenbud & Harris 1998.
- ↑ See Kock 2006 and Moerdijk & Reyes 1991.
- ↑ See Robinson 1996 and Keisler 1986.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Apostol, Tom M. (1967), Calculus, ISBN 978-0-471-00005-1 2nd ed. , Wiley.
- Bell, John L. (1998), Invitation to Smooth Infinitesimal Analysis (PDF).
- Boyer, Carl B. (1991), «Archimedes of Syracuse», A History of Mathematics, ISBN 978-0-471-54397-8 2nd ed. , John Wiley & Sons, Inc..
- Darling, R. W. R. (1994), Differential forms and connections, ISBN 978-0-521-46800-8, Cambridge, UK: Cambridge University Press.
- Eisenbud, David; Harris, Joe (1998), The Geometry of Schemes, ISBN 978-0-387-98637-1, Springer-Verlag
- Keisler, H. Jerome (1986), Elementary Calculus: An Infinitesimal Approach 2nd ed. .
- Kock, Anders (2006), Synthetic Differential Geometry (PDF) 2nd ed. , Cambridge University Press.
- Lawvere, F.W. (1968), Outline of synthetic differential geometry (PDF) (publicado em 1998).
- Moerdijk, I.; Reyes, G.E. (1991), Models for Smooth Infinitesimal Analysis, Springer-Verlag.
- Robinson, Abraham (1996), Non-standard analysis, ISBN 978-0-691-04490-3, Princeton University Press.