Sinérgides
Sinérgides (do grego synergós + eidos), ou células auxiliares menores,[1] é a designação dada em botânica às duas células (ou mais correctamente às duas massas protoplásmicas) que no saco embrionário das angiospermas ladeiam a oosfera, as quais tem como funções guiar o tubo polínico e receber os núcleos espermáticos durante a polinização.[2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Em conjunto com a oosfera estas células formam o «aparato filar» ou «aparato filiforme» de polinização do óvulo. Localizada imediatamente atrás do orifício do micrópilo, no extremo do saco embrionário das angiospermas, ambas são células com núcleo celular e cooperam com a oosfera durante a fecundação: o tubo polínico estabelece contacto com o saco embrionário no aparato filar sendo guiado para uma das sinérgides, que atravessa, e de imediato, mediante sinalização bioquímica gerada pela células, se forma um poro no extremo do tubo para que possa descarregar o seu conteúdo no citoplasma da sinérgide. Desse modo, um dos núcleos do grão de pólen prossegue e funde-se com a oosfera.
No contexto da dupla fertilização, as células sinérgides têm uma função importante. O tubo polínico esvazia-se para dentro de uma dessas células, após o que os dois núcleos dos espermatozóides nela localizados migram até atingir a oosfera e a célula central do saco embrionário onde estão localizados os núcleos polares.[2]
Em experiências realizadas foi possível comprovar que as sinérgidas têm como principal função de atrair o tubo polínico atrás da produção de sinais bioquímicos.[3]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Fritz Kobel: Lehrbuch des Obstbaus. Springer, 1931, ISBN 978-3-662-05463-5, p. 91.
- ↑ a b Eintrag Synergiden in Kompaktlexikon der Biologie, Spektrum Akademischer Verlag, Heidelberg
- ↑ Katharina Munk (editora): Botanik. Thieme, 2009, ISBN 978-3-13-144851-4, p. 167 f.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Font Quer, P. (1982). Diccionario de Botánica. 8ª reimpresión. [S.l.]: Barcelona: Editorial Labor, S. A. 84-335-5804-8
- Parodi, L.R. 1987. Gramíneas. En: Enciclopedia Argentina de Agricultura y Jardinería. Tomo I. Segundo Volumen. Descripción de plantas cultivadas. Editorial ACME S.A.C.I., Buenos Aires, PP: 1112.
- Strassburger, E. 1994. Tratado de Botánica. 8va. edición. Omega, Barcelona, 1088 p.