Saltar para o conteúdo

Tigre

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTigre[1]
Ocorrência: 1–0 Ma

PleistocenoHoloceno

Tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris).
Tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris).
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Superfilo: Deuterostomia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Laurasiatheria
Ordem: Carnivora
Subordem: Feliformia
Família: Felidae
Subfamília: Pantherinae
Género: Panthera
Espécie: P. tigris
Nome binomial
Panthera tigris
(Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica
Mapa de distribuição do tigre em 1900 (em laranja) e após 1990 (em vermelho).
Mapa de distribuição do tigre em 1900 (em laranja) e após 1990 (em vermelho).
Subespécies
P. t. tigris

P. t. corbetti

P. t. jacksoni

P. t. sumatrae

P. t. altaica

P. t. amoyensis

P. t. virgata

P. t. balica

†?P. t. sondaica

P. t. soloensis

P. t. acutidens

P. t. trinilensis

O tigre [feminino: tigresa] (nome científico: Panthera tigris) é um mamífero carnívoro da família dos felídeos, que habita o continente asiático.[3][4] Dentre suas subespécies é o maior entre todos os felinos selvagens do mundo.[5] São animais extremamente territoriais e solitários. Classificado como um superpredador em seu ecossistema respectivo, o tigre é tido como o terceiro maior carnívoro terrestre da contemporaneidade, excedido em porte unicamente pelo urso-polar e pelo urso-pardo.[6]

É o felino com maior variação de tamanho do mundo entre subespécies, com o tigre-siberiano alcançando até 310 kg enquanto o tigre-de-bali alcançava no máximo 100 kg; tamanho comparável a suçuaranas e leopardos. Algumas estimativas sugerem que existem menos de 2500 indivíduos reprodutores maduros, com nenhuma subpopulação com mais de 250 indivíduos reprodutores maduros. A população era estimada em 100 000 indivíduos no início do século XX. Em tempos atuais, entretanto, apenas cerca de 4 000 indivíduos sobrevivem, uma queda de 97%.

Tigres já foram encontrados da Turquia à Sibéria e da ilha de Java à Índia. Hoje em dia estão restritos principalmente a algumas regiões do Sudeste Asiático, Sibéria e Índia. Três das subespécies estão extintas: o tigre-do-cáspio (encontrado em certas regiões da antiga União Soviética, Turquia, Oriente Médio, Afeganistão e Mongólia), tigre-de-java (encontrado em Java) e tigre-de-bali (que era encontrado apenas em Bali).

Tigresa em cativeiro, filme feito por volta de 1886.

É um dos animais mais carismáticos do mundo, sendo símbolo da conservação da natureza e um dos animais mais populares. É o animal símbolo de diversos países da Ásia e mascote de diversas empresas em todo o mundo.

"Tigre" vem do iraniano, através do grego τίγρις e do latim tigris.[7] Significa literalmente "flecha", por ser "certeiro, rápido, silencioso e mortal como uma flecha".[8][9][10]

Taxonomia e evolução

[editar | editar código-fonte]

Em 1758, Lineu primeiro descreveu a espécie em sua obra Systema Naturae, sob o nome científico Felis tigris.[11] Em 1929, o taxonomista britânico Reginald Innes Pocock subordinou as espécies no gênero Panthera, usando o nome científico Panthera tigris.[12]

A palavra Panthera é provavelmente de origem oriental e rastreável ​​até à palavra pantera em grego, a palavra panthera em latim, a palavra pantere do francês antigo, o mais provável que signifique "o animal amarelado", ou de pandarah significando branco-amarelado. A derivação do grego pan-("todos") e ther ("besta") pode ser etimologia popular.[13]

Restauração de Panthera zdanskyi.

Parentes vivos mais próximos do tigre são o leão, leopardo e a onça-pintada, todos os quais são classificados sob o gênero Panthera. O mais velho parente extinto do tigre, chamado Panthera zdanskyi, foi encontrado na província de Gansu, noroeste da China. Esta espécie é considerada como um táxon irmão do tigre atual e viveu cerca de 2 milhões de anos atrás, no início do Pleistoceno. Era menor do que o tigre moderno, sendo do tamanho de um jaguar, e, provavelmente, não têm o mesmo padrão de pelagem. Apesar de ser considerado mais "primitivo", era funcionalmente e possivelmente ecologicamente semelhante ao seu primo moderno. Como Panthera zdanskyi viveu no noroeste da China, que pode ter sido onde a linhagem de tigres originou. Tigres cresceram em tamanho, possivelmente em resposta a radiações adaptativas de espécies de presas, como veados e bovídeos que possam ter ocorrido no Sudeste Asiático durante o início do Pleistoceno.[14]

Os primeiros fósseis de verdadeiros tigres são de Java, e têm entre 1,6 e 1,8 milhão de anos. Fósseis distintos são conhecidos dos depósitos do início e meio do Pleistoceno na China e Sumatra. A subespécie chamada tigre-de-trinil (Panthera tigris trinilensis) viveu cerca de 1,2 milhão de anos e é conhecido a partir de fósseis encontrados em Trinil, Java.[15]

Tigres primeiro chegaram ao subcontinente indiano e depois ao norte da Ásia no final do Pleistoceno, atingindo o leste de Beríngia (mas não o continente americano), Japão e Sakhalin. Fósseis encontrados no Japão indicam que os tigres locais eram, como as subespécies insulares sobreviventes, menores do que as formas do continente, um exemplo de nanismo insular. Até ao Holoceno, os tigres também viviam em Bornéu, assim como na ilha de Palawan, nas Filipinas.[16]

Sequência completa do genoma do tigre foi publicada em 2013. Ele e outros genomas de felinos foram descobertos a ter semelhante composição de repetição e uma sintenia sensivelmente conservada.[17]

Em 2017 a Cat Classification Task Force passou a classificar todos os tigres continentais como Panthera tigris tigris, colocando o que antes eram subespécies separadas como populações regionais de P. t. tigris; E todos os tigres das Ilhas da Sonda, não-continentais, como Panthera tigris sondaica.[18]

Há uma constante discussão sobre o número total de subespécies de tigre e quais são estas, e consequentemente as mesmas são reclassificadas constantemente com base em novos estudos, geralmente diminuindo o número de subespécies, ao definir o que antes era determinada subespécie separada em apenas mais uma população regional de uma mesma subespécie anterior. Contudo o IUCN lista nove subespécies distintas de tigre, três das quais estão extintas.[2] As nove ocupavam historicamente uma extensa área que englobava a Rússia Asiática, Sibéria, Irã, Cáucaso, Afeganistão, antiga Ásia Central Soviética, Subcontinente indiano, China, todo o sudeste da Ásia e Insulíndia (ilhas de Sumatra, Java e Bali). Hoje em dia, se encontram extintos em muitos países da Ásia.[2] Estas são as nove subespécies relacionadas pela IUCN:[2]

(Panthera tigris altaica)

Encontram-se em vales com encostas rochosas do rio Amur. Está agora confinado a uma pequena área no leste da Rússia, onde é protegido. Antigamente habitava a Coreia, Manchúria (região nordeste da China), sudeste da Sibéria e leste da Mongólia.[19] Desde 1922, quando um indivíduo foi visto e caçado pela última vez, não são mais vistos na Coreia do Sul.[20] Em liberdade, existem entre 480 e 540 indivíduos, segundo o censo de 2015. Algumas populações não são geneticamente viáveis, por estarem sujeitas a cruzamentos consanguíneos.[21] Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas).[22]

O tigre-siberiano é a única subespécie atual que vive em um clima frio.

É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente atualmente.[5] O tamanho é variável com a subespécie, pesando, na maior parte das vezes, entre 180 e 306 quilogramas em machos e as fêmeas entre 100 e 167. O comprimento do corpo fica de 2,4 a 3,3 metros.[23] As informações sobre o tamanho máximo são confusas e não há um veredito sobre o maior na natureza. De acordo com a edição do Guinness Book of world records, de 1988, um tigre siberiano macho de cativeiro, chamado Jaipur, chegou a pesar, aos 7 anos e meio de idade, 423 kg e possuía 3,32 metros de comprimento, sendo o felino mais pesado do mundo. Há um relato de um tigre siberiano macho que foi baleado em Sikhote Allin no ano de 1950, que pesava 384 kg.[24] Jaipur chegou a pesar 465 kg, antes de sua morte em 1999.[25] A sua dieta é formada principalmente de suínos selvagens, veados, alces. Caçam, ainda, outros mamíferos, como ursos-pardos e ursos-negros-asiáticos.[24][26]

Tigre-do-sul-da-china do projeto Save China's Tigers.

(Panthera tigris amoyensis) — É a mais criticamente ameaçada das subespécies, caminhando rapidamente à extinção. Até o começo dos anos 1950, havia, aproximadamente, 4 000 tigres na República Popular da China.[27] Mas em 1959, Mao Tse Tung, na época do "Grande Salto Adiante", declarou os tigres uma praga. Seguiu-se, então, uma brutal perseguição aos tigres, reduzindo-os a 400 indivíduos em 1976 e entre 150–200 indivíduos na natureza em 1982.[27] Em 1987, haviam entre 30–40 restantes.[28] Em uma pesquisa de 2001 não foi encontrado nenhuma evidência da presença de tigres, mas ainda podem existir alguns na natureza, já que há relatos de rastros e avistamentos.[29] Havia apenas 72 exemplares em cativeiro em 2007,[30] a maior parte na República Popular da China, mas que descendem de somente seis exemplares distribuídos em zoos em 1976.[31] A diversidade genética necessária para manter a espécie já não existe, indicando que uma possível extinç��o pode estar próxima.[32]

Tigre-da-indochina no Zoológico de Berlim.

(Panthera tigris corbetti) — Era encontrado no Camboja, Laos, sudoeste da China, Mianmar, Tailândia e Vietnã.[33] Encontra-se extinto na China desde 2007 quando o último foi morto e comido por um caçador ilegal.[34] Habita florestas tropicais e subtropicais úmidas de folhas largas e floresta secas[35] em preferencialmente regiões montanhosas.[36] De acordo com estimativas do governo das populações de tigres, a população é de 352 espécimes: 200 na Tailândia, 85 em Mianmar, 20 no Vietnã, outros 20 no Camboja e 17 no Laos.[33]

O tigre-de-sumatra (P. tigris sumatrae) é a menor subespécie vivente de tigre.

(Panthera tigris sumatrae) — É encontrado somente na ilha de Sumatra. Possui pelagem mais escura, e listras mais finas e abundantes[37][38][39] que tendem a desintegrar em pontos perto do fim, além de linhas de pequenos pontos escuros entre listras regulares que podem ser encontradas no dorso, flancos e patas traseiras.[23] Atualmente é a menor das subespécies vivas.[38][39]

A população selvagem estimada é de quatrocentos a quinhentos animais, presentes predominantemente nos cinco parques nacionais da ilha.[40] Em 1978, era estimada em 1 000 animais[41] que caiu para cerca de 800 em 1985.[42] As maiores ameaças a conservação da subespécie incluem desmatamento para plantações de palmeiras de óleo e plantio de acácia, diminuição das presas e comércio ilegal, principalmente para o mercado interno.[43] Pesquisas genéticas recentes revelaram a presença de um marcador genético único, indicando que pode-se desenvolver uma nova espécie, caso não se torne extinto antes.[44]

Um Tigre-de-bengala na reserva nacional de Kanha, na Índia.

(Panthera tigris tigris) — É encontrado nas florestas e savanas de Bangladesh, Butão, Nepal, Índia, Myanmar.[45] É a segunda maior subespécie de tigre. É o animal nacional da Índia e de Bangladesh.[46] Existem menos de 2 500 indivíduos na natureza, a maioria vivendo na Índia e em Bangladesh.[47] O peso é entre 180 e 266 quilogramas para machos, e 100 a 160 para fêmeas.[23] No entanto, o maior tigre-de-bengala encontrado no ambiente selvagem pesava 389 quilogramas e foi morto em 1967,[48] embora esse peso seja um pouco artificial, já que ele havia acabado de comer um búfalo última noite, o que aumentaria o peso em até 45 kg.[49]

Sua dieta consiste em gauros (a maior espécie de bovídeo selvagem do planeta), várias espécies de cervos, javalis, búfalos-d'água selvagens e em alguns casos, chegam a alimentar-se de crocodilos, de ursos-beiçudos e, em casos extremos, de elefantes e rinocerontes asiáticos.[50][51][52][53]

O tigre-malaio recentemente se tornou uma subéspecie distinta devido a estudos genéticos.

(Panthera tigris jacksoni) — Presente exclusivamente no sul da Península Malaia.[2] Até 2004, não era considerada como uma subespécie de tigre. Até então, era tido como parte da subespécie indochinesa. Tal classificação mudou em função de um estudo do Laboratório de Estudos da Diversidade Genômica, parte do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos.[54] Segundo estimativas, a população de tigres malaios selvagens é de 600 a 800 indivíduos.[55][56][57] É um ícone nacional na Malásia,[58] aparecendo no brasão e no logotipo de instituições do país.[59][60][61]

Tigre-de-bali caçado em 1911.

(Panthera tigris balica) — Sua ocorrência era limitada à ilha de Bali, na Indonésia.[62] Estes tigres foram caçados até a extinção. O último exemplar de tigre balinês deve ter sido morto em Sumbar Kima, no oeste de Bali, em 27 de setembro de 1937 e era uma fêmea adulta.[63] Nenhum tigre balinês era mantido em cativeiro. De todas as subespécies, era a menor de todas com tamanho comparável a suçuaranas e leopardos; os machos tinham entre 90–100 kg e as fêmeas entre 65 e 80 kg.[63] Pesavam menos da metade dos tigres-siberianos.[64]

Foto de tigre-de-java capturada no Parque Nacional Ujung Kulon, 1938

(Panthera tigris sondaica) — Era limitado à ilha indonésia de Java. Esta subespécie foi extinta na década de 1970, como resultado de caça e destruição de seu habitat.[62] Mas a extinção desta subespécie tornou-se extremamente provável já na década de 1950, quando havia menos de 25 animais em estado selvagem.[65][66] O último animal selvagem foi avistado em 1976.[67]

Em uma pesquisa de 1994 não foi encontrado nenhum rastro de tigres.[68] Presume-se que a impressão de uma pata com entre 26–28 cm registrada em 1997 possa ser de um tigre, enquanto um grupo ambientalista da Indonésia, liderados por Bambang Darmadja e Wahyu Giri Prasetyo, acredita que alguns pelos e fezes encontrados em 2004 também são provas de sua existência.[69][70][71][72]

Tigres-do-cáspio eram utilizados no Coliseu de Roma. Zoo de Berlim, 1899

(Panthera tigris virgata) — Tornou-se provavelmente extinto na década de 1970, com o último sendo visto em 1961.[73] Era encontrado no Afeganistão, Irã, Iraque, Mongólia, União Soviética e Turquia.[74] De todas as subespécies de tigre era a mais ocidental, sendo a subespécie utilizada no Coliseu de Roma.[75][76] Apresentava pelagem longa na parte inferior do corpo e da cabeça (semelhante a uma barba) durante o inverno.[77]

No começo do século XX, foi alvo de perseguição por parte do governo da Rússia czarista (que acreditava não haver mais espaço para o tigre na região) por conta de um programa de colonização da área.[77]

Foi confirmado recentemente através de um estudo de DNA em 2009 que o tigre-do-cáspio e o tigre siberiano são praticamente a mesma subespécie.[78]

Nega Tiger Última foto de Tyrone. Colorizado, 1887.

(Panthera tigris nega) — Provavelmente extinto em 1887, com o último registro confirmado por exploradores na América do Norte.[1] Era encontrado em áreas densamente florestadas entre o sul dos Estados Unidos e o norte do México, habitando principalmente regiões montanhosas e de vegetação fechada.[2]

Esta espécie se destacava pela coloração única: pelagem negra com listras esparsas e discretas, o que favorecia sua camuflagem em ambientes de baixa luz.[3] Seu comportamento noturno e habilidade de emboscada deram origem a lendas indígenas locais, que o viam como uma fera misteriosa.[4]

O esqueleto de um dos últimos Nega Tigers, apelidado de Tyrone, está em exposição no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York, como parte de uma instalação de arte moderna.[5]

Subespécies inválidas

[editar | editar código-fonte]

Além das subespécies citadas acima, existem algumas subespécies que ainda não foram reconhecidas pela taxonomia.

  • Tigre-coreano (Panthera tigris coreensis) — Habitava a Península da Coreia e o sul da Manchúria, áreas das quais o tigre se encontra extinto desde meados do século XX. Hoje considerado parte do tigre-siberiano.[79]
  • Tigre-de-xinjiang (Panthera tigris lecoqi) — Estudado e classificado por Schwarz em 1916. Vivia no noroeste da China, mais precisamente na província de Xinjiang.[80] É considerado parte do tigre-do-cáspio atualmente.[81]
  • Tigre-do-turquestão (Panthera tigris trabata) — Tal como o tigre de Xinjiang foi estudado e classificado por Schwarz em 1916 e é considerado parte do tigre-do-cáspio.[82] Vivia em áreas dos atuais Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão.[80]
Os ligres crescem anormalmente e costumam desenvolver doenças

Leões têm sido conhecidos por reproduzir com tigres (na maioria das vezes as subespécies de Amur e de Bengala) para criar híbridos chamados ligres e tigreões. Esses híbridos eram comumente criados em zoológicos, mas isso agora é desencorajado devido à ênfase na conservação e ao fato de esses animais desenvolverem doenças e viverem por pouco tempo. Híbridos ainda são criados em zoológicos privados e em jardins zoológicos na China.[83]

O ligre é um cruzamento entre um leão macho e uma tigresa.[84] O pai leão transmite um gene promotor de crescimento, mas o gene inibidor de crescimento correspondente na fêmea está ausente, por isso ligres crescem muito mais do que qualquer um dos pais. Eles compartilham qualidades físicas e comportamentais de ambas as espécies de origem (manchas e listras sobre um "fundo de areia"). Ligres machos são estéreis, mas ligres fêmeas são muitas vezes férteis. Os machos têm cerca de 50% de chance de ter uma juba, mas, mesmo se eles a tiverem, suas jubas terão apenas cerca de metade do tamanho da de um leão puro. São tipicamente entre 3 e 3,3 metros de comprimento (incluindo a cauda) e pode pesar entre 364 e 418 quilos.[84] O maior Ligre do mundo é um macho chamado Hercules, ele está no Guinness Book, possuí 3,33 metros de comprimento total, com 1,25 m na altura da cernelha e pesa 418,2 kg.

O tigreão (Tigon), menos comum, é um cruzamento entre uma leoa e um tigre macho.[85] Como o tigre macho não transmite um gene promovedor do crescimento e a leoa transmite um gene inibidor do crescimento, tigreões são relativamente pequenos, apenas pesando até 150 kg, que é cerca de 10-20% menor do que os leões. Como ligres, eles têm características físicas e comportamentais de ambas as espécies parentais, e os machos são estéreis. As fêmeas são férteis e, por vezes, têm ocasionalmente dado à luz litigreões (Li-tigons) quando acasaladas com um leão; e titigreões (ti-tigons).[83]

Características

[editar | editar código-fonte]

Tigres têm corpos musculosos com membros anteriores poderosos, grandes cabeças, caudas longas e garras enormes. A pelagem é densa e pesada; a coloração varia entre tons de laranja e marrom com áreas ventrais brancas e listras pretas verticais distintas, cujos padrões são únicos para cada indivíduo.[23][86] A sua função provável é de servir como camuflagem na vegetação, como erva alta com fortes padrões verticais de luz e sombra.[86][87] O tigre é uma das poucas espécies de felino listrada; não se sabe por que os pontos são o padrão de camuflagem mais comum entre os felinos.[88] Listras do tigre também são encontradas na pele, de modo que, se fosse para ser raspada, o seu padrão de revestimento distintivo ainda seria visível.

Crânio de tigre (à esquerda) e crânio de leão (à direita).

Eles têm um forte crescimento de um tipo de juba ao redor do pescoço e mandíbulas e bigodes longos, especialmente nos machos. As pupilas são circulares com as íris amarelas. As orelhas pequenas e arredondadas têm uma mancha branca proeminente na parte de trás, cercada por preto.[23] Estas "marcas de olhos", aparentemente, têm um papel importante na comunicação.[89]

O crânio é semelhante ao do leão, embora a região frontal geralmente não é tão achatada, com uma região postorbital ligeiramente mais longa. O crânio de um leão tem aberturas nasais mais amplas. No entanto, devido à variação em crânios das duas espécies, a estrutura da mandíbula inferior é um indicador mais fiável da espécie.[90] O tigre também tem dentes bastante robustos; os caninos um pouco curvados são os mais longos entre todos os felinos vivos, com comprimento de até 10 centímetros.[86]

O mais velho tigre em cativeiro registrado viveu por 26 anos. Um exemplar selvagem, não tendo predadores naturais, poderia, em teoria, viver até uma idade comparável.[91]

Os tigres-siberianos são os maiores felinos do mundo.

Os tigres são os mais variáveis ​​em tamanho de todos os grandes felinos, muito mais do que os leões.[92] O tigre-de-bengala e o siberiano são os mais longos e pesados e, assim, considerados os maiores felinos selvagens vivos, classificando com o extinto tigre-do-cáspio entre os maiores que já existiram.[25] Um tigre macho adulto médio do norte da Índia supera um leão macho adulto médio em cerca de 45,5 kg.[92] Os machos variam em comprimento total entre 250–390 cm e pesam até 310 kg, com comprimento do crânio variando entre 31,6-38,3 cm. As fêmeas variam em comprimento total entre 200 e 275 cm, pesando em média 167 kg com comprimento do crânio variando entre 26,8-31,8 cm.[93] Em ambos os sexos e subespécies, a cauda representa cerca de 0,60 cm a 1,10 m do comprimento total.[23] O tamanho do corpo de diferentes populações parece estar correlacionada com o clima — regra de Bergmann — e pode ser explicado pela termorregulação.[23] Grandes tigres-siberianos machos podem atingir um comprimento total de mais de 3,50 m ao longo das curvas do corpo e 3,30 m do nariz ao final da garupa em linha reta, e podem pesar 310 kg. Este é consideravelmente maior do que o peso alcançado pela menor subespécie vivente de tigre: o tigre-de-sumatra, que vive em clima tropical. No ombro(cernelha), tigres podem ter variavelmente entre 0,70-1,22 m de altura.[24] O peso recorde ainda não é bem definido pois os relatos não tem fontes fiáveis[24] e o peso pode variar já que o tigre pode estar faminto ou ter acabado de comer.[48] Existem relatos de tigres com 384,[24] 389 e 423 kg[94] no meio selvagem e em cativeiro o maior tigre pesava 465 kg e se chamava Jaipur.[25][48]

Eles são uma espécie que tem dimorfismo sexual, as fêmeas são consistentemente menores que os machos. A diferença de tamanho entre machos e fêmeas é proporcionalmente maior nas subespécies maiores, com os machos pesando até o dobro das fêmeas.[95] Os machos também têm almofadas das patas dianteiras mais largas do que as fêmeas, possibilitando o sexo ser identificado através das pegadas.[95]

Variações de cor

[editar | editar código-fonte]
Tigre branco

Um alelo conhecido encontrado apenas nas subespécie de Bengala produz o tigre-branco, o primeiro variante de cor foi registrado no início do século XIX e estima-se ser encontrado em 1 a cada 10 000 nascimentos naturais. Geneticamente, a brancura é recessiva: um filhote nasce branco apenas quando ambos os pais são portadores do alelo para brancura.[96] Não é albinismo, pois há pigmento evidente em listras do tigre-branco e em seus olhos azuis.[86] A mutação responsável muda um único aminoácido na proteína transportadora SLC45A2.[97]

Os tigres brancos são frequentemente criados em cativeiro, onde o relativamente pequeno conjunto de genes pode levar a endogamia. Foram feitas tentativas para cruzar tigres brancos e laranjas para remediar esta situação, muitas vezes misturando subespécies no processo. A endogamia gerou nos tigres brancos uma maior probabilidade de nascerem com defeitos físicos, tais como fenda palatina, escoliose (curvatura da coluna vertebral) e estrabismo.[96] Mesmo sendo aparentemente saudáveis, os tigres-brancos​ ​geralmente não vivem tanto quanto seus homólogos laranjas.[98]

Tigre-dourado

Outro gene recessivo cria o tigre-dourado. Tigres-dourados têm pelagem dourado-claro mais espessa do que o normal, pernas brancas e listras douradas em tom mais escuro. Existem poucos tigres-dourados e são mantidos em cativeiro. Eles são, invariavelmente, pelo menos em parte, tigres-de-bengala. Alguns tigres dourados carregam o gene do tigre-branco,[99] e, quando esses dois tigres acasalam, eles podem produzir alguns descendentes brancos sem listras.

Além do tigre branco e do dourado, ainda há outras possíveis variações de cor não confirmadas. Embora um efeito pseudo-melanístico — listras bem largas que obscurecem o fundo laranja — tenha sido visto visto em alguns exemplares, verdadeiros "tigres negros" não foram autenticados, com a possível exceção de um espécime morto examinado em Chittagong, em 1846. Estes tigres totais ou parcialmente melanísticos, se existirem, são consideradas mutações intermitentes ao invés de uma espécie distinta.[100][101]

Há ainda relatos não confirmados de tigres de um tom "azul" ou cor-de-ardósia, o tigre-maltês. No entanto, enquanto alguns felinos de outras espécies exibem essa coloração como um revestimento sólido, não há configuração genética conhecida que resultaria em listras pretas sobre um fundo azul-cinzento.[100]

Distribuição e habitat

[editar | editar código-fonte]

No passado, os tigres foram encontrados em toda a Ásia, desde o Cáucaso e do Mar Cáspio até a Sibéria e as ilhas indonésias de Java, Bali e Sumatra. Restos fósseis indicam que tigres também estavam presentes em Bornéu e Palawan nas Filipinas, durante o final do Pleistoceno e Holoceno.[102][103]

Tigre na reserva de Ranthambore, Índia.

Durante o século XX, os tigres foram extintos na Ásia ocidental e estavam restritos a bolsões isolados nas partes restantes de sua gama. Eles foram extirpados na ilha de Bali, em 1940, em torno do Mar Cáspio na década de 1970, e em Java em 1980. Este foi o resultado da perda de habitat e a matança contínua de tigres e de suas presas. Hoje, a sua distribuição fragmentada e parcialmente degradada estende da Índia, a oeste, a China e o Sudeste Asiático. O limite norte da área de distribuição é próximo ao rio Amur, no sudeste da Sibéria. A única grande ilha que ainda habitam é Sumatra. Desde o início do século XX, a distribuição geográfica do tigre encolheu 93%. Na década de 1997-2007, a área estimada conhecida da presença de tigres diminuiu 41%.[104][105]

Tigre-siberiano andando na neve. Eles habitam locais mais frios do que as outras subespécies

Os tigres podem ocupar uma grande variedade de tipos de habitats, mas geralmente exigirá cobertura suficiente, a proximidade de água, e uma abundância de presas. Em comparação com o leão, o tigre prefere vegetação mais densa, para o qual a coloração de camuflagem é ideal, e onde um único predador não está em desvantagem em comparação com múltiplos felinos em uma alcateia de leões.[86] Um outro requisito de habitat é a existência de tocas devidamente isoladas, que podem consistir de cavernas, grandes árvores ocas, ou vegetação densa.[91] Tigres-de-bengala em particular vivem em muitos tipos de florestas, incluindo úmidas, vegetações perenes e manguezal pantanoso do delta do Ganges (Sundarbans),[106] e a vegetação semiperene de Assam e Bengala Oriental;[107] a floresta decidual do Nepal,[108] e as florestas semiáridas do Ghats Ocidentais. Em várias partes de sua escala habitam ou habitaram montanhas rochosas,[109] pastagens parcialmente abertas e savanas, assim como as florestas de taiga.[106]

Biologia e comportamento

[editar | editar código-fonte]

Atividade social

[editar | editar código-fonte]
Tigresa siberiana com filhote

Tigres adultos vivem em grande parte, solitariamente. Eles estabelecem e mantêm territórios. Adultos residentes de ambos os sexos geralmente limitam os seus movimentos ao território, dentro do qual eles satisfazem as suas necessidades e as de seus filhotes em crescimento. Os indivíduos que partilham a mesma área estão conscientes dos movimentos e atividades de cada um. Os tigres são muito territorialistas, e o índice de mortalidade por esta causa é alto.[101] O tamanho do território depende, principalmente, da abundância de presas, e, no caso dos machos, do acesso às fêmeas. A tigresa pode ter um território de 20 km², enquanto os territórios dos machos são muito maiores, cobrindo 60 a 100 km². O alcance de um macho tende a se sobrepor ao de várias fêmeas, fornecendo-lhe um grande campo de potenciais parceiras de acasalamento.[110]

Tigres são um dos poucos felinos que têm apreço pela água

Ao contrário de muitos felinos, os tigres são nadadores fortes e muitas vezes intencionalmente banham-se em lagoas, lagos e rios, como forma de se refrescar no calor do dia. Entre os grandes felinos, apenas a onça-pintada compartilha um gosto semelhante para a água.[111] Eles podem cruzar rios de até 7 km de diâmetro e podem nadar até 29 km em um dia.[91] Eles são capazes de carregar ou capturar a presa na água.

Tigresas jovens estabelecem seus primeiros territórios perto de sua mãe. A sobreposição entre o território da mãe e da filha reduz com o tempo. Os machos, no entanto, migram mais do que as fêmeas e partem em uma idade mais jovem para marcar sua própria área. Um macho jovem adquire território, quer pela procura de uma área desprovida de outros tigres machos, ou vivendo como um transiente no território de outro macho, até que ele é mais velho e forte o suficiente para desafiar o macho residente. Jovens do sexo masculino que procuram estabelecer-se compreendem, assim, a maior taxa de mortalidade (30-35% por ano) entre tigres adultos.[112]

Tigre "patrulhando" território, em Zoo

Para identificar o seu território, o macho marca árvores pulverizando urina[113][114] e secreções das glândulas anais, bem como marcação das trilhas com fezes e também marcam as árvores ou o chão com as garras. As fêmeas também usam esses "arranhões", assim como a urina e marcação de fezes. Marcas de cheiro deste tipo permitem que um indivíduo descubra a identidade, sexo e estado reprodutivo de outro tigre. Fêmeas no cio sinalizam a sua disponibilidade através de marcação de cheiros com mais frequência e aumentando suas vocalizações.[115]

Embora na maioria das vezes evitem um ao outro, os tigres não são sempre territoriais e as relações entre os indivíduos podem ser complexas. Um adulto de ambos os sexos, por vezes, irá compartilhar sua presa com os outros, mesmo com aqueles que podem não ser relacionados a eles. George Schaller observou um macho compartilhar uma caça com duas fêmeas e quatro filhotes. Ao contrário de leões machos, tigres machos permitem fêmeas e filhotes a se alimentar de o matar antes que o macho tenha terminado; todos os envolvidos geralmente parecem se comportar de forma amigável, em contraste com o comportamento concorrencial mostrado por uma alcateia de leões.[89] Esta citação é do livro Tiger de Stephen Miller, descrevendo um evento testemunhado por Valmik Thapar e Fateh Singh Rathore no Parque Nacional Ranthambhore:[112]

Uma tigresa dominante chamada Padmini matou um nilgó macho de 250 kg - um grande antílope. Encontraram-na com a presa logo após o amanhecer com seus três filhotes de 14 meses de idade, e eles observavam ininterruptamente pelas próximas dez horas. Durante este período, a família foi acompanhada por duas fêmeas adultas e um macho adulto, todos descendentes de ninhadas anteriores de Padmini, e por dois tigres não relacionados, uma fêmea e outro não identificado. Às três horas, havia nada menos que nove tigres em volta da caça.
— Stephen Mills

 Tiger

Tigre arranhando árvore, marcando território

Tigres machos são geralmente mais intolerantes com outros machos dentro de seus territórios do que as fêmeas são com outras fêmeas. Disputas territoriais são normalmente resolvidas com demonstrações de intimidação ao invés de agressão direta. Em muitos desses incidentes foi observado que o tigre subordinado se rendeu ao rolar suas costas e mostrar sua barriga em uma postura submissa.[116] Uma vez que o domínio tenha sido estabelecido, um macho pode tolerar um subordinado dentro de seu alcance, desde que não fiquem em locais muito próximos.[112] As disputas mais agressivas tendem a ocorrer entre dois machos quando uma fêmea está no cio, e raramente pode resultar na morte de um deles.[112][116]

Tigre-de-sumatra realizando o "reflexo flehmen" para identificar melhor as marcações de cheiro no ar.

As expressões faciais incluem a "ameaça da defesa", onde um indivíduo arreganha os dentes, achata as orelhas e suas pupilas dilatam. Os machos frequentemente usam o reflexo flehmen quando identificam o status reprodutivo de uma fêmea ao cheirar suas marcas de urina, e são vistos fazendo a careta característica, pondo a língua para fora. À semelhança de outros animais do gênero Panthera, tigres rugem, particularmente em situações agressivas, durante a época de acasalamento ou ao abater uma caça. Há dois rugidos diferentes: o rugido "verdadeiro" é feito utilizando o aparelho hióide e expelido através de uma boca aberta a medida que se fecha progressivamente, e o menor, e mais severo rugido "tosse" é feito com a boca aberta e dentes expostos. O rugido "verdadeiro" pode ser ouvido a até 3 quilômetros de distância e às vezes é emitido três ou quatro vezes seguidas. Quando tenso, tigres grunhem, um som semelhante a um rugido, mas mais moderado e feito quando a boca está parcialmente ou completamente fechada. O grunido pode ser ouvido a 400 m de distância.[23] Um bufo moderado, suave e de baixa frequência semelhante ao ronronar de felinos menores é ouvido em situações mais amigáveis.[117] Outras comunicações vocais incluem rosnados e silvos.[23]

Tigres foram estudados no estado selvagem, utilizando uma variedade de técnicas. As populações de tigres foram estimadas usando moldes de gesso de seus rastros, embora este método foi criticado como sendo impreciso.[118] Tentativas mais recentes têm sido feitas utilizando armadilhas fotográficas e estudos do DNA de sua fezes, enquanto encoleiramento de rádio tem sido usado para acompanhar tigres em estado selvagem.[119]

Caça e dieta

[editar | editar código-fonte]
O sambar constitui uma das principais presas de tigres na Índia.

Em estado selvagem, os tigres se alimentam principalmente de animais grandes e médios, preferindo ungulados nativos que pesem no mínimo 90 kg.[50][51] Eles normalmente têm pouco ou nenhum efeito nocivo nas populações de presas.[91] Cervo sambar, chital, veado barasingha, javalis, gauro, nilgó, búfalo-d'água-selvagem e búfalo-doméstico, em ordem decrescente de preferência, são as presas favoritas do tigre em Tamil Nadu, na Índia,[50] enquanto o gauro e o sambar são as presas preferidas e constituem o principal dieta de tigres em outras partes da Índia.[51][52] Eles também atacam outros predadores, incluindo cães, leopardos, pítons, urso, e crocodilos.

Na Sibéria, as principais espécies de presas são uapitis e javalis (as duas espécies compreendendo cerca de 80% das presas escolhidas), seguido de veados-sika, alces, veados Capreolus pygargus e cervos-almiscarados.[26] Além disso, os ursos-negros-asiáticos e ursos-pardos compõem de 5 a 8% da dieta do tigre no Extremo Oriente russo.[24] Em Sumatra, presas incluem sambares, veados Muntiacus, javalis, e tapires-malaios.[120] No alcance do extinto tigre-do-cáspio, as presas incluíam saigas, camelos, bisões-caucasianos, iaques e cavalos selvagens. Como muitos predadores, os tigres são oportunistas e podem comer presas muito menores, como macacos, pavões e outras aves terrestres, lebres, porcos e peixes.[50]

Tigres foram relatados atacando elefantes montados por humanos em caçadas

Tigres geralmente não atacam elefantes asiáticos, rinocerontes indianos adultos totalmente crescidos, mas incidentes foram relatados.[121][122] Mais frequentemente, são os pequenos filhotes, mais vulneráveis, ​​que são mortos.[53] Tigres foram relatados atacando e matando elefantes montados por seres humanos durante a caça de tigres no século XIX.[123] Quando em estreita proximidade com os seres humanos, tigres também atacam, por vezes, animais domésticos como gado, cavalos e burros.[124] Tigres velhos ou feridos, incapazes de capturar presas selvagens, podem tornar-se comedores de homens; este padrão tem ocorrido com freqüência em toda a Índia. Uma exceção é nos Sundarbans, onde os tigres saudáveis ​​caçam pescadores e moradores em busca de produtos da floresta. Os seres humanos formam assim uma pequena parte da dieta do tigre.[125] Embora quase exclusivamente carnívoros, os tigres, ocasionalmente, comem vegetação pela fibra dietética. O fruto da árvore Careya arborea é um dos favoritos.[124]

Tigre com sua presa recente. Ranthambore, Índia.

Tigres são considerados predadores, principalmente, noturnos,[126] mas em áreas onde os seres humanos são normalmente ausentes, eles foram observados através de câmeras escondidas, por controle remoto, caçando à luz do dia.[127] Eles geralmente caçam sozinho e emboscam suas presas como a maioria dos outros gatos fazem — dominando-os a partir de qualquer ângulo, usando seu tamanho corporal e força para derrubar a presa fora de equilíbrio. Caçadas bem-sucedidas geralmente exigem o do tigre quase simultaneamente saltar sobre sua presa, derrubá-la, e agarrar a garganta ou nuca com seus dentes.[91] Apesar de seu grande tamanho, os tigres podem atingir velocidades de cerca de 49-65 km/h, mas apenas em curtos períodos; consequentemente, tigres devem estar perto de suas presas antes de aparecerem. Se a presa sente a presença do tigre antes disso, o tigre geralmente abandona a caça ao invés de perseguir a presa ou enfrentá-la de frente. Saltos horizontais de até 10 m foram relatados, embora saltos de cerca de metade desta distância são mais típicas. Uma em cada 2 a 20 caças, incluindo espreitar uma presa em potencial, termina em uma caça bem-sucedida.[91][94][126]

Tigre-de-bengala (P. tigris tigris) capturando uma presa

Quando caçam animais maiores, tigres preferem morder a garganta e usar suas patas dianteiras poderosas para agarrar a presa, muitas vezes, simultaneamente, lutando até o chão. O tigre permanece prendendo o pescoço até que seu alvo morra de estrangulamento.[89] Por esse método, gauros e búfalos-asiáticos pesando mais de uma tonelada foram mortos por tigres, pesando cerca de um sexto disso.[128] Embora eles possam matar os adultos saudáveis​​, tigres, muitas vezes selecionam indivíduos filhotes ou debilitados de animais muito grandes.[129] Atacar adultos saudáveis deste tamanho pode ser perigoso, já que chifres, pernas e presas longos e fortes são todos potencialmente fatais para o tigre. Nenhum outro predador terrestre vivo enfrenta presas deste tamanho por conta própria.[130][131] Ao caçar sambares, que compõem até 60% de suas presas na Índia, tigres supostamente fazem uma imitação razoável do chamado do cio de sambares machos para atraí-los.[50][124] Com presas menores, como macacos e lebres, o tigre morde a nuca, muitas vezes quebrando a medula espinhal, perfurando a traqueia, ou cortando a veia jugular ou artéria carótida comum.[128] Embora raramente observado, alguns tigres foram vistos matando a presa ao segurar com suas patas, que são poderosas o suficiente para esmagar os crânios de gado doméstico,[124] e quebrar as costas de ursos-beiçudos.[132]

Durante os anos 1980, um tigre chamado "Genghis" no Parque Nacional de Ranthambhore foi observado frequentemente caçando presas através da água de um lago profundo, um padrão de comportamento que anteriormente não tinha sido testemunhado em mais de 200 anos de observações. Além disso, ele parecia ser extraordinariamente bem sucedido, com 20% das caçadas terminando em morte.[133]

Depois de matar suas presas, os tigres, por vezes, arrastam-na para escondê-la na cobertura vegetal, geralmente segurando com a boca no local da mordida mortal. Isto, também, pode exigir grande força física. Em um caso, depois de ter matado um gauro adulto, um tigre foi observado arrastando a enorme maciça até uma distância de 12 m. Quando 13 homens tentaram simultaneamente arrastar a mesma carcaça depois, eles não foram capazes de movê-la.[91] Um tigre adulto pode ficar até duas semanas sem comer, então devoram 34 quilogramas de carne de uma só vez. Em cativeiro, os tigres adultos são alimentados 3 a 6 kg de carne por dia.[91]

Tigre perseguido por dholes, por Samuel Howett & Edward Orme, 1807.

Interações com outros predadores

[editar | editar código-fonte]

Tigres geralmente preferem comer presas que eles mesmo pegaram, mas não estão livres de comer carniça em tempos de escassez e pode até mesmo roubar presas de outros grandes carnívoros. Apesar de predadores tipicamente evitarem uns aos outros, se uma presa está sob disputa ou um sério concorrente é encontrado, demonstrações de agressão são comuns. Se isso não for o suficiente, os conflitos podem se tornar violentos; tigres podem matar concorrentes como leopardos, hienas-listradas, cão-selvagem-asiático, lobos, ursos, Pítons e até mesmo crocodilos em certas ocasiões.[24][132][134][135][136][137] Em alguns casos, ao invés de serem estritamente competitivos, os ataques de tigres em outros grandes carnívoros parecem ser predatórios na natureza.[50] Crocodilos, ursos e cães-selvagens-asiáticos podem ganhar conflitos contra tigres.[23][90][132][138]

Tigre matando um crocodilo gavial. De Antoine-Louis Barye.

Consideravelmente menor, o leopardo evita a concorrência com os tigres caçando em diferentes momentos do dia e caçando presas diferentes.[139] No Parque Nacional Nagarhole da Índia, a maioria das presas selecionadas por leopardos tinham entre 30 e 175 kg contra uma preferência por presas pesando mais de 176 kg nos tigres. O peso médio das presas dos dois respectivos grandes felinos na Índia foi de 37,6 kg contra 91,5 kg.[140] Com presas relativamente abundantes, tigres e leopardos foram vistos coexistindo com sucesso, sem exclusão competitiva ou hierarquia de dominância entre-espécies.[140] Chacais-dourados expulsos de sua alcateia são conhecidos por formar relacionamentos comensais com tigres. Estes chacais solitários, conhecidos como kol-bahl, juntam-se a um tigre particular, seguindo-o a uma distância segura para se alimentar de sobras de presas mortas pelo grande felino.[141]

Casal de tigres copulando

Acasalamento pode ocorrer durante todo o ano, mas é mais comum entre novembro e abril.[91] A fêmea é apenas receptiva de três a seis dias. A cópula é frequente e barulhenta durante esse tempo. A gestação pode variar de 93-112 dias, sendo a média de 105 dias.[91] A ninhada é geralmente de dois ou três filhotes, ocasionalmente tão pequena quanto um ou tão grande quanto seis. Filhotes pesam de 680 a 1 400 g cada no nascimento, e nascem cegos e indefesos.[91] A fêmea cria-os sozinha, com o local de nascimento e a toca em um local protegido, como uma moita, caverna ou fenda rochosa. O pai geralmente não participa em criá-los. Tigres machos independentes e errantes podem matar filhotes para a fêmea ficar receptiva, já que a tigresa pode dar à luz outra ninhada dentro de cinco meses se os filhotes da ninhada anterior são perdidos.[91] A taxa de mortalidade de filhotes de tigre é de cerca de 50% nos dois primeiros anos.[91] Poucos outros predadores atacam os filhotes de tigre, devido ao empenho e ferocidade da mãe tigresa. Além de seres humanos e outros tigres, causas comuns de mortalidade de filhotes são a fome, o congelamento, e acidentes.[131]

Tigre-siberiano (P. tigris altaica) fêmea lambendo seu filhote, como parte do cuidado maternal. Zoológico de Buffalo.

Um filhote dominante surge na maioria das ninhadas, geralmente um macho.[133] Este filhote é mais ativo do que seus irmãos e assume a liderança em suas brincadeiras, eventualmente deixando sua mãe e se tornando independente mais cedo. Os filhotes abrem os olhos entre seis a quatorze dias de idade. Por oito semanas, os filhotes fazem aventuras curtas fora da toca com a sua mãe, apesar de não viajar com ela quando ela percorre seu território até que eles sejam mais velhos. Os filhotes são amamentados por três a seis meses. Perto de serem desmamados, eles começam a acompanhar a mãe em caminhadas territoriais e são ensinados a caçar. Os filhotes muitas vezes tornam-se caçadores capazes e perto do tamanho de um adulto aos onze meses de idade.[91] Se tornam independentes com cerca de dezoito meses de idade, mas só quando tem em torno de dois a dois anos e meio de idade que totalmente separam-se de sua mãe. As fêmeas atingem a maturidade sexual entre três a quatro anos, enquanto os machos a atingem de quatro a cinco anos.[91]

Conservação

[editar | editar código-fonte]
Populações de tigres[142]
País Estimativa
Bangladesh Bangladesh 440
Butão Butão 75
Camboja Camboja 20
China China 45
Índia Índia 1 706
Indonésia Indonésia 325
Laos Laos 17
Malásia Malásia 500
Myanmar Mianmar 85
Nepal Nepal 155
Coreia do Norte Coreia do Norte n/a
Rússia Rússia 360
Tailândia Tailândia 200
Vietname Vietnã 20
Total 3 948

O tigre é uma espécie em perigo.[2] A caça por sua pele e partes do corpo e destruição de habitat têm simultaneamente reduzido muitas populações de tigres em estado selvagem. No início do século XX, estima-se que havia mais de 100 mil tigres em estado selvagem, mas a população tem diminuído fora do cativeiro para entre 1 500 e 3 500, queda de 97%.[143][144] As principais razões para o declínio da população incluem a destruição de habitat, a fragmentação do habitat e caça ilegal.[2] A demanda por partes de tigre para uso na medicina tradicional chinesa também tem sido citada como uma grande ameaça para as populações de tigres.[145][146] Algumas estimativas sugerem que existem menos de 2 500 indivíduos reprodutores maduros, com nenhuma subpopulação com mais de 250 indivíduos reprodutores maduros.[2] A população de tigres selvagens mundial foi estimada pelo World Wide Fund for Nature a 3 200, em 2011.[147] O número exato de tigres selvagens é desconhecida, como muitas estimativas estão desatualizadas ou são suposições estimadas; poucas estimativas são baseadas em censos científicos fiáveis​​.[2]

A Índia é o lar da maior população mundial de tigres selvagens,[106] mas apenas 11% do habitat original do tigre na Índia permanece, e tornou-se fragmentado e degradado.[148][149] De 1973, o Projeto Tigre da Índia fundado por Indira Gandhi, estabeleceu mais de 25 reservas de tigres em terras recuperadas, onde o desenvolvimento humano foi proibido. O projeto foi creditado com a triplicação do número de tigres-de-bengala selvagens de cerca de 1 200 em 1973 para mais de 3 500 na década de 1990; mas um censo de 2007 mostrou que o número caiu de volta para cerca de 1 400 tigres por causa da caça ilegal.[150] Seguindo o relatório, o governo indiano prometeu 153 milhões dólares para a iniciativa, estabeleceu medidas para combater a caça furtiva, prometeu fundos para mudar até 200 000 habitantes, a fim de reduzir as interações entre homens e tigres,[151] e criou oito novas reservas de tigres.[152] A Índia também reintroduziu tigres para a Reserva de Tigres Sariska[153] e, em 2009, alegou-se que a caça tinha sido eficazmente combatida no Parque Nacional de Ranthambore.[154] A Wildlife Conservation Society e Panthera Corporation formaram a colaboração Tigres para Sempre, com os campos de pesquisa incluindo o maior reserva de tigre do mundo, os 21 756 km2 do Vale Hukaung em Mianmar. Outras reservas eram no Gates Ocidentais, na Tailândia, Laos, Camboja, no Extremo Oriente Russo e China, cobrindo um total de cerca de 260 000 km2.[155]

Na década de 1940, o tigre siberiano estava à beira da extinção, com apenas cerca de 40 animais restantes em estado selvagem na Rússia. Como resultado, os controles anticaça furtiva foram postos em prática pela União Soviética e de uma rede de zonas protegidas (zapovedniks) foi instalada, levando a um aumento da população para várias centenas. A caça ilegal voltou a ser um problema na década de 1990, quando a economia da Rússia entrou em colapso. O principal obstáculo para a preservação da espécie é o enorme território que indivíduos de tigres exigem (até 450 km2 necessários para uma única fêmea e mais por um único macho).[156] Os esforços atuais de conservação são liderados por governos locais e ONGs em conjunto com as organizações internacionais, como o World Wide Fund for Nature e a Wildlife Conservation Society.[157] A exclusão competitiva de lobos por tigres tem sido usado por conservacionistas russos para convencer os caçadores de tolerar os grandes felinos. Tigres têm menos impacto sobre as populações de ungulados que lobos, e são eficazes no controle dos números deste último.[158] Em 2005, foi pensado em cerca de 360 ​​animais na Rússia, ainda que estes exibam pouca diversidade genética.

Tendo anteriormente rejeitado o movimento ambientalista ocidental liderado pelo Ocidente, China mudou sua postura na década de 1980 e tornou-se parte do tratado CITES. Em 1993 ela baniu o comércio de partes de tigre, e isso diminuiu o uso de ossos de tigre na medicina tradicional chinesa.[159] Após isso, o comércio do povo tibetano de peles de tigre tornou-se uma ameaça relativamente mais importante para os tigres. As peles foram utilizadas em vestuário; chuba de pele de tigre foi usada por cantores e participantes de festivais de corridas de cavalos, e que tinha se tornada símboloa de status. Em 2004, organizações internacionais de conservação lançaram campanhas de propaganda ambiental de sucesso na China contra o comércio de pele de tigre tibetano. Houve indignação na Índia, onde vivem muitos tibetanos, e o 14º Dalai Lama foi convencido a assumir o problema. Desde então, tem havido uma mudança de atitude, com alguns tibetanos queimando publicamente suas chubas.[160]

Em 1994, a o projeto indonésio Estratégia de Conservação do Tigre-de-sumatra abordou a crise potencial que os tigres enfrentaram em Sumatra. O Projeto Tigre-de-sumatra foi iniciado em junho de 1995 dentro e em volta do Parque Nacional Way Kambas, a fim de garantir a viabilidade a longo prazo de tigres-de-sumatra selvagens e acumular dados sobre as características de histórias de vida tigres vitais para a gestão das populações selvagens.[161] Em agosto de 1999, as equipes do projeto avaliaram 52 locais de potenciais habitats de tigre na província de Lampung, dos quais apenas 15 eram intactos o suficiente para conter tigres.[162] No âmbito do projeto um programa de conservação de base comunitária foi iniciado para documentar a dimensão entre tigres e humanos no parque, a fim de permitir que as autoridades de conservação para resolver conflitos de tigre com humanos com base em um banco de dados abrangente, em vez de histórias e opiniões.[163]

Reabilitação

[editar | editar código-fonte]
Tigre-do-sul-da-china do projeto Save China's Tigers caçando bonteboques.

Em 1978, o conservacionista indiano Billy Arjan Singh tentou reabilitar um tigre no Parque Nacional Dudhwa; uma tigresa criada em cativeiro, chamada Tara.[164] Logo após a soltura, inúmeras pessoas foram mortas e comidas por uma tigresa que posteriormente foi baleada. Funcionários do governo alegaram que era Tara, embora Singh contestasse. Depois, uma controvérsia eclodiu com a descoberta de que Tara era parte tigre-siberiano.[165][166][167][168]

A organização Save China's Tigers tenta reabilitar tigres-do-sul-da-china com um programa de reprodução e treinamento na África do Sul, no Tiger Canyons.[169][170]

Relações com humanos

[editar | editar código-fonte]

Caça de tigres

[editar | editar código-fonte]
Representação da caça de tigres com elefantes, 1808

O tigre foi um dos cinco grandes animais de caça da Ásia. Caça de tigre ocorreu em grande escala no início do século XIX e XX, sendo um esporte reconhecido e admirado pelos ingleses na Índia colonial, bem como os marajás e classe aristocrática dos estados principescos antigos da Índia pré-independência. Um único marajá ou caçador inglês poderia matar mais de cem tigres em sua carreira de caçador.[91] Caça de tigres foi feito por alguns caçadores a pé; outros se sentaram em esconderijos com uma cabra ou búfalo amarrado como isca; outros ainda em costas de elefante.[171]

Tigres comedores de homens

[editar | editar código-fonte]
Tigre atacando caçador, 1882.

Tigres selvagens que não tiveram contato prévio com humanos evitam ativamente interações com eles. No entanto, os tigres causam mais mortes humanas por meio de ataque direto do que qualquer outro mamífero selvagem.[91] Os ataques às vezes são provocados, como tigres que atacam depois de terem sido feridos enquanto são caçados. Os ataques podem ser provocados acidentalmente, como quando um ser humano surpreende um tigre ou inadvertidamente fica entre uma mãe e seu filhote,[172] ou como no caso da Índia rural, quando um carteiro assusta um tigre, acostumado a vê-lo a pé, ao andar de bicicleta.[173] Ocasionalmente tigres veem as pessoas como presas. Tais ataques são mais comuns em áreas onde o crescimento da população, desmatamento e agricultura têm colocado pressão sobre os habitats de tigres e reduziu suas presas selvagens. A maioria dos tigres devoradores de homens são velhos, não possuem dentes, e são incapazes de capturar suas presas preferenciais.[86] Por exemplo, o Tigre de Champawat, uma tigresa encontrada no Nepal e na Índia, tinha dois caninos quebrados. Ela foi responsável por um número estimado de 430 mortes, a maior quantidade de ataques conhecidos a serem executados por um único animal selvagem, quando que ela levou um tiro em 1907 por Jim Corbett.[25] De acordo com Corbett, ataques de tigres em seres humanos são normalmente durante o dia, quando as pessoas estão trabalhando ao ar livre e não estão vigiando.[174] Os primeiros escritos tendem a descrever os tigres comedores de gente como covardes por causa de suas táticas de emboscada.[175]

Tigre comedor-de-homens com sua vítima, 1912

Comedores de homens têm sido um problema particular nas últimas décadas em Índia e Bangladesh, especialmente em Kumaon, Garhwal e nos pântanos de manguezais das Sundarbans, Bengala, onde alguns tigres saudáveis caçaram humanos. Devido a rápida perda de habitat atribuída a mudança do clima, os ataques nas Sundarbans têm se tornado mais comuns. A área de Sundarbans teve 129 mortes humanas por tigres entre 1969–1971. Nos 10 anos anteriores a esse período, cerca de 100 ataques por ano nas Sundarbans, com o maior número de cerca de 430 em alguns anos da década de 1960.[91] Anormalmente, em alguns anos nas Sundarbans, mais humanos são mortos por tigres do que vice-versa.[91] Em 1972, a produção de mel e cera de abelha da Índia caiu 50%, quando pelo menos 29 pessoas que coletavam esses materiais foram devoradas.[91] Em 1986, nas Sundarbans, uma vez que os tigres quase sempre atacam por trás, máscaras com rostos humanos foram usadas ​​na parte de trás da cabeça, na teoria de que os tigres não costumam atacar se visto por suas presas. Isto diminuiu o número de ataques apenas temporariamente. Todos os outros meios para evitar ataques, tais como o fornecimento de mais presas ou usando manequins humanos eletrificados, funcionou de forma pior.[176]

Pelo menos 27 pessoas foram mortas ou gravemente feridas por tigres em cativeiro nos Estados Unidos de 1998 a 2001.[177]

Em alguns casos, ao invés de ser predatória, os ataques de tigres em humanos parecem ser de natureza territorial. Pelo menos em um caso, uma tigresa com filhotes matou oito pessoas entrando em seu território sem comê-los.[178]

Caça comercial e medicina tradicional

[editar | editar código-fonte]

Historicamente, os tigres foram caçados em grande escala para que suas peles listradas famosas pudessem ser retiradas. O comércio de peles de tigre atingiu o pico em 1960, pouco antes dos esforços internacionais de conservação entrarem em vigor. Em 1977, uma pele de tigre em um mercado inglês tinha o valor de $ 4 250 dólares americanos.[91]

Muitas pessoas na China e em outras partes da Ásia têm uma crença de que várias partes de tigres têm propriedades medicinais, inclusive como analgésicos e afrodisíacos.[179] Não há nenhuma evidência científica que apoie estas crenças. O uso de partes de tigre em drogas farmacêuticas na China já é proibido, e o governo já fez algumas ameaças da caça ilegal como crime passível de morte. Além disso, todo o comércio de partes de tigres é ilegal de acordo com a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção e uma proibição de comércio interno está em vigor na China desde 1993.[180]

Vários tigres caçados por Rufus Isaacs na Índia, antes de 1935

No entanto, a negociação de partes de tigres na Ásia se tornou uma grande indústria do mercado negro e as tentativas governamentais de conservação para pará-lo têm sido ineficazes até o momento.[91] Quase todos os comerciantes negros envolvidos no comércio são residentes na China e enviaram e venderam dentro de seu próprio país ou em Taiwan, Coreia do Sul ou Japão.[91] A subespécie chinesa foi quase completamente dizimada pela caça devido por ambos as partes e comércio de peles na década de 1950 até os anos 1970.[91] Contribuindo para o comércio ilegal, há um número de fazendas de tigres no país especializadas na criação dos felinos para o lucro. Estima-se que entre 5 000 e 10 000 animais criados em cativeiro e semidomesticados vivem nessas fazendas hoje.[181][182][183] No entanto, muitos tigres para a medicina tradicional no mercado negro são os selvagens atirados ou enlaçados por caçadores e podem ser pegos em qualquer lugar na área restante do tigre (da Sibéria a Índia, da Península Malaia a Sumatra). No mercado negro asiático, um pênis de tigre pode valer o equivalente a cerca de 300 dólares americanos. Nos anos de 1990 a 1992, 27 milhões de produtos com derivados de tigres foram encontrados.[91]

Nos tempos romanos antigos, os tigres foram mantidos nos zoológicos e anfiteatros para serem exibidos, treinados e desfilados, e muitas vezes eram provocados para atacar seres humanos e animais exóticos.[184][185] Desde o século XVII, os tigres, sendo raros e ferozes, foram procurados para serem criados em castelos europeus como símbolos do poder de seus donos.[186] Tigres tornaram-se exibições centrais de zoológicos e circos no século XVIII: um tigre poderia custar até 4 000 francos na França (para comparação, um professor da Beaux-Arts em Lyon ganhava apenas 3 000 francos por ano),[186] ou até 3 500 dólares americanos nos Estados Unidos, onde um leão custa não mais de US$ 1 000.[187]

Tigre fazendo uma performance no Circo Oriental, Indonésia

Em 2007 a China tinha mais de 4 000 tigres em cativeiro, dos quais 3 000 eram mantidos por cerca de vinte instalações maiores, com o restante mantido por cerca de 200 instalações menores.[188] Os EUA em 2011 tinha 2884 tigres em 468 instalações.[189] Dezenove estados já proibiram a propriedade privada dos tigres, quinze requerem uma licença, e dezesseis estados não têm nenhuma regulamentação.[190] Genealogia genética de 105 tigres cativos de quatorze países e regiões mostrou que quarenta e nove animais pertenciam claramente a cinco subespécies; cinquenta e dois animais tiinham origem de subespécies mistas.[191]

O Species Survival Plan dos tigres condenou a criação de tigres brancos, alegando que eles são de ascendência mista e de linhagem desconhecida. Os genes responsáveis ​​pela coloração branca são representados por 0,001% da população. O crescimento desproporcional do número de tigres brancos aponta para consanguinidade entre os indivíduos homozigotos recessivos. Isso levaria a depressão de consanguinidade e perda de variabilidade genética.[192]

Representações culturais

[editar | editar código-fonte]

Tigres e suas qualidades superlativas têm sido uma fonte de fascínio para a humanidade desde os tempos antigos, e eles são rotineiramente vistos como importantes temas culturais e de mídia. Eles também são considerados um animal carismático da megafauna, e são usados como o símbolo de campanhas de conservação em todo o mundo. Em uma pesquisa on-line em 2004 conduzida pelo canal de televisão a cabo Animal Planet, envolvendo mais de 50 000 espectadores de 73 países, o tigre foi votado o animal favorito do mundo, com 21% dos votos, vencendo o cão.[193]

Em mitos e lendas

[editar | editar código-fonte]
Deusa hindu Durga montada no tigre. Os tigres fazem parte da religião e cultura asiáticas.

Na mitologia e cultura chinesa, o tigre é um dos 12 animais do zodíaco chinês. Na arte chinesa, o tigre é retratado como um símbolo de terra e rival equivalente do dragão chinês — os dois representando a matéria e o espírito, respectivamente. A arte marcial Hung Ga do sul chinês é baseado nos movimentos do tigre e do grou. Na China Imperial, um tigre era a personificação da guerra e muitas vezes representou o maior general do exército (ou atual secretário de defesa),[194] enquanto o imperador e a imperatriz foram representados por um dragão e fênix, respectivamente. O Tigre Branco (em chinês: 白虎; em pinyin: Bái Hu) é um dos quatro símbolos das constelações chinesas. Às vezes é chamado o Tigre Branco do Oeste (西方白虎), e representa o oeste e a estação do outono.[194]

A cauda do tigre aparece em histórias de países como China e Coreia, sendo geralmente desaconselhável agarrar um tigre pela cauda.[195][196]

No budismo, o tigre é uma das três criaturas sem sentido, simbolizando a raiva, o macaco que representa a ganância e o veado o amor doentio.[194] O povo tungúsico considerava o tigre-siberiano quase uma divindade e muitas vezes referida como "Avô" ou "Velho". Os povos udege e nanai chamavam de "Amba". Os manchus consideravam o tigre-siberiano como Hu Lin, o rei.[95] A deusa hindu com dez armas Durga monta o tigre (ou leão) Damon para a batalha. No sul da Índia, o deus Ayyappan era associado com um tigre.[197]

O homem-tigre substitui o lobisomem no folclore de metamorfose na Ásia;[198] na Índia eram feiticeiros do mal, enquanto na Indonésia e na Malásia eles eram um pouco mais benignos.[199]

Na literatura e filmes

[editar | editar código-fonte]

No poema de William Blake em Canções da Experiência, intitulado "The Tyger", o tigre é um animal ameaçador e temeroso. No livro ganhador do Prêmio Booker, A Vida de Pi, de Yann Martel, o protagonista, sobrevivendo ao naufrágio por meses em um pequeno barco, de alguma forma, evita ser comido por outro sobrevivente, um grande tigre-de-bengala. A história foi adaptada em 2012 no filme de Ang Lee. Na saga literária A Maldição do Tigre, os protagonistas são príncipes indianos amaldiçoados, transformados em tigres por meio de um medalhão do tigre de Durga.[carece de fontes?]

Comedores de Homens de Kumaon (1944), de Jim Corbett, conta dez histórias reais de suas façanhas caçando tigre no que é hoje a região norte da Índia de Uttarakhand. O livro já vendeu mais de quatro milhões de cópias, e tem sido a base de ambos os filmes de ficção e documentários. Em O Livro da Selva (1884), de Rudyard Kipling, o tigre, Shere Khan, é o inimigo mortal do protagonista humano, Mogli; o livro tem sido a base de ambos filmes de animação e live-action. Outros personagens de tigres destinados a crianças tendem a ser mais benignos, como por exemplo Tigrão em Winnie-the-Pooh, de Alan Alexander Milne, e Hobbes da história em quadrinhos de Calvin e Hobbes, ambos os quais são representados como animais de pelúcia que vieram à vida.[200][201]

Como um símbolo

[editar | editar código-fonte]

O tigre é um dos animais apresentados no selo Pashupati da Civilização do Vale do Indo. A crista do tigre é o emblema nas moedas de Chola. Os selos de várias moedas de cobre Chola mostram o tigre, o emblema de peixe de Pandya e o emblema de arco de Chera, indicando que os Cholas tinham alcançado a supremacia política ao longo das duas últimas dinastias. As moedas de ouro encontradas em Kavilayadavalli no distrito de Nellore de Andra Pradesh têm temas do tigre, arco e algumas marcas indistintas.[202]

O tigre-de-bengala é o animal nacional da Índia e Bangladesh.[203][204] O tigre-da-malásia é o animal nacional da Malásia.[58] O tigre-siberiano é o animal nacional da Coreia do Sul. Desde as economias de sucesso de Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura foram descritas como os Quatro Tigres Asiáticos, uma "economia de tigre" é uma metáfora para uma nação em desenvolvimento rápido. Tigres são também são mascotes para várias equipes esportivas ao redor do mundo. Tony, o tigre é um mascote famoso nos cereais de café-da-manhã da Kellogg's, Frosted Flakes. A marca de gasolina Esso (Exxon) foi anunciada a partir de 1969 com o slogan "colocar um tigre no seu tanque" e uma mascote do tigre; mais de 2,5 milhões caudas de tigre sintéticas foram vendidas para os motoristas, que as ligaram às tampas do tanque de gasolina.[205]

Outros tigres

[editar | editar código-fonte]

Há outros animais que receberam o nome de tigre mas que, no entanto, não estão relacionados com este felino.

Referências

  1. Wozencraft, W.C. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 532–638. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. a b c d e f g h i Chundawat, R.S., Habib, B., Karanth, U., Kawanishi, K., Ahmad Khan, J., Lynam, T., Miquelle, D., Nyhus, P., Sunarto, S., Tilson, R., Wang, S. (2011). Panthera tigris (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 20 de dezembro de 2012..
  3. «Tiger - Panthera tigris - Overview - Encyclopedia of Life». Encyclopedia of Life (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2018 
  4. «Tigers: Facts & Information». Live Science 
  5. a b «Siberian Tiger». National Geographic. Consultado em 11 de julho de 2014 
  6. «Largest carnivore on land». Guinness World Records (em inglês) 
  7. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 675
  8. «Etimologia da palavra Tigre». Consultado em 16 de junho de 2017. Arquivado do original em 9 de junho de 2015 
  9. Etimologia e onomástica da palavra tigre
  10. Etimologia 'Tigre' (em inglês) - Online Etymology
  11. Lineu, Carlos (1758). «Felis tigris». Caroli Linnæi Systema naturæ per regna tria naturæ, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. I. [S.l.]: Halae Magdeburgicae. p. 41 
  12. Pocock, Reginald (1939). Panthera tigris. In The Fauna of British India, Including Ceylon and Burma. Mammalia. I. Londres: Taylor and Francis, Ltda. p. 197–210 
  13. «Panther». Online Etymology Dictionary. Consultado em 11 de julho de 2014 
  14. Mazák, Ji H.; Christiansen, Per; Kitchener, Andrew C. (2011). «Oldest Known Pantherine Skull and Evolution of the Tiger». PLoS ONE. 6 (10). ISSN 1932-6203. PMID 22016768. doi:10.1371/journal.pone.0025483 
  15. Van den Hoek Ostende. 1999. Javan Tiger - Ruthlessly hunted down. 300 Pearls - Museum highlights of natural diversity.
  16. Piper, Philip J.; Ochoa, Janine; Lewis, Helen; Paz, Victor; Ronquillo, Wilfredo P (2008). «The first evidence for the past presence of the tiger Panthera tigris (L.) on the island of Palawan, Philippines: Extinction in an island population». Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology. 264 (123). doi:10.1016/j.palaeo.2008.04.003 
  17. Cho, Y. S.; Hu, L.; Hou, H.; Lee, H.; Xu, J.; Kwon, S.; Oh, S.; Kim, H. M.; Jho, S.; Kim, S.; Shin, Y. A.; Kim, B. C.; Kim, H.; Kim, C. U.; Luo, S. J.; Johnson, W. E.; Koepfli, K. P.; Schmidt-Küntzel, A.; Turner, J. A.; Marker, L.; Harper, C.; Miller, S. M.; Jacobs, W.; Bertola, L. D.; Kim, T. H.; Lee, S.; Zhou, Q.; Jung, H. J.; Xu, X. et al. «The tiger genome and comparative analysis with lion and snow leopard genomes». Nature Communications. 4. doi:10.1038/ncomms3433 
  18. «A revised taxonomy of the Felidae» (PDF). Cat News - Cat Specialist Group ISSN 1027-2992. 2017. Consultado em 1 de Julho de 2018 
  19. «The Siberian Tiger». Tiger in Crisis. Consultado em 11 de julho de 2014 
  20. «Tigers of Korea 100 Years Ago». Big Cat Rescue. Consultado em 11 de julho de 2014 
  21. «Inbreeding Threatens Siberian Tigers». All About Wildlife. 2 de julho de 2009. Consultado em 11 de julho de 2014 
  22. «Amur Tiger». The Animal Spot. Consultado em 11 de julho de 2014 
  23. a b c d e f g h i j Mazák, V (1981). «Panthera tigris» (PDF). Mammalian Species. 152: 1-8. doi:10.2307/3504004. Verifique |doi= (ajuda). Arquivado do original (PDF) em 9 de março de 2012 
  24. a b c d e f g Mazak, V (2004). Der Tiger. Westarp Wissenschaften Hohenwarsleben (em alemão). [S.l.: s.n.] ISBN 3-89432-759-6 
  25. a b c d Gerald, Wood (1983). The Guinness Book of Animal Facts and Feats. [S.l.]: Guinness Superlatives. ISBN 978-0-85112-235-9 
  26. a b Miquelle, Dale G.; Smirnov, Evgeny N.; Quigley, Howard B.; Hornocker, Maurice G.; Nikolayev, Igor G. and Matyushkin, Evgeny N. (1996). «Food habits of Amur tigers in the Sikhote-Alin Zapovednik and the Russian Far East, and implications for conservation» (PDF). Journal of Wildlife Research. 1 (2). 138 páginas. Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro de 2012 
  27. a b Lu, H.; Sheng, H. (1986). «Distribution and status of the Chinese tiger». Cats of the World: Biology Miller, S., Everett, D ed. Washington, DC: Conservation and Management. National Wildlife Federation. p. 51–58 
  28. Peilon, X.; Bangjie, T., Xiangggang, J. (1987). «South China Tiger Recovery Program». Tigers of the world: the biology, biopolitics, management and conservation of an endangered species Tilson, R. L., Seal, U. S ed. Park Ridge, Nova Jersey: Noyes Publications. p. 323–328 
  29. Nyhus, P. (2008). Panthera amoyensis (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}.
  30. Luo, S. J.; Johnson, W. E., Martensen, J., Antunes, A., Martelli, P., Uphyrkina, O., Traylor-Holzer, K., Smith, J. L. D., O'Brien, S. J (2008). «Subspecies genetic assessments of worldwide captive tigers increase conservation value of captive populations». Current Biology. 18 (8): 592–596. PMID 18424146. doi:10.1016/j.cub.2008.03.053 
  31. Jin Kun; Zheng Dong, Hong Meiling, Wang Lijun. Artigo parcial.. «Historical change on distribution and quantity of the South-China Tiger (Panthera tigris amoyensis)». Journal of Forestry Research. 9 (2): 136-138. doi:10.1007/BF02865006 
  32. Tilson, R. L.; Traylor-Holzer, K., Jiang, Q. M (1997). «The decline and impending extinction of the South China tiger». Oryx. 31 (4). 243 páginas. doi:10.1046/j.1365-3008.1997.d01-123.x 
  33. a b Lynam, A.J. & Nowell, K. (2011). Panthera corbetti (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}.
  34. «Indochinese Tiger». WWF. Consultado em 12 de julho de 2014. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2013 
  35. «Indochinese Tiger». World Wildlife Fund. Consultado em 12 de julho de 2014 
  36. Amelia Du Plessis. «Indochinese Tigers». Tigers.org.za. Consultado em 12 de julho de 2014 
  37. Pocock, Reginald (1929). «Tigers». Journal of the Bombay Natural History Society. 33: 505–541 
  38. a b Amelia Du Plessis. «The Sumatran Tiger». Tigers.org.za. Consultado em 12 de julho de 2014 
  39. a b «Sumatran Tiger (P. tigris sumatrea)». Rainforest Alliance. Consultado em 12 de julho de 2014 
  40. Tilson, R. L; Soemarna, K., Ramono, W. S., Lusli, S., Traylor-Holzer, K., Seal, U. S (1994). Sumatran Tiger Populations and Habitat Viability Analysis. Vale da Maçã: Indonesian Directorate General of Forest Protection and Nature Conservation, and IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group 
  41. Lee Poston. «The final days of the Sumatran tiger?». CNN. Consultado em 24 de setembro de 2015 
  42. Santiapillai, C., Ramono, W. S. (1987). Tiger numbers and habitat evaluation in Indonesia, pp. 85–91 in: Tilson, R. L., Seal, U. S. (eds.) Tigers of the World: The Biology, Biopolitics, Management, and Conservation of an Endangered Species. Noyes Publications, New Jersey, ISBN 0815511337.
  43. Linkie, M., Wibisono, H. T., Martyr, D. J., Sunarto, S. (2008). Panthera sumatrae (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}.
  44. Cracraft, J.; Feinstein, J., Vaughn, J., Helm-Bychowski, K (1998). «Sorting out tigers (Panthera tigris): Mitochondrial sequences, nuclear inserts, systematics, and conservation genetics» (PDF). Animal Conservation. 1 (2): 139–150. doi:10.1111/j.1469-1795.1998.tb00021.x 
  45. «Bengal Tiger». World Wildlife Fund. Consultado em 12 de julho de 2014 
  46. Amelia Du Plessis. «Bengal Tiger». Tigers.org.za. Consultado em 12 de julho de 2014 
  47. Chundawat, R. S., Khan, J. A., Mallon, D. P. (2011). Panthera tigris (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}.
  48. a b c Conover, Adele (Novembro de 1995). «The object at hand». Smithsonian Magazine. Consultado em 13 de junho de 2014. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2013 
  49. Carwardine, Mark (2008). Animal Records. [S.l.]: Sterling Publishing Company. p. 41. ISBN 1402756232 
  50. a b c d e f Ramesh, T.; Snehalatha, V.; Sankar, K. and Qureshi, Qamar (2009). «Food habits and prey selection of tiger and leopard in Mudumalai Tiger Reserve, Tamil Nadu, India». J. Sci. Trans. Environ. Technov. 2 (3): 170–181. Consultado em 8 de julho de 2014 
  51. a b c Karanth, K.; Ullas and Sunquist, Melvin E. (1995). «Prey Selection by Tiger, Leopard and Dhole in Tropical Forests». Journal of Animal Ecology. 64 (4): 439–450. doi:10.2307/5647 
  52. a b Andheria, A.P.; Karanth, K.U. and Kumar N.S. (2007). «Diet and prey profiles of three sympatric large carnivores in Bandipur Tiger Reserve, India». Journal of Zoology. 273 (2): 169 - 175 
  53. a b Karanth, K. U.; Nichols, J. D. (1998). «Estimation of tiger densities in India using photographic captures and recaptures» (PDF). Ecology. 79 (8): 2852–2862. doi:10.1890/0012-9658(1998)079[2852:EOTDII]2.0.CO;2. Consultado em 8 de julho de 2014 
  54. Luo, S.-J.; Kim,J.-H., Johnson, W. E., van der Walt, J., Martenson, J., Yuhki, N., Miquelle, D. G., Uphyrkina, O., Goodrich, J. M., Quigley, H. B., Tilson, R., Brady, G., Martelli, P., Subramaniam, V., McDougal, C., Hean, S., Huang, S.-Q., Pan, W., Karanth, U. K., Sunquist, M., Smith, J. L. D., O'Brien, S. J. (2004). «Phylogeography and genetic ancestry of tigers (Panthera tigris)». PLoS Biology. 2 (12). PMID 15583716. doi:10.1371/journal.pbio.0020442 
  55. «Tigers in Malaysia». Iberia Nature - Wild World. Consultado em 11 de julho de 2014 
  56. «Malayan Tiger Population». Rocketswag.com. Consultado em 11 de julho de 2014 
  57. Mat McDermott (10 de fevereiro de 2010). «Malaysian Indigenous People Paid by Poaching Syndicates to Kill Tigers». Tree Hugger. Consultado em 11 de julho de 2014 
  58. a b DiPiazza, Francesa (2006). Malaysia in Pictures. [S.l.]: Twenty-First Century Books. p. 14. ISBN 978-0-8225-2674-2 
  59. Ian Macdonald (28 de julho de 2007). «Coat-of-Arms (Malaysia)». CRW Flags. Consultado em 11 de julho de 2014 
  60. «Malaysia Coat of Arms». Talk Malaysia. Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 27 de agosto de 2009 
  61. «Malaysian Flag and Coat of Arms». Governo da Malásia. Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 11 de abril de 2008 
  62. a b Jackson, P. & Nowell, K. (2008). Panthera tigris (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}.
  63. a b «Extinct Subespecies: Balinese Tiger». Tiger Tribe. Consultado em 12 de julho de 2014 
  64. «Extinct tigers». Crown Ridge Tiger Sanctuary. Consultado em 12 de julho de 2014 
  65. «Extinct Animals in the Last 100 Years». Buzzle. Consultado em 12 de julho de 2014 
  66. «Panthera tigris sondaica». The Sixth Extinction. Consultado em 12 de julho de 2014. Arquivado do original em 24 de outubro de 2014 
  67. Seidensticker, John (1987). «Bearing Witness: Observations on the Extinction of Panthera tigris balica and Panthera tigris sondaica». Tigers of the World: the biology, biopolitics, management, and conservation of an endangered species Tilson, R. L., Seal, U. S. ed. Nova Jersey: Noyes Publications. p. 1–8 
  68. Rafiastanto, Andjar (1994). Camera trapping survey of Javan tiger and other wild animals in Meru Betiri National Park. [S.l.]: WWF-IP Project ID 0084-02, Ministério Florestal 
  69. «TNMB to retrace Javanese tiger». Antara News. 7 de setembro de 2011. Consultado em 12 de julho de 2014 
  70. Jonathan Pearlman (22 de dezembro de 2011). «Search for the Javan tiger». The Thelegraph. Consultado em 12 de julho de 2011 
  71. «New Clues Suggest Javan Tiger May Not Be Extinct: Claim». The Jakarta Globe. 22 de dezembro de 2011. Consultado em 12 de julho de 2014 
  72. Stephen Messenger (22 de dezembro de 2011). «Camera-Traps to Search for 'Extinct' Javan Tigers». Tree Hugger. Consultado em 12 de julho de 2014 
  73. «Recently Extinct». www.bluelion.org. Consultado em 11 de setembro de 2011. Arquivado do original em 7 de setembro de 2011 
  74. «Caspian Tiger». Tiger Tribe. Consultado em 13 de julho de 2014 
  75. Peter Household (4 de fevereiro de 2013). «Romans used local tigers». Consultado em 13 de julho de 2014 
  76. «The Roman Colosseum». Synth Real. Consultado em 13 de julho de 2014 
  77. a b «Panthera tigris virgata». The Sixth Extinction. Consultado em 13 de julho de 2014. Arquivado do original em 12 de abril de 2016 
  78. Driscoll, C. A.; Yamaguchi, N., Bar-Gal, G. K., Roca, A. L., Luo, S., Macdonald, D. W., O'Brien, S. J. (2009). «Mitochondrial Phylogeography Illuminates the Origin of the Extinct Caspian Tiger and Its Relationship to the Amur Tiger». PLoS ONE. 4 (1). doi:10.1371/journal.pone.0004125 
  79. Lee, Mu-Yeong; Hyun, Jee-Yun; Lee, Seo-Jin; An, Jung-Hwa; Lee, Eun-Ok; Min, Mi-Sook; Kimura, Junpei; Kawada, Shin-Ichiro; Kurihara, Nozomi; Luo, Shu-Jin ; O'Brien, Stephen J.; Johnson, Warren E.; Lee, Hang. «Subspecific Status of the Korean Tiger Inferred by Ancient DNA Analysis» (PDF). Animal Systematics, Evolution and Diversity. doi:10.5635/ASED.2012.28.1.048 
  80. a b Schwarz, Von Ernst. «Zwei neue Lokalformen des Tigers aus Centraiasien». Zoologischer Anzeiger (em alemão). 47: 351–354 
  81. «Xinjiang Tiger, Tiger of Chinese Turkestan». Mammals's Planet. Consultado em 1º de agosto de 2014. Arquivado do original em 8 de agosto de 2014 
  82. «Sem título». Mammals' Planet. Consultado em 1º de agosto de 2014. Arquivado do original em 8 de agosto de 2014 
  83. a b Guggisberg, Charles (2001). Wild Cats of the World. [S.l.]: New Library Press. ISBN 978-0-7950-0128-4 
  84. a b Scott Markel; Darryl León (2003). Sequence Analysis in a Nutshell: a guide to common tools and databases. Sebastopol, Califórnia: O'Reily. ISBN 0-596-00494-X 
  85. «tigon». Encyclopædia Britannica. Consultado em 11 de julho de 2014 
  86. a b c d e f Miquelle, Dale. MacDonald, David, ed. The Encyclopedia of Mammals 2ª ed. [S.l.]: Oxford University Press. p. 18-21. ISBN 0-7607-1969-1. Verifique |isbn= (ajuda) 
  87. Godfrey D.; Lythgoe J. N., Rumball D. A. (1987). «Zebra stripes and tiger stripes: the spatial frequency distribution of the pattern compared to that of the background is significant in display and crypsis». Biological Journal of the Linnean Society. 32 (4): 427–433. doi:10.1111/j.1095-8312.1987.tb00442.x. Verifique |doi= (ajuda) 
  88. Allen, William, L; Cuthill, Innes, C.; Scott-Samuel, Nicholas E.; Baddeley, Roland (2010). «Why the leopard got its spots: relating pattern development to ecology in felids». Proceedings of the Royal Society. 278 (1710): 1373–1380. PMID 20961899. doi:10.1098/rspb.2010.1734 
  89. a b c Schaller, G. The Deer and the Tiger: A Study of Wildlife in India. Chicago: Chicago Press 
  90. a b Geptner, V; G., Sludskii, A. A (1972). Mlekopitaiuščie Sovetskogo Soiuza. Vysšaia Škola, Moskva (Traduzido para o inglês - Mammals of the Soviet Union Part 2: Carnivora (Hyaenas and Cats) (em russo). II. Washington DC: Smithsonian Institute and the National Science Foundatiom. p. 95 - 202 
  91. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y Novak, R. M (1999). Walker's Mammals of the World. 6ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 0-8018-5789-9 
  92. a b Brakefield, T (1993). Big Cats: Kingdom of Might. [S.l.]: Voyageur Press. ISBN 0-89658-329-5 
  93. Luke, Hunter (2011). Carnivores of the World. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-15228-8 
  94. a b Kevin Dacres (2007). «Panthera tigris». Animal Diversity Web. Consultado em 8 de julho de 2014 
  95. a b c Matthiessen, Peter; Hornocker, Maurice (2001). Tigers In The Snow North Point Press ed. [S.l.: s.n.] ISBN 0-86547-596-2 
  96. a b Begany, Lauren (2009). Accumulation of Deleterious Mutations Due to Inbreeding in Tiger Population. [S.l.: s.n.] 
  97. Xu, X.; Dong, G. X.; Hu, X. S.; Miao, L.; Zhang, X. L.; Zhang, D. L.; Yang, H. D.; Zhang, T. Y.; Zou, Z. T.; Zhang, T. T.; Zhuang, Y.; Bhak, J.; Cho, Y. S.; Dai, W. T.; Jiang, T. J.; Xie, C.; Li, R.; Luo, S. J. (2013). «The Genetic Basis of White Tigers». Current Biology 23 (11). 11 (23). 1031 páginas. PMID 23707431. doi:10.1016/j.cub.2013.04.054 
  98. «White tiger facts». Indian Tiger Welfare Society. Consultado em 19 de junho de 2014. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2014 
  99. Tucker, Linda (2010). Mystery of the White Lions. [S.l.]: Hay House. p. 280. ISBN 1-4019-2721-1 
  100. a b Shuker, Karl P N (1989). Mystery Cats of the World. [S.l.]: Robert Hale. ISBN 0-7090-3706-6 
  101. a b McDougal, C (1977). The Face of the Tiger. Londres: Rivington Books and André Deutsch 
  102. Piper, P.J.; Earl of Cranbrook, Rabett, R.J. (2007). «Confirmation of the presence of the tiger Panthera tigris (L.) in Late Pleistocene and Holocene Borneo». Malayan Nature Journal. 53 (3): 259–267 
  103. Piper, P.J.; Ochoa, J., Paz, V., Lewis, H., Ronquillo, W.P. (2008). «The first evidence for the past presence of the tiger Panthera tigris (L.) on the island of Palawan, Philippines: extinction in an island population». Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology. 264: 123–127. doi:10.1016/j.palaeo.2008.04.003 
  104. Dinerstein, E.; Loucks, C., Wikramanayake, E., Ginsberg, Jo., Sanderson, E., Seidensticker, J., Forrest, J., Bryja, G., Heydlauff, A. (2007). «The Fate of Wild Tigers» (PDF). BioScience. 57 (6): 508–514. doi:10.1641/B57060 
  105. Sanderson, E., Forrest, J., Loucks, C., Ginsberg, J., Dinerstein, E., Seidensticker, J., Leimgruber, P., Songer, M., Heydlauff, A., O'Brien, T., Bryja, G., Klenzendorf, S., Wikramanayake, E.; The Technical Assessment: Setting Priorities for the Conservation and Recovery of Wild Tigers: 2005–2015. Nova Iorque e Washington, DC, EUA: WCS, WWF, Smithsonian, and NFWF-STF. 2006 
  106. a b c Hoiberg, Dale; Ramchandani, Indu (2000). Students' Britannica India. [S.l.]: Popular Prakashan. ISBN 978-0-85229-760-5 
  107. «Southern Asia: Eastern India». World Wildlife Fund. Consultado em 11 de julho de 2014 
  108. «Flora & Fauna Of Nepal». Manang. Consultado em 11 de julho de 2014 
  109. Amelia Du Plessis. «Tiger Habitats». Tigers.org.za. Consultado em 11 de julho de 2014 
  110. «Tiger». Smithsonian National Zoological Park. Arquivado do original em 28 de março de 2014 
  111. Shoemaker, A.H., Maruska, E.J. and R. Rockwell (1997) Minimum Husbandry Guidelines for Mammals: Large Felids[ligação inativa]. American Association of Zoos and Aquariums
  112. a b c d Mills, S (2004). Tiger. Londres: BBC Books. p. 89. ISBN 1-55297-949-0 
  113. Burger, B. V.; Viviers, M. Z.; Bekker, J. P. I.; Roux, M.; Fish, N.; Fourie, W. B.; Weibchen, G. (2008). «Chemical Characterization of Territorial Marking Fluid of Male Bengal Tiger, Panthera tigris». Journal of Chemical Ecology. 34 (5): 659–671. PMID 18437496. doi:10.1007/s10886-008-9462-y 
  114. Smith, J. L.; David; McDougal, C.; Miquelle, D. (1989). «Scent marking in free-ranging tigers, Panthera tigris». Animal Behaviour. 37 (1). doi:10.1016/0003-3472(89)90001-8 
  115. «Tiger (Panthera tigris)». Arkive. Consultado em 20 de junho de 2014. Arquivado do original em 21 de agosto de 2011 
  116. a b Thapar, Valmik (1989). Portrait of a Predator. Nova York: Smithmark. ISBN 0-8160-1238-5 
  117. Peters, G.; Tonkin-Leyhausen, B. A. (1999). «Evolution of Acoustic Communication Signals of Mammals: Friendly Close-Range Vocalizations in Felidae (Carnivora)». Journal of Mammalian Evolution. 6 (2): 129 - 159. doi:10.1023/A:1020620121416 
  118. Karanth, K.U.; Nichols, J.D., Seidensticker, J., Dinerstein, E., Smith, J.L.D., McDougal, C., Johnsingh, A.J.T., Chundawat, R.S. (1961). «Science deficiency in conservation practice: the monitoring of tiger populations in India». Animal Conservation. 6 (2): 141 – 146. doi:10.1017/S1367943003003184 
  119. Gopalaswamy, Arjun M.; Royle, J. Andrew; Delampady, Mohan; Nichols, James D.; Karanth, K. Ullas; Macdonald, David W. «Density estimation in tiger populations: combining information for strong inference». Ecology. 93 (7): 1741 – 1751. doi:10.1890/11-2110.1 
  120. Linkie, M.; Ridout, M. S. (2011). «Assessing tiger-prey interactions in Sumatran rainforests». Journal of Zoology. 284 (3). 224 páginas. doi:10.1111/j.1469-7998.2011.00801.x. Verifique |doi= (ajuda) 
  121. Pullock Dutta. «Trouble for rhino from poacher and Bengal tiger». The Telegraph. Consultado em 8 de julho de 2014. Arquivado do original em 27 de setembro de 2014 
  122. «Tiger kills elephant at Eravikulam park». The New Indian Express. Consultado em 8 de julho de 2014 
  123. Frank, Leslie (1879). Frank Leslie's Popular Monthly. 45. Nova Iorque: Frank Leslie's Publishing House. p. 411 
  124. a b c d Perry, Richard (1965). The World of the Tiger. [S.l.: s.n.] p. 260 
  125. Bright, Michael (2002). Man-Eaters. [S.l.]: Macmillan. p. 53–54. ISBN 0-312-98156-2 
  126. a b Tilson, Ronald (2010). Tigers of the World: The Science, Politics and Conservation of Panthera tigris. [S.l.]: Elsevier Inc. p. 22-23. ISBN 978-0-8155-1570-8 
  127. Tiger: Spy In The Jungle John Downer Productions. BBC (2008)
  128. a b Sankhala, Kailash (1997). Indian Tiger. Índia: Roli Books Pvt Limited. ISBN 978-81-7437-088-4 
  129. Hunter, Luke (2011). Carnivores of the World. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-15228-8 
  130. Heptner, V.G; Sludskii, A.A (1992). Mammals of the Soviet Union. II, parte 2. [S.l.: s.n.] ISBN 90-04-08876-8 
  131. a b Sunquist, M.; Sunquist, F (2002). Wild Cats of the World. Chicago: University Of Chicago Press 
  132. a b c Mills, Stephen (2004). Tiger. Richmond Hill, Ontário: Firefly Books. p. 68; 168. ISBN 1-55297-949-0 
  133. a b Thapar, Valmik (1992). The Tiger's Destiny Kyle Cathie ed. Londres: Kyle Cathie. ISBN 1-85626-142-5 
  134. «Tiger». Oaklandzoo.org. Consultado em 9 de julho de 2014. Arquivado do original em 25 de outubro de 2010 
  135. Sunquist, Fiona; Sunquist, Mel (2002). Tiger Moon. [S.l.]: University of Chicago Press. ISBN 0-226-77997-1 
  136. Mills, Gus; Hofer, Heribert (1998). Hyaenas: status survey and conservation action plan (PDF). [S.l.]: SSC Hyena Specialist Group. ISBN 2-8317-0442-1 
  137. Ray, J.C.; Berger, J., Redford, K.H. & Steneck, R (2005). «Tigers and Wolves in the Russian Far East: Competitive Exclusion, Functional Redundancy and Conservation Implications - Miquelle, D.G., Stephens, P.A., Smirnov, E.N., Goodrich, J.M., Zaumyslova, O.Yu. & Myslenkov, A.I». Large Carnivores and the Conservation of Biodiversity. [S.l.]: New York: Island Press. p. 179–207. ISBN 1-55963-080-9 
  138. Goldsmith, Olive (2010). A History Of The Earth, And Animated Nature. II. [S.l.]: Nabu Press. p. 297. ISBN 1-145-11108-4 
  139. «Sympatric Tiger and Leopard: How two big cats coexist in the same area». Ecology.info. Consultado em 9 de julho de 2014. Cópia arquivada em 13 de fevereiro de 2008 
  140. a b Karanth, K. Ullas; Sunquist, Melvin E (2000). «Behavioural correlates of predation by tiger (Panthera tigris), leopard (Panthera pardus) and dhole (Cuon alpinus) in Nagarahole, India». Journal of Zoology . 250 (2): 255–265. doi:10.1111/j.1469-7998.2000.tb01076.x 
  141. Sillero-Zubiri, C.; Hoffmann, M. e Macdonald, D.W. (2004). Foxes, Wolves, Jackals and Dogs. Status Survey and Conservation Action Plan. Gland, Suíça e Cambridge, Reino Unido: IUCN/SSC Canid Specialist Group. ISBN 2-8317-0786-2 
  142. «Tiger (Panthera tigris)». IUCN. Consultado em 11 de julho de 2014 
  143. «Tiger». Big Cat Rescue. Consultado em 9 de julho de 2014 
  144. «Tigers 'take night shift' to dodge humans». BBC News. 4 de setembro de 2012. Consultado em 9 de julho de 2014 
  145. «Traditional Chinese Medicine». World Wildlife Foundation. Consultado em 9 de julho de 2014. Cópia arquivada em 2 de abril de 2012 
  146. Andrew, Jacobs (12 de fevereiro de 2010). «Tiger Farms in China Feed Thirst for Parts». New York Times. Consultado em 9 de julho de 2014 
  147. «WWF – Tiger – Overview». World Wildlife Fund. Consultado em 9 de julho de 2014 
  148. «World tiger population shrinking fast». Independent Online. 12 de março de 2008. Consultado em 9 de julho de 2014. Arquivado do original em 23 de outubro de 2012 
  149. Dinerstein, E.; Loucks, C., Heydlauff, A., Wikramanayake, E., Bryja, G., Forrest, J., Ginsberg, J., Klenzendorf, S., Leimgruber, P., O'Brien, T., Sanderson, E., Seidensticker, J., Songer, M. (2006). Setting Priorities for the Conservation and Recovery of Wild Tigers: 2005–2015. A User's Guide. Washington, D.C., Nova Yorque: WWF, WCS, Smithsonian, and NFWF-STF. p. 1–50 
  150. Aarti Dhar (13 de fevereiro de 2008). «Front Page : Over half of tigers lost in 5 years: census». The Hindu. Consultado em 9 de julho de 2014 
  151. Jeremy, Page (5 de julho de 2008). «Tigers flown by helicopter to Sariska reserve to lift numbers in western India». London: The Times. Consultado em 9 de julho de 2014 
  152. Ashok Sharma (13 de fevereiro de 2008). «India Reports Sharp Decline in Wild Tigers». National Geographic News. Consultado em 9 de julho de 2014 
  153. «Tt's the tale of a tiger, two tigresses in wilds of Sariska». Economic Times - Indian Times. 2 de março de 2009. Consultado em 9 de julho de 2014 
  154. Sunny Sebastian (11 de março de 2009). «Tigers galore in Ranthambhore National Park». The Hindu. Consultado em 9 de julho de 2014 
  155. Rabinowitz, A. (2009) Stop the bleeding: implementing a strategic Tiger Conservation Protocol Cat News 51: 30–31.
  156. Goodrich, J.M.; Miquelle, D.G., Smirnov, E.M., Kerley, L.L., Quigley, H.B., Hornocker, M.G. (2010). «Spatial structure of Amur (Siberian) tigers (Panthera tigris altaica) on Sikhote-Alin Biosphere Zapovednik, Russia». Journal of Mammalology. 91 (3): 737–748. doi:10.1644/09-mamm-a-293.1 
  157. «Amur (Siberian) tiger». World Wildlife Fund. Consultado em 9 de julho de 2014. Cópia arquivada em 25 de novembro de 2013 
  158. Timothy, E.; Fulbright, D., Hewitt, G. (2007). Wildlife Science: Linking Ecological Theory and Management Applications. [S.l.]: CRC Press. ISBN 0-8493-7487-1 
  159. Yeh, Emily T (2012). «Transnational Environmentalism and Entanglements of Sovereignty: The Tiger Campaign Across the Himalayas». Political Geography. 31: 408–418. doi:10.1016/j.polgeo.2012.06.003 
  160. «Animal Skin Clothes Burned In Tibet After Dalai Lamas Call». The Office of His Holiness the Dalai Lama. 17 de fevereiro de 2006. Arquivado do original em 20 de abril de 2014 
  161. Franklin, N.; Bastoni, Sriyanto, Siswomartono, D., Manansang, J. and R. Tilson (1999). «Last of the Indonesian tigers: a cause for optimism». Riding the tiger: tiger conservation in human-dominated landscapes Seidensticker, J., Christie, S. and Jackson, P ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 130–147. ISBN 0-521-64835-1 
  162. Tilson, R. (1999). Sumatran Tiger Project Report No. 17 & 18: July − December 1999. Número 1998-0093-059. Indonesian Sumatran Tiger Steering Committee, Jakarta.
  163. Nyhus, P., Sumianto; R. Tilson (1999). «The tiger-human dimension in southeast Sumatra». Riding the tiger: tiger conservation in human-dominated landscapes Seidensticker, J., Christie, S. and Jackson, P. ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 144–145. ISBN 0-521-64835-1 
  164. Singh, A (1981). Tara, a tigress. Londres e Nova Iorque: Quartet Books. ISBN 0-7043-2282-X 
  165. Subhadra Menon (17 de novembro de 1997). «Tainted Royalty». India Today. Consultado em 9 de julho de 2014. Arquivado do original em 30 de junho de 2008 
  166. Pallava Bagla (19 de novembro de 1998). «Indian tiger isn't 100 per cent "swadeshi"». The Indian Express. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2011 
  167. Shankaranarayanan, P.; Singh, L (1998). «Mitochondrial DNA sequence divergence among big cats and their hybrids». Current Science. 75 (9): 919–923 
  168. Singh, Ram (2000). The Cocktail Tigress. Allahabad: Print World 
  169. «FAQs | Save China's Tigers». Save China's Tigers. Consultado em 9 de julho de 2014. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2011 
  170. Jane Warren. «Tiger cubs saved by catwoman». Express. Consultado em 9 de julho de 2014 
  171. Royal Tiger em The Manpoora Tiger – about a Tiger Hunt in Rajpootanah. (1836) Bengal Sporting Magazine, Vol IV. reproduzido em The Treasures of Indian Wildlife
  172. Kesri, Singh (1959). The tiger of Rajasthan. Londres: Robert Hale Ltda. 
  173. Byrne, Peter (2002). Shikari Sahib. [S.l.]: Pilgrims Publishing. p. 291–292. ISBN 81-7769-183-X 
  174. Corbett, Jim (1944). Man-Eaters of Kumaon. [S.l.]: Oxford University Press 
  175. Anderson, Kenneth (1954). «6 - The Man-Eater of Segur». Nine Man-eaters and One Rogue. Nova Iorquq: E.P. Dutton&Co., Inc. p. 121–147 
  176. Montgomery, Sy (2009). Spell of the Tiger: The Man-Eaters of Sundarbans. [S.l.]: Chelsea Green Publishing. p. 37–38. ISBN 0-395-64169-1 
  177. Nyhus, P.J.; Tilson, R.L.; Tomlinson, J.L. (2003). «Dangerous animals in captivity: Ex situ tiger conflict and implications for private ownership of exotic animals». Zoo Biology. 22 (6). 573 páginas. doi:10.1002/zoo.10117 
  178. Anbarasan Ethirajan (7 de fevereiro de 2012). «Rogue tigress 'terrorises Bangladesh villagers». BBC News 
  179. Andrew Harding (23 de setembro de 2006). «Beijing's penis emporium». BBC News 
  180. Kristin Nowell (Junho de 2007). «Asian big cat conservation and trade control in selected range States: evaluating implementation and effectiveness of CITES Recommendations» (PDF). TRAFFIC International 
  181. «Chinese tiger farms must be investigated». World Wide Fund. 24 de abril de 2007. Consultado em 10 de julho de 2014. Arquivado do original em 14 de julho de 2014 
  182. «Breeding tigers for trade soundly rejected at CITES». World Wide Fund. 13 de junho de 2007. Consultado em 10 de julho de 2014 
  183. Patrick Jackson (29 de janeiro de 2010). «Tigers and other farmyard animals». BBC News. Consultado em 10 de julho de 2014 
  184. Auguet, Roland (1994). Cruelty and civilization: the Roman games Psychology Press ed. [S.l.: s.n.] p. 83–85. ISBN 978-0-415-10453-1 
  185. Baker, William (1988). Sports in the Western World. [S.l.]: University of Illinois Press. p. 33. ISBN 0-252-06042-3 
  186. a b Baratay, Eric (2004). A History of Zoological Gardens in the West. [S.l.]: Reaktion Books. p. 19; 122. ISBN 978-1-86189-208-9 
  187. Ruppel, Louis (1951). Collier's. 127. [S.l.]: Crowell-Collier Publishing Company. p. 61 
  188. Nowell, Kristin; Xu, Ling (2007). Taming the tiger trade : China's markets for wild and captive tiger products since the 1993 domestic trade ban (PDF). Hong Kong, China: TRAFFIC East Asia. ISBN 978-1-85850-228-4 Verifique |isbn= (ajuda) 
  189. Wildlife Watch Group. «Less than 3,000 Pet Tigers in America» (PDF). Wildlife Watch, Group (2011). Wildlife Times 5 (37): 12–13. Consultado em 10 de julho de 2014. Arquivado do original (PDF) em 14 de julho de 2014 
  190. «Summary of State Laws Relating to Private Possession of Exotic Animals». Born Free USA. Consultado em 10 de julho de 2014 
  191. Luo,S.; Johnson,W. E., Martenson, J., Antunes, A., Martelli, P., Uphyrkina, O., Traylor-Holzer, K., Smith, J. L.D., O'Brien, S. J (2008). «Subspecies Genetic Assignments of Worldwide Captive Tigers Increase Conservation Value of Captive Populations» (PDF). Current Biology. 18 (8): 592–596. PMID 18424146. doi:10.1016/j.cub.2008.03.053. Consultado em 10 de julho de 2014 
  192. Xavier, N. (2010). «A new conservation policy needed for reintroduction of Bengal tiger-white». Current Science. 99 (7): 894–895. Consultado em 10 de julho de 2014 
  193. Michael McCarthy (6 de dezembro de 2004). «Endangered tiger earns its stripes as the world's most popular beast». The Independent 
  194. a b c Cooper, J. C. (1992). Symbolic and Mythological Animals. Londres: Aquarian Press. p. 161–162. ISBN 1-85538-118-4 
  195. «Tiger's Tail». Cultural China. Junho de 2007. Arquivado do original em 29 de março de 2014 
  196. Chan-eung, Par (1999). A Tiger by the tail and other Stories from the heart of Korea. [S.l.]: Libraries Unlimited 
  197. Balambal, V (1997). «19. Religion – Identity – Human Values – Indian Context». Bioethics in India: Proceedings of the International Bioethics Workshop in Madras: Biomanagement of Biogeoresources. Eubios Ethics Institute. pp. 16–19. Consultado em 11 de julho de 2014 
  198. Summers, Montague (1966). The Werewolf. [S.l.]: University Books. p. 21. ISBN 0-517-18093-6 
  199. Newman, Patrick (2012). Tracking the Weretiger: Supernatural Man-Eaters of India, China and Southeast Asia. [S.l.]: McFarland. p. 96–102. ISBN 978-0-7864-7218-5 
  200. «Winnie the Pooh - personagens». Disney. Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2013 
  201. «Calvin and Hobbes - Trivia». Andrews Mcmeen Plubishing. Arquivado do original em 7 de julho de 2014 
  202. Singh, Upinder (2008). A History of Ancient and Early Medieval India: From the Stone Age to the 12th Century. Índia: Pearson Education 
  203. Gupta, Om (2006). Encyclopaedia of India, Pakistan and Bangladesh. Delhi: Gyan Publishing. p. 313. ISBN 81-8205-389-7 
  204. «"National Animal".». Governo da Índia. Consultado em 11 de julho de 2014. Cópia arquivada em 11 de maio de 2012 
  205. «The history of advertising in quite a few objects: 43 Esso tiger tails». Campaign. 27 de setembro de 2012. Consultado em 11 de julho de 2014 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Tigre