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Lockheed C-130 Hercules

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(Redirecionado de C-130)
C-130 Hercules
Avião
Lockheed C-130 Hercules
Um C-130E da USAF
Descrição
Tipo / Missão Aeronave de transporte, com motores turboélice, quadrimotor monoplano
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Lockheed
Lockheed Martin
Período de produção 1954-presente
Quantidade produzida Até 2015 +13450
Custo unitário C-130H: US$30,1 milhões
Desenvolvido em Lockheed Martin C-130J Super Hercules
Primeiro voo em 23 de agosto de 1954 (70 anos)
Variantes
Tripulação 5 - dois pilotos, navegador, engenheiro de voo, encarregado de carga
Carga útil 33 000 kg (72 800 lb)
Especificações (Modelo: C-130H)
Dimensões
Comprimento 29,80 m (97,8 ft)
Envergadura 40,4 m (133 ft)
Altura 11,6 m (38,1 ft)
Área das asas 162,1  (1 740 ft²)
Alongamento 10.1
Peso(s)
Peso vazio 34 400 kg (75 800 lb)
Peso máx. de decolagem 70 300 kg (155 000 lb)
Propulsão
Motor(es) 4 x turboélices Allison T56-A-15
Potência (por motor) 4 590 hp (3 420 kW)
Performance
Velocidade máxima 592 km/h (320 kn)
Velocidade de cruzeiro 540 km/h (292 kn)
Alcance (MTOW) 3 800 km (2 360 mi)
Teto máximo 10 060 m (33 000 ft)
Razão de subida 9,3 m/s
Aviônica
Tipo(s) de radar(es) 1 x Westinghouse Electronic Systems (hoje Northrop Grumman) AN/APN-241 de navegação e clima
Notas
Capacidade: 92 passageiros ou
64 paraquedistas ou
74 macas e 5 pessoal médico ou
6 paletes ou
2-3 x Humvees ou
2 x veículos blindados de transporte de pessoal M-113
Dados de: USAF C-130 Hercules fact sheet,[1] International Directory of Military Aircraft,[2] Complete Encyclopedia of World Aircraft[3] e Encyclopedia of Modern Military Aircraft[4]

O Lockheed C-130 Hercules é um avião militar quadrimotor, turboélice, de asa alta, cuja função principal é a de transporte aéreo, com grande utilização em forças armadas de todo o mundo. Capaz de pousar ou decolar em pistas pequenas ou improvisadas, foi concebido para o transporte de tropas e cargas.[5]

Atualmente desempenham uma larga gama de papéis, incluindo lançamento de pára-quedistas, reconhecimento climático, reabastecimento aéreo, combate aéreo a incêndios e evacuação médica.

Existem mais de quarenta modelos do Hercules em utilização em mais de cinquenta nações. Passadas seis décadas de serviço, a família C-130 estabeleceu um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.

É do Hercules o recorde de mais longo ciclo de produção de aviões militares. O primeiro protótipo, o YC-130, voou a 23 de agosto de 1954, decolando nas instalações da Lockheed, em Burbank, na Califórnia. A aeronave com número de série 53-3397 foi pilotada por Stanley Beltz e Roy Wimmer. Uma vez montado o segundo protótipo, a produção foi trasladada para Marietta, Geórgia, onde foram construídos mais de duas mil aeronaves.

Em 1951, após a primeira crise com a URSS, os Estados Unidos decidiram modernizar a frota de transporte, constituída essencialmente pelos C-47 Skytrain e C-119 Flying Boxcar, que participaram na Segunda Guerra Mundial. Assim, a USAF iniciou uma demanda por aviões de assalto que pudessem decolar e aterrar em pistas rudimentares.

Em 1952, a USAF aceitou o projecto YC-130A da Lockheed e encomendou dois aparelhos. Em 9 de dezembro, o C-130A entrou em serviço.

Variações do C-130

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  • YF-130: Os dois protótipos, com motores T56-A-1 de 3 250 cv e radar APS-42;
  • C-130A: Versão da série inicial (216 exemplares) com 4x T56A-1A ou T56-A-9 de 3 750 cv e radar APN-59;
  • C-130D: Melhoramento do C-130A adaptado para efectuar ligações entre bases no Ártico, com esquis de 6,22 m (12 exemplares);
  • C-130B: Segunda versão e série (230 exemplares) com 4x T56-A-7 de 4 50 cv. 470 km de alcance ou mais graças a um depósito suplementar;
  • C-130E: Adaptação do C-130B com dois reservatórios externos e reforço da fuselagem;
  • C-130H: Terceira versão de série equipada com T56-A-15 de 4 910 cv
  • C-130H-30: Modelo para exportação, alongado de 4,57 m
  • C-130K ou C Mk 1: Versão destinada à Royal Navy (Marinha Britânica) (100 exemplares);
  • C-130J: Versão modernizada.

Posteriormente surgiram novas versões derivadas do C-130, como o AC-130, o KC-130 (reabastecimento em voo) e MC-130 (tropas especiais norte-americanas), WC-130 (de reconhecimento meteorológico) e muitos outros. Para missões civis, destaca-se o L-100 e a aplicação do C-130 ao combate de incêndios.[6][7]

Emprego na Força Aérea Portuguesa

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Modelos de C-130 de Forças Aéreas de países europeus

Foram adquiridos seis aviões que entraram ao serviço em 15 de setembro de 1977.

Estão colocados na Esquadra 501, "Bisontes" da Base Aérea Nº 6, que se constitui numa unidade de transporte aéreo táctico executando, também, missões de busca e salvamento.

Em 11 de Julho de 2016, um C-130 da Esquadra 501 "Bisontes" (Onde Necessário, Quando Necessário) sofreu um incêndio quando de uma saída de pista ocorrida, durante uma missão de treino de tripulações designada por "Toca e Anda", onde o avião se faz à pista, aterra e sem parar o seu movimento, descola novamente. Deste acidente resultaram três fatalidades, todos militares da Força Aérea Portuguesa.[8]

Emprego na Força Aérea Brasileira

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O avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousa na Base Aérea de Natal, trazendo a bordo os corpos das 16 primeiras vítimas do voo Air France 447. Foto: Valter Campanato/ABr.

A Força Aérea Brasileira recebeu seus primeiros três C-130E em 1964. Outras cinco aeronaves se juntaram a frota até 1968. Estas aeronaves equiparam o 1º/1º Grupo de Transporte. Em 1969, foram recebidos três SC-130 para busca e salvamento (SAR) para equipar o 1º/6º Grupo de Aviação e, a partir de 1988, para o 1º/1º Grupo de Transporte.

Em 1975 e 1976, foram recebidos três C-130H e dois KC-130H (versão de reabastecimento em voo). Essas aeronaves foram entregues ao 2º/1º Grupo de Transporte de Tropa e hoje são operadas pelo 1º/1º Grupo de Transporte.

Em 1987 foram adquiridos outros três C-130H. Finalmente em 2001, foram compradas 10 aeronaves C-130H da Itália. Estas últimas passaram por um amplo processo de modernização, estão recebendo cockpit digital e um sistema de autodefesa com chaffs e flares. Isto permitirá o emprego operacional destas aeronaves inclusive em zonas de combate, bem próximo a linha de frente ou com ameaça aérea inimiga.[9]

Em sua história, a FAB operou 29 aeronaves C-130. Destas, estão operacionais 23. São missões do C-130 na FAB o transporte de carga, transporte de tropas, apoio ao programa antártico brasileiro, lançamento de pára-quedistas, reabastecimento em voo, combate à incêndio em voo com 12,8 mil litros de água e busca e salvamento.

O Hercules foi aposentado pela FAB no final de 2023, após 60 anos de operação. Foi substituído por unidades do Embraer C-390 Millennium, mais rápido e moderno, com maior capacidade de carga.[10]

Ressuprindo Ferraz

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Todos os anos, desde agosto de 1983, aeronaves C-130 são destacadas para suprir a Base Comandante Ferraz, na Antártica. São realizados ao todo dez vôos anuais. A aeronave realiza o pouso em uma pista congelada e de dimensões restritas na base chilena "Estação Eduardo Frei Montalva", o que representa um alto grau de dificuldade, requerendo treinamento específico e intenso das tripulações, devido às condições meteorológicas extremas que imperam na região. Após o pouso, material e pessoal são transportados para a Base Comandante Ferraz nos navios brasileiros.

Durante o inverno, período em que os navios de pesquisa brasileiros ficam impossibilitados de navegar nas águas congeladas da Antártida, e devido à distância da base chilena, o 1º/1º Grupo de Transporte realiza lançamento de fardos (ressuprimento aéreo) na Base Comandante Ferraz, pelo qual todo o material de que necessita a estação brasileira é lançado por meio de paraquedas, haja vista não existir uma pista na localidade por conta da geografia do local.[11][12]

Países que operam o C-130 Hercules
Força Aérea Filipina e empregados do Exército descarregam suprimentos de um C-130 para transferi-los para helicópteros americanos onde seriam entregues na Ilha Panay.
Primeiro avião-tanque da Força Aérea Brasileira (FAB) chegando ao Campo dos Afonsos, em 30 de outubro de 1975

Referências

  1. "USAF C-130 Hercules fact sheet." USAF.
  2. Frawley, Gerard. The International Directory of Military Aircraft, 2002/03, p.108. Fyshwick, ACT, Australia: Aerospace Publications Pty Ltd, 2002. ISBN 1-875671-55-2.
  3. Donald, David, ed. "Lockheed C-130 Hercules". The Complete Encyclopedia of World Aircraft. New York: Barnes & Noble Books, 1997. ISBN 0-7607-0592-5.
  4. Eden, Paul. "Lockheed C-130 Hercules". Encyclopedia of Modern Military Aircraft. London: Amber Books, 2004. ISBN 1-904687-84-9.
  5. Valduga, Fernando (23 de outubro de 2022). «Por que é tão difícil substituir o C-130 Hercules?». Cavok Brasil - Notícias de Aviação em Primeira Mão. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  6. Centeno, Gabriel (15 de maio de 2022). «C-130 Hércules: Conheça cinco versões especiais do clássico avião». AEROFLAP. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  7. oi, Editor. «C-130 Hércules». Consultado em 2 de novembro de 2022 
  8. WEBTEAM, FAP-. «Força Aérea Portuguesa». www.emfa.pt. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  9. Martins, Carlos (16 de fevereiro de 2021). «Força Aérea Brasileira irá aposentar o lendário avião C-130 Hércules em dois anos». AEROIN. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  10. «Embraer KC-390 é mais rápido, mais moderno e leva mais carga que Hercules». economia.uol.com.br. Consultado em 28 de junho de 2021 
  11. «Voos antárticos». FAB. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  12. «Marinha do Brasil - 30 anos na Antártida». FAB. Consultado em 2 de novembro de 2022 

Ligações externas

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Artigos relacionados:
Desenvolvimento: AC-130 - MC-130
Equivalência: Airbus A400M
Série: C-127 - C-128 - C-129 - C-130 - C-131 - C-132 - C-133
Listas relacionadas: Lista de aviões - Lista de aviões militares
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